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GDF quer cassar alvará de estabelecimentos com aglomeração

Publicado em Coluna Capital S/A

Por Samanta Sallum

O GDF busca uma forma legal para cassar o alvará dos estabelecimentos que não respeitarem as medidas de prevenção contra a covid-19. A ideia é apoiada pelo Sindicato dos Bares e Restaurantes no DF (Sindhobar).

Bar ou restaurante?

O governador Ibaneis chegou a dizer que queria liberar os restaurantes do lockdown e só fechar os bares. Mas esbarrou no problema de distinguir um do outro, pois há muitos bares que são também restaurantes. O próprio sindicato que representa o setor, ó Sindhobar, avaliou ser difícil separar as duas categorias de estabelecimento.

Prefeitos e praias 

A vinda de muitos prefeitos de todo o Brasil para a capital no mês passado atrás de verbas federais, a viagem de carnaval às praias que contaminou brasilienses e a migração de pacientes de outros estados reuniram os fatores para o aumento de casos por covid-19 e de ocupação de UTIs no DF.

A conta das UTIs

O GDF fez questão de esclarecer a matemática das UTIs para os empresários na reunião ontem no Palácio do Buriti. Garantiu que não houve redução de leitos de UTI na capital federal. Explicou que ocorreu apenas uma realocação de vagas para pacientes de outras áreas médicas, quando a pandemia parecia estabilizada. Segundo o GDF, o hospital de campanha no Mané Garrincha nunca teve leito de UTI. Tinha leitos de atendimento e recuperação para evitar que a situação de pacientes se agravasse. Então, não foi por ter sido desmobilizado que agora faltam UTIs.

Hora da verdade

O governador Ibaneis Rocha fez ontem um relato detalhado da situação da saúde no DF para um grande grupo de lideranças empresariais no Palácio do Buriti. Mostrou-se sensível aos pleitos do setor produtivo, que está contrariado com o decreto do lockdown. O resultado do encontro foi positivo e o segmento ficou menos aflito. A previsão é de que o cenário se normalize em 15 dias. Participaram representantes da Fibra, Fecomércio, Sebrae, CDL, Sindhobar, entre outros.

Lockdown divide médicos

O Conselho Regional de Medicina do DF é contra o lockdown como medida para controle da pandemia. Em documento enviado ao governador Ibaneis, a entidade presidida por Farid Buitrago Sánches (foto) alegou que a medida agrava a vulnerabilidade social e provoca transtornos mentais em crianças e adultos. A Faculdade de Medicina da Unb e a Sociedade de Infectologia rebateram a posição do CRM. E reiteraram apoio às medidas de restrição adotadas pelo GDF. “A situação é crítica e, como tal, exige intervenção imediata e categórica para diminuir o risco de perda de vidas. O isolamento social se faz necessário.”

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