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A real de Portugal: brasileira que levou soco na boca é levada para hospital

Publicado em Economia

A brasileira Grazielle Tavares, de 50 anos, que levou um soco na boca e um chute na barriga do português João Bernardo Mendes dentro da Universidade do Minho, foi levada para o hospital nesta quarta-feira (14/02) por causa de uma crise de pânico.

 

Grazielle tentou retornar à universidade onde faz mestrado em comunicação social, mas não conseguiu ficar na sala de aula com medo da presença do agressor dela na instituição. Até agora, a direção da universidade não fez nada para punir o português. A violência contra a brasileira ocorreu há quase três meses.

 

O estado emocional de Grazielle está péssimo. “Desde que fui agredida, não consigo dormir. Ando apavorada, com muito medo”, conta ela, que ficou paralisada pouco antes de entrar na sala de aula temendo dar de cara com o português agressor. “Estou a ponto de desistir de tudo”, afirma.

 

Brasileira Grazielle Tavares leva um soco na boca e um chute na barriga de um português na Universidade do Minho

 

Há pouco mais de uma semana, a brasileira foi à universidade tentar fazer as provas finais do primeiro módulo do curso, porém, o máximo que conseguiu foi assinar a lista de presença depois de ver o português numa rua próxima. “Estou sem condições de pensar em nada, só quero justiça e punição para o agressor”, ressalta.

 

O que mais perturba Grazielle é que João Bernardo Mendes tem circulado livremente pela Universidade do Minho, como se nada tivesse acontecido. Pior: ele continua arrumando confusões e vários alunos já encaminharam cartas à reitoria dizendo que têm medo de conviverem no mesmo ambiente que ele. A instituição sequer responde aos estudantes.

 

O português João Bernardo Mendes deu um soco na boca e um chute na barriga da brasileira Grazielle Tavares

 

A sensação da brasileira é de que a universidade quer que o caso caia no esquecimento, para cessar as cobranças e, assim, o português agressor ficar impune. “Inclusive, sinto um desinteresse por parte de várias pessoas pelo caso. É como se nada tivesse acontecido comigo. Isso é muito triste”, assinala.

 

Grazielle passou os últimos três dias dentro de casa, à base de calmantes. Nem mesmo o aniversário no último 10 de fevereiro conseguiu comemorar. “De ontem para hoje, mesmo tomando remédio, não consegui dormir diante da perspectiva de retornar à sala de aula e encontrar o homem que me agrediu. E foi exatamente o que aconteceu. Não sei mais o que fazer”, desespera-se.