Quando a literatura encontra a zoologia

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Construído com viuvinhas, joões e marias, o pequeno universo enciclopédico de Maria Esther Maciel é um mundo muito delicado. Começou com uma pesquisa acadêmica sobre animais na literatura, iniciada há alguns anos. Dezenas de compêndios zoológicos de todas as épocas, incluindo os bestiários medievais, livros de história natural e manuais de zoologia fantástica passaram sob os olhos da pesquisadora. Depois de listar um sem número de animais e plantas de diferentes espécies, ela sentou para escrever a pequena enciclopédia de seres comuns. E, numa associação profundamente poética entre zoologia e literatura, construiu um breviário de sutilezas povoado por seres que não são nem monstruosos nem fantásticos, mas ganham certa magia na narrativa da escritora mineira e nas ilustrações de Julia Panadés.

Pandemia é cenário para ficção de autores brasileiros

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O zumbi tem seu lugar no folclore brasileiro. Por aqui, ele é o corpo-seco, o unhudo, o menino respondão e malvado que, de tão ruim, não foi aceito nem no céu, nem no inferno. Ficou por aí, entre as árvores e as folhagens, zanzando meio morto, meio vivo, mais morto do que vivo. A metáfora era perfeita para a ideia do editor Marcelo Ferroni, que há anos queria fazer um livro de zumbi à brasileira. Convencido de que esse tipo de literatura tem qualidade e conteúdo, encontrou abrigo na editora Luara França, que abraçou a ideia de convidar outros autores e transformar quatro textos escritos individualmente em um romance. O resultado está em Corpos secos, lançado pela Alfaguara no finalzinho de março e que traz incrível eco contemporâneo com pandemias e mundo paralisado, apesar de ter sido pensado e escrito entre 2018 e 2019.

Elas estão na Flip e são imperdíveis: quatro autoras para ficar de olho

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A brasileira Jarid Arraes fala do sertão, a nigeriana Ayòbámi Adébáyò observa o conflito entre tradição e modernidade, a canadense Sheila Heti explora a maternidade e a venezuelana Karina Sainz Borgo fala de uma Venezuela destroçada. Elas estão na Flip e trazem para a literatura uma perspectiva feminina, política, histórica e social.

Já fez sua lista de leitura para 2018? Veja aqui o que as editoras lançam este ano

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Quer preparar a lista de leitura para 2018? Tá na hora. O ano mal começou e ainda dá tempo de planejar o que ler. O Leio de tudo preparou uma seleção pinçada entre as previsões de lançamentos das editoras. Veja o que vem por aí.

The handmaid’s tale: a distopia que deu origem à série

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Distopias são sempre bem-vindas em estantes de livros. Além de permitir a fantasia ao criar mundos cheios de absurdos, é um gênero capaz de abrigar metáforas impensáveis em um universo real. E volta e meia elas ressurgem nas prateleiras das livrarias, especialmente em tempos de crise, quando explicar o inexplicável só é mesmo possível por meio de uma ficção científica muito improvável, porém não impossível. A distopia do momento responde pelo nome de O conto da aia, ou The handmaid’s tale, um romance escrito por Margaret Atwood e publicado em 1985.