Celso Teixeira Afastado por motivo de doença, Celso Teixeira será substituído pelo filho Gabriel, de 31 anos Afastado por motivo de doença, Celso Teixeira será substituído pelo filho Gabriel, de 31 anos

Mentor das preleções do pai: entenda por que o Brasiliense confia no filho do técnico licenciado Celso Teixeira

Publicado em Esporte

A opção do Brasiliense por não ir ao mercado em busca de substituto para Celso Teixeira vai além do respeito profissional ao técnico licenciado para tratamento de saúde. A diretoria tem boas referências do interino Gabriel Amadio Teixeira — auxiliar e filho do treinador. Na última terça-feira, o comandante pediu afastamento para fazer exames em Campinas (SP). A emergência lembra a do Botafogo. Em 2020, o argentino Ramón Díaz foi submetido a uma cirurgia. O Glorioso foi comandado interinamente pelo filho e auxiliar, Emiliano Díaz. 

 

Celso costuma definir Gabriel, de 31 anos, como seu braço direito e metade do esquerdo. A cria é responsável pela confecção de 90% das preleções do Brasiliense. Moderno, virou uma espécie de upgrade do pai. A facilidade para lidar com tecnologia atualiza os métodos do coroa. É craque na confecção de slides, vídeos e um pesquisador minucioso. Tem banco de dados sobre adversários possíveis e imaginários dos concorrentes do Brasiliense. 

 

Essa é uma das razões da continuidade. Gabriel Teixeira acumula experiências como preparador físico e assistente técnico. O desafio daqui em diante é gerenciar vestiário um tanto badalado. Lidar com os experientes Hernane Brocador e Felipe Gedoz, por exemplo. 

 

Celso pretende colaborar com o filho a distância e espera retornar o mais rapidamente possível ao cargo para a Série D e a Copa Verde. Tudo dependerá do resultado dos exames médicos. Enquanto isso, manterá contato com o dono do clube, Luiz Estevão, e o gerente Paulo Henrique Lorenzo a fim de avaliarem em conjunto o andamento do trabalho. 

 

O Brasiliense divide a liderança do Grupo 5 da Série D com o Anápolis. Os dois times têm 16 pontos. São três à frente do Costa Rica e cinco de vantagem em relação ao Ceilândia, último clube do G-4. Faltam sete rodadas para o fim da fase de grupos. O desempenho do time sob a batuta de Gabriel Teixeira a partir do duelo de domingo contra o Costa Rica, na cidade homônima de Mato Grosso do Sul,  funcionará como uma espécie de balizador. 

 

Era Celso Teixeira

22 jogos, 12 vitórias, 6 empates, 4 derrotas

Aproveitamento: 63,3%

Campeão do Candangão

Eliminado na terceira fase da Copa do Brasil pelo Atlético-MG

Líder do Grupo 5 da Série D. Segunda melhor campanha geral

 

O Brasiliense planeja terminar a fase de grupos com a melhor campanha geral a fim de ter alguns benefícios no mata-mata. Jogar a segunda partida em casa, por exemplo. Hoje, o atual bicampeão do Distrito Federal só está atrás do Retrô entre os 64 participantes. O clube pernambucano tem 17 pontos contra 16 de Brasiliense e Anápolis. 

 

Avançar em primeiro significa, em tese, enfrentar um adversário menos forte do Grupo 6. A chave é liderada pelo Pouso Alegre-MG. Na sequência estão Real Noroeste e Nova Venécia, ambos do Espírito Santo, e a Inter de Limeira-SP. Há possibilidade, inclusive, de uma revanche com a Ferroviária. Carrasco do Jacaré no ano passado, o time de Araraquara ocupa o quinto lugar na classificação do grupo, a quatro pontos do G-4.

    

A parceria de Celso Teixeira com o filho é mais comum do que se imagina no futebol. Em 2005, Valdir Espinosa comandou o Brasiliense na Série A ao lado do filho, Rivelino Serpa. Carlo Ancelotti acaba de levar o Real Madrid ao 14º título da Champions League em parceria com Davide Ancelotti, versão atualizada do pai. Tite tem Matheus Bachi como um dos seus auxiliares na comissão técnica. Dorival Júnior não abre mão de Lucas Silvestre antes de assinar seus contratos. Paulo César Carpegiani e Rodrigo mantinham vínculo. 

 

 

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