Biden Angela Weiss/AFP

Biden vira, de forma espetacular, na Geórgia e fica mais perto da vitória

Publicado em Economia

O candidato democrata Joe Biden virou, de forma espetacular, a votação na Geórgia e superou Donald Trump na reta final das apurações das eleições. Com a vitória mais perto nesse estado, levará 16 delegados, totalizado 269 votos no colégio eleitoral, a um voto do mínimo necessário (270) para se tornar presidente dos Estados Unidos.

 

A vantagem de Trump sobre Biden foi derretendo ao logo desta quinta-feira  (05/11), com o democrata devendo encerrar a votação com pelo menos 3.500 votos de vantagem. O resultado, se confirmado, Será um feito, pois, tradicionalmente, a Geórgia é um território republicano. A vitória de Biden deve ser garantida por Atlanta, onde os negros são parcela importante dos eleitores.

 

Biden também pode virar o jogo na Pensilvânia, onde, ao longo do dia, ganhou muito terreno e reduziu a vantagem de Trump ao ter votação expressiva, sobretudo, na Filadélfia. Segundo os especialistas, é muito possível que o democrata também vença nesse estado, levando 20 delegados, selando de vez a vitória.

 

São grandes as chances de Biden vencer ainda em Nevada e no Arizona. Mas isso só será possível saber nesta sexta-feira (06/11), pois a apuração foi interrompida. São dois estados também, tradicionalmente, republicanos. Há dúvidas, no entanto, se o democrata terá fôlego para manter a liderança no Arizona.

 

Seja como for, a diferença final será pequena qualquer que seja o vencedor em todos os estados que ainda não concluíram a apuração dos votos. Não será surpresa se houver pedido de recontagem dos votos. E de a disputa parar na Justiça, uma vez que Trump já avisou que não aceitará facilmente uma derrota.

 

Há um constrangimento geral nos Estados Unidos, depois do ataque do atual presidente americano à democracia. Ele afirmou que as eleições estão marcadas por “roubo e fraudes”. A afronta de Trump foi tão grande, que integrantes do seu próprio partido repudiaram suas declarações. Há protestos contra o presidente americano em várias cidades do país.