Abraham Weintraub
Abraham Weintraub Marcos Corrêa/PR Abraham Weintraub

Weintraub torna-se persona non grata em Brasília

Publicado em Eixo Capital
Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

A Câmara Legislativa aprovou, nessa quarta-feira (12/8), um título inédito: o de persona non grata. O “agraciado” é o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que, durante a gestão, fez muitas críticas à capital do país. Em uma reunião, que se tornou pública, Weintraub demonstra ódio por Brasília, ao dizer que a cidade era um “cancro de corrupção”, uma “porcaria”. A gravação foi divulgada por determinação do ministro Celso de Mello, do STF.

O deputado Chico Vigilante (PT), autor da moção, aprovada por unanimidade em votação simbólica, justificou: “Ele (Weintraub) merece o repúdio de toda a sociedade brasileira, e em especial da sociedade brasiliense. Além de sua pública e notória incompetência na condução das políticas educacionais e da sua completa falta de educação e de respeito à democracia e às instituições, ele também resolveu desmerecer a cidade e seus habitantes”.

Pelo visto, a antipatia de Weintraub por Brasília é recíproca. Nunca, na história da Câmara, foi aprovado um título dessa natureza.

O dono da bola

Se o time está perdendo, nada melhor do que suspender a partida para evitar uma goleada ainda maior. Foi o que aconteceu no site do Sindicato dos Professores das Empresas Particulares de Ensino do DF (Sinproep). A entidade lançou uma enquete para saber o que a classe pensa sobre a volta às aulas.

O questionamento foi retirado do ar quando o percentual dos favoráveis ao retorno presencial chegou a 70%. O Sindicato defende um ponto de vista contrário ao que esperam os professores, preocupados com a crise. Em meio à pandemia, uma em cada cinco escolas particulares anunciaram que vão fechar as portas.

Bessa: “Puro racismo”

A decisão da juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba, que causou comoção, nessa quarta-feira, ao citar a raça de um réu ao condena-lo por organização criminosa causou espanto geral. Para o criminalista Marcelo Bessa, que também já foi juiz, o episódio tem indícios claros de racismo. “Fosse feito por um advogado, hoje, ele estaria sendo execrado e sofrendo as consequências disso. É, ao menos em tese, racismo puro e simples”, afirma.

Emenda pior do que o soneto

Já o ministro do TCU Bruno Dantas quase não acreditou. No Twitter, ele postou: “ Confesso que quando li a tal sentença que presumia a culpa de um acusado de crime em razão de sua ‘raça’, achei que fosse montagem ou erro de um estagiário na hora de fazer ‘recorta e cola’. Mas os termos do ‘pedido de desculpas’ confirmaram o absurdo e pioraram o soneto”. A juíza Inês Marchalek Zarpelon pediu desculpas e disse que a frase, interpretada fora do contexto, foi retirada da sentença.

Contra a privatização do Parque Nacional

O advogado Marivaldo Pereira e o jornalista Chico Sant’Anna, ex-candidatos ao Senado pelo Psol-DF, pediram ao governo Bolsonaro informações sobre a privatização do Parque Nacional de Brasília. Os dados podem ser a base para uma ação popular. A área foi incluída no Programa Nacional de Desestatização.

A privatização do Parque Nacional como um todo e não apenas as piscinas da Água Mineral foi autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro. Informações advindas do Ministério do Meio-Ambiente apontam que também a Flona — Floresta Nacional de Brasília pode fazer parte do processo. Os autores da interpelação entendem que a privatização de todo o Parque interfere em competências específicas do Instituto Chico Mendes — ICMBio.

Professora vira símbolo contra aulas presenciais

A morte por covid-19 da professora Valéria Rocha, de 43 anos, da rede pública de ensino do DF, esquentou o debate nos grupos sobre a volta às aulas presenciais. Lotada na Escola Classe 45, de Ceilândia, Valéria era muito ligada ao Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), que defende aulas on-line com forma de proteger docentes, estudantes e as famílias.

Jovem lança romance que traz transtornos de ansiedade como pano de fundo

Nervosismo, apreensão, preocupação… Em tempos de pandemia e incertezas, todos temos vivido, em algum grau, momentos de ansiedade. Neste contexto, o jovem escritor Gabriel Ellan Lobato França, de 23 anos, lançou, nessa quarta-feira, o livro Meu nome é Azul, em formato digital e impresso. A obra de ficção, com tom autobiográfico, conta a história de um jovem que aprende a importância de fazer escolhas e lidar com as consequências delas. Muitos que sofrem com transtornos de ansiedade vão se identificar com o personagem principal.