Weverton e Everson Talento para trocar as mãos pelos pés levou Weverton e Éverson para a Seleção. Fotos: Lucas Figueiredo/CBF Talento para trocar as mãos pelos pés levou Weverton e Éverson para a Seleção. Fotos: Lucas Figueiredo/CBF

Palmeiras x Atlético-MG: semifinalistas da Libertadores usam “goleiros-linha” como trunfos

Publicado em Esporte

Em tempos de Copa do Mundo de Futsal na Lituânia, Palmeiras e Atlético-MG adaptam uma estratégia das quadras ao campo como trunfo para chegar à final da Libertadores. Donos das traves dos semifinalistas na partida de ida desta terça-feira, às 21h30, no Allianz Parque, em São Paulo, Weverton e Éverson poderiam facilmente ser goleiros-linha do Brasil ou das outras 15 seleções classificadas para as oitavas. Afinal, são jogadores qualificados para sair da área e construir ações ofensivas quando seus times estão com a posse de bola.

Weverton e Éverson são profissionais modernos. Ambos têm facilidade para trocar as mãos pelos pés e elevam a qualidade na saída de bola dos dois times. A presença dos dois na última convocação de Tite para as Eliminatórias não é por acaso. A demanda da Seleção por goleiros capazes de atuar com os pés tem aumentado. Weverton, Everton, Santos, Ederson e Alisson estão em sintonia com o perfil exigido desses profissionais.

Foi possível conversar com Weverton e Éverson nas entrevistas coletivas e zonas mistas virtuais na última Data Fifa e ambos contam que se prepararam para isso. “Desde a categoria de base eu venho desenvolvendo e depois de trabalhar com (Jorge) Sampaoli no Santos pude aprimorar essa valência muito mais de sair jogando com os pés, achar um homem livre e ajudar na construção ofensiva. Venho aprendendo muito e continuo aprendendo”, disse Everton, convocado pela primeira vez para os duelos contra Chile, Argentina e Peru.

Um ex-goleiro do São Paulo inspirou o titular do Atlético-MG. “Fiz a base no São Paulo, onde tinha a referência da época, o Rogério Ceni, um goleiro que saiba jogar com os pés. Na base do São Paulo eu pude aprender por seis anos a ter essa qualidade, essa valência. Nos times que fui sempre procurei manter essa qualidade de sair jogando com os pés, que é de suma importância no futebol moderno, dentro e fora da do Brasil, inclusive na Seleção. É uma metodologia de trabalho de grandes treinadores. Creio que isso também pode ajudar minha vinda para a Seleção, mas se não fossem as defesas e os bons jogos no Atlético-MG creio que nada disso estaria acontecendo”, explicou Éverson.

Weverton fez até golaço na linha no gramado da Neo Química Arena depois do cancelamento do clássico entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias para a Copa. Diferencial construído nos treinos. “Isso é muito importante. Ter a qualidade na saída de bola faz você virar um jogador a mais. O goleiro, quando consegue jogar bem com os pés, ajuda muito. Gosto sempre de lembrar que a principal função do goleiro é embaixo da trave, mas ter esse ‘plus’ de poder dar um lançamento, um passe também faz a diferença”, afirmou antes do duelo com o Peru.

O gol do Palmeiras na derrota para o Flamengo no último dia 12, no Allianz Parque, mostra a qualidade de Weverton na saída de bola. O goleiro dá um lançamento sensacional para Dudu, que imediatamente aciona Wesley na ponta esquerda. O atacante passa como quer por Isla e chuta cruzado para abrir o placar, em São Paulo. É o que Weverton consegue fazer do lado verde da força na semifinal, mas Éverson tem a mesma capacidade com a camisa do Galo.

 

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