A mãe das mães

Publicado em português

Mãe é mãe. É colo. É acolhimento. É, sobretudo, nutrição. Não por acaso ela é identificada com Deméter, a deusa da agricultura. A história vem de longe, lá da mitologia grega. Perséfone encantava a todos por sua alegria e beleza. Era filha de Zeus, o deus dos deuses, e de da senhora das colheitas. Um dia, a garota veio à Terra dar uma voltinha. Hades, o senhor dos mortos, a viu. Apaixonou-se na hora. Então, sem mais nem menos, o chão se abriu e engoliu a mocinha. Antes de desaparecer, ela soltou um grito desesperado. A mãe ouviu.

Deméter procurou a filha durante nove dias e nove noites. Não a encontrou. Inconformada, consultou Hélio, o sol, que tudo vê. Ele sentiu muita pena da mãe. Falou-lhe do rapto. Ela se indignou. Disse que não voltaria ao Olimpo sem a filha, nem faria o que sempre fez — alimentar os mortais.

Faltou comida. Os homens passaram fome. Hermes, mensageiro de Zeus, prometeu trazer Perséfone de volta. Com uma condição: que ela não tivesse provado o alimento dos mortos. A moça voltou. Mas ficou pouco tempo. Ela havia comido três sementes de romã. Hades a levou de volta.

Zeus, então, arranjou uma saída. Todos os anos, Perséfone fica com a mãe durante nove meses. A Terra festeja com a primavera, o verão e o outono. Nos outros três, fica com o marido. Nesse período, a Terra se cobre de gelo. Os grãos não crescem. É o inverno.

 

Pãe e mai

O mundo mudou. As famílias também. Mãe assumiu o papel de pai, e pai o de mãe. A língua foi atrás. Criou vocábulos que traduzem a realidade. Ele é pãe. Ela, mai.

É festa

Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Avós, Dia das Crianças, Dia dos Namorados, etc. e tal são datas comemorativas. Nomes próprios, escrevem-se com a inicial grandona.