MAIS DE MIL AUDITORES VÃO À CÂMARA POR INCLUSÃO NA PEC 443

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Servidores chamam o movimento de “blitz” pela aprovação do Destaque para Votação em Separado (DVS) nº 7

Os auditores fiscais da Receita Federal se organizam para invadir a Câmara dos Deputados em defesa da aprovação do Destaque para Votação em Separado (DVS) nº 7, que inclui a categoria entre as contempladas pela Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 443 – que vincula o subsídio dos advogados públicos a 90,25% do vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Aproximadamente 700 auditores já chegaram a Brasília para este trabalho, que começa amanhã e se estende pela quarta-feira, quando o DVS 7 deve ser votado, segundo informou o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional). A entidade convocou a classe para engrossar o esforço de convencimento dos deputados que votaram contra a Emenda Aglutinativa 16 (que incluía os auditores na PEC), semana passada, rejeitada por 61 votos dos 308 necessários. “Mas a blitz na Câmara serve também para agradecer àqueles parlamentares que entenderam que o esforço da categoria vai além da reivindicação por melhoria salarial, e que por isso foram favoráveis à Emenda”, salientou a nota do Sindifisco.

O DVS 7 foi tema de reunião emergencial, quinta-feira passada, dos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), e o secretário Jorge Rachid com Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional, que deixou claro o tamanho da crise instalada na Receita pela rejeição da Emenda. A insatisfação se potencializou com os pronunciamentos dos líderes José Guimarães (PT-CE), Sibá Machado (PT-AC) e Leonardo Picciani (PMDB-RJ), entendidos pelos auditores como uma tentativa de rebaixá-los.

Sem comprometimento – Os ministros, porém, salientaram que não endossam a aprovação do DVS 7, mesmo depois de alertados por Damasceno que o ambiente na Receita não voltará à normalidade até o atendimento das reivindicações.

Em reação à exclusão da PEC 443 e também porque as demandas da categoria vêm sendo ignoradas pelo governo, desde a semana passada ocorre a entrega das chefias. Até agora, números recolhidos pelo Sindifisco Nacional dão conta que cerca de 1,1 mil postos de comando foram devolvidos pelos auditores.

Brasília, 16h02min