Algo de podre

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Congresso Nacional. Foto: EBC

 

        Na impossibilidade de cada um dos mais de trinta partidos políticos existentes eleger o presidente da República de seu gosto, o Congresso apressou-se na confecção do modelito das federações, capaz de contemplar cada legenda, com o máximo possível de cargos eletivos. Obviamente que, na sequência dessa medida, virão os maiores benefícios e ganhos dentro do que é concebido no receituário do presidencialismo de coalizão.

        A opção pelas confederações de partidos foi uma fórmula encontrada para adiar o sepultamento dos partidos nanicos. Trata-se aqui de um arranjo ou de um puxadinho que passa longe do que seria o ideal para o eleitor, ou seja: a existência de, no máximo, quatro ou cinco partidos, com uma honesta linha ideológica.

        Não surpreende que as reformas políticas, costuradas por parlamentares, acabem sempre servindo unicamente aos propósitos de grupos políticos e nunca em benefício e proveito para os eleitores. Em matemática, seria a representação de um conjunto vazio ou, em outras palavras, a união de várias nulidades, cujo propósito é aquele que já conhecemos de antemão.

        O que chama a atenção nas eleições desse ano é o desejo demonstrado por todos os partidos em fazer o maior número possível de parlamentares, para a Câmara e para o Senado. De repente, todos os partidos, em uníssono, passaram a mirar suas atenções no Poder Legislativo.

        É tamanho o desejo e a ânsia com que se voltam para esse Poder da República que até o santo desconfia. O que teria de tão atraente no Legislativo que passou a atrair tanto o desejo das mais de trinta agremiações ao mesmo tempo? Pergunta o eleitor atento. Lamentavelmente, a resposta para essa questão passa muito longe de qualquer ideário republicano ou ético.

        Acontece que os caciques dessas legendas se deram conta de que o Legislativo, dentro da desvirtuação sofrida pelo dito modelo de presidencialismo de coalizão, é que comanda hoje o grosso dos recursos da União. Aí está o interesse real dos partidos. As emendas secretas, emendas de relator, emendas individuais e de bancadas, somadas aos fundos partidários e eleitorais, além da distribuição de cargos no Executivo para os apoiadores do governo, passaram a representar um forte chamariz para esse enxame de partidos, que pairam como moscas varejeiras sobre carne em putrefação.

        É esse o retrato em preto e branco desse súbito desejo em formar bancada no Congresso. Para os cientistas políticos que preferem enxergar nuances amenas, tanto na construção das federações como na estratégia marota de fazer número no parlamento, relacionando todo esse movimento às exigências da política, resta, talvez, um pedido de desculpas, não sem antes chamar a atenção para o cheiro ruim que todos esses arranjos estão a exalar.

 

A frase que foi pronunciada:

Quando refletimos em profundidade, um ânimo depressivo acerca da depravação de nossa época, frequentemente nos ocorre pensar que o mundo se aproxima do seu dia final. E o mal se acumula de geração em geração.”

Goeth (1828)

Perigo a prazo

Hora de o GDF gerenciar as antenas da Torre de TV. Antenas de rádios e TVs que não existem mais estão acopladas ocupando espaço. Não há o menor controle sobre o espaço.

Torre de TV. Foto: Roberto Castro/Mtur

Fotos e fatos

Sem paz no restaurante. Bolsonaro é abordado em Moscou por inúmeros fãs, pousando para fotos e declarando simpatia ao presidente brasileiro.

Homenagem

Quem comemora nova idade hoje é o colaborador Mamfil, que brinda nossos leitores junto à equipe da coluna e do Blog do Ari Cunha. Nossos votos de muitas realizações e conquistas.

Mamfil. Foto: Arquivo Pessoal / Blog do Ari Cunha

Pouco inteligente

Um sol que não brilha, um sol que não ilumina e nem dá vida. Mais de 1000 km de ferrovia entre o Sinop e o porto do Rio Tapajós em Miritituba enfrenta imposições do PSOL, que é contra o projeto de escoação da produção brasileira tornando o processo mais barato. Oposição tacanha que não parece ser do mesmo Brasil.

Foto: reprodução da internet

Petrópolis

É inacreditável que gente sem escrúpulo consiga usar uma situação de tragédia para criar página falsa e desviar as doações para Petrópolis. Quem não sabe como ajudar as vítimas de Petrópolis, aí está o telefone para doar pelo PIX 24 99303 8885.

Cartaz publicado no perfil oficial @sos_serra, no Instagram

História de Brasília

Pasmaria quando souber que êsse mesmo senhor está agora, dessembargador Sousa Neto está em atendimentos no Rio para arrendar o “DC-Brasília”. (Publicada em 17.02.1962)

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