Anpac pedirá explicações aos Correios sobre concurso com 6,5 mil vagas

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Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb   O presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), Ernani Pimentel, afirmou que enviará até esta sexta-feira (9/7) uma carta aos Correios para pedir explicações sobre a demora na definição da empresa organizadora do concurso com 6.565 vagas. A espera de mais de um milhão de candidatos pelo cronograma do certame passa de seis meses (veja abaixo).   Segundo Pimentel, o pedido é para que a empresa esclareça as dúvidas dos candidatos sobre o andamento do concurso. “Os concorrentes ficam inseguros. Sem a definição sobre a empresa organizadora e a data da prova, eles não sabem como organizar o estudo. Cada banca tem um tipo de prova”, afirma o presidente. Em nota enviada no último dia 2, os Correios disseram que o atraso não prejudica os inscritos. A situação “até favorece aos candidatos para preparem melhor para as provas”, informou o órgão. Os candidatos serão “informados com no mínimo trinta dias de antecedência a data, hora e local da sua prova”, acrescentou.   Sem resposta Desde a semana passada, o CorreioWeb tenta, sem sucesso, uma entrevista com o diretor de Gestão de Pessoas dos Correios, Pedro Magalhães Bifano. O órgão se limita a enviar respostas por e-mail, sem dar explicações sobre que instituição organizará o certame. No dia 9 de junho, Bifano havia dito que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) seria responsável pelas provas. Mas a assessoria de imprensa não confirma a informação.   “A ECT solicitou a apresentação de propostas e documentação comprovando experiências em grandes concursos, às maiores instituições especializadas no assunto. Será contratada aquela que melhor atender às necessidades dos Correios para realização de um concurso com mais de um milhão de candidatos, simultaneamente em quase quinhentas cidades em todos os estados brasileiros”, informou a instituição, por e-mail, no último dia 2.   Entenda o caso Aberto em dezembro do ano passado, o concurso está parado desde 19 de fevereiro, quando foram encerradas as inscrições. Os Correios ficaram responsáveis tanto pela elaboração dos editais de abertura quanto pelo processo de inscrições. A demora, no entanto, foi para escolher uma empresa organizadora.   Segundo o órgão, como este é o primeiro concurso nacional com oferta de um número expressivo de vagas, a empresa preferiu conhecer o número de candidatos, para, então, contratar a instituição responsável pelas demais etapas do concurso. “Isso não justifica a demora. Já se passou muito tempo. Hoje, com a internet, é possível saber até mesmo o resultado das eleições em todo país em um dia”, critica Ernani Pimentel.   O concurso A seleção oferece oportunidades para cargos de níveis médio e superior. Os salários iniciais variam de R$ 706,48 a R$ 3.431,06 para uma jornada de trabalho de 44 horas por semana. Além das remunerações básicas, os aprovados terão direito a vale-alimentação, vale-transporte, assistência médica e odontológica e possibilidade de adesão ao Plano de Previdência Complementar.   As chances são para as diretorias regionais do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Alagoas, Sergipe, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo Metropolitana e São Paulo Interior.   O processo seletivo recebeu uma média de 162,1 inscrições por vaga. Os cargos mais procurados são os de carteiro (561.546 inscrições), atendente comercial (266.086) e operador de triagem e transbordo (150.835) – quem separa as correspondências.   Todos os candidatos farão avaliação objetiva. Quem concorre à função de carteiro e de operador fará também teste de aptidão e esforço físico.   Veja mais em: Espera dos candidatos ao concurso dos Correios completa seis meses