Chefe da Polícia Civil participou de fraude no concurso do Instituto de Criminalística de SP

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Guilherme de Almeida – Do Correioweb   A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) apontou fraude no concurso público para contratação de fotógrafos no Instituto de Criminalística (IC) do estado, que contou com 17,6 mil inscritos. De acordo com investigações, as irregularidades tiveram participação de funcionários de dentro do IC, entre eles, o chefe da Polícia Científica, Celso Perioli.   Mesmo sem responder à maioria das perguntas da prova oral, os “candidatos marcados” tiveram as maiores notas entre os 128 aprovados. O secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, anulou a segunda fase do concurso, a prova oral.   A fraude Minutos antes da prova oral, os candidatos marcados passavam por uma entrevista secreta. Dessa forma, a portas fechadas, os entrevistadores marcavam irregularmente, no verso do prontuário dos candidatos pré-indicados, notas que variavam em uma escala de “A” a “C”. Em seguida, o prontuário era encaminhado para a banca avaliadora. As letras eram um tipo de senha que apontavam o grau de dificuldade das perguntas e o perfil do candidato que seria avaliado. A letra “A”, por exemplo, significava que o candidato era um amigo ou parente de funcionário do IC. Um “C” designava uma pessoa “sem perfil”.   No entanto, um cruzamento de dados feito pela Corregedoria foi indispensável para a compreensão do caso. O estudo revelou que 95% dos concorrentes letras “A” receberam nota máxima. Na outra mão, somente 8% dos candidatos nota “C” foram aprovados. A corregedoria também confirmou que o chefe da Polícia Científica identificou, a próprio punho, grande parte das senhas. Além dele, quatro policiais são citados no caso. O então diretor do IC, José Domingos Moreira das Eiras, é um deles. Ele já foi exonerado do cargo. Cabe agora aos promotores do estado o indiciamento de parte da banca.