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Ex-secretário de Segurança do DF é alvo de operação que afastou governador do Tocantins

Publicado em Sem categoria

ANA MARIA CAMPOS

O delegado da Polícia Federal (PF) Cristiano Barbosa Sampaio, ex-secretário de Segurança Pública do DF e atual secretário da área no Tocantins, é um dos alvos da operação deflagrada nesta manhã (20) que afastou do cargo o governador Mauro Carlesse (PSL) por seis meses.

 

Carlesse é suspeito de liderar esquema de corrupção e obstrução de investigações. Cristiano Barbosa Sampaio e toda a cúpula da segurança pública também foram afastados por decisão do ministro Mauro Campbell, referendada nesta tarde por unanimidade pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

As medidas foram adotadas para ampliar a apuração em duas frentes: na área de segurança, por suposto vazamento de informações e obstrução de investigações; e a outra relacionada a indícios de existência de uma organização criminosa, com cobrança de propina relacionada ao plano de saúde dos servidores públicos do estado.

 

Secretário de Segurança do governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) no DF, Cristiano Sampaio é suspeito de permitir o aparelhamento da segurança pública no Tocantins para barrar investigações contra o governador Mauro Carlesse.

 

Na decisão que referendou o pedido do Ministério Público Federal para o afastamento, Mauro Campbell descreveu o conjunto de elementos obtidos até o momento: “Elementos probatórios e indiciários robustos dando conta da existência de uma suposta organização criminosa enraizada no centro do Governo do Estado do Tocantins, liderada, em tese, pelo Governador do Estado que aparelhou todo o sistema de Segurança Pública do Estado do Tocantins”

 

O ministro do STJ acrescenta: “Intervenções políticas que também permitiram o direcionamento de apurações em face de adversários políticos do grupo, conforme relatado pelo Ministério Público Federal, bem como na modificação de normas que regem a estrutura funcional da Polícia Civil do Estado do Tocantins, retirando garantias dos delegados de polícia e que possibilitavam investigações sem interferências políticas”.

 

Segundo o ministro, há ainda evidências de que ocorreu um flagrante forjado por tráfico de drogas realizado pela organização criminosa contra um adversário.

 

Na representação, a PF chegou a pedir a prisão preventiva dos investigados, mas a Justiça considerou que não havia necessidade neste momento.

 

Em breve mais informações.

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