Rir é bom: como é a professora de português?

Publicado em português

Muitos consideram a língua portuguesa pra lá de difícil. Há quem diga que é a mais difícil do mundo. Mito? Verdade? Todas as línguas de cultura têm complexidades. Daí por que estudamos fonética, morfologia, sintaxe. À medida que avançamos nos mistérios do idioma, mais o dominamos. Ele se torna nosso aliado. Permite até que o transformemos em objeto de brincadeiras. Vale o exemplo do texto abaixo, encaminhado por Mirtô Fraga.

Como é uma Professora de português?

Professora de português não nasce; deriva-se.
Não cresce; vive gradações.
Não se movimenta; flexiona-se.
Não é filha de mãe solteira; resulta de derivação imprópria.
Não tem família; tem parênteses.
Não envelhece; sofre anacronismo.
Não vê TV; analisa o enredo de uma novela.
Não tem dor aguda; tem crônica.
Não anda; transita.
Não conversa; produz texto oral.
Não fala palavrão; profere verbos defectivos.
Não se corta; faz hiato.
Não grita; usa vocativos.
Não dramatiza; declama com emotividade.
Não se opõe; tem problemas de concordância.
Não discute; recorre a proposições adversativas.
Não exagera; usa hipérboles.
Não compra supérfluos; possui termos acessórios.
Não fofoca; pratica discurso indireto.
Não é frágil; é átona.
Não fala demais; usa pleonasmos.
Não se apaixona; cria coesão contextual.
Não tem casos de amor; faz romances.
Não se casa; conjuga-se.
Não depende de ninguém; relaciona-se a períodos por subordinação.
Não tem filhos; gera cognatos.
Não tem passado; tem pretérito mais-que-perfeito.
Não rompe um relacionamento; abrevia-o.
Não foge a regras; vale-se de exceções.
Não é autoritária; possui voz ativa.
Não é exigente; adota a norma padrão.
Não erra; recorre a licenças poéticas
. (autor desconhecido)