É epidemia? Não é epidemia? O ministro da Saúde esperneou. Mas não teve saída. Precisou reconhecer que o número de casos registrados caracterizam epidemia. Nove estados têm mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Até 18 de abril, somaram-se 745,9 mil infectados. Valha-nos, Deus! Reconhecido o drama, vale jogar luz sobre três parentes que provocam senhora confusão — endemia, epidemia e pandemia. O trio […]
“Medo de perder receita leva Planalto a pressionar parlamentares para que não reduzam, de 8% para 12%, a contribuição de patrões à Previdência”, escrevemos na capa. Trocamos os números, não? Reduzir é diminuir. A ordem deve ser esta: … para que não reduzam, de 12% para 8%, a contribuição de patrões à Previdência.
Realeza se grafa com z. Inglesa, com s. Por quê? A resposta não está na pronúncia. Nos dois vocábulos, o som é o mesmo. A diferença tem a ver com a origem da palavra: 1. Os sufixos -eza e -ez formam substantivos abstratos derivados de adjetivo: limpo (limpeza) grande (grandeza), rico (riqueza), safado (safadeza), sutil (sutileza), macio (maciez), honrado (honradez), altivo (altivez), lúcido (lucidez), mudo […]
A dengue se espalha. Virou epidemia. Sobram enfermos e faltam hospitais. No país do jeitinho, improvisam-se tendas para os atendimentos inadiáveis. Ao expor o quadro dramático de São Paulo, repórter se referiu aos prontos-socorros. Ops! Duvidou da pronúncia. Socôrros ou socórros? Socorro joga no time de corpo. O ó é aberto como se tivesse baita acento agudo sobre a letra: corpos (córpos), prontos-socorros (prontos-socórros).
Que tal mandar o transmissor da dengue pro quinto dos infernos? São duas mortes. Uma: real. Sem água limpa parada, o bandido morre de inanição. A outra: metafórica. Grafar o nome do vilão como manda o dicionário, mata-o de raiva. São dois passos. Escreva-o em itálico. Aedes tem inicial maiúscula; aegypti, minúscula. Xô, Aedes aegypti.
“Louco e fanfarrão, o bufão não se prende muito a códigos de condutas sociais e nem se preocupa com etiquetas”, escrevemos na capa do Diversão & Arte. Olho no desperdício. Nem significa e não. Ao usá-lo, a conjunção sobra. Melhor: Louco e fanfarrão, o bufão não se prende muito a códigos de condutas sociais nem se preocupa com etiquetas.
Todos são iguais? Qual o quê! Existem os mais iguais. É o caso dos nobres. Nas veias de tão especiais criaturas, circula sangue azul. O vermelho fica pros outros mortais. Até no nome os aristocratas sobressaem. É o caso da Charlotte Elizabeth Diana. A princesa recém-nascida carrega o peso da tradição milenar da realeza britânica. Daí por que, logo que veio ao mundo, a menininha […]
Está correta a afirmação: “o melhor pós-venda”? Ou seria “a melhor pós-venda”? (Itanair Guilherme) O prefixo, Itanair, não altera o gênero da palavra primitiva. Venda é feminino. Pós-venda também: a melhor pós-venda.
“Isso sim é que é: `Faça o que eu digo; não faça o que eu faço.´”, escrevemos na pág. 8. Viu? As aspas fecham a citação, não o período, que começa antes. O ponto deve vir depois da duplinha. Assim: Isso sim é que é: “Faça o que eu digo; não faça o que eu faço”.
A Revista do Correio publicou esta frase: “A caneta não é uma Mont Blanc estrelada, tão comum nos bolsos de médicos renomados. É uma sem marca de grife”. O leitor Roldão Simas Filho leu. Levou um baiiiiiiiiiiiiiiiiiita susto. Passado o espanto, comentou: “Marca de grife é redundância. Grife já significa marca, rótulo, logotipo. Lembro que grifar é sublinhar; marcar palavra ou número com sublinha a […]