Grandes fundos de investimentos veem chance de até 50% de vitória de Bolsonaro no 1º turno

Publicado em Economia

Pesquisa realizada pela XP Investimentos à qual o Blog teve acesso mostra que os maiores gestores de recursos do país apostam na vitória de Jair Bolsonaro, candidato do PSL, nas eleições presidenciais. Das 33 instituições ouvidas pela XP, seis veem chances de 25% a 50% de o capitão da reserva liquidar a fatura no primeiro turno, em 7 de outubro. A maioria dos fundos, porém, vê um segundo turno entre Bolsonaro e Fernando Haddad, do PT.

 

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Com base nesses cenários, os fundos montaram uma série de posições para se protegerem e, principalmente, tirarem proveito dos resultados das eleições. Se Bolsonaro vencer, por exemplo, a Mauá Capital aposta que o Ibovespa, índice que mede a lucratividade das ações mais negociadas na Bolsa de São Paulo (B3), chegará aos 95 mil pontos (hoje, está 82.500 pontos). Em compensação, numa eventual vitória de Haddad, o Ibovespa cairá para os 60 mil pontos.

 

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A Kapitalo está ainda mais otimista. Vê, se Bolsonaro ganhar a disputa pelo Palácio do Planalto, chances de o Ibovespa bater 99 mil pontos, o que significaria alta de 20% em relação à pontuação desta sexta-feira (05/10). A mesma instituição prevê queda de 15% no dólar, também em vitória do candidato do PSL, dos atuais R$ 3,87 para algo próximo de R$ 3,40.

 

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Na visão do Credit Suísse, com Bolsonaro vitorioso, o Ibovespa vai a 90 mil pontos e o dólar, a R$ 3,70. Em caso de vitória de Haddad, a Bolsa cairá para os 65 mil pontos e o dólar avançará até R$ 4,40. Cenário semelhante é traçado pela Porto Seguros Investimentos: com Bolsonaro ganhando, o Ibovespa vai a 90 mil pontos e o dólar a R$ 3,70. Com Haddad, Bolsa a 75 mil pontos e dólar a R$ 4,30.

 

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Independentemente da vitória de Bolsonaro ou de Haddad, quase todos os fundos ouvidos pela XP esperam alta dos juros, pois a inflação ficará acima da meta. O Banco Central, inclusive, já indicou que poderá elevar a taxa básica (Selic) nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom.

 

Brasília, 15h01min