Crase 11: pronome possessivo

Publicado em português

O pronome possessivo joga no time dos liberais. Deixa o emprego do artigo à escolha do freguês. Veja:

Sua mãe está aqui. A sua mão está aqui.

Minha casa fica longe do centro. A minha casa fica longe do centro.

Meu carro roda bem e gasta pouco. O meu carro roda bem e gasta pouco.

Se o artigo é facultativo, a crase também é:

Fui à sua cidade. Fui a sua cidade.

Refere-se à nossa escola. Refere-se a nossa escola.

Dirigiu-se à nossa seção. Dirigiu-se a nossa seção.

Duvida? Apele para o troca-troca. Substitua o nome feminino por um masculino. Não precisa ser sinônimo. Se na mudança der ao, sinal de à. Caso contrário, a. Observe o jogo duplo:

Fui ao seu país. (Fui a seu país.)

Refere-se ao nosso clube. (Refere-se a nosso clube.)

Dirigiu-se ao nosso departamento. (Dirigiu-se a nosso departamento.)  

Olho vivo

Liberdade não é libertinagem. Tem limite. Qual? Depende da companhia. O possessivo vem acompanhado de substantivo? Se a resposta for sim, o artigo é facultativo. A crase, idem:

Não fui à sua sala. Não fui a sua sala.

O tira-teima não deixa dúvida:

Não fui ao seu quarto. Não fui a seu quarto.

Se o possessivo vem desacompanhado, o artigo se impõe. A crase também. Compare:

Não fui a (à) sua sala, mas à minha.

Vem, troca-troca:

Não fui a (ao) seu quarto, mas ao meu.

Cheguei a (à) nossa rua, não à sua.

Troca-troca: Cheguei a (ao) nosso bairro, não ao seu.

Desejou sorte a (à) sua família e à minha também.

Troca-troca: Desejou sorte a (ao) seu chefe e ao meu também.