52403390179_e97228b66f_c Em noite de ponta-direita, Mayke comemora gol contra o Botafogo. Foto: Cesar Greco/Palmeiras Em noite de ponta-direita, Mayke comemora gol contra o Botafogo. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Função de Mayke na ponta-direita do Palmeiras é aplicação do que foi testado em dois clássicos

Publicado em Esporte

A caminho de se tornar o terceiro técnico estrangeiro a conquistar o Campeonato Brasileiro depois do argentino Carlos Volante (1959) e do português Jorge Jesus (2019), Abel Ferreira passa a impressão de que reinventou a roda ao escalar Mayke na função de extremo direito na vitória por 3 x 1 contra o Palmeiras no estádio Nilton Santos. Não!. Os mais atentos notaram que o português não fez nada além do que realizou pelo menos duas vezes em partidas relevantes do time alviverde nesta temporada. 

 

Atuar praticamente como ponta-direita não é novidade para Mayke nos planos táticos de Abel Ferreira. Ele entrou em campo pelo menos duas vezes, cumprindo essa mesma função. A primeira delas na goleada por 4 x 0 contra o São Paulo, no Allianz Parque, no duelo de volta pela final do Campeonato Paulista deste ano. 

 

Mayke entrou em campo durante a partida no lugar do ponta Dudu e passou a compor o setor ofensivo de Abel Ferreira com aberto na direita, com Raphael Veiga centralizado e Wesley na ponta-esquerda entrando no lugar de Gustavo Scarpa. 

 

Mayke também curtiu a função de ponta-direita no triunfo por 3 x 0 contra o Corinthians no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, na Arena Barueri. Assim como na decisão do Paulistão, entrou em campo com a missão de ocupar o setor direito do ataque alviverde formando trio novamente com Raphael Veiga e Wesley e dobradinho com o lateral Marcos Rocha. Portanto, não há novidade nisso. A alternativa de jogo foi testada mais de uma vez.

 

A estratégia de usar dois laterais também é mais antiga do que andar para a frente. Podemos citar vários treinadores adeptos dessa estratégia. Pep Guardiola cansou de abrir mão de Daniel Alves na lateral direita do Barcelona para tê-lo mais avançado na última linha do ataque. Funcionava em jogos muito estratégicos como clássicos contra o Real Madrid.  

 

Polivalência é uma das palavras-chave em tempos de futebol moderno. Para o bem de Mayke, ele entendeu isso sob a batuta de um treinador estrangeiro. Consegue colocar em prática e arranca elogios do professor. 

 

“Já disse que gosto de ter jogadores no elenco que fazem mais de uma posição. Todos quando entram eles não fazem no jogo que não tenham feito no treino. Se ele está naquela posição é que na opinião da equipe técnica e do treinador é onde está neste momento na melhor forma. Olho para os momentos, jogadores têm momentos na temporada, e eu não tenho problema nenhum em meter qualquer jogador em qualquer função. (Mayke) Fez um grande jogo, poderia ter feito o segundo gol, faz uma boa dupla com o Marcos Rocha e nos equilibra o corredor direito”, explicou o treinador.

 

Pode ter parecido improviso ou até mesmo novidade como alguns consideraram. A verdade é que Mayke faz em campo o que ensaia nos treinos e coloca em prática dentro das quatro linhas o que fez pelo menos duas vezes ao entrar em campo no lugar de Dudu. 

 

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