Autor: Mariana Niederauer
Coluna Brasília/DF, publicada em 23 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ainda não disse sim a uma possível candidatura presidencial e nem o fará neste momento, mas em suas redes sociais e discursos, especialistas perceberam uma mudança sutil na direção da corrida ao Planalto. Tarcísio hoje se refere mais ao Brasil e coloca várias iniciativas de seu governo como “algo que ninguém fez em lugar nenhum no país”, por exemplo, a política industrial voltada para a vocação de cada região no estado. Dia desses, foram prestadas homenagens à esposa, Cristiane, já chamada de “Michelle Bolsonaro 2.0” por muitos observadores. Ela tem se dedicado ao fundo social São Paulo, como as primeiras-damas anteriores, e tem várias iniciativas de atendimento à população. O casal não está a passeio por ali.
O primeiro ensaio/ No trio elétrico, ao lado de Bolsonaro na manifestação há uma semana, no Rio de Janeiro, Tarcísio usou uma camisa azul do Brasil, com o seu nome e o número 10 nas costas, o do Republicanos nas urnas. Por ter pontes com todos os partidos de centro e o PSD de Gilberto Kassab em seu governo, as circunstâncias para atrair a turma de centro que está com Lula são consideradas as melhores possíveis. A preços de hoje, o que se diz nos bastidores é que, se o ex-presidente Jair Bolsonaro quiser mesmo derrotar o PT de Lula, Tarcísio é o caminho mais seguro.
Movimentos I
Com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o deputado Arthur Lira (PP-AL) em sua comitiva ao Japão e ao Vietnã, o presidente Lula aproveitará para acertar o roteiro congressual daqui até o final do ano, ver o espaço das reformas econômicas e ministerial, e, de quebra, sondar os projetos eleitorais.
Movimentos II
A prioridade é firmar um acordo de cavalheiros a fim de permitir a boa tramitação da agenda econômica do Poder Executivo, com prioridade para a isenção do Imposto de Renda a quem recebe até R$ 5 mil mensais. E, se acertar os ponteiros com Davi e Hugo, será meio caminho andado.
Tem que reagir…
Depois do gás de cozinha e dos combustíveis, o crime organizado começa a entrar no setor de telecomunicações, em especial, os provedores de internet. No Ceará, várias empresas fecharam.
… agora
Alarmado com a situação em seu estado, onde alguns municípios tiveram sérios problemas na eleição por causa da interferência do crime organizado, o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) apresentou um projeto que transforma esse tipo de crime em terrorismo.
CURTIDAS
No aquecimento/ Aos poucos, a reforma administrativa ganha espaço na agenda do parlamento. No final da tarde desta terça-feira, a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sediará o evento A necessária modernização do estado, com a participação do ex-presidente Michel Temer e uma série de parlamentares e representantes do setor produtivo.
Virou o Hulk…/ O presidente da Câmara, Hugo Motta, aprendeu a usar as redes sociais como ninguém. Tem hoogle, para explicar os termos técnicos do Legislativo, tem agenda e discursos. Na semana passada, ao listar a série de compromissos que terminou com o embarque para o Japão, postou um vídeo tomando suco verde e virando o personagem da Marvel.
… e causou polêmica/ A brincadeira bem-humorada de Hugo viralizou, mas alguns consideram um recado àqueles que o criticaram por causa das declarações sobre a ausência de exilados políticos no Brasil e já teve quem dissesse que presidente da Câmara pode muito, mas não pode tudo.
Debate importante/ O cenário de Investimentos estrangeiros no agronegócio brasileiro é o tema do CB Forum, nesta terça-feira, 25 de março, a partir das 9h30, no auditório do jornal, com transmissão pelas redes sociais do Correio.
“Trapaça” no ar/ O jornalista Luís Costa Pinto lança esta semana o podcast Trapaça, mesmo nome do livro em que contou os bastidores da investigação do processo que levou ao impeachment do presidente Fernando Collor. A primeira temporada vai ao ar em 25 de março.
Coluna Brasília/DF, publicada em 22 de março de 2024, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Os partidos começaram a conversar sobre as premissas capazes de garantir a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais. Primeiramente, a contar pela avaliação que muitos líderes já fizeram junto às bancadas, será muito difícil ficar contra essa proposta, que beneficia os mais pobres. Porém ninguém quer aumento de carga tributária nem compensações que possam afetar quem gera emprego, ou seja, capaz de comprometer o setor produtivo. Até se aceita algum aumento para quem recebe acima de R$ 50 mil mensais, mas isso terá de vir acoplado a um corte de despesas do governo.
Essa é a visão, especialmente, dos partidos de centro. Eles são fundamentais para aprovar qualquer proposta na Casa. Aliás, quem conhece do Orçamento, é direto ao se referir à necessidade de ampliar os cortes de gastos: “A arrecadação cresceu 9,4%, e o gasto, 16%. Temos de pensar no Brasil e no cidadão. Sou a favor da redução da carga, voto a favor da isenção, mas o governo tem que fazer sua parte também, cortando gastos”, cobra o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE).
Questão de lastro
Até aqui, as recusas para participar do governo foram de Rodrigo Pacheco (PSD) e de Isnaldo Bulhões (MDB). Porém não foi bem assim. No caso do PSD, líderes partidários no Senado e na Câmara, Omar Aziz (AM) e Antonio Brito (BA), fizeram vários movimentos em apoio aos atuais ministros, Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), o que fechou a perspectiva de mudança dos atuais ministros.
Questão de peso
No caso do MDB, a oferta do comando da liderança do governo na Câmara não agradou. Se Isnaldo Bulhões foi preterido na hora de escolher o ministro de Relações Institucionais, não seria o cargo de líder do governo que iria servir de compensação.
Engarramento baiano
Ao acenar com a perspectiva de concorrer ao Senado, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, terá como parceiro nessa empreitada seu padrinho político, o senador Jaques Wagner, considerado candidatíssimo à reeleição. Difícil o PT ficar com a indicação das duas vagas.
Alguém vai sobrar
Jerônimo Rodrigues, também do PT, é candidato à reeleição para o governo da Bahia e, se quiser atrair aliados, terá de ceder uma das vagas ao Senado a outro partido.
O grande eleitor do DF/ A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, fez questão de ser a anfitriã do almoço para comemorar o aniversário do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para bons entendedores da política em Brasília, está claro que os três caminharão juntos na eleição de 2026 na capital da República, e Celina é a candidata do casal Jair e Michelle Bolsonaro ao GDF no ano que vem.
A dúvida é o Senado/ Michelle é tida como o nome para concorrer a uma vaga de senadora, ao lado do governador do DF, Ibaneis Rocha, caso o MDB caminhe junto com os bolsonaristas.
Constrangimento em “casa”…/ Ao prestigiar o evento de mulheres do seu partido no Centro de Convenções Brasil 21, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), passou por um momento de tensão, quando foi questionado por uma senhora que tentou se aproximar dele no palco e foi barrada pela segurança.
… ele não esperava/ Ela cobrou de Motta a declaração sobre não haver “exilados políticos” no Brasil. “Sou mãe de um exilado político”, disse, referindo-se ao filho que participou do ato de 8 de janeiro. Se está assim no Republicanos, imagine se fosse um evento do PL.
Coluna Brasília/DF, publicada em 23 de fevereiro de 2025, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
Luiz Inácio Lula da Silva abriu o segundo tempo de seu terceiro governo com uma certeza: embora tenha uma relação cordial com os atuais presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), nenhum deles tem com ele a conexão que tinha com aqueles que governaram as casas legislativas quando o petista foi presidente pela primeira vez. De 2003 a 2005, seus primeiros dois anos de mandato, o PT comandou a Câmara com João Paulo Cunha. Depois de Severino Cavalcanti, foi Aldo Rebelo (PCdoB-SP), aliado de primeira hora. E, por fim, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Michel Temer (MDB-SP), que saiu da Presidência da Casa para ser o vice na chapa de Dilma Rousseff ao Planalto. Em todos os casos, um telefonema ao presidente da Câmara ajudava a tirar um projeto de pauta ou acelerar outros temas. Desta vez, quem manda é o colégio de líderes.
No Senado, também não é diferente. Alcolumbre ajuda o governo, mas sempre deseja algo em troca. Lá atrás, ainda no governo Bolsonaro, como presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, segurou a indicação do ministro André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). Até aqui, Alcolumbre tem sido aliado do governo. Inclusive, jogou para escanteio a proposta de anistia, ao dizer que não era pauta do povo brasileiro.
Os riscos da reforma
Na festa de aniversário do PT, no Rio de Janeiro, algumas cabeças do partido se referiam ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, como o futuro titular da Saúde. O problema é que, até aqui, ainda não tem nada confirmado sobre a presença de outro partido entre os ministros palacianos. Se ficar tudo com o PT, vai ser difícil o compromisso das agremiações de centro com Lula, em 2026.
O candidato
No ato de ontem, no Rio, Lula discorreu sobre todos os números positivos do governo e lembrou que os militantes vão receber todas as informações para, desde já, promoverem o debate país afora. Para muitos, é sinal de que ele será candidato à reeleição. Com a saúde em dia, não há motivos para arriscar outro nome.
Enquanto isso, em Brasília…
O PL se prepara para o ato de 16 de março, em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, e está com o pessoal dedicado ao treinamento de redes sociais, inclusive, para responder à delação do tenente-coronel do Exército Mauro Cid — o ex-ajudante de ordens a quem os Bolsonaro têm se referido com termos impossíveis de serem repetidos na frente de crianças.
A bem da verdade
Lula mencionou, em seu discurso, que o PT precisa defender a verdade, mas cometeu uma imprecisão ao dizer que “derrotou Fernando Henrique Cardoso”. Na verdade, Lula derrotou José Serra, em 2002, e o seu atual vice-presidente, Geraldo Alckmin, em 2006. FHC derrotou Lula em 1994 e 1998. Nas duas vezes, o tucano venceu em primeiro turno.
CURTIDAS
Homenageada/ O discurso da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ontem, teve ares de despedida, uma vez que ela deixa o cargo em breve. Sua trajetória foi lembrada num vídeo exibido na festa. Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), é o nome de Lula para ocupar a presidência do partido.
Os incomodados que se mordam/ A primeira-dama Janja da Silva foi citada em vários discursos na festa do PT, sobretudo pelo papel que representou no 8 de Janeiro de 2023, ao bater o pé contra a sugestão de instalação de uma GLO (Garantia da Lei da ordem) sob comando de militares. Foi fundamental ali e, a contar pelo que disse o presidente, continuará a ter voz ativa a seu lado, tal e qual teve Marisa Letícia, mencionada ontem por Lula.
Equidade de gênero na política/ Celebra-se amanhã o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil. Entretanto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ocupam apenas 17,9% das cadeiras na Câmara dos Deputados. Para Ana Paula Aguiar, autora de História, Sociologia e Filosofia, do Sistema de Ensino pH, “o direito ao voto foi um passo essencial na ampliação dos direitos das mulheres, mas projetos educacionais podem formar cidadãos conscientes da importância da participação feminina na democracia”.
Igualdade de gênero no Parlamento/ O novo painel do túnel da Câmara aborda a Pequim 30, marco global de políticas para alcançar a igualdade de gênero e empoderamento feminino no mundo. A exposição aborda esse tema na política brasileira.
Em abril/ A Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) vai inaugurar seu próprio espaço no Lago sul, a Casa Liberdade, em 8 de abril. A ideia é ter um ambiente para realizar eventos semanais, mas mantendo encontros no Senado e Câmara.
Sem provas de destinação, R$ 4,2 bi em emendas estão fadados ao cancelamento
Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg
Os líderes partidários querem que o presidente da Câmara, Arthur Lira, responda aos pedidos do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal, pior do que não responder é ficar sem emendas liberadas. Da parte da Câmara, a resposta tem sido um pedido para que o ministro de cada pasta contemplada com as sugestões dos deputados e senadores ao Orçamento esclareça quem são os beneficiários. Ocorre que o pedido de Dino nada tem a ver com apenas o conhecimento dos padrinhos das emendas. Ele quer provas do cumprimento de todas as etapas, ou seja, os documentos relativos à aprovação da destinação de cada centavo das emendas de comissões da Câmara e do Senado, lá em 2023, para tirar a suspeita de que não se trata de emendas da cúpula do Legislativo travestidas de emendas de comissão.
Em tempo: se não houver essas provas, os R$ 4,2 bilhões estão fadados ao cancelamento. E durma-se com um barulho desses.
É assim que a banda toca
O modus operandi dos deputados em relação a emendas orçamentárias tem sido aprovar um texto genérico para o estado e, ao empenhar o valor, estabelecer o município beneficiado. Assim, eles tentam evitar brigas com prefeitos menos aquinhoados.
Não confunda
As reuniões das comissões técnicas canceladas no final do período legislativo deste ano para que os parlamentares pudessem se concentrar no plenário nada têm a ver com os pedidos de Flávio Dino. Afinal, o Orçamento de 2024, ao qual se refere a decisão do ministro do STF, foi aprovado em 22 de dezembro de 2023. O cancelamento das reuniões impediu que se avaliasse o Orçamento de 2025, a ser votado no ano que vem.
Arrependidos
Alguns líderes comentam que, se a Câmara separasse um tempo deste ano para votar a proposta de emenda constitucional (PEC) que limita as decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino não teria meios de segurar as emendas sozinho. Precisaria contar com o colegiado.
Extremos climáticos
Se tem alguma área que não desfrutará de folga neste fim de ano é a Defesa Civil. Com 18 estados da Federação em alerta e uma infraestrutura que deixa a desejar, haja vista a queda da ponte na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, não está descartada a suspensão do recesso de quem trabalha nesse setor.
CURTIDAS
Por enquanto, não saem/ O ex-deputado Daniel Silveira seguirá preso, assim como os generais Braga Netto e Mário Fernandes, presos na operação que investiga o plano de golpe de Estado, com sequestro e/ou assassinato de autoridades.
Vai que é tua/ O líder do Republicanos, Hugo Motta, continuava em Brasília nesta semana, em conversas com vários parlamentares. É ele quem terá de usar toda a sua habilidade política para buscar um acordo sobre as emendas quando o Congresso voltar à ativa, em fevereiro.
Só rabo de foguete/ As contas dele indicam que, além das emendas, haverá pressão para derrubar o decreto do presidente Lula a respeito da segurança pública e para aprovar uma emenda constitucional que limite as decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal.
Você já sabia/ Desde o início da crise entre STF e Congresso, o leitor da coluna foi informado que a intenção de Flávio Dino era não ceder no quesito transparência das emendas de 2024. O ministro continuará nessa toada.
Prisão de Braga Netto divide o PL, mas Bolsonaro segue unânime
Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg com Eduarda Esposito
A prisão do general Walter Braga Netto dividiu o PL. Um segmento age como se a legenda não tivesse nada a ver com isso e trata de manter distância regulamentar do suposto planejamento de golpe de Estado investigado pela Polícia Federal (PF).
Outro segmento, mais próximo do ex-presidente e grato a ele pela projeção política, quer que a legenda se dedique, dia e noite, a dizer que tudo não passa de uma armação para sufocar os conservadores politicamente. Essa é a posição, por exemplo, da líder da minoria na Câmara dos Deputados, Bia Kicis (PL-DF).
Mas num ponto todos concordam: Bolsonaro é o maior cabo eleitoral do partido e necessário nos palanques de 2026.
» » »
Se no PT a maior preocupação, hoje, é a saúde do presidente Lula, no PL a apreensão se dá pelo que alguns chamam de “capacidade respiratória eleitoral” de seu maior ativo — Bolsonaro. O fato de estar inelegível pesa, mas não acaba com o PL, porque o ex-presidente sempre poderá fazer o papel de vítima nos eventos partidários pelo Brasil.
Agora, se Bolsonaro for preso, a situação se complica. Isso porque, para alguns integrantes do partido, enfraquece a tese — que os bolsonaristas tentam empreender — de que o ex-presidente não teve qualquer participação nos episódios. Inclusive, viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022.
A queda de braço de 2025
Depois da guerra pelas emendas parlamentares, as indicações para as agências reguladoras prometem ser o grande embate entre os poderes Executivo e Legislativo. Hoje, são 15 vagas disponíveis nas instituições. Até o final do mês, serão 18. E esse número vai subir para 20 até o início do próximo ano.
Questão de percentual
As dificuldades em fechar as indicações das agências, e votar as que já foram feitas, se deve à mudança de “padrinhos”. No governo Bolsonaro, os ministros indicavam a metade das vagas das 11 agências e o Congresso ficava com a outra metade. O governo Lula quis mudar isso. O Poder Executivo indicaria 70% das vagas e os congressistas, 30%. Não colou.
Pegar ou largar
Até aqui, o governo tenta resolver a conta-gotas. Aceitou a indicação do senador Eduardo Braga (MDB-AM) para uma vaga na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e outra do senador Otto Alencar (PSD-BA) na Agência Nacional de Petróleo (ANP). É um meio-acordo. E não resolveu tudo. Se não repassar metade das 20 vagas, a briga vai continuar.
Pimenta fecha o verão
Com a volta de Lula a Brasília, até o final desta semana, alguns apostam que ele mudará a comunicação do Planalto. Porém, o secretário de Comunicação do governo, Paulo Pimenta, tem dito a amigos que ficará no cargo até março, na semana do carnaval.
CURTIDAS
Enquanto isso, em São Luís…/ O presidente do PL, Valdemar Costa Neto (foto), soube da prisão do general Braga Netto ao desembarcar na capital do Maranhão. “Não tenho nem o que comentar. Preciso primeiro ver os autos”, disse à coluna.
… cautela e canja de galinha/ A preocupação, agora, é organizar o partido, seus prefeitos e vereadores eleitos. Afinal, é deles que o PL pretende tirar forças para construir uma grande bancada
em 2026.
Ironia do destino/ Na quinta-feira, a PF iria cumprir o mandado de prisão do general Braga Netto, mas ele estava em Maceió com os netos. Na sexta-feira, era o dia do AI-5 e poderia parecer revanche. O sábado pareceu o melhor momento. Justamente, data do aniversário da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Estão vindo com tudo para cima dos conservadores”/ Da deputada Bia Kicis (PL-DF), indignada com a prisão do general Braga Netto e certa de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), quer prender Jair Bolsonaro.
Tentativa de golpe provoca racha entre partidos conservadores
Os líderes de partidos mais conservadores se dividiram em relação aos reflexos políticas relacionados à prisão de envolvidos num plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Enquanto os que devem sua eleição ao bolsonarismo garantem que é preciso ter o sobrenome Bolsonaro na urna de 2026 e leva às ruas essa defesa de uma candidatura do ex-presidente, os partidos de centro querem distância. A ordem é encontrar alguém que possa herdar os votos, mas que esteja blindado em relação ao planejamento de um golpe de Estado e de assassinatos — e até aqui, eles não têm total segurança dessa blindagem em relação ao ex-presidente. Embora 2026 ainda esteja longe, todos estão escolhendo as peças para os
seus tabuleiros.
Deixe para depois
Essa Operação Contragolpe, que prendeu o general Mário Fernandes, enterrou de vez qualquer chance de instalar uma comissão de anistia este ano. E a depender da disposição do favorito para ocupar a Presidência da Câmara, só após as investigações é que será possível avaliar esses projetos.
Evitem “marola”
A antecipação da escolha dos candidatos a presidente da Câmara e do Senado está diretamente relacionada com a intenção do PT e da cúpula dos Poderes de não deixar prosperar novos pontos de tensão. Obviamente, ninguém imaginava que se chegaria a uma explosão na frente ao STF. Mas era preciso evitar grandes embates entre os partidos.
Tal e qual 2023
Quem acompanha de perto esses movimentos políticos no Parlamento, com a visão ampla dos janelões do Palácio do Planalto, considera que, há quase dois anos, foi preciso apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) justamente para evitar maiores tensões logo depois do 8 de janeiro de 2023. Agora, não será diferente.
Quem for culpado que se quebre
As Forças Armadas tomaram distância regulamentar desses planos para evitar posses de presidente eleito, leia-se golpe, ou assassinatos. Tanto é que já puniram alguns e há outros sob investigação. Não dá para sujar a imagem dos militares brasileiros dedicados ao país com planejamentos de golpes e afins.
Se não fosse Janja…
O G20 Social foi considerado um gol de placa do governo por empresários que acompanharam o evento, na região portuária do Rio de Janeiro. Colocou temas importantes em pauta e permitiu a inclusão da sociedade civil, reduzindo as manifestações de rua. Alguns, inclusive, avaliam que se não fosse a derrapada de Janja xingando Elon Musk, o evento teria tido um espaço muito maior para os seus debates. O xingamento, porém, se sobressaiu, ofuscando parte das discussões.
Checagem de trabalho
Muitos usuários da rede social X têm usado os dados da Câmara dos Deputados para averiguar quantos dias trabalhados, recessos e faltas de parlamentares que não apoiaram a PEC do 6×1 tiveram em 2024. Um dos verificados foi o deputado Luciano Bivar (União-PE), que segundo o levantamento teve 36 dias de trabalho na casa, 253 folgas e 34 faltas.
Olá querido!
Como é de praxe nas visitas do presidente da China, Xi Jinping, a outros países, a embaixada organiza seus cidadãos radicados no local por onde ele passará para recebê-lo. A Avenida das Nações, por exemplo, foi ocupada por chineses munidos de bandeiras do Brasil e da China para saudar as autoridades. Os voos para Brasília estavam lotados de chineses, que vieram ver de perto seu líder político.
Comitê de gênero toma posse
A diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Flávia Takafashi, dará posse, amanhã, ao Comitê-Geral de Gênero e Diversidade do Setor Aquaviário, às 10h, no Plenário do Conselho Federal da OAB. Ela reuniu um time de lideranças femininas para formular e implementar ações de equidade e empoderamento de mulheres. Entre as conselheiras que serão empossadas nessa cerimônia, estão a secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori; Eliana Santos, representante da Confederação Nacional do Transporte (CNT); Monica Monteiro, da Confederação Nacional da Indústria (CNI); e a jornalista Kátia Cubel, presidente do Prêmio Engenho Mulher.
Consciência negra
Ainda temos muito a fazer no sentido de resgatar a cidadania e garantir a igualdade racial. Bom feriado a todos.
COP30 será chance de Helder Barbalho buscar candidatura majoritária
Da coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg
O governador do Pará, Helder Barbalho, caminha para ganhar maior visibilidade no ano que vem, ao ver seu estado sediar a COP30. Seus aliados acreditam que será a chance de ele se apresentar para voos nacionais, seja uma candidatura própria do MDB ao Planalto, seja uma vice. Ele prefere deixar 2026 para tratar em 2026, mas os recados para o presidente Lula, a quem o MDB apoiou no segundo turno de 2022, são dados desde já. “Quem imagina que Lula foi eleito por um partido político está equivocado. Lula foi eleito a partir de sua liderança pessoal e teve a adesão de uma ampla aliança. Não tenho dúvida de que será nesse contexto a necessidade para 2026”, afirma.
Helder acredita que, quem ficou “capturado nos polos”, precisa entender a mensagem deste ano, em que a população se afastou desses polos. Ele cita, inclusive, o caso de São Paulo: “Quando Ricardo (Nunes) vai para o segundo turno, demonstrando que era capaz de uma frente ampla contra um líder popular, mas afeito a um segmento mais restrito, eis o resultado. Isso é uma sinalização e uma clara evidência de que a sociedade está num reposicionamento sobre qual critério irá prevalecer na escolha de seus representantes”.
O posicionamento de Helder, dizem aliados do governador, está cristalino. Se Lula ficar apenas com o PSB de Geraldo Alckmin e os partidos mais à esquerda, as chances serão reduzidas. Não por acaso, o presidente já disse que espera não ser necessário concorrer em 2026, em entrevista à CNN. Esse jogo de construção de maioria e amplitude é o que deve ser jogado em 2025. É o que tem funcionado contra radicais de direita e de esquerda.
Discurso para a saída
Com a reforma ministerial logo ali, o corte de gastos dará discurso para que alguns ministros deixem o governo. Se cortar demais em alguns cetros, já tem gente pensando em limpar as gavetas. O caso público é o do ministro da Previdência, Carlos Lupi. Mas outros estão de molho para, se for o caso, seguir no mesmo caminho.
O tempo é deles
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino não tem pressa para resolver a suspensão das emendas ao Orçamento. Ele já fez chegar aos parlamentares que só irá tratar desse tema depois que a regulamentação em análise no Parlamento virar lei. Ou seja, tudo estiver no papel. Aí, ele irá estudar.
A lei não retroage
Ainda que os parlamentares apresentem um texto bem-feito e de acordo com os preceitos constitucionais de transparência e boa aplicação dos recursos, é preciso trazer à luz o que foi executado nos últimos dois anos. A conclusão é de que vai demorar muito a se encontrar uma solução para esse problema.
Preocupação…
A Frente Parlamentar pelo Livre Mercado (FPLM) questiona a possível decisão do governo em acabar com o saque-aniversário do FGTS. À coluna, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) afirmou que “a proposta representa uma restrição à liberdade financeira dos brasileiros, afetando especialmente aqueles que utilizam os benefícios para pagar dívidas e despesas essenciais”.
… & política
Tal e qual o corte de gastos e outras medidas impopulares, o governo estuda se é positivo mexer nisso a menos de dois anos da eleição de 2026 e irá com muita calma em relação a essa proposta. O Ministério do Trabalho, por exemplo, informou à coluna que não há uma decisão tomada. “Embora o ministro defenda o fim do saque-aniversário, a proposta ainda está sendo construída, e não temos novas informações.”
Terreno conhecido
O jantar do líder do Republicanos, Hugo Motta, com os líderes do PT, MDB, PP, PL foi lido no baixo clero, o grupo de parlamentares que forma a maioria da Casa, como uma mensagem clara de que aquele grupo continuará no comando da Câmara, sem maiores alterações, quando Hugo Motta assumir o comando.
O desconhecido
Aliás, a trajetória do líder do Republicanos será bastante explorada nos próximos meses. Ele chegou à Câmara com 21 anos, terminando o curso de medicina. E agora desponta como favorito para ocupar a presidência da Câmara. Não está ali a passeio.
A aldeia gaulesa
Os deputados que apoiam a candidatura do líder do PSD, Antonio Brito (BA), à sucessão na Câmara dos Deputados recorrem à famosa história em quadrinhos do gaulês Asterix contra o império Romano para falar da campanha pedessista. Terão dificuldades em ampliar território, mas, se continuarem na disputa, a avaliação é de que terão condições de montar um polo para começar a construir alternativas futuras.
Batizado
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e sua esposa, a CEO do grupo Esfera, Camila Funaro Camargo Dantas, estão em festa neste fim de semana. Eles batizaram o filho Pedro, de 4 meses e meio. A cerimônia foi na Paróquia São José, em São Paulo.
Sob as bênçãos do papa
Em viagem à Itália, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, teve encontro com o papa Francisco. A conversa girou em torno das mudanças climáticas, tema que preocupa nove em cada 10 governantes. Na saída, Francisco abençoou a bandeira capixaba. Casagrande entregou ao sumo pontífice uma imagem de São José de Anchieta. “Orgulho e esperança”, escreveu o governador.
Paul McCartney recebe camisa autografada por Pelé: ‘Eu te amo’
Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg
Em 2009, Pelé autografou uma camisa para Paul McCartney, mas nunca houve a oportunidade do encontro dos dois astros. O “tesouro” ficou guardado todos esses anos com Pepito Fornos, eterno assessor do Rei do Futebol e baixista como o ex-beatle. Na semana passada, ele entregou-a a Paul, em São Paulo.
Na camisa, Pelé escreve em inglês: “Paul, mantenha a bola rolando. Eu te amo. Pelé”. Paul McCartney agradeceu e disse que guardará como um tesouro. A ponte entre o ex-beatle e Pepito foi feita via Silvestre Gorgulho, que entrou em contato com Luiz Niemeyer, sobrinho de Oscar Niemeyer, que trouxe Paul ao Brasil.
Da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg
Depois da viagem a Roma, onde acompanhou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao II Fórum Internacional Esfera, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), retoma a campanha para presidir a Casa com o objetivo de tentar sufocar as chances de candidaturas alternativas. Ele que até aqui havia deixado esse trabalho com os presidentes dos partidos, começa a marcar reuniões com as bancadas. A primeira será com o PP, de Ciro Nogueira.
Alcolumbre planeja ser candidato único. Para isso, tem que dobrar o PSD, que tem a senadora Eliziane Gama (MA) como pré-candidata; o PL, que também se movimenta em torno do senador Rogério Marinho (RN); e o Podemos, que tem a senadora Soraya Thronicke (MS) na disputa.
***
Instituições sob risco
As autoridades planejam nova reunião depois das eleições municipais para verificar o que é possível fazer em termos de legislação e operações policiais para conter a violência nos pleitos. A uma semana do segundo turno, os ataques não cessam, haja vista o atentado a tiros contra o prefeito-candidato de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva (Podemos), na sexta-feira. A avaliação é de que o crime organizado se infiltrou de vez no sistema e é preciso dar um basta nisso.
***
Mercado desconfiado
Apesar de a economia estar crescendo, os agentes financeiros continuam com o pé atrás em relação ao Brasil. Isso porque, embora o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteja rouco de tanto falar em corte de gastos, o PT — partido ao qual ele é filiado — e o Palácio do Planalto ainda não mostraram qualquer atitude mais incisiva nesse sentido.
***
Chuvas e número
Daqui até o dia da eleição, Guilherme Boulos (PSol) centrará sua campanha nos estragos causados pelos temporais na cidade de São Paulo e, de quebra, massificar o número. A avaliação da campanha é de que ele perdeu muitos votos porque os eleitores não sabiam o número do PSol. Ontem, na live com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava em letras garrafais: “Em São Paulo, nosso candidato é 50”.
Mais chuvas e mais número
No MDB, a ideia também é massificar o número 15 do partido. As chuvas também estão na ordem do dia, porém, como uma justificativa para o candidato Ricardo Nunes não comparecer aos debates. A avaliação é de que não tem cabimento o prefeito ficar debatendo com o adversário em vez de estar trabalhando.
***
CURTIDAS
De Pelé…/ Em 2009, Pelé autografou uma camisa para Paul McCartney, mas nunca houve a oportunidade do encontro dos dois astros. O “tesouro” ficou guardado todos esses anos com Pepito Fornos, eterno assessor do Rei do Futebol e baixista como o ex-beatle. Na semana passada, ele entregou-a a Paul, em São Paulo (foto).
… para Paul/ Na camisa, Pelé escreve em inglês: “Paul, mantenha a bola rolando. Eu te amo. Pelé”. Paul McCartney agradeceu e disse que guardará como um tesouro. A ponte entre o ex-beatle e Pepito foi feita via Silvestre Gorgulho, que entrou em contato com Luiz Niemeyer, sobrinho de Oscar Niemeyer, que trouxe Paul ao Brasil.
Sem previsão/ Com o segundo turno da eleição no próximo domingo, o Parlamento continuará esvaziado. E a tendência é que permaneça assim na semana seguinte ao pleito, por causa do feriado. Tem muita gente dizendo que, enquanto não estiver tudo desenhado em relação às emendas, não haverá grande movimento na Casa.
Da Coluna Brasília-DF, por Carlos Alexandre de Souza
Dois documentos divulgados nos últimos dias mostram realidades opostas sobre a Venezuela. E revelam muito sobre o governo brasileiro, que mantém uma postura frágil em relação ao regime autocrático mantido por Nicolás Maduro.
O primeiro texto é a resolução do Foro de São Paulo. O documento elaborado pela organização de esquerda reconhece — com a assinatura do Partido dos Trabalhadores — a vitória de Maduro no simulacro de eleições realizadas em julho. Para o Foro de São Paulo, é fundamental preservar a “institucionalidade democrática da Venezuela e a autodeterminação do povo venezuelano com relação aos resultados eleitorais que deram a vitória ao presidente Maduro”.
A resolução do Foro de São Paulo se choca frontalmente com o relatório produzido pela missão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. O documento cita “detenções arbitrárias; uso excessivo da força para reprimir protestos, às vezes em colaboração com grupos civis armados; tratamento cruel, desumano ou degradante; além de violência sexual e baseada em gênero na Venezuela.
Esse quadro claramente opressor provoca, segundo a ONU, em “clima generalizado de medo entre a população”.
“Jogo democrático”
Além da Venezuela e de outros países latinoamericanos, o Foro de São Paulo comenta o cenário político brasileiro. Descreve as eleições municipais como um desdobramento do embate entre a “esquerda democrática” e a “extrema-direita golpista”, já ocorrido em 2018 e 2022. Na visão da organização esquerdista, trata-se de uma luta contra grupos que não aceitam o “jogo democrático” e atuam por meio de fake news.
Então tá
Ou seja: as eleições na Venezuela foram democráticas, e os adversários da esquerda são golpistas. Difícil acreditar que as conclusões do Foro de São Paulo não passam de narrativas.
Vozes divergentes
O reconhecimento do PT à vitória de Maduro provocou protestos de integrantes do partido. Em um primeiro momento, o deputado Reginaldo Lopes (MG) repudiou fortemente o posicionamento. Na quarta-feira, escreveu nas redes sociais: “A posição do PT sobre a Venezuela é desconectada com o que pensa Lula e a grande maioria dos simpatizantes do PT. Somos um partido conectado com a democracia. A posição do Maduro gera um constrangimento para a América Latina!”
Veja só
No dia seguinte, em aparente sinal de recuo, Lopes disse que suas colocações são no sentido de “provocar o pensamento crítico e discutir como podemos fortalecer e discutir do futuro do PT e do Brasil”.
Certo e errado
O ex-presidente do PT Tarso Genro foi incisivo. “Acho completamente errado o PT assumir uma posição de legitimar um governo que, mesmo controlando os cordéis do poder, não apresenta as atas que comprovem a sua vitória”, disse em entrevista à Globonews. Mas ressaltou: “Dizer que Maduro é um autoritário, manipulador de resultados eleitorais, não me obriga a ter simpatias pela oposição venezuelana”.
E o governo, hein?
É razoável supor que uma coisa é o pensamento do PT, outra coisa é a posição do governo do presidente Lula. Mas, quase três meses após o pleito venezuelano, a diplomacia brasileira continua a agir de modo preocupante em relaçao à escalada antidemocrática no país vizinho. Na semana passada, o Brasil se absteve de votar pelo prolongamento da investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Caracas por mais dois anos. Foi voto vencido.
****
Encontro marcado
Segundo o TSE, quase 34 milhões de eleitores poderão votar no segundo turno, marcado para o dia 27. Desse contingente, cerca de 9,3 milhões terão a chance de decidir nas urnas a corrida eleitoral na capital paulista. Do total de 51 municípios onde haverá nova votação, 15 são capitais.
*****
De volta
Uma das áreas mais atingidas na enchente que devastou o Rio Grande do Sul em maio, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, voltará a receber voos nacionais a partir de segunda-feira. O restabelecimento será parcial, em razão das obras de restauração do terminal. O Salgado Filho funcionará, inicialmente, das 8h às 22h, com utilização de apenas 1.730 metros dos 3,2 mil metros da pista de pouso principal.