Paulo, funcionário do Banco Central, quis mudar de ares. Foi requisitado para o Ministério da Economia. No ofício de encaminhamento, o BC frisava que “os ônus correrão por conta dessa instituição”. Chegou o fim do mês. Cadê salário? O banco dizia que o ministério deveria pagar. O ministério dizia que era o banco. E daí? O xis da resposta estava no pronome ”dessa”. Impõe-se conhecer […]
“O pensamento voa. As palavras vão a pé. Aí está o drama do escritor.”
A língua é diversificada como os falantes. Pra satisfazer a gregos, troianos e baianos, criou formas de nomes compostos. O plural depende da formação de cada uma delas. Desvendado o mistério, adeus, dúvida. Um Não varia o substantivo formado por palavras invariáveis ou o que tiver o último elemento já no plural: os leva e traz, os diz que diz, os faz de conta, os […]
“Fala pouco e bem, e ter-te-ão por alguém.”
Com o infinitivo, o pronome se sobra. Xô! Assim: fácil de fazer, fácil de copiar, fácil de ligar, fácil de conquistar, fácil de dirigir, fácil de ler, fácil de memorizar. A rejeição ao monossílabo não constitui exclusividade do adjetivo fácil. Veja: difícil de escrever, bom de morar, chato de acompanhar, feio de doer.
E os fura-filas, hem? Além de roubar o lugar de outros, desperdiçam vacinas. Sem receber a segunda dose, a primeira de pouco valerá. A esperteza não trouxe só problema legal. Trouxe problema linguístico. Trata-se do plural dos substantivos compostos. Confusos, leitores pediram ao blogue. A língua é diversificada como os falantes. Pra satisfazer a gregos, troianos e baianos, criou formas de nomes compostos. O plural […]
O símbolo & tem nome. É e comercial. O criador: Marcus Tulius Tiro, encarregado de transcrever os discursos feitos no Senado de Roma. A criatura, que veio ao mundo 63 anos antes de Cristo, tinha uma função – tornar a escrita mais rápida. O & substituía o et (e em português). Com o tempo, o sinalzinho se especializou. Deixou os políticos pra lá e entrou, […]
“Não há nada pior do que dar longas pernas para pequenas ideias.”
Benedito Valadares chegou ao Palácio do Catete com óculos escuros. “O que é isso, Benedito?”, perguntou Gustavo Capanema, ministro da Educação de Getúlio Vargas. “Conjuntivite nos olhos”, respondeu o governador de Minas. Despediram-se. Ao vê-lo, Getúlio lhe fez a mesma pergunta. E Valadares: “Presidente, o médico lá em Minas disse que era conjuntivite nos olhos. Mas o Capanema, que quer ser mais sabido do que […]
No futebol, há jogadores pra lá de hábeis. São capazes de dar sucessivos toques na bola – com os pés, as coxas, os ombros ou a cabeça – sem que ela tenha contato com o chão. O espetáculo se chama embaixada. Mas o nome não tem nada a ver com representação diplomática, Itamaraty & cia. Tem a ver com a forma como se toca na […]