O que se multiplica e o que se subtrai no Brasil

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: TV Globo/Reprodução

 

Com exceção dos índios, desde o ano de 1500, nenhum outro ser humano ou estrangeiro que tenha aportado no Brasil veio com a intenção de ajudar os autóctones ou tão pouco somar esforços para o desenvolvimento do país.

Essa observação — que, à primeira vista, pode até parecer um tanto radical — diz muito respeito a nossa história e às notícias que passaram a correr mundo afora, descrevendo essas terras perdidas e sem lei entre os tristes trópicos do continente sul-americano.

Não se trata de nenhuma manifestação de ordem xenófoba. O fato é que nenhum historiador é capaz de admitir que os silvícolas que aqui viviam há milhares de anos foram beneficiados, com o que quer que seja, com a chegada do homem branco. Os africanos, carreados a essas bandas, durante o período em que vigorou o regime escravista, ficam fora dessa visão porque vieram para cá forçados e trazidos atados a correntes.

Obviamente que muitos desses povos diversos que vieram ao longo dos séculos formar o que é hoje uma das nações mais miscigenadas do planeta, por força de um destino ímpar, foram sendo amalgamados à terra e a outras culturas aqui presentes, criando raízes e desenvolvendo gosto e apego aos costumes e às novas gentes que iam sendo formadas. Esses foram os povos que ficaram retidos nessas paragens e que, por razões diversas, acabaram ajudando na formação do país.

Para a metrópole portuguesa, o Brasil era uma típica colônia de exploração, inserida no processo mercantil de lucro em mão única. Com os portugueses, vieram os franceses, espanhóis, holandeses e outros povos europeus, ávidos em busca de riquezas de todo o tipo. Cada um fazia o que podia para morder seu pedaço nesse quinhão. Nem mesmo o passar dos séculos, com a formação da nacionalidade brasileira e de governo próprio e soberano, foi capaz de dissuadir os estrangeiros do interesse cobiçoso que exalava sobre nossas terras.

Ainda hoje, povos de várias origens vêm para essa terra em busca de tesouros, numa busca insana por lucros fabulosos que nem mesmo o tempo foi capaz de aplacar. Espanta que, passados tantos séculos, depois de tantas razias, o país apresente ainda tesouros guardados a serem dilapidados e explorados à luz do dia e negociados a preços vis.

Fosse o país um deserto arenoso ou mesmo uma caatinga imensa, ninguém para essa parte do mundo ousaria vir. Não é por outro motivo também que povos do outro lado do mundo parecem ter descoberto o Brasil agora e investem com fúria nessa nova colônia.

Essas observações, frutos de um coração patriota e sincero, vêm em razão da recente visita do presidente francês ao Brasil. Sintomaticamente, a primeira escala desse político foi feita em terras da Amazônia, a nova fronteira e mina fabulosa, descoberta, agora, pelo nosso atual governo e que pode, por suas prendas, “amolecer” o coração do chefe gaulês.

Essa coluna, como observadora mordaz dos fatos e longe dos salamaleques diplomáticos, logo passou a notar que os animais e as plantas que o presidente francês diz querer preservar para a posteridade estão, hoje, na forma de minerais, como o níquel, cromo, titânio, ouro, platina, paládio, nióbio, entre outros.

 

A frase que foi pronunciada:
“Não podemos resolver os problemas reais se apenas cauterizarmos e não tratarmos as raízes do mal.”
Emmanuel Macron

Foto: Guillaume Horcajuelo/ EFE

Mangai
Era comum ver o senador Kajuru chegando cedo ao Senado. Mas, na CCJ, quem percebeu a ausência do senador no início dos trabalhos foi o senador Alcolumbre, que não perdeu a oportunidade: “O Kajuru nunca mais vai poder falar que ele chegou, durante o mandato dele todo, como o primeiro. Seis anos depois!”

Senador Kajuru. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

Elas
Nesse dia, o senador Kajuru virou alvo dos colegas. Explicando o atraso, porque substituiu a senadora Leila que seria homenageada, declarou uma poesia aos ouvintes da comissão. Quem não perdeu a chance foi o senador Esperidião Amin. “Ele só conseguiu decorar isso tudo porque casou 11 vezes. Para isso, precisa de memória. Ainda mais com 11 sogras!”

 

 

Experiência
Alunos de acústica da UnB teriam um belo trabalho para dar solução ao espaço de restaurantes no Mané Garrincha. Os decibéis em dias de movimento à noite ultrapassam a possibilidade de uma conversa sem gritos.

 

História de Brasília
Há verdadeiro desespero por parte dos funcionários contratados do DCT que não recebem há vários meses. É sabido que são muitos os afazeres do cel. Dagoberto Sales, mas uma olhada para seus funcionários é uma necessidade, principalmente levando-se em conta que há muitas famílias passando fome. (Publicada em 4/4/1962)

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