Rumo ao fundo

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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         Criada em 2015, a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Fundos de Pensão tinha como propósito investigar um rombo de mais de R$ 46 bilhões nos Correios (Postalis), Petrobras (Petros), Caixa Econômica Federal (Funcef) e Banco do Brasil (Previ). Esse escândalo, de proporções gigantescas, lesou centenas de milhares de pensionistas associados, sendo mais de quinhentos mil prejudicados diretamente.

         As causas desse desastre podem ser debitadas a um misto de corrupção deslavada e má gestão proposital. As estatais sempre foram defendidas com socos e pontapés, sob o argumento de que eram patrimônios da nação e, como tal, jamais deveriam ser privatizadas e entregues à iniciativa privada. Como ficou patente após os trabalhos daquela CPI, as razões daquelas defesas eram singelas: as privatizações retirariam as minas de ouro fartas e exclusivas que passavam longe dos interesses dos trabalhadores e pensionistas. Afinal, no fim dessa história mal contada e sem fim, o Tesouro Nacional acabaria, como sempre, socorrendo essas estatais, deixando todo esse passivo monstruoso nas contas e costas dos pagadores de impostos.

         Ainda assim, os filiados tiveram que, por anos a fio, contribuir para quitar, mensalmente, esses rombos bilionários. Era muito dinheiro e deixado em mãos de gestores escolhidos cuidadosamente que “administravam” essas fortunas. Em dois anos, pouco depois desse escândalo, balanços feitos juntos aos fundos mostravam que esses rombos, devido a correções e outras atualizações, já beiravam os R$ 50 bilhões. Com a chave do cofre nas mãos, ficou ainda mais fácil o acesso a esses bilhões, porque seu controle e fiscalização pela União sempre foram deixados para as próprias estatais. Lembrando ainda que quando premido a realizar privatizações, aqueles governos cuidaram sempre para fazer com que os próprios fundos de pensão entrassem nesse negócio, comprando parte dos bens públicos vendidos na bacia das almas.

         Desse modo fica claro que buscar recursos, a fundo perdido, junto aos fundos de pensão das estatais, sempre foi um bom negócio para os mesmos. Os próprios trabalhadores dessas empresas, aprovavam esses empréstimos às cegas, certos de que iriam lucrar fábulas de dinheiro.

          Com a justiça e os órgãos de fiscalização do Estado fazendo cara de paisagem para aquelas práticas corriqueiras, o caminho para as minas de ouro estava amplamente pavimentado. Por certo, como ficou posteriormente verificado, os objetivos dessa rapinagem, ao estilo blitzkrieg, obedeciam muito mais a razões de consolidação de poder pessoal, do que a fatores de ordem ideológicas, como queriam que todos acreditassem. Quem quiser relembrar esse capítulo inacabado da nossa história pode conferir nos arquivos ainda disponíveis nas redes sociais e Internet em geral.

          Também é de importância mencionar que a recordação desses fatos obedece não apenas à missão de não deixar que essa história seja reescrita, mas, sobretudo, chamar a atenção para aqueles acontecimentos, que, segundo muitos pensionistas desses fundos, voltaram a se repetir com o mesmo modus operandi, à luz do dia e na cara de todos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Um critério puramente objetivo, de quantidades, irremediavelmente legitimaria o tráfico de pequenas quantidades. Não se resolve em um passe de mágica. Há pequena quantidade que é objeto de tráfico, assim como uma quantidade maior pode ser para isso.”

Senador Pacheco

Senador Pacheco. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Diga leitor

Proibiram os supermercados de usar sacola para guardar as compras para proteger a natureza. Mas se o estabelecimento quiser vender a mesma sacola para o consumidor, daí é permitido. Qual a natureza dessa iniciativa? Que meio ambiente foi protegido nesse caso?

Foto: Paulo Frazão/Rede Amazônica

 

Solução

Por falar em meio ambiente, as esponjas de pia fazem parte de um programa nacional de reciclagem promovido pela Scotch-Brite. No link Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas Scotch-Brite, as explicações detalhadas.

Arte: scotch-brite.com

 

Caixinha, obrigada

Um liquidificador da década de 60 pode perfeitamente estar funcionando hoje em dia. Com uma boa manutenção, nada impediria. Acontece que os celulares caríssimos, envelhecem rápido. Aplicativos que são atualizados não são comportados em aparelhos antigos. O caso abrange, inclusive, o Banco do Brasil, cujo aplicativo é rejeitado, por exemplo, no Galaxy Note4 modelo SM-N910C.

Imagem: Divulgação

Fortaleza

Os amigos mais próximos de Eduardo Jorge, do PV, comentam que ele tem um compromisso budista de só falar a verdade.

Reprodução/Partido Verde/Facebook/

 

História de Brasília

A primeira derrota que o se. Israel Pinheiro sofreu nos últimos anos foi recebida com tal esportividade que pouca gente parecia crer. O construtor de Brasília foi o quinto colocado no concurso de jardins e foi derrotado pelo seu ex-chefe de gabinete Ney Ururahy, que conquistou o primeiro lugar. (Publicada em 03.04.1962)

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