Miranda Defesa do Brasil, de Miranda, só é menos letal do que a da Espanha. Foto: Pedro Martins / MoWA Press Miranda, do Brasil, faz parte da segunda defesa mais ofensiva da Copa de 2018

Saiba qual das sete seleções campeãs mundiais classificadas para a Copa tem a defesa mais artilheira

Publicado em Esporte

O gol de Miranda na goleada por 3 x 0 sobre a Rússia, na última sexta-feira (23), despertou uma curiosidade neste blogueiro: qual das sete seleções campeãs do mundo classificadas para a Copa de 2018 tem a defesa mais letal? Para encontrar a resposta, somei o número de gols marcados por cada jogador integrante da linha de zaga. A da Argentina, por exemplo, jogou com três beques em sete dos nove jogos da era Jorge Sampaoli.

A Espanha tem disparado a zaga mais ofensiva. Juntos, os titulares Carvajal, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba somam 26 gols. Dos quatro, Sergio Ramos é quem tem mais intimidade com as redes. Marcou 13 vezes com a camisa da seleção campeã mundial em 2010. O lateral-esquerdo Alba e Piqué são as outras duas armas letais. Carvajal jamais fez gol pela Espanha.

A defesa do Brasil é a segunda mais ofensiva entre as sete campeãs do mundo garantidas na Rússia. O segredo está nas laterais. Daniel Alves tem sete gols com a amarelinha. Marcelo, seis. Mirando marcou pela segunda vez diante da Rússia. Thiago Silva contabiliza cinco. O quarteto acumula 20 bolas na rede. Se considerarmos Marquinhos titular, o Brasil continuará tendo a segunda defesa mais letal, ao lado do Uruguai. O número de gols cairia para 15 sem Thiago Silva. O “Monstro” tem cinco, Marquinhos jamais balançou a rede com o uniforme verde-amarelo. Fez apenas um contra.

Portanto, os homens de trás podem ser o diferencial do Brasil no amistoso desta terça-feira contra a Alemanha, em Berlim. A defesa de Tite tem 20 gols. A retaguarda titular de Joachim Löw, que provavelmente não estará completa no Estádio Olímpico de Berlim, soma 12 bolas na rede. São três de Kimmich, um de Boateng, cinco de Hummels e três de Hector. Os germânicos passaram por um processo de renovação nas laterais neste ciclo. O excelente Lahm, por exemplo, aposentou-se com cinco gols marcados pela seleção tetracampeã.

A retaguarda do Uruguai supera a da Alemanha. Pereira, Giménez, Godín e Cáceres têm 15 gols juntos. Para se ter uma ideia, a da Argentina contabiliza nove gols marcados por Otamendi, Mascherano e Mercado. Vale ponderar que Jorge Sampaoli costuma usar uma linha de três zagueiros. Em outros jogos, alterna para a tradicional linha de quatro.

As zagas menos incômodas são as da França e da Inglaterra. Cada uma tem quatro gols. A dos gauleses, comandada por Didier Deschamps, conta com Sidibe, Varane, Koscielny e Digne. Nenhum deles tem mais de três gols com a farda da França. Na Inglaterra, todos os quatro gols marcados pelo quarteto defensivo são do mesmo jogador — o zagueiro Cahill. Walker, Stones e Rose jamais balançaram a rede pela seleção.

As demais esquadras candidatas ao título também têm seus zagueiros-artilheiros. Vertonghen, por exemplo, registra oito gols pela Bélgica. O brasileiro naturalizado português Pepe acumula cinco. O reserva Bruno Alves é uma espécie de Sergio Ramos do elenco, com 11 gols, apenas dois atrás do xerife da defesa espanhola.

 

RANKING

As defesas mais letais entre as sete* campeãs classificadas para a Copa

Entre parênteses, os gols marcados com a camisa da seleção principal

 

1. Espanha

Carvajal (0) + Piqué (5) + Sergio Ramos (13) + Alba (8) = 26 gols

2. Brasil

Daniel Alves (7) + Miranda (2) + Thiago Silva** (5) + Marcelo (6) = 20 gols

3. Uruguai

Maxi Pereira (3) + Giménez (4) + Godín (8) + Martín Cáceres (4) = 15 gols

4. Alemanha

Kimmich (3) + Boateng (1) + Hummels (5) + Hector (3) = 12 gols

5. Argentina***

Otamendi (3) + Mascherano (3) + Mercado (3) = 9 gols

6. França

Sidibe (1) + Varane (2) + Koscielny (1) + Digne (0) = 4 gols

7. Inglaterra

Walker (0), Stones (0), Cahill (4) e Rose (0) = 4 gols

 

*A Itália não disputará a Copa de 2018.

**Com Marquinhos titular, o número de gols da zaga do Brasil cai de 20 para 15.

***Usou linha de três zagueiros em sete dos nove jogos como técnico da Argentina