Categoria: português
“Melhor prevenir do que remediar”, pensaram os secretários de Segurança do Espírito Santo, de São Paulo e de Minas Gerais. Os três estão com a barba de molho. Temem que a intervenção no Rio promova fuga em massa dos bandidos fluminenses, que se bandeariam para os estados vizinhos. Pediram, por isso, reunião com o ministro da Justiça. Pintou uma questão. Os fora da lei atravessariam […]
Que drama! A Venezuela conjuga o verbo faltar. Falta comida, falta remédio, falta segurança. O povo não tem saída. Precisa deixar o país. O destino mais fácil é o Brasil. Quase 50 mil vizinhos atravessaram a fronteira. Entre eles, uma criança com sarampo. Ops! Acendeu-se a luz vermelha. A doença está erradicada de Pindorama. Um caso pode comprometer décadas de campanhas pra lá de bem-sucedidas. […]
“As pessoas esquecerão o que você disse, esquecerão o que você fez, mas nunca esquecerão o que você as fez sentir.”
Flagrante = evidente (injustiça flagrante) ou ato de ser surpreendido (apanhado em flagrante, flagrante de pedofilia). Fragrante = perfumado: flores fragrantes.
Substantivo usado como adjetivo, fantasma tem duas manhas. Uma: grafa-se sem hífen. A outra: flexiona-se no plural: trem fantasma, funcionário fantasma, navios fantasmas, contas fantasmas.
Atenção, navegantes. Suicidar-se é sempre pronominal. Quem conhece a origem do verbo acha estranho. O caprichoso vem do latim. É formado de sui (de si, a si) + cídio (matar). Significa matar a si mesmo. No duro, não precisaria do se. Mas o teimoso bate pé. Exige o pronome e não abre: eu me suicido, ele se suicida, nós nos suicidamos, eles se suicidam.
Há duas formas de indicar o porvir. Uma é o futuro simples (mandarei). A outra, o composto (vou mandar). Nada do pleonástico irei mandar ou do inexistente vou estar mandando.
“Escrever”, ensinam os manuais, “é 10% de inspiração e 90% de transpiração”. Em outras palavras: escrever dá trabalho. E como! A gente tem de planejar, escrever e burilar o texto. Sem preguiça. A redação nota 10 não nasce na primeira tentativa. Nem na segunda. Nem na terceira. A cada versão o autor conjuga o verbo melhorar. Corta daqui, enxerta dali, troca palavras, muda parágrafos de […]
Com x ou ch? S ou z? As dúvidas são muitas. As respostas, escassas. Há poucas regras de grafia. A escrita correta do vocábulo é fruto muito mais de fixação da forma que de memorização de regras. Escrevemos hospital com h não por conhecer a etimologia da palavra ou por termos estudado norma especial. Mas por a vermos grafada dessa maneira. Por isso, quem lê […]
O neo– está em cartaz. Neomodernismo, neocapitalismo, neoliberalismo e por aí vai. Com hífen ou sem hífen? Depois da reforma ortográfica, neo– só aceita hífen antes de h e o. Com as demais letras, vem tudo colado como unha e carne: neo-humanismo, neo-hebraico, neo-ortodoxo, neo-orleanês, neoescola, neorrealismo, neossocialismo.