Neymar PSG O PSG de Neymar é um dos quatro candidatos ao título inédito garantido nas quartas de final. Foto: AFP O PSG de Neymar é um dos quatro candidatos ao título inédito garantido nas quartas de final.

Champions League pode ter recorde de candidatos inéditos ao título nas quartas de final

Publicado em Esporte

A Uefa Champions League pode quebrar recorde de candidatos inéditos ao título nas quartas de final. Batizado com o nome atual na temporada de 1992/1993, o torneio teve no máximo cinco nesta fase em 1993, 1994, 1996, 2001, 2004, 2004 e 2008. Nesta edição, podem ser até sete. As últimas quatro vagas serão definidas na próxima semana.

Atalanta, Red Bull Leipzig, Paris Saint-Germain e Atlético de Madri se classificaram nesta semana. Nenhum dos quatro ostenta o título da Champions League no currículo. Lyon e Manchester City estão em vantagem nos duelos contra Juventus e Real Madrid, respectivamente. O Napoli empatou com o Barcelona por 1 x 1 na Itália. Por enquanto, a úníca garantia de um campeão na próxima fase virá do duelo entre Chelsea e Bayern. O time alemão lidera a série por 3 x 0 — placar do primeiro confronto, em Munique.

A última vez que as quartas de final tiveram mais de cinco candidatos inéditos ao título foi em 1991/1992, quando o torneio se chamava Copa dos Campeões da Europa. Era outro formato. Os oito eram divididos em dois grupos com quatro e o vencedor de cada um disputava a final. Sampdoria, Estrela Vermelha, Anderlecht, Panathinaikos, Sparta Praga e Dínamo de Kiev desafiaram Barcelona e Benfica, os únicos detentores de título na etapa.

Neymar elevou mais uma vez seu patamar ao quebrar a maldição do PSG. O clube havia sido reprovado nas oitavas de final em 2019 contra o Manchester United, em 2018 diante do Real Madrid e em 2017 no confronto com o Barcelona, quando justamente Neymar protagonizou a virada do time catalão contra o clube francês no Camp Nou. O PSG está jogando muito. Neymar também. Se fumarem o cachimbo da paz com o técnico alemão Thomas Tuchel, o time tem tudo para chegar à final nesta temporada.

E a virada do Atlético de Madri? Durante o jogo, um colega mandou mensagem via Whats’App dizendo que o time de Diego Simeone ensinou ao Flamengo de Jorge Jesus a melhor maneira de jogar de igual para igual com o Liverpool: com postura de time de Libertadores. Discordo. Prefiro o jogo bonito do português. Não condeno o estilo do Atlético. Longe disso. É uma respeitada forma de ganhar que perdeu duas finais para o arquirrival Real Madrid, mas merece melhor sorte há muito tempo. Com Barça e Real se engalfinhando pelo título espanhol e Real Sociedad e Athletic Bilbao na decisão da Copa do Rei, resta aos colchoneros se dedicar ao máximo para chegar à terceira final em sete anos.

Falei nos jogos de ida sobre o sucesso da Atalanta, um dos times mais ofensivos na comparação entre as sete principais ligas nacionais da Europa. Só está surpreso com o sucesso do time de Bérgamo quem insiste em enxergar a Itália como país da retranca. O Red Bull Leipzig chega às quartas de final baseado na fórmula do técnico mais jovem a se classificar para as quartas. Julien Nagelsmann tem só 32 anos e eliminou José Mourinho.

 

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