Dinheiro não banca semifinal brasileira na Copa Libertadores pela sexta vez neste século

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River Plate elimina o Cruzeiro no Mineirão

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

Não adianta ser o país mais forte do continente na economia, que nada no dinheiro e oferece salários acima do que pagam os nossos vizinhos sul-americanos. A ponto de atraí-los para cá. Pela sexta vez neste século o futebol brasileiro tem apenas um representante nas semifinais da Copa Libertadores da América. A eliminação do Cruzeiro frustrou o sonho de um confronto caseiro contra o Internacional. Tudo bem, rolaram duas finais brasileiras – 2005 e 2006 –, mas é pouco um clube apenas do país entre os quatro se você levar em conta o orçamento mirrado dos hermanos desta banda do planeta. Falta verba às equipes dos outros 10 países que disputam a Libertadores. Raça, não. Basta ver a a campanha do pobre Guaraní, do Paraguai.

A era Marcelo Oliveira parece próxima do fim no Cruzeiro. Incrível como o time celeste tem regularidade para disputar os pontos corridos e conquistar o Campeonato Brasileiro por dois anos consecutivos, mas sofre horrores no mata-mata. Em 2013, por exemplo, deu adeus à Copa do Brasil diante do fraco Flamengo. Na edição passada do mata-mata nacional, perdeu o título para o arquirrival Atlético-MG.

Em 2013, foi eliminado pelo San Lorenzo nas quartas de final da Libertadores. Neste ano, tudo de novo, na mesma fase, contra o River Plate. Inexplicável.

Resta ao Internacional impedir o segundo ano de jejum do país na Libertadores. Não será fácil encarar o Tigres, do México, na semifinal. Aliás, um reencontro colorado com o ídolo Rafael Sobis. Do outro lado, está pintando uma semifinal argentina, vejam só. River Plate e Racing, dois clubes com muito menos dinheiro para gastar do que os milionários brasileiros. E olha que pode pintar um Guaraní do Paraguai, aquele que despachou o todo-poderoso Timão nas oitavas de final. Afinal, ao contrário da badalada Liga dos Campeões da Europa, dinheiro nem sempre traz felicidade na Copa Libertadores da América.

Presença brasileira nas semifinais neste século

2001: Palmeiras

2002: São Caetano e Grêmio

2003: Santos

2004: São Paulo

2005: São Paulo e Atlético-PR

2006: São Paulo e Internacional

2007: Grêmio e Santos

2008: Fluminense

2009: Cruzeiro e Grêmio

2010: Inter e São Paulo

2011: Santos

2012: Santos e Corinthians

2013: Atlético-MG

2014: Nenhum

2015: Inter