A escrita ligeira e certeira de Santiago Nazarian em “Veado assassino”

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Depois de cinco anos escrevendo o que chama de “livro-pesquisa”, Santiago Nazarian resolveu mergulhar em um projeto, digamos, ligeiro. Para tal, criou um personagem muito específico e uma trama nada convencional. Em Veado assassino, 13º romance do autor, um adolescente não binário assassina um presidente de extrema direita. A ação já ocorreu quando tem início a narrativa. Na verdade, o livro apresenta uma conversa entre o protagonista e um interlocutor cuja profissão não está explícita. Pode ser um jornalista, um psicanalista ou outro profissional. 

O ser humano diante do fim no relato de Ricardo Lísias

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Ricardo Lísias começou a dar forma a Uma dor perfeita ainda no leito da UTI. Internado com covid-19 durante duas semanas entre março e abril de 2021, o escritor tinha acesso a um telefone celular por meio do qual trocava mensagens com a mulher, alguns amigos, a mãe e o editor Marcelo Ferroni. Deste último veio a sugestão de pensar em um livro. Quando teve alta da UTI e foi para o quarto, Lísias passou então a tomar notas para o relato. Graças às enfermeiras, conseguiu papel, caneta e uma pasta para dar início à escrita. 

História e biografia são inseparáveis em livro sobre URSS

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Não há uma geração sequer que siga sossegada, sem genocídios, perseguições, guerras e fome na família do jornalista Alex Halberstadt. E também há pouco espaço para a clareza e a transparência, já que, muitas vezes, sobreviver depende de não falar a verdade. Essa combinação faz de Jovens heróis da União Soviética — Uma história de reencontro e um ajuste de contas uma leitura difícil de ser abandonada. 

Ensaios de Carola Saavedra refletem sobre o lugar da literatura

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Cada um  dos temas de O mundo desdobrável – Ensaios para depois do fim poderia render um romance. E em cada um desses temas surge a pergunta “mas o que é literatura?”. O novo livro de Carola Saavedra pode ser descrito como uma reunião de ensaios sobre coisas do cotidiano. Plantas, família, origens, ancestralidade, pandemia, isolamento. Há um pouco de tudo nessas 210 páginas traçadas, como diz a autora, do ponto de vista de uma escritora, e não de uma pesquisadora. 

Novo livro de Bernardo Carvalho imagina o mundo pós-pandemia

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O último gozo do mundo começou a tomar forma como uma novela curta feita sob encomenda. O escritor Bernardo Carvalho estava em casa, isolado por causa da pandemia, e topou a encomenda de um produtor de cinema para escrever uma história que se passasse logo após a quarentena. O combinado era o produtor pagar uma quantia mensal em troca do trabalho do autor. O contrato não seguiu adiante, mas o livro, sim. O romance que chega às livrarias pela Companhia das Letras é descrito como uma distopia, mas é tão próximo da realidade atual que pode ser lido como uma visão catastrófica para o que nos espera após a pandemia, caso ela acabe. 

Jia Tolentino: internet, feminismo e monetização do eu sob a perspectiva de uma millennial

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Jia Tolentino ficou famosa na adolescência, quando participou do reality show Girls vs Boys, edição  Porto Rico. Não tinha ainda 17 anos, mas, naquela época, por volta de 2005,  já conhecia bem a internet. Nascida no Canadá, filha de imigrantes das Filipinas e criada no Texas, Jia foi uma dessas adolescentes que mergulharam com tudo na internet no momento em que as redes sociais começavam a redesenhar a maneira como as pessoas, especialmente os jovens, se relacionavam. Era o início do século 20, ela passou por todas as plataformas, teve blogs muito cedo, se expôs sempre com bastante ênfase, mas também se entregou com vontade à reflexão sobre o que tudo isso significava e como essa exposição estava transformando as relações e o mundo do consumo. 

Elas estão na Flip e são imperdíveis: quatro autoras para ficar de olho

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A brasileira Jarid Arraes fala do sertão, a nigeriana Ayòbámi Adébáyò observa o conflito entre tradição e modernidade, a canadense Sheila Heti explora a maternidade e a venezuelana Karina Sainz Borgo fala de uma Venezuela destroçada. Elas estão na Flip e trazem para a literatura uma perspectiva feminina, política, histórica e social.

Morte da democracia e mentiras na política são temas de três lançamentos

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Não é coincidência a democracia estar em pauta. E não é coisa do Brasil. Quando Donald Trump conquistou o salão oval da Casa Branca, a possibilidade de este regime político estar mal das pernas já se anunciava. A ascensão de governos com aspirações totalitárias em todo o mundo acendeu os alertas de pesquisadores e cientistas políticos, que passaram a analisar […]