VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Que futuro harmonioso caberia a um país que tem construído seu caminho histórico com base em mentiras, meias verdades e outras imaginações fantasiosas? Essa é uma questão cujas respostas só podem ser buscadas em exemplos, também históricos, fornecidos por outras nações, ao longo do tempo. O que se sabe, a priori, é que parece existir uma relação subjacente entre progresso material e a capacidade de dizer a verdade de modo franco e aberto.
A verdade parece também estabelecer um vínculo direto entre o que é projeto e realidade. Para os antigos, a verdade sempre esteve ligada ao conceito do belo e da harmonia, querendo significar que somente por meio do atributo da ética moral é que se obtém a evolução humana. Já os religiosos e todos os mestres da espiritualidade sempre destacaram a importância da verdade para uma vida plena de realizações. Para isso, chegavam, inclusive, a dizer que todo mal tem sua origem numa raiz comum que é a mentira.
Houvesse um ranking internacional de classificação de nações, cujo critério fosse a capacidade de seu povo e principalmente de seus líderes de dizerem a verdade, mesmo em momentos adversos e delicados, por certo, o Brasil ocuparia o final da lista. Sem mais delongas, somos o que somos. Ou seja, um país em que dizer uma mentira é tão fácil como dizer bom dia. Fomos, de fato, desde o período das capitanias hereditárias, no século XVI, construindo nossa caminhada ao longo do tempo apoiados em mentiras e outras enganações. Até mesmo antes de ocuparmos esse continente, que já possuía donos há milênios, fizemos os primeiros contados com os povos dessa terra com base em falsas promessas de intercâmbio e amizade, para depois escravizá-los de modo bárbaro, tomando-lhes o chão ancestral, sem qualquer traço de remorso.
Com as Capitanias Hereditárias, recebidas, por doação, das mãos do rei português D. João III, numa espécie de parceria público-privada, das 14 entregues, apenas duas prosperaram. As restantes malograram em falsas promessas, quando o confronto com a realidade selvagem, que nada mais era do que a verdade da situação, se antepôs às mentiras e ao pouco apreço dos donatários com uma tarefa dessa envergadura.
Só nesse período, excetuando as capitanias de São Vicente e Pernambuco, que obtiveram relativo sucesso, duzentos anos se passaram entre mentiras e enganações entre a Coroa e os donatários, com muitos, sequer, dando-se ao trabalho de aportarem por essas bandas. Com o sistema de Governo-Geral, e que resultaria na fundação da primeira capital do país na Bahia, em 1549, prosseguimos na mesma direção torta.
Desse período, o melhor retrato tirado da colônia talvez tenha sido feito por Pe. Antônio Vieira, com o “Sermão do Bom Ladrão” em 1655, onde o clérigo relata a situação de uma colônia que parecia já não ter remédio, tomados por “ladrões de maior calibre e de mais alta esfera e aos quais os reis encomendam o governo das províncias, ou a administração das cidades… e que furtam e enforcam”.
Apenas para ficar nesses primórdios de nossa história, muito antes do primeiro e segundo império, da proclamação da República e de outros fatos históricos, a maioria deles apoiados no alicerce da mentira e da enganação, que em um átimo de tempo nos conduziu ao ponto em que hoje estamos.
A frase que foi pronunciada:
“Um lado interessante da CPI do Covid são as amizades impossíveis sendo desenhadas pela conveniência.”
Dona Dita, pensando enquanto monta um tabuleiro de xadrez
Exemplo
José Antonio Reguffe é o parlamentar do DF, incluindo todos senadores e deputados, que mais destinou recursos de suas emendas ao Orçamento da União para a Saúde do DF. Só este ano, foram R$ 11,2 milhões. Foram R$ 8,2 milhões para a compra de equipamentos para os hospitais públicos do DF, como tomógrafos, ventiladores mecânicos e oxímetros. E mais R$ 3 milhões para custeio e aquisição de medicamentos para a rede pública de saúde do DF. “Estou cumprindo a minha obrigação, fazendo a minha parte e dando uma contribuição prática, dentro do que é da alçada de um parlamentar, para melhorar a saúde pública que a população tanto precisa”, disse o senador Reguffe.
Mecanismo
Faltam mecanismos, como o portal da transparência, onde a população possa acompanhar a verba destinada pelo parlamento ao executivo federal e local; onde foi efetivamente aplicada. Só esse mecanismo acompanhado por fiscais, auditores e população já bastaria como prestação de contas, atividade fundamental para quem recebe verbas. Ter as contas fechadas e aprovadas seria a condição para receber novas verbas. Simples assim.
Campanha
Agasalhos, cobertores, lençóis, em boas condições de uso podem ser doados na Administração do Lago Norte. A campanha do GDF tem as administrações como parceiras.
Dúvida
Por que as pessoas que defendem a segurança das urnas são contrárias ao voto impresso?
1. Não é para substituir. Trata-se de um custo que paga a democracia. Eletrônico + online = segurança máxima. Não há o que temer.
2. O sigilo do voto é mantido porque o eleitor confere em quem votou e deposita o impresso na urna.
3. Mais valem 2 horas na fila do que 4 anos em dúvida
História de Brasília
Veio a onda de bilhetinhos. Cometeu não cometeu o êrro de português no discurso de posse. Fica proibida qualquer luta de galo. O Jóquei Clube só funcionará aos domingos. Miss, sim, mas sem maiô. (Publicado em 02.02.1962)