Categoria: Política
Tentativa de golpe provoca racha entre partidos conservadores
Os líderes de partidos mais conservadores se dividiram em relação aos reflexos políticas relacionados à prisão de envolvidos num plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Enquanto os que devem sua eleição ao bolsonarismo garantem que é preciso ter o sobrenome Bolsonaro na urna de 2026 e leva às ruas essa defesa de uma candidatura do ex-presidente, os partidos de centro querem distância. A ordem é encontrar alguém que possa herdar os votos, mas que esteja blindado em relação ao planejamento de um golpe de Estado e de assassinatos — e até aqui, eles não têm total segurança dessa blindagem em relação ao ex-presidente. Embora 2026 ainda esteja longe, todos estão escolhendo as peças para os
seus tabuleiros.
Deixe para depois
Essa Operação Contragolpe, que prendeu o general Mário Fernandes, enterrou de vez qualquer chance de instalar uma comissão de anistia este ano. E a depender da disposição do favorito para ocupar a Presidência da Câmara, só após as investigações é que será possível avaliar esses projetos.
Evitem “marola”
A antecipação da escolha dos candidatos a presidente da Câmara e do Senado está diretamente relacionada com a intenção do PT e da cúpula dos Poderes de não deixar prosperar novos pontos de tensão. Obviamente, ninguém imaginava que se chegaria a uma explosão na frente ao STF. Mas era preciso evitar grandes embates entre os partidos.
Tal e qual 2023
Quem acompanha de perto esses movimentos políticos no Parlamento, com a visão ampla dos janelões do Palácio do Planalto, considera que, há quase dois anos, foi preciso apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) justamente para evitar maiores tensões logo depois do 8 de janeiro de 2023. Agora, não será diferente.
Quem for culpado que se quebre
As Forças Armadas tomaram distância regulamentar desses planos para evitar posses de presidente eleito, leia-se golpe, ou assassinatos. Tanto é que já puniram alguns e há outros sob investigação. Não dá para sujar a imagem dos militares brasileiros dedicados ao país com planejamentos de golpes e afins.
Se não fosse Janja…
O G20 Social foi considerado um gol de placa do governo por empresários que acompanharam o evento, na região portuária do Rio de Janeiro. Colocou temas importantes em pauta e permitiu a inclusão da sociedade civil, reduzindo as manifestações de rua. Alguns, inclusive, avaliam que se não fosse a derrapada de Janja xingando Elon Musk, o evento teria tido um espaço muito maior para os seus debates. O xingamento, porém, se sobressaiu, ofuscando parte das discussões.
Checagem de trabalho
Muitos usuários da rede social X têm usado os dados da Câmara dos Deputados para averiguar quantos dias trabalhados, recessos e faltas de parlamentares que não apoiaram a PEC do 6×1 tiveram em 2024. Um dos verificados foi o deputado Luciano Bivar (União-PE), que segundo o levantamento teve 36 dias de trabalho na casa, 253 folgas e 34 faltas.
Olá querido!
Como é de praxe nas visitas do presidente da China, Xi Jinping, a outros países, a embaixada organiza seus cidadãos radicados no local por onde ele passará para recebê-lo. A Avenida das Nações, por exemplo, foi ocupada por chineses munidos de bandeiras do Brasil e da China para saudar as autoridades. Os voos para Brasília estavam lotados de chineses, que vieram ver de perto seu líder político.
Comitê de gênero toma posse
A diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Flávia Takafashi, dará posse, amanhã, ao Comitê-Geral de Gênero e Diversidade do Setor Aquaviário, às 10h, no Plenário do Conselho Federal da OAB. Ela reuniu um time de lideranças femininas para formular e implementar ações de equidade e empoderamento de mulheres. Entre as conselheiras que serão empossadas nessa cerimônia, estão a secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori; Eliana Santos, representante da Confederação Nacional do Transporte (CNT); Monica Monteiro, da Confederação Nacional da Indústria (CNI); e a jornalista Kátia Cubel, presidente do Prêmio Engenho Mulher.
Consciência negra
Ainda temos muito a fazer no sentido de resgatar a cidadania e garantir a igualdade racial. Bom feriado a todos.
COP30 será chance de Helder Barbalho buscar candidatura majoritária
Da coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg
O governador do Pará, Helder Barbalho, caminha para ganhar maior visibilidade no ano que vem, ao ver seu estado sediar a COP30. Seus aliados acreditam que será a chance de ele se apresentar para voos nacionais, seja uma candidatura própria do MDB ao Planalto, seja uma vice. Ele prefere deixar 2026 para tratar em 2026, mas os recados para o presidente Lula, a quem o MDB apoiou no segundo turno de 2022, são dados desde já. “Quem imagina que Lula foi eleito por um partido político está equivocado. Lula foi eleito a partir de sua liderança pessoal e teve a adesão de uma ampla aliança. Não tenho dúvida de que será nesse contexto a necessidade para 2026”, afirma.
Helder acredita que, quem ficou “capturado nos polos”, precisa entender a mensagem deste ano, em que a população se afastou desses polos. Ele cita, inclusive, o caso de São Paulo: “Quando Ricardo (Nunes) vai para o segundo turno, demonstrando que era capaz de uma frente ampla contra um líder popular, mas afeito a um segmento mais restrito, eis o resultado. Isso é uma sinalização e uma clara evidência de que a sociedade está num reposicionamento sobre qual critério irá prevalecer na escolha de seus representantes”.
O posicionamento de Helder, dizem aliados do governador, está cristalino. Se Lula ficar apenas com o PSB de Geraldo Alckmin e os partidos mais à esquerda, as chances serão reduzidas. Não por acaso, o presidente já disse que espera não ser necessário concorrer em 2026, em entrevista à CNN. Esse jogo de construção de maioria e amplitude é o que deve ser jogado em 2025. É o que tem funcionado contra radicais de direita e de esquerda.
Discurso para a saída
Com a reforma ministerial logo ali, o corte de gastos dará discurso para que alguns ministros deixem o governo. Se cortar demais em alguns cetros, já tem gente pensando em limpar as gavetas. O caso público é o do ministro da Previdência, Carlos Lupi. Mas outros estão de molho para, se for o caso, seguir no mesmo caminho.
O tempo é deles
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino não tem pressa para resolver a suspensão das emendas ao Orçamento. Ele já fez chegar aos parlamentares que só irá tratar desse tema depois que a regulamentação em análise no Parlamento virar lei. Ou seja, tudo estiver no papel. Aí, ele irá estudar.
A lei não retroage
Ainda que os parlamentares apresentem um texto bem-feito e de acordo com os preceitos constitucionais de transparência e boa aplicação dos recursos, é preciso trazer à luz o que foi executado nos últimos dois anos. A conclusão é de que vai demorar muito a se encontrar uma solução para esse problema.
Preocupação…
A Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) questiona a possível decisão do governo em acabar com o saque-aniversário do FGTS. À coluna, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) afirmou que “a proposta representa uma restrição à liberdade financeira dos brasileiros, afetando especialmente aqueles que utilizam os benefícios para pagar dívidas e despesas essenciais”.
… & política
Tal e qual o corte de gastos e outras medidas impopulares, o governo estuda se é positivo mexer nisso a menos de dois anos da eleição de 2026 e irá com muita calma em relação a essa proposta. O Ministério do Trabalho, por exemplo, informou à coluna que não há uma decisão tomada. “Embora o ministro defenda o fim do saque-aniversário, a proposta ainda está sendo construída, e não temos novas informações.”
Terreno conhecido
O jantar do líder do Republicanos, Hugo Motta, com os líderes do PT, MDB, PP, PL foi lido no baixo clero, o grupo de parlamentares que forma a maioria da Casa, como uma mensagem clara de que aquele grupo continuará no comando da Câmara, sem maiores alterações, quando Hugo Motta assumir o comando.
O desconhecido
Aliás, a trajetória do líder do Republicanos será bastante explorada nos próximos meses. Ele chegou à Câmara com 21 anos, terminando o curso de medicina. E agora desponta como favorito para ocupar a presidência da Câmara. Não está ali a passeio.
A aldeia gaulesa
Os deputados que apoiam a candidatura do líder do PSD, Antonio Brito (BA), à sucessão na Câmara dos Deputados recorrem à famosa história em quadrinhos do gaulês Asterix contra o império Romano para falar da campanha pedessista. Terão dificuldades em ampliar território, mas, se continuarem na disputa, a avaliação é de que terão condições de montar um polo para começar a construir alternativas futuras.
Batizado
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e sua esposa, a CEO do grupo Esfera, Camila Funaro Camargo Dantas, estão em festa neste fim de semana. Eles batizaram o filho Pedro, de 4 meses e meio. A cerimônia foi na Paróquia São José, em São Paulo.
Sob as bênçãos do papa
Em viagem à Itália, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, teve encontro com o papa Francisco. A conversa girou em torno das mudanças climáticas, tema que preocupa nove em cada 10 governantes. Na saída, Francisco abençoou a bandeira capixaba. Casagrande entregou ao sumo pontífice uma imagem de São José de Anchieta. “Orgulho e esperança”, escreveu o governador.
“Um homem não vai conseguir nos tirar dos trilhos”, diz kerry sobre Trump
Belém _ Passadas as primeiras 48 horas da eleição de Donald Trump como o próximo presidente dos Estados Unidos, as autoridades e políticos mais ligados ao governo de Joe Biden começam a perceber que nem tudo está perdido na área do combate às mudanças climáticas. “Não é uma pessoa, um homem, que vai conseguir nos tirar dos trilhos do combate às mudanças climáticas. Nem mesmo o poderoso presidente dos Estados Unidos pode tirar desses trilhos os esforços de 200 países ao redor do mundo”, disse o ex-secretário de Estado do governo dos Estados Unidos, John Kerry, ex-assessor especial do presidente Joe Biden para o clima.
Kerry proferiu a palestra magna desta quinta feira na Conferência Internacional Amazônia e novas Economias, em Belém, evento promovido pelo instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), capitaneado pelo ex-ministro Raul Jungmann. A Conferência que recebeu o carinhoso apelido de “COP Pocket”, numa referência ao fato de a cidade sediar a COP30, daqui a um ano. No formato de entrevista, com a participação do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, atualmente diretor do Banco Safra, e da diretora-executiva de Lima e Sustentabilidade do Eurasia Group, Shari Friedman, Kerry discorreu por uma hora sobre o que considera crucial para reverter o processo de mudanças climáticas e mencionou com todas as letras que, se a temperatura continua subindo, é sinal de que é necessário acelerar esse combate.
Ainda se referindo a Trump, sem citar o nome do empresário, John Kerry lembrou que o primeiro mandato do ex-presidente foi de recuo na agenda ambiental, por exemplo, com a saída do governo dos Estados Unidos do Acordo de Paris, assinado em 2015. Ali, os governos se comprometeram a reduzir as emissões. os Estados Unidos voltou ao acordo no governo Biden e a expectativa de Kerry é a de que não haja mais retrocessos. O ex-secretário de Biden foi enfático ao dizer que governadores “têm mandato e precisam seguir as leis” e que a população dos Estados Unidos não abandonou os compromissos da agenda ambiental, que ele considera um processo positivo. Porém, se até aqui, a temperatura continua subindo, ou seja, o mundo continua aquecendo, “é sinal de que estamos no caminho errado e que precisamos fazer mais e mais rápido”.
Em relação ao mundo como um todo, Kerry considera que houve algum avanço desde a assinatura do Acordo de Paris. Em Dubai, por exemplo, as cobranças foram mais enfáticas no quesito transição energética, ou seja, redução das usinas de carvão e investimentos em energia renováveis. “Precisamos fazer mais e podemos fazer mais”, afirmou, referindo-se à substituição das energias poluentes pela energia limpa, com ênfase ao armazenamento desta energia. “Muita gente diz que vai custar muito, mas não vai custar mais do que custou quando construímos estradas e linhas de transmissão”, disse ele, apostando que as empresas terão condições de ganhar mais dinheiro num mundo sustentável.
O combate às mudanças climáticas fez Kerry se desdobrar em elogios à China, que, era o segundo maior emissor do mundo. “China agora está progredindo mais em energias renováveis do que o resto do mundo”. Mencionou ainda o Brasil, como um país que tem a chave para trabalhar muito no conceito da bioeconomia,. “O presidente Lula vem fazendo grandes esforços para reduzir o desmatamento e obteve essa redução. “Há muitas oportunidades no Brasil”, disse ele.
Kerry defendeu ainda a criação de um fundo climático, capaz de reduzir os riscos dos investimentos nessa área ambiental, e, assim, atrair mais capital para esse setor. Ele considera ainda que é preciso criar um preço para o carbono. “Acho que na COP 30 haverá muito mais discussão sobre o mercado de carbono e se tivermos um preço para o carbono, vamos acelerar isso”, disse ele, prometendo comparecer à COP 30, no ano que vem.
A colunista viajou a convite do Ibram
Definido o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP_AL), ao líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), o PT não vai deixar para janeiro a sua escolha para a Presidência da Câmara. O partido de Lula anuncia nas próximas horas o respaldo formal ao deputado paraibano. Os petistas ponderam que não dá para ficar contra uma construção que tem a chancela do atual comandante da Câmara, porque, se Motta vencer sem o apoio dos petistas, o governo é que pagará a conta. Foi assim, em 2015, quando Eduardo Cunha venceu sem que o PT apoiasse a candidatura do então líder do MDB. Agora, com o apoio formal do PT, restará ao candidato do PSD, Antonio Brito, e ao do União Brasil, Elmar Nascimento, apostarem nas traições. Se ocorrer, não será a primeira vez. Foi assim que Severino Cavalcanti chegou lá no passado. Porém, agora está mais difícil repetir essa dose.
Por Eduarda Esposito — Apesar de muitos dizerem que a direita não rachou, o vídeo divulgado ontem (27) pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), mostra o contrário. No vídeo, ele fala especificamente sobre a investigação que o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) é alvo. A operação procura averiguar a formação de uma organização criminosa para desvio de verba parlamentar. Entretanto, este não é o primeiro embate entre Caiado e o PL no estado.
Durante as eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro apoiou Fred Rodrigues (PL) para a prefeitura de Goiânia, enquanto que Sandro Mabel (UB) foi o candidato do governador e da sua legenda. Durante um comício de Fred na capital, o ex-presidente criticou os governadores que aderiram à quarentena durante a pandemia. Mesmo sem citar nomes, os eleitores gritaram o nome de Caiado.
Ainda depois disso, ontem (27), Bolsonaro disse à imprensa que “Caiadismo eu não conheço. Bolsonarismo é nacional, caiadismo é local”. “Podemos conversar, depois das 17h”, ironizou, em referência ao horário do fim da votação. Entretanto, com a derrota de seu candidato, o ex-presidente deixou a cidade em silêncio.
E por fim, após o resultado que consagrou Mabel o novo prefeito de Goiânia, Ronaldo deu uma resposta ao PL falando sobre o deputado Gayer. Com a legenda: “a verdade sempre aparece. Sigo firme, do lado certo e defendendo os interesses do nosso estado”, o governador chega a falar “eu não convivo com bandido e não faço parte de quadrilha”. Confira o vídeo inteiro abaixo:
Crédito: Reprodução via Instagram
Pendência federal: após eleições, chega a decisão sobre emendas parlamentares
Texto por Denise Rothenburg — Terminada a eleição neste domingo, entra em campo a decisão sobre as emendas. Faltam R$ 11 bilhões a serem pagos, sendo R$ 4 bilhões em transferências, R$ 2 bilhões em emendas de bancada e R$ 5 bilhões em emendas de comissão. Até aqui, a proposta de transparência a ser votada no Parlamento trata apenas do futuro, ou seja, não há propostas para dar visibilidade ao que foi liberado até aqui. Entre os congressistas, prevalece a tendência de dizer ao Supremo Tribunal Federal que, se o ministro Flávio Dino quiser um foco de luz sobre o passado, terá que pedir ao Poder Executivo.
Tema espinhoso
Ciente de que os governadores tentarão empurrar a crise da segurança pública no colo do governo federal, o presidente Lula chamou todos os gestores estaduais para uma reunião na semana que vem. Quer tratar do assunto olho no olho. O que levou a esse movimento foi o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, declarar com todas as letras que nenhum estado conseguirá combater o crime
organizado sozinho.
PL sob alerta
As denúncias que envolvem o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) em desvio de dinheiro público deixou o PL em polvorosa. A dois dias eleição e com o partido na luta para ficar com 18 dos 103 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores, esse escândalo pode atrapalhar candidatos em outras praças além de Goiânia. Todo o cuidado é pouco.
Por falar em PL…
A relação entre Valdemar Costa Neto e o ex-presidente Jair Bolsonaro já foi melhor. Mas ninguém quer saber de rompimento agora. O que Bolsonaro deseja é ter liberdade para indicar os candidatos ao Senado e, se continuar inelegível, o nome ao Planalto.
Muita calma nessa hora
Com a segunda presença em evento internacional cancelada devido à queda que sofreu no Alvorada, a avaliação dos petistas é de que a saúde de Lula requer cuidados. Apesar do vigor e força de vontade do presidente, fica claro que é preciso uma adaptação de agenda e a limitação de viagens longas ao que for estritamente necessário. A COP29, em Baku, no Azerbaijão, é uma delas.
Otto Alencar, menos um
A escolha de Otto Alencar (PSD-BA) para líder do governo neste período de afastamento do senador Jaques Wagner (PT-BA) vai muito além do talento do senador pedessista. Alencar figurava entre os possíveis pré-candidatos à Presidência do Senado. Agora, não figura mais.
Michelle no ataque/ Com a prisão de Wilmar Lacerda, ex-dirigente do PT, sob a acusação de pedofilia, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro partiu para cima. Em suas redes sociais, lembrou as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Sílvio Almeida e tascou: “Começo a pensar: será que a sigla do partido significa
Partido Taradão?”
26 vídeos/ Apesar de afirmar que não guarda rancor, Pablo Marçal (PRTB) lembrou que Silas Malafaia não fez nenhuma crítica gravada ao candidato do PSol e dedicou 26 ao ex-coach. “Era muito simples resolver isso comigo, e não conseguiram resolver, nem o Bolsonaro, nem o Tarcísio, nem o Nunes, nem o Malafaia. Então, que Deus tenha piedade. Agora era bom o Malafaia ajudar pelo menos na oração, porque não gravou nenhum vídeo contra o Boulos, mas contra mim ele gravou 26”, falou ao final da
entrevista com Boulos.
Por falar em final…/ Marçal ainda aproveitou a audiência do encontro com Boulos para pedir votos a candidatos bolsonaristas em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Campo Grande e Fortaleza. Quer manter a influência no meio político e… ganhar dinheiro na internet com lives polêmicas como a de Guilherme Boulos.
Enquanto isso, no Maranhão…/ Em Imperatriz (MA), a candidata Mariana Carvalho (Republicanos), que recebeu na cidade a senadora Damares Alves e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, acaba de perder o apoio do presidente estadual do seu partido, Aluísio Mendes. Ele disse que não pode apoiar uma candidata que se aliou à “organização criminosa” de Josimar do Maranhãozinho, suspeito de desvio de recursos de emendas.
Entre as decisões que estão no forno do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a mudanças climáticas, está a exigência de que o governo federal desloque, ainda no período das chuvas, todo o aparato de combate a incêndios para os municípios que sofrem com a estação da seca. O levantamento indica que 20 municípios brasileiros concentraram praticamente 85% das queimadas deste ano. Portanto, se o governo atuar preventivamente nessas localidades, conseguirá evitar o país defumado.
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E tem mais/ A outra decisão judicial que vem por aí, porém, para o médio prazo, é cumprir a lei que estipulou o CAR (Cadastro Ambiental Rural) em 2012, ainda no primeiro governo da presidente Dilma Rousseff. E, a partir do CAR, acelerar o PRA (Programa de Regularização Ambiental). Com esses dois instrumentos será possível, por exemplo, exigir o reflorestamento de matas ciliares a proprietários que descumpriram a legislação em vigor. Vale lembrar que o governo federal não ficou nada feliz quando o ministro Flávio Dino determinou ações imediatas de combate aos incêndios. Mas, se não adotar medidas de prevenção, será obrigado a cumprir novas ordens judiciais relacionadas a um serviço que já deveria estar em fase de planejamento e separação dos recursos. Afinal, com a COP30 logo ali, é preciso mostrar agilidade na proteção ambiental.
Alerta aéreo
Panes em aviões da Força Aérea Brasileira têm ganhado alguma recorrência neste fim de ano. Primeiro, o avião de Lula que ficou no ar por mais de 4 horas queimando combustível para poder pousar. Agora, um caça caiu ao apresentar falhas. E não é por falta de recursos. O Ministério da Defesa tem R$ 9,4 milhões destinados à modernização e revitalização de aeronaves e sistemas embarcados.
Próximos capítulos
A contar pelas últimas reuniões dos congressistas, as propostas a serem analisadas para regulamentar as emendas se referem apenas aos orçamentos futuros. Conforme o leitor da coluna já sabe, o STF vai cobrar as destinações passadas, baseado na decisão da ministra Rosa Weber, em 2022. Sem o cumprimento do voto de Rosa, chancelado pelo plenário, não tem emenda impositiva liberada.
“Mais lento que tudo”
É grande a insatisfação de técnicos e até mesmo de parlamentares com o esvaziamento do Congresso devido ao segundo turno das eleições municipais. Várias pautas importantes estão paradas e sessões de comissões são desmarcadas na última hora. Resta saber se haverá tempo hábil para votar tudo que é essencial neste ano.
Oceano também pede socorro
O Brasil sai mal na foto do clima em 2024, e não apenas pelas queimadas. Os oceanos também preocupam, e pela sujeira. Um estudo da ONG Oceana Brasil revelou que o país é o 8º no ranking dos que mais jogam plástico nos mares, e o
1º da América Latina. Para quem quer sair bonito na COP29, em Baku, e sediará a COP30, em Belém, o brasileiro, de maneira geral, ainda tem muito a trabalhar nas questões ambientais.
Quem viu, quem vê/ Depois de dizer há alguns meses que Ricardo Nunes “não era o candidato ideal”, agora, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez questão de se associar ao prefeito. Disse que jogou no “meio campo” no primeiro turno.
O que ele quer/ Jair Bolsonaro age neste segundo turno para manter seu nome vivo junto ao eleitorado e mostrar que ainda é o grande representante da direita para 2026. Assim, se não conseguir ganhar na Justiça o direito de ser candidato, terá condições de indicar o nome do PL para concorrer contra o PT de Lula.
Portos em debate/ A Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) fará seu 11º encontro amanhã, no Clube Naval de Brasília, com a presença da secretária executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori (foto). O tema deste ano será “Transição energética no setor marítimo — ameaças e oportunidades para os terminais portuários brasileiros”.
A mudança é geral/ A descarbonização no transporte marítimo é considerada essencial para a agenda do clima. O modal é responsável por 3% das emissões de gases do efeito estufa em todo o mundo. A meta da Organização Marítima Internacional é chegar a 2050 com emissões líquidas zero. É preciso alinhar os esforços o mais rapidamente possível para cumprir esse objetivo.
Foto: Pedro França/Agência Senado
Depois de conquistar o apoio do PSB e do PDT, o senador Davi Alcolumbre ganhou o apoio formal do Progressistas de Ciro Nogueira, que tem sete senadores. Esta reunião do PP foi acertada ainda na viagem a Roma, onde Alcolumbre acompanhou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e Ciro Nogueira, ambos palestrantes do II Forum Internacional Esfera na capital da Itália. O apoio em bloco do partido em meio às eleições municipais é para evitar que o PP fique “solto” e possa ser procurado por outros postulantes, por exemplo, Rogério Marinho, do PL, que planejou concorrer, ou Soraya Thronicke, do Podemos.
Agora, se outros candidatos entrarem em contato com Ciro Nogueira em busca de apoio para comandar o Senado, Ciro tem na ponta da língua o discurso de que a bancada já decidiu em bloco apoiar a candidatura do atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre. Alcolumbre já tem encontros com os outros partidos agendados para fechar um leque de partidos até o final de novembro. No Senado, a corrida parece mais fácil do que na Câmara, mas não significa que Alcolumbre possa jogar parado. Até aqui, os partidos que o apoiam somam 22 senadores. Para vencer, ele precisa ter, pelo menos, 41, dos 81 senadores. Alcolumbre tem o apoio do presidente do Senado e há quem diga que, juntando seus apoios, já ultrapassou os 50 senadores. A eleição é em 1 de fevereiro de 2025.
Paul McCartney recebe camisa autografada por Pelé: ‘Eu te amo’
Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg
Em 2009, Pelé autografou uma camisa para Paul McCartney, mas nunca houve a oportunidade do encontro dos dois astros. O “tesouro” ficou guardado todos esses anos com Pepito Fornos, eterno assessor do Rei do Futebol e baixista como o ex-beatle. Na semana passada, ele entregou-a a Paul, em São Paulo.
Na camisa, Pelé escreve em inglês: “Paul, mantenha a bola rolando. Eu te amo. Pelé”. Paul McCartney agradeceu e disse que guardará como um tesouro. A ponte entre o ex-beatle e Pepito foi feita via Silvestre Gorgulho, que entrou em contato com Luiz Niemeyer, sobrinho de Oscar Niemeyer, que trouxe Paul ao Brasil.
Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg
Depois da viagem a Roma, onde acompanhou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao II Fórum Internacional Esfera, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), retoma a campanha para presidir a Casa com o objetivo de tentar sufocar as chances de candidaturas alternativas. Ele que até aqui havia deixado esse trabalho com os presidentes dos partidos, começa a marcar reuniões com as bancadas. A primeira será com o PP, de Ciro Nogueira.
Alcolumbre planeja ser candidato único. Para isso, tem que dobrar o PSD, que tem a senadora Eliziane Gama (MA) como pré-candidata; o PL, que também se movimenta em torno do senador Rogério Marinho (RN); e o Podemos, que tem a senadora Soraya Thronicke (MS) na disputa.
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Instituições sob risco
As autoridades planejam nova reunião depois das eleições municipais para verificar o que é possível fazer em termos de legislação e operações policiais para conter a violência nos pleitos. A uma semana do segundo turno, os ataques não cessam, haja vista o atentado a tiros contra o prefeito-candidato de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva (Podemos), na sexta-feira. A avaliação é de que o crime organizado se infiltrou de vez no sistema e é preciso dar um basta nisso.
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Mercado desconfiado
Apesar de a economia estar crescendo, os agentes financeiros continuam com o pé atrás em relação ao Brasil. Isso porque, embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteja rouco de tanto falar em corte de gastos, o PT — partido ao qual ele é filiado — e o Palácio do Planalto ainda não mostraram qualquer atitude mais incisiva nesse sentido.
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Chuvas e número
Daqui até o dia da eleição, Guilherme Boulos (PSol) centrará sua campanha nos estragos causados pelos temporais na cidade de São Paulo e, de quebra, massificar o número. A avaliação da campanha é de que ele perdeu muitos votos porque os eleitores não sabiam o número do PSol. Ontem, na live com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava em letras garrafais: “Em São Paulo, nosso candidato é 50”.
Mais chuvas e mais número
No MDB, a ideia também é massificar o número 15 do partido. As chuvas também estão na ordem do dia, porém, como uma justificativa para o candidato Ricardo Nunes não comparecer aos debates. A avaliação é de que não tem cabimento o prefeito ficar debatendo com o adversário em vez de estar trabalhando.
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CURTIDAS
De Pelé…/ Em 2009, Pelé autografou uma camisa para Paul McCartney, mas nunca houve a oportunidade do encontro dos dois astros. O “tesouro” ficou guardado todos esses anos com Pepito Fornos, eterno assessor do Rei do Futebol e baixista como o ex-beatle. Na semana passada, ele entregou-a a Paul, em São Paulo (foto).
… para Paul/ Na camisa, Pelé escreve em inglês: “Paul, mantenha a bola rolando. Eu te amo. Pelé”. Paul McCartney agradeceu e disse que guardará como um tesouro. A ponte entre o ex-beatle e Pepito foi feita via Silvestre Gorgulho, que entrou em contato com Luiz Niemeyer, sobrinho de Oscar Niemeyer, que trouxe Paul ao Brasil.
Sem previsão/ Com o segundo turno da eleição no próximo domingo, o Parlamento continuará esvaziado. E a tendência é que permaneça assim na semana seguinte ao pleito, por causa do feriado. Tem muita gente dizendo que, enquanto não estiver tudo desenhado em relação às emendas, não haverá grande movimento na Casa.