PEC assegura maior espaço para concursados nos tribunais de contas

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Mônica Izaguirre, especial para o Correio – A mudança na composição dos colegiados dos tribunais de contas também é um dos pilares da reforma constitucional proposta para blindar esses órgãos contra pressões político-partidárias. A PEC 22/2017 tira dos políticos o poder de indicar a maioria das vagas, muitas das quais, ocupadas por eles mesmos.

Atualmente, parlamentares e chefes de governo escolhem cinco dos nove ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e quatro dos sete conselheiros de cada um dos demais tribunais. A proposta é inverter a maioria, reservando a maior parte dos colegiados para os eleitos entre profissionais de carreiras técnicas dos tribunais.

A vaga de livre escolha de chefes do Poder Executivo (presidente da República, governadores, prefeitos) simplesmente acabaria. E as de indicação do Poder Legislativo (Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores) seriam reduzidas. Assim, se abriria espaço para aumentar a participação de indicados pelas carreiras de ministro substituto e de conselheiro substituto, que também são servidores concursados.

Auditores, que hoje não têm, passariam a ter uma vaga assegurada, também por indicação de seus pares. Na essência, a Associação Nacional de Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC) apoia a mudança de composição dos colegiados. Mas recusa a oferta de cadeira cativa para seus representados. Prefere que a vaga seja preenchida por indicação de entidades da sociedade civil, como a Ordem de Advogados do Brasil (OAB). “Quem fiscaliza não pode julgar os processos de fiscalização”, explica Lucieni Pereira da Silva, diretora da ANTC.

Filtros

Três das PECs apresentadas, a 22/2017, a 329/2013 e a 75/2007, ainda preveem filtros mais rigorosos quanto à habilitação dos indicados. Um exemplo é a exigência de “quarentena” para políticos. Pela PEC 22/2017, só poderão fazer parte dos colegiados políticos que não tiverem exercido mandato eletivo nos três anos anteriores. Os que foram ministros ou ocuparam outro cargo de gestão em governos não poderão ser indicados se tiverem tido contas reprovadas.

Como forma de aferir os “notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública” já previstos na Constituição, propõe-se ainda exigir graduação e experiência em uma dessas áreas. Hoje, profissionais de qualquer área e sem graduação superior podem ser indicados.

A falta de norma sobre critério de aferição abre espaço para que qualquer político com 10 anos de mandato eletivo, de qualquer área profissional e mesmo sem escolaridade superior, vire membro de tribunal de contas. O exercício de mandato eletivo por si só é interpretado como notório conhecimento de “administração pública”, expressão que abre a brecha.

Pedaladas

A preocupação de prevenir problemas como as “pedaladas fiscais” que resultaram no impeachment da presidente Dilma Rousseff também aparece nas PECs sobre os tribunais de contas. A PEC 40/20016 prevê compartilhamento mais rápido de informações pelo TCU sempre que processos de fiscalização detectem indícios ou fatos que comprometam as metas fiscais do governo. A ideia é que, assim, TCU, Congresso e Ministério Público formem uma rede de vigilância permanente da política fiscal. Hoje, o TCU só disponibiliza os resultados das fiscalizações após os processos passarem pelo plenário do tribunal. (MI)

Políticos de carreira

Segundo um levantamento publicado em 2016 pela ONG Transparência Brasil, os membros dos tribunais de contas são, majoritariamente, ex-políticos de carreira, pois 80% ocuparam cargos eletivos ou de destaque na alta administração pública antes de sua nomeação. De acordo com o estudo, 23% deles sofreram processos ou receberam punição na Justiça ou nos próprios tribunais.

Secretaria da Criança do DF nomeia 105 servidores para o sistema socioeducativo

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A Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude (Secriança) anunicou a nomeação de 105 novos servidores para o Distrito Federal. São 80 novos agentes, 10 técnicos e 15 especialistas nas áreas de Serviço Social (5), Pedagogia (4) e Psicologia (6). Segundo o Diário Oficial do DF, todos auxiliarão nos trabalhos da Secriança, em especial no Sistema Socioeducativo. A nomeação veio após mais de dois anos do lançamento do edital.

Segundo o secretário da Secriança, Aurélio Araújo, a demanda por servidores é ainda maior que o chamamento feito, mas o governo está convocando o máximo possível dentro das permissões da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Com a nomeação dos servidores efetivos, a Subsecretaria do Sistema Socioeducativo terá um período de transição entre os novos servidores e os de contrato temporário, que deixam, aos poucos, o governo, uma vez que o contrato, vencido desde 2015, era mantido por decisão judicial, atrelada à nomeação dos servidores efetivos advindos do concurso.

Segundo o subsecretário do Sistema Socioeducativo, Paulo Távora, os temporários devem aguardar o contato da Diretoria de Gestão de Pessoas da Secriança para deixarem os cargos. Ressaltou ainda que não serão todos desligados e que, além do tempo legal para posse e exercício do cargo público, ainda haverá um período transitório para adaptação de todos.

Segundo ele, os temporários advindos do concurso de 2014, que tiveram o contrato renovado em 2016, continuarão trabalhando normalmente.

Os novos servidores devem se atentar aos documentos e exames necessários para tomar posse.

Protestos

Em abril deste ano, uma comissão de aprovados no concurso protestou para pedir a nomeação imediata dos aprovados. O grupo se concentrou em frente à Secretaria, localizada no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte. “Muito esforço foi empreendido até a aprovação, não é hora de desanimar. Iremos cobrar a previsão das primeiras nomeações”, disse a comissão nas redes sociais.
Porém, a Secretaria da Criança do DF informou ao Correio que o processo relacionado ao concurso estava “caminhando normalmente”. Segundo o secretário Aurélio Araújo, o concurso foi homologado há cerca de um mês e está tudo dentro do prazo.”Inclusive, é do nosso interesse que os servidores caminhem com a gente. Esta contratação também é de nosso interesse”, comentou.

O concurso

concurso da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude do Distrito Federal foi organizado, em 2015,  pela Fundação Universa e teve 29.336 candidatos inscritos. Foram, ao todo, 1.088 vagas, sendo 200 para preenchimento imediato e 888 para cadastro reserva. Houve oportunidades para nível médio e superior, com remunerações que variam de R$ 3.730,22 a R$ 5.242,06.

A maior participação registrada foi para o cargo técnico socioeducativo administrativo, com 26.157 inscrições, ou seja, 175 candidatos para cada uma das 149 chances abertas.

Após 20 anos, Governo do Maranhão anuncia concurso para a Saúde

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Do CorreioWeb – O governo do estado do Maranhão anunciou que finalmente, após mais de 20 anos de espera, será realizado um novo concurso público para área da saúde. O edital deverá ser publicado neste segundo semestre de 2017, entre setembro e outubro, já as provas estão previstas para 2018. A pasta já adiantou que serão criados 1.000 novos postos de trabalho.

Segundo o secretário de saúde, Carlos Lula, há uma reivindicação da população para melhorar a qualidade da Saúde do estado, e isso será possível por meio do novo concurso. Por muito tempo os profissionais do Maranhão não puderam entrar no sistema de saúde, se não por indicação política. “Fizemos um sistema por meio do qual as pessoas entravam por mérito próprio. Agora, finalmente, o concurso público, que foi pedido por tantas pessoas, vai ser um referencial” ressaltou o secretário. As novas vagas serão para diversas áreas da rede de saúde, nos cargos de médicos, administrador hospitalar, enfermeiro, técnico em enfermagem e fisioterapeuta.

Novos tempos
A organização da seleção ficará por conta da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh). Segundo a presidente da empresa, Ianik Leal, “anteriormente não existia isso, era necessário conhecer alguém para conseguir um emprego, agora não precisa mais disso. A postura do governador e do secretário é para valorizar a meritocracia, a pessoa que tiver mais capacidade de passar na prova vai preencher a vaga, dessa forma as pessoas estarão mais preparadas para exercer o cargo. É uma forma mais justa de se admitir novos colaboradores”, explicou.

Em 2016, a Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab), através da Emserh, realizou processo seletivo para preenchimento de 7.902 vagas temporárias para diversos cargos da área da saúde, de nível fundamental, médio/técnico e superior. As remunerações variaram de R$ 880 a R$ 4.500. A seleção contou com prova objetiva, prova de títulos (para os cargos de nível superior) e prova prática (para o cargo de motorista). Foram registrados 100.946 candidatos inscritos, e o cargo que registrou maio concorrência foi o de auxiliar administrativo.

Autorizado concurso público com 2.000 vagas para a Polícia Militar do Goiás

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Do CorreioWeb – O governo autorizou a realização de novo concurso público para preenchimento de vagas no âmbito da Polícia Militar de Goiás (PMGO). O secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Brisolla Balestreri instituiu uma comissão especial para acompanhar a realização do processo seletivo de 2.000 vagas, sendo 1.920 para o cargo de soldado da 3ª classe e 80 para cadete da PM. O edital deverá ser lançado em setembro.

 

Para o cargo de soldado da 3ª classe o salário inicial é de R$ 1.500, podendo chegar a R$ 6.358,25 com o plano de carreira (salário de soldado de 1ª classe). Para concorrer, é necessário ter diploma de nível superior em qualquer área, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de categoria B, idade máxima de 30 anos, além de estatura mínima de 1,65m para homens e 1,60m para mulheres.

 

Já para seguir carreira de cadete, é necessário ter no mínimo 18 anos e no máximo 29 na data de matrícula, e não superior a 35 quando na promoção ao primeiro posto, diploma de ensino superior em direito, além de estatura e CNH citadas. Os aprovados no concurso farão curso de formação com três módulos, cada um com duração de oito meses. A remuneração inicial do cargo é de R$ 5.401,43.

 

Última seleção

O último concurso público da PMGO para os cargos mencionados aconteceu em 2016, e foi organizado pela Funrio. Foram 2.420 oportunidades para soldados e 80 para cadete. A seleção ocorreu por meio de prova objetiva e discursiva, teste de avaliação física, avaliação médica e psicológica e avaliação da vida pregressa e investigação social.

Autorizado concurso com 190 vagas para Polícia Civil do Piauí

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Do CorreioWeb – O governador do Piauí, Wellington Dias, autorizou na última segunda feira a realização de novo concurso público para provimento de 190 vagas na Polícia Civil do estado. Serão oferecidas 20 vagas para delegado, 120 para agente, 10 para escrivão e 40 para perito. Do total de chances, metade é para formação de cadastro reserva. Segundo Dias, a segurança é a prioridade. Neste ano já foram autorizados também concurso dos Bombeiros, PM e de agentes penitenciários.

Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Riedel Batista, o concurso terá quatro editais, um para cada cargo, e a comissão organizadora deverá ser nomeada em agosto para seguir com os procedimentos necessários. Mas, de acordo com o delegado, as provas devem ser aplicadas ainda em 2017.

Foi autorizado também pelo governo o chamamento de policiais civis e agente penitenciários aposentados que estavam inativos para atuação remunerada em áreas administrativas nas secretarias da Segurança e Justiça. O secretário do governo, Merlong Solano, frisou que, apesar da crise econômica, o governo tem se esforçado para adquirir equipamentos e selecionar pessoal capacitado. “O concurso público representa mais um reforço na área da segurança pública, suprindo algumas lacunas de policiais que estão em processo de aposentadoria e da própria demanda de pessoal para atuar em setores estratégicos”.

Última seleção

Em 2012 a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP/PI) abriu inscrição para três concursos públicos, para provimento de 110 vagas de nível médio e superior. As provas foram elaboradas pela Universidade Estadual do Piauí (UesPI) e o curso de formação ficou sob cuidados da Academia de Polícia do Piauí (Acadepol). As oportunidades foram para os cargos de agente (47), escrivão (15), perito médico legal (12), perito criminal (CR), perito odonto-legal (CR), papiloscopista policial (CR) e agente técnico e superior de serviços (36). As remunerações variaram de R$ 574,34 para os cargos de nível médio a R$ 2.336,02 para os cargos de nível superior.

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CLDF divulga distribuição de vagas e dá prazo limite para lançar edital

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Do CorreioWeb – O tão esperado edital de abertura do concurso da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deverá ser lançado até o mês de agosto. A informação foi divulgada pela própria Casa, que assinou o contrato com a Fundação Carlos Chagas (FCC) na última sexta-feira (7/7). Mas a espera pela distribuição das vagas nos cargos não é mais necessária. Veja abaixo para quais áreas serão destinadas as 86 oportunidades: divididas entre os cargos de técnico, consultor técnico, consultor e procurador.

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O presidente da Câmara, deputado Joe Valle (PDT), espera que o concurso selecione os candidatos mais interessados em fazer carreira na casa, que tem atualmente o salário inicial de nível médio em R$ 10.143,07 e de nível superior em R$ 15.123,30. Segundo ele, a expectativa é de mais de 100 mil candidatos inscritos.

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De acordo com a Casa, não haverá gastos para a realização do certame, pois a seleção será totalmente custeada pelos valores arrecadados com a taxa de inscrição. Além disso, 10% desse dinheiro, após o desconto das gratuidades e despesas bancárias, será repassado ao Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores da Câmara Legislativa (Fascal).

Vazamento
Na semana passada, a CLDF confirmou ao Correio que houve vazamento do quantitativo de vagas, e disse que estudaria a abertura de um processo disciplinar para apurar quem divulgou as informações, já que as vagas só deveriam ser anunciadas após a assinatura de contrato com a banca. Mas, o secretário geral da Câmara, André Luiz Peres Nunes, anunciou hoje que não houve vazamento, pois a informação era pública e disponível para quem tivesse interesse.

A última seleção do órgão aconteceu em 2005 e teve como banca organizadora o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). Na época, foram ofertadas 120 vagas para técnicos e analistas, com salários de R$ 5,5 mil e R$ 8 mil, respectivamente. Foram registrados 75.741 inscritos para o certame.

Saiba mais: Câmara Legislativa reduz número de vagas para concurso de 88 para 86

Governo de Brasília anuncia a nomeação de servidores para a Polícia Civil

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Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o chamamento para nomeação de 39 novos servidores, sendo 21 delegados, sete médicos legistas e 11 papiloscopistas, que foram aprovados no concurso público de 2014 para a Polícia Civil. “As nomeações são de extrema importância para área da segurança, para garantir o funcionamento das delegacias e a ampliação dos serviços”, ressaltou Sérgio Sampaio, chefe da Casa Civil.

Ao longo do ano, ainda serão nomeados 163 servidores, sendo 79 delegados, 34 peritos médicos e 50 papiloscopistas. A expectativa é de que até o fim de novembro, todos os aprovados no concurso de 2014 já estejam atuando em suas funções.

Relembre
O concurso da Polícia Civil de 2014 ofereceu 417 vagas, sendo 200 para delegado (100 imediatas e 100 CR), 157 para papiloscopista (50 imediatas e 107 para CR) e 60 para perito médico legista (20 imediatas e 40 CR).

Os aprovados para o cargo de delegado ou perito recebem R$ 15.370,64, enquanto papiloscopistas têm salário de R$ 8.284,55. A seleção foi composta por provas objetivas, discursivas, exames biométricos e avaliação médica, sindicância de vida pregressa e investigação social, e curso de formação profissional (composto por mais de 400 horas/aulas). Os aspirantes a delegado ainda foram submetidos a uma prova oral e de título, enquanto os candidatos a perito tiveram prova de títulos.

Novo concurso vai abrir 6,1 mil vagas para Segurança Pública do RS

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Do CorreioWeb – O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, anunciou que vai abrir um novo concurso público para contratação de profissionais para a Brigada Militar, Polícia Civil e para os Bombeiros do estado. Ao total, serão 6,1 mil vagas, sendo 4,1 mil para soldado da brigada, 200 para oficial da brigada, 450 para soldado bombeiro, 50 para oficial bombeiro, 1,2 mil para agente da Polícia Civil e 100 para delegado da PC. Segundo o secretário da Segurança Pública do estado, Cezar Schirmer, o edital deverá ser lançado em até 30 dias.

 

Os aprovados no certame serão distribuídos em todo o estado, reforçando o efetivo principalmente da capital e da região metropolitana, que reúne 34 municípios.

 

“O crime migra de um local para outro e vamos combatê-lo em todos os recantos do Rio Grande do Sul. A nossa obrigação é honrar nossos compromissos e com este reforço, vamos atender demandas de todas as regiões do estado”, afirmou Sartori.

 

A autorização para o concurso aconteceu graças a uma abertura de margem financeira para investimentos em segurança pública e na aprovação de medidas estabelecidas em projetos aprovados pela Assembleia Legislativa, como o Projeto de Lei Complementar 243/16.

 

De acordo com o governo, outros dois concursos já estão em andamento com 826 vagas, das quais 720 para Susepe e 106 para o Instituto Geral de Perícias. Até o final de 2017, 4 mil novos servidores terão ingressado na área.

 

Último concurso

A última seleção para a Segurança Pública do Rio Grande do Sul ocorreu em 2014, quando foi lançado o concurso para o cargo de servidor militar estadual, na graduação de soldado QPM-2. Foram ofertadas 400 vagas para o cargo de bombeiro militar soldado de 1ª classe, carreira de nível médio, com remuneração de R$ 1.864,70. Dentre as atribuições do cargo estão a de execução de atividades de prevenção e combate a incêndios, de busca e salvamento e a de defesa civil.

 

Foram quatro fases de seleção, com exame intelectual, exame de saúde, exame de capacitação física com teste de aptidão física e exame psicológico. No exame intelectual foram cobrados conhecimentos de língua portuguesa, matemática, direitos humanos e cidadania, legislação específica, conhecimentos gerais e informática.

Aulão beneficente de gramática dá dicas para concurso do TST

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Concurseiros de plantão podem ganhar uma ajuda extra nos estudos e ainda ajudar os mais necessitados.  Os interessados poderão participar de um aulão beneficente de gramática, voltado para o concurso público do Tribunal Superior do Trabalho (TST).  A atividade será realizada pelo IMP Concursos  em 22 de julho, das 8h15 às 11h50, na unidade da Asa Sul (603 Sul).

O aulão será ministrado pelo professor Eduardo Mesquita. Na ocasião, serão abordados Fonologia-Morfologia-Sintaxe-Pontuação, com índice remissivo e indicações de assuntos estatisticamente mais cobrados pela banca, que é a Fundação Carlos Chagas (FCC).

Interessados em participar podem fazer a inscrição pelo site (www.impconcursos.com.br), e confirmação mediante doação de um agasalho novo ou usado em bom estado. Mais informações: 3029-9700.

Governo promete medidas em relação a cotas para negros, pobres e indígenas

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Luís Cláudio Cicci – Especial para o Correio – A delicadeza, a complexidade do tema cotas raciais em universidades, institutos federais de educação e concursos públicos, requerem atitude de coragem que falta ao poder público brasileiro. As leis 12.711, de 2012, e 12.990, de 2014, se fazem valer, têm desdobramentos na prática, mas a falta de regulação permite frouxidão que dá margem a fraudes, notícias, que hora ou outra, pipocam pelo país inteiro.

As duas normas têm sustentação na autodeclaração, ou seja, basta o candidato se identificar na inscrição como negro ou pardo para disputar vagas em separado, apenas com concorrentes que possuem características iguais. Contudo, falta uniformidade de métodos e critérios para a formação e o trabalho das comissões de verificação, cuja função é checar o direito ao uso das cotas.

A omissão dos ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento, e do governo federal como um todo compromete a checagem da autodeclaração. E permite casos como os de 24 vestibulandos que, por meio da cota racial, se tornaram estudantes de medicina na Universidade Federal de Pelotas – em dezembro último; todo esse grupo foi expulso, alguns depois de sete semestres de curso, graças a denúncias de militantes do movimento negro que frequentam a escola.

Imbróglios
As confusões se repetem pelas 63 universidades e pelos 38 institutos federais de todo o País. Em 2006, a Universidade de Brasília (UnB) considerou cotista um candidato, mas negou o mesmo direito ao irmão gêmeo, o que foi revisto posteriormente. Em concursos, problemas também: ano passado, o Itamaraty acatou recurso de 25 candidatos desclassificados devido a suposta irregularidade na autodeclaração como negros ou pardos — o certame seguia sem ter comissão de verificação.

Depois de cinco anos da sanção, em agosto de 2012, da lei das cotas que vale para o ensino superior público e para os institutos públicos, nunca houve reunião do Comitê de Acompanhamento e Avaliação das Reservas de Vagas nas Instituições Federais de Educação Superior e de Ensino Técnico de Nível Médio. O MEC informa que os membros desse fórum, cuja tarefa seria acompanhar o cumprimento da reserva de vagas, serão convocados em breve para reunião — ainda sem data definida. A Universiade de São Paulo (USP), por exexmplo, quer reservar 50% das vagas para alunos da rede pública até 2021.

Enquanto isso, cada escola se resolve na forma como lida com essa política de inclusão, como pode ou como quer, no edital do seu vestibular. “O MEC está totalmente perdido, sempre teve um toque de irresponsabilidade no controle da política pública de cotas”, reclama o diretor executivo da instituição Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), Frei David Santos, que milita no movimento negro há 40 anos, desde que decidiu ingressar num convento franciscano, aos 24 anos. “O relaxo dos servidores públicos é, infelizmente, um marco no Brasil”, critica o frei.

Para os concursos públicos, cuja lei é de junho de 2014, a promessa do MPDO é de que, em agosto, um grupo de trabalho interministerial (GTI) entregará proposta de regras ou de padronização das comissões de verificação. Desde dezembro do ano passado, segundo o ministério, foram dez reuniões entre os representantes de seis instituições governamentais com discussões sobre procedimentos para a verificação da veracidade da autodeclaração de cotistas negros participantes de concursos públicos.

Em agosto de 2016, o Ministério do Planejamento publicou a orientação normativa nº 3, que dispõe sobre regras de aferição da veracidade da autodeclaração prestada por candidatos negros. Essa norma orienta sobre a preparação do edital dos concursos e inclusive determina que as comissões de verificação deverão ter a constituição diversificada por gênero, cor e, preferencialmente, naturalidade. Mas até hoje estão pendentes os procedimentos de checagem da autodeclaração.

Na prática, cada instituição cuida das próprias regras e dos própios métodos para orientar o funcionamento das comissões de autoverificações. “Não basta o sistema, é preciso a banca de verificação”, defende o próprio titular da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir), do Ministério dos Direitos Humanos, Juvenal Araújo.

A Seppir reliza um levantamento para identificar em quais universidades e institutos federais não funcionam as bancas de verificação. A conclusão desse trabalho está prevista para dezembro.

Problemas constantes
A Justiça se desdobra para lidar com a política de cotas, os programas e medidas para correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 8 de junho passado, que negros e pardos têm direito à concorrência em separado nos concursos públicos. E essa é só a mais recente das decisões da corte máxima do país favoráveis a essas ações afirmativas.

Em agosto do ano passado, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) baixou a recomendação nº 41 para orientar a atuação dos membros do MP na cobrança da adoção da política de cotas étnico-raciais em vestibulares e concursos públicos. O documento pede especial atenção à repressão às fraudes para acesso a universidades e concursos públicos — com destaque para a importância da inclusão nos editais dos mecanismos de fiscalização e controle.

Contudo, mesmo o MP se atrapalha. Em março, uma decisão da justiça suspendeu o vigésimo nono concurso para procurador da República, porque o edital do processo seletivo não previa a reserva de um quinto das vagas para candidatos negros e pardos. A ironia é que a sentença, na qual o juiz classificou a suposta falha como uma ofensa à lei de cotas, respondeu a um pedido do próprio MP, o do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

“As bancas de verificação são uma necessidade inegável”, reclama o professor do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB), Nelson Inocêncio, que durante 13 anos coordenou o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UnB. “A regra é a autodeclaração, mas a verificação é que impede a banalização”, reforça o presidente da Comissão da Verdade da Escravatura da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Humberto Adami.

Debate
As críticas fazem pensar a representante dos reitores das universidades públicas. “As universidades têm autonomia para, olhando a lei, estabelecer critérios de verificação, mas pode ser que, em alguns casos, sejam mecanismos frágeis”, reconhece a presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ângela Maria Paiva Cruz,. “Todo processo carece de aperfeiçoamento, mas creio que o sistema está bem resolvido, o controle social funciona bem e, quando ocorre alguma irregularidade, faz-se a apuração.”

O técnico judiciário Gehovany Figueira, também negro, foi aprovado em concurso em 2015 como cotista. E anuncia que, nos próximos dois certames dos quais participará, para analista e para juiz, de novo recorrerá à concorrência em separado. Isso porque convive todos os dias com as evidências da exclusão, do preconceito. “Consigo contar nos dedos os meus colegas negros; no meu andar mesmo, sou só eu”, relata o ex-militar, que confessa ter sido, mais de uma vez, confundido com um ascensorista. Figueira tem um entendimento que resume bem todo o problema. “O ideal seria a educação de qualidade acessível a todos.”