Autor: talitadesouza
Bolsonaro curte feriado em Balneário enquanto PGR elabora parecer sobre ida dele à embaixada
Por Luana Patriolino — Enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) elabora um parecer sobre a ida de Jair Bolsonaro à Embaixada da Hungria, após ter o passaporte apreendido, o ex-presidente decidiu relaxar e ir para Balneário Camboriú (SC), aproveitar o feriado da Sexta-Feira da Paixão. Em imagens que circularam nas redes sociais, ele surge sorridente, andando de jet ski e tirando foto com apoiadores na praia.
Bolsonaro deve ficar em Santa Catarina até amanhã. E a manifestação da PGR deve sair na próxima semana. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que só vai se manifestar sobre o caso após o parecer do procurador-geral, Paulo Gonet. A visita de Bolsonaro à embaixada, com os vídeos mostrando a presença dele no local, foram revelados pelo jornal NY Times.
Cidade bolsonarista
Jair Renan Bolsonaro (foto), do ex-presidente, anunciou sua filiação ao PL e lançou pré-candidatura a vereador de Balneário Camboriú. Embora seja natural do Rio de Janeiro, o “04” mora no município catarinense desde março de 2023. Ele exerce a função de auxiliar parlamentar no escritório de apoio do senador Jorge Seif, do mesmo partido.
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Contra a milícia
O PSol do Rio colocou na rua a campanha “Com a milícia não tem jogo”, um manifesto contra a presença de milicianos em espaços de poder. “A prisão dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes escancarou o que os moradores do Rio já sabem há muito tempo: é inaceitável que milicianos sigam ocupando tribunais de conta, parlamentos ou secretarias”, destaca a campanha. “Esse manifesto se propõe a juntar todo mundo que sabe que com a milícia não tem jogo.”
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Comunistas contra Brazão
O líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA), anunciou o apoio da bancada de sete deputados de seu partido pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão (RJ), expulso do União Brasil. A legenda também defende a cassação do mandato dele. “O partido defende o cumprimento do rito regimental, sem atrasos, e está comprometido em apoiar a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, assim como o pedido de processo de cassação que está em curso no Conselho de Ética da Casa”, disse Jerry à coluna.
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De volta a Paris
O presidente da França, Emmanuel Macron (foto), virou meme no Brasil por conta de seu “casamento” com o presidente Lula. Agora, ele volta para Paris, onde receberá a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, para discutir questões globais, incluindo o apoio à Ucrânia, a prevenção da expansão do conflito em Gaza e a estabilização do Haiti. Em fevereiro, o americano se encontrou com o presidente brasileiro para tratar de temas bilaterais e mundiais.
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Leilão de luxo
O Ministério da Justiça e Segurança Pública realiza, até 17 abril, um leilão eletrônico com mais de 100 artigos de luxo, entre bolsas de grife, quadros de pintores famosos, joias e relógios. Os itens estão na página do Leiloeiro Público Oficial Renato Guedes, com lances mínimos que variam de R$ 1,5 mil a R$ 382,2 mil.
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Itens oferecidos
Entre os produtos disponíveis, estão 79 bolsas de luxo, de marcas como Chanel, Christian Dior, Louis Vuitton, Prada e Hermés. Também há 16 obras de arte de pintores como Cícero Dias, Carlos Scliar, Manoel Santiago, Manabu Mabe, Orlando Teruz, Sílvio Pinto, Heitor dos Prazeres, Carybé e Roberto de Souza. O leilão inclui, ainda, sete joias com diamantes, das marcas Cartier e Bvlgari. Os bens apreendidos são da Operação Voto Vendido, da Polícia Federal, que investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Colaborou Evandro Éboli
Por Luana Patriolino — O clima nas hostes do PT não é dos melhores. A briga da vez é sobre a desfiliação do ex-governador do Paraná Roberto Requião. O motivo principal é que o político pretendia que seu filho, o deputado estadual Requião Filho, saísse candidato do partido a prefeito de Curitiba. No entanto, a legenda preferiu apoiar Luciano Ducci (PSB), que já foi vice do tucano Beto Richa, nas eleições municipais.
Outro descontentamento é que o ex-petista queria sair como candidato ao Senado, diante da probabilidade da cassação do senador Sergio Moro (União-PR). Mas os petistas preferem nessa disputa a presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann.
Diálogo interditado
A relação entre Requião e o PT está há tempos azeda. Em conversas, ele tem feito questão de lembrar o apoio dado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Paraná — onde o então candidato petista teve poucos votos nas eleições presidenciais. O ex-governador acredita que essa seria a causa da sua derrota na briga pelo Senado, em 2022. Depois do pleito, Requião acreditou que seria ministro do governo Lula, mas foi-lhe oferecido “apenas” um cargo de conselheiro em Itaipu — cujo gordo salário tem dois dígitos. À época, ele comentou que “seria menos desrespeitoso não terem lhe oferecido nada”.
Quem avisa amigo é
Nas redes sociais, os petistas não falam de outra coisa. Ontem, o líder do partido na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), criticou a saída de Requião e deu apoio ao colega de partido e de estado. “Estou com a consciência tranquila, pois alertei a todos que o prejuízo para o partido seria significativo. Infelizmente, isso é apenas o começo, mas ainda há tempo para a executiva nacional corrigir esse erro”, cobrou.
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Destino traçado
Falta pouco para a decisão sobre o destino do senador e ex-juiz da Operação Lava-Jato. Em 1º de abril, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) analisará a ação apresentada por PL e PT em que Sergio Moro é acusado de abuso de poder econômico, nas eleições de 2022, por ter usado recursos do Podemos, quando era pré-candidato à Presidência da República, para alavancar a candidatura ao Senado.
Mexe com isso não
Se condenado, Moro poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em caso de nova condenação, a chapa é cassada e uma eleição suplementar será convocada no Paraná. Nos bastidores, já deram como mais certa a condenação no TRE-PR, mas, hoje, o jogo estaria equilibrado, com grandes chances de Moro se salvar. Se ele perder o mandato, aliados do presidente Lula acreditam que isso o “ressuscitará” politicamente. Moro é tido como figura do baixo clero no Senado e, sendo assim, o melhor é deixá-lo definhar no semi-ostracismo.
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No cravo e na ferradura
O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ, foto) — que havia se afastado do bolsonarismo e até ensaia uma aproximação com o governo — fez duro discurso contra a gestão Lula, anteontem, na Comissão de Educação, quando foi derrotado na moção de repúdio a um professor que criticou Jair Bolsonaro em sala de aula.
“Quando a extrema esquerda voltou ao poder, os valores foram destruídos. Optaram por uma pauta antifamília, antimoral e anticristã”, verberou. Mas ele não dispensa uma cerimônia no Palácio do Planalto. Tal como comparecer à posse de Ricardo Lewandowski, no início de fevereiro, no Ministério da Justiça.
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Vamos devagar
Entidade que representa empregados da Caixa se posicionou contra a tentativa de transferência das loterias para uma subsidiária do banco. Nesta semana, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro encaminharam carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contra a iniciativa — que será tema de audiência pública na Câmara dos Deputados.
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A regra do jogo
O empresário Paulo Octávio voltou, nesta semana, à Câmara dos Deputados, onde esteve por duas legislaturas, antes de se eleger senador. Ele tem participado da defesa da manutenção das regras do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). “O Perse garante um cenário já projetado pelas empresas dos setores contemplados. Retirar o programa é cortar a capacidade de investimento e de geração de empregos”, alertou.
Colaborou Evandro Éboli
Na contramão da Petrobras, brasileiros temem exploração de petróleo na Foz do Amazonas
Por Carlos Alexandre de Souza — Estudo divulgado ontem pelo Greenpeace Brasil trata dos possíveis impactos da exploração de petróleo na Costa do Amapá, uma das áreas de interesse da Petrobras na bacia da Foz do Amazonas. Após realizar 103 entrevistas individuais, o levantamento chegou a três conclusões: 42% dos entrevistados têm perspectivas negativas sobre a exploração petrolífera na região; 69% temem os impactos do vazamento de óleo; 96% não participaram de audiências públicas sobre o tema.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, passou os últimos dias nos Estados Unidos. Em meio a especulações sobre a sua saída do comando da estatal – “já andaram me derrubando no Brasil”, chegou a escrever em uma rede social -, o dirigente segue convicto no plano de expandir a produção de óleo na Margem Equatorial.
Na semana passada, em encontro com os governadores da Amazônia Legal, Prates defendeu o projeto de exploração na Foz do Amazonas. Para ele, a Margem Equatorial tem potencial para se tornar “a primeira região do mundo a desenvolver uma reserva de petróleo com muita responsabilidade, muitas contrapartidas socioambientais”.
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Mal na foto
O presidente Lula bem que tentou, mas está difícil melhorar a imagem junto ao eleitorado. Na segunda-feira, cobrou dos ministros uma melhor comunicação, depois de admitir que as entregas do governo estão aquém do prometido nas eleições. Houve ainda alguns sinais positivos, como a redução da taxa Selic e a aprovação do Novo Ensino Médio na Câmara.
Nuvens carregadas
O tempo fechou novamente, porém, após a revelação de que o Planalto omitiu que toda a mobília presidencial estava nos depósitos do Alvorada. A pesquisa de ontem do Datafolha confirmou o que outros levantamentos já indicavam: é preciso mudar o foco para evitar a nova perda da popularidade.
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Pênalti
Assim como diversas mulheres pelo Brasil, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, manifestou indignação com os acontecimentos envolvendo dois ex-jogadores da Seleção Brasileira. “Os jogadores de futebol são modelos para nossa juventude e famílias. Suas condutas refletem valores importantes. Será que dinheiro pode comprar direitos sobre o corpo e a liberdade das mulheres? São esses os exemplos que queremos para nossos filhos? Boa conduta deveria ser uma pré-seleção!”.
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Alerta climático
A expectativa de temporais no Sudeste nos próximos dias aumenta a pressão sobre o poder público na resposta a eventos climáticos extremos. A resposta para evitar mortes, famílias desabrigadas e danos extensos com as fortes chuvas serão um teste para prefeitos, governadores e ministros do governo Lula.
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Queda de braço
O adiamento de votações no plenário da Câmara para a semana que vem apertou o calendário no legislativo. O presidente da Casa, Arthur Lira, pretende aprovar a Lei de Falências e o projeto de Devedor Contumaz antes do feriado da Semana Santa. Mas é grande a pressão dos parlamentares para se ausentar de Brasília.
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Contra o preconceito
O Senado prestou ontem homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down, em sessão especial. O senador Romário (PL-RJ/foto), autor do requerimento para a cerimônia e pai de uma jovem de 18 anos com Down, mencionou avanços na valorização das pessoas com a síndrome, como a eleição de Luana Rolim, a primeira vereadora com Down do Brasil. A sessão foi marcada por um repúdio ao preconceito.
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Direito à educação
O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, presente na sessão, fez um relato pessoal. Comentou as dificuldades da família para matricular o irmão, José Eduardo, hoje com 54 anos, na escola para alfabetização. “Não se aceitava que ele fosse alfabetizado na escola pública ou na escola particular. E ele escreveu o nome dele pela primeira vez aqui no Senado da República, em 2009, quando eu era sabatinado”, lembrou, emocionado.
Arthur Lira manda Câmara acelerar trabalhos; veja o que deve entrar em pauta
Por Carlos Alexandre de Souza — Finalmente, o ano começou na Câmara. A Casa retomou o ritmo de votações ontem e pretende avançar em uma pauta extensa até abril. O pontapé foi definido na terça-feira, em reunião entre o presidente, deputado Arthur Lira (PP-AL), e os líderes partidários. Entraram na pauta o fim da saidinha — aprovada no início da noite de ontem —, a política de transição energética e o novo ensino médio.
Há outros temas que devem entrar no modo acelerado da Câmara. Está prevista a apreciação da lei de falências. Paralelamente ao acerto entre os líderes, há outras votações importantes consideradas pelo governo, como o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a reoneração da folha.
Ambas as propostas estão em fase de elaboração no Ministério da Fazenda. Arthur Lira pretende acelerar os trabalhos, pois o calendário político começa a apertar. A próxima semana será mais curta, em razão do feriado da Semana Santa. E na semana seguinte, encerra-se o prazo para desincompatibilização e filiação e desfiliação partidária para as eleições municipais deste ano.
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Contra o racismo
Parlamentares da Bancada Negra dos Estados Unidos virão ao Brasil na semana que vem para debater os avanços no plano conjunto contra discriminação racial assinado entre os dois países. Os congressistas estarão em Brasília entre domingo e a próxima terça-feira. Depois irão a Salvador, onde ficam até quinta-feira.
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Corre, Lula
Nas redes sociais, a primeira-dama Janja da Silva fez uma graça com o vídeo do marido se exercitando no Alvorada. Em um cenário de videogame, aparece a imagem do chefe do Planalto correndo e superando obstáculos, enquanto aparecem dados sobre realizações do governo federal.
“É o Brasil do Presidente @LulaOficial passando todas as fases para voltar a crescer e devolver dignidade ao povo brasileiro!”, escreveu Janja.
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Família é tudo
O deputado distrital Fábio Felix (foto) soltou o verbo em defesa da família homoafetiva. Em reação a declarações da “extrema direita” contra a comunidade LGBTQIA+ no plenário da CLDF, o parlamentar reagiu: “Não tem família melhor do que a outra!”.
Lembrou que a união homoafetiva está garantida pela Constituição e alertou que a violência doméstica ocorre muitas vezes em famílias heteroafetivas. Disse, ainda, que é comum os “homens de bem” abandonarem esposas e crianças, enquanto casais homoafetivos contribuem para ampliar a adoção no Brasil.
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Resposta
Sem citar nenhuma operação policial específica, o ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-titular do ministério da Justiça, Flávio Dino, comemorou avanços nas ações de segurança pública.
“Os livros técnicos e a experiência mostram que uma investigação bem-feita, com a atuação coordenada das Polícias e do Ministério Público, e a supervisão judicial cabível, faz mais pelo enfrentamento ao crime organizado do que milhares de tiros a esmo e as famosas ‘balas perdidas’’’, escreveu em uma rede social.
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O povo quer paz
O comentário de Dino foi visto como uma resposta ao presidente da Câmara, Arthur Lira. Em jantar com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo, o chefe da Casa criticou a descoordenação entre as forças de segurança.
Lira entende que a segurança pública ganhará cada vez mais atenção do eleitor. E não faltam situações para os governos enfrentarem: fuga em Mossoró, crime organizado na Amazônia, poder das milícias, caso Marielle…A lista é extensa.
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Quer que desenhe?
A turnê de Caetano Veloso e Maria Bethânia, de imediato um dos espetáculos mais badalados de 2024, virou tema de cobrança para o Congresso. A produtora Paula Lavigne, esposa do cantor, pediu providências contra sites fraudulentos que prometem venda de ingressos para o show.
“Estamos tentando derrubar (os sites), mas tudo demora. Entendem por que precisamos que o Congresso regule a internet?”, postou.
Bolsonaro: os pontos que revelam a digital do ex-presidente no centro da trama golpista
Por Carlos Alexandre de Souza — As revelações mais recentes sobre a trama golpista urdida no governo Bolsonaro apontam o ex-presidente como personagem central na tentativa de impedir a trajetória de Luiz Inácio Lula da Silva até o Palácio do Planalto. Em primeiro lugar, o vídeo da reunião ministerial de 5 de julho de 2022 indicou como Bolsonaro instruiu os ministros civis e militares a deliberadamente questionar o sistema eleitoral.
Na semana passada, os depoimentos dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica indicaram a participação de Bolsonaro e de auxiliares diretos na tentativa de cooptar as Forças Armadas em um movimento para impedir a posse de Lula. A negativa do general Freire Gomes e do tenente-brigadeiro do ar Baptista Júnior bloqueou essa frente tramada dentro do Palácio do Planalto.
Por fim, o indiciamento do ex-presidente pela falsificação do cartão de vacinação apresenta mais suspeitas sobre a conduta individual de Bolsonaro. O relatório da PF conclui que o ex-presidente agiu com “consciência e vontade” para obter um documento fraudado que atestaria a imunização contra o covid-19. Seja na esfera eleitoral, seja na esfera criminal, avolumam-se as implicações judiciais dos atos de Bolsonaro. O ex-presidente pode sempre recorrer aos seguidores para se dizer injustiçado e perseguido. Mas é fato que sua situação nos tribunais se torna cada vez mais complicada.
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Bolsa inteligente
O governo federal vai usar tecnologias de inteligência artificial para fazer um novo pente-fino no Bolsa Família e no Cadastro Único (CadÚnico). A finalidade é garantir que o benefício seja pago às pessoas que realmente têm o direito. Segundo o ministro Wellington Dias, atualmente cerca de 2% das famílias que recebem o benefício não se encaixam nos critérios. Em 2023, o governo cancelou 3,7 milhões de benefícios por irregularidades. Foram identificados, ainda, 17 milhões de cadastros desatualizados ou inconsistentes.
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De leve
A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou o convite de comparecimento do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Parte do colegiado defendia a convocação de Lewandowski, mas o presidente da comissão, Alberto Fraga (PL-DF), preferiu uma solução mais moderada. “É um primeiro momento em que nós vamos estar com ministro. Não há necessidade de, em um primeiro momento, nós já irmos com a faca no pescoço. Não precisamos disso. Se o ministro se negar a comparecer ou não comparecer, aí, sim, partiremos para o instrumento da convocação”, disse.
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Suspense
Aumenta a expectativa sobre o chefe da Procuradoria-Geral da República, Paulo Gonet. Ele tem 15 dias para se manifestar sobre o inquérito da PF relativo à fraude no cartão de vacinação de Jair Bolsonaro. Além disso, ouviu de ex-integrantes da CPI da Covid o pedido para reabrir inquéritos arquivados pelo antecessor, Augusto Aras.
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Transparência
A ministra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia (foto) determinou ao Superior Tribunal Militar (STM) o que permita o acesso integral ao conteúdo das sessões, públicas ou secretas, de julgamentos ocorridos na década de 1970. A ação tem como origem o pedido apresentado por um pesquisador e advogado. O reclamante alega que parte do acervo não foi disponibilizado.
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Direito à informação
Na ação, o STM argumenta que parte dos julgamentos não foram gravados ou contêm registros de má qualidade. A ministra Cármen Lúcia ressaltou, no entanto, que o acesso à informação deve ser amplo, irrestrito e integral, sem limitação sobre a qualidade dos registros.
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Espaço aberto
O Palácio do Itamaraty reabre as portas para o público a partir deste sábado. As visitas precisam de agendamento prévio, e interessados devem observar recomendações. Em dias úteis, não é permitida a entrada de bermuda nem de chinelo. Último palácio a ser construído em Brasília, o Itamaraty guarda obras de ícones da arte, como Burle Marx e Bruno Giorgi
Petistas reprovam falas de Lula sobre Bolsonaro e preferem foco em programas do governo
Por Denise Rothenburg — Muitos petistas ficaram meio atônitos ao ver o presidente Lula chamando Jair Bolsonaro de “covardão” quando comentou a tentativa de golpe. A avaliação geral é a de que, em suas falas de governo, Lula precisa esquecer o seu antecessor, que está inelegível e não pode ser candidato em 2026. O melhor é guardar os ataques pessoais para os palanques Brasil afora, na temporada oficial de campanha. No governo, porém, é preciso dedicar discursos para falar dos programas em curso e, nos estados, mostrar o que o governo vem fazendo. Afinal, não adianta, avaliam os próprios petistas, convocar uma reunião ministerial para tratar dos projetos do governo e Lula jogar tudo por terra, falando do adversário e da tentativa de golpe.
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Em tempo: com Bolsonaro percorrendo o país em pré-campanha, a ala mais à esquerda do PT considera que não dá para o presidente Lula esquecer o ex-presidente. Afinal, alguns petistas consideram que a polarização ajudará a eleger os seus filiados tal e qual ajudou Lula em 2022.
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O timing do governo
Na reunião ministerial desta semana ficou claro que o Planalto espera uma melhoria da avaliação da gestão Lula a partir do próximo semestre. Coincidentemente, é quando o PT estará mais focado na batalha eleitoral.
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Ajuda, mas…
Não é apenas a questão eleitoral deste ano que leva o governo a agir para tentar elevar os índices de aprovação. É que, quanto melhor estiver o governo, menos os adversários do governo (e alguns aliados) vão se animar em concorrer em 2026.
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Nísia sob pressão
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, continua com todo o apoio do presidente Lula e não será por causa do choro na reunião ministerial que haverá troca de comando por ali. No governo, tem muita gente convicta de que parte das pressões sobre a ministra vêm justamente porque ela está fazendo o certo, cortando os ralos de recursos.
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Diferenças
Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas foram a Israel justamente para marcar diferença em relação ao governo federal. Com os respectivos partidos detendo ministérios no governo Lula, a hora é de sedimentar a distância como oposicionistas.
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Curtidas
Vai um vinho aí?/ O deputado Eduardo Bolsonaro usou as suas redes sociais para fazer propaganda das variedades de vinho que levam o nome da família “Tem muitas variedades do vinho tinto Bolsonaro, tem rosé, da Michele. Tem para todos os gostos”, comentou, como um verdadeiro garoto-propaganda da marca.
Um tema necessário/ A decarbonização é assunto do seminário Esfera, hoje, em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), a partir das 9h. A abertura está a cargo do vice-presidente Geraldo Alckmin (foto), do secretário de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, e do economista Luciano Coutinho. O encerramento terá os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado,
Rodrigo Pacheco.
Almoço-debate/ O Lide Brasília recebe, hoje, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antonio Vieira Fernandes, para uma palestra sobre habitação com empreendedores do Distrito Federal capitaneados pelo empresário Paulo Octávio. Hoje, a Caixa é quase um banco de fomento do governo federal.
Dia de São José/ Depois de José Dirceu e Jaques Wagner, em 16 de março, hoje é dia de abraçar o ex-senador José Serra, que completa 82 anos.
Março acumula derrotas para o governo, que mostram poder de negociação limitado
Por Carlos Alexandre de Souza — O mês de março começou bem para o Palácio do Planalto, com a divulgação do surpreendente PIB de 2023, na casa de 2,9%. O espetáculo do crescimento, para utilizar uma antiga expressão do vocabulário petista, sinalizava, à primeira vista, que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em particular, estão realizando um bom trabalho na recuperação econômica do país.
As pesquisas de opinião divulgadas esta semana, porém, indicaram que o eleitor está com uma avaliação muito distinta. A insatisfação do brasileiro com a inflação dos alimentos, somada às declarações infelizes de Lula sobre o conflito em Gaza, mostra de maneira clara a falta de sintonia entre o governante e os governados. A queda na aprovação da administração lulista é sinal de alerta para a qual, por ora, ainda não se viu resposta.
A goleada sofrida pelo governo no Congresso, com a ascensão de expoentes do bolsonarismo nas comissões mais importantes da Câmara, carregou ainda mais a paisagem. É mais um revés a ser incluído na lista de derrotas do Planalto, em um claro sinal de que articulação política do governo tem poder de negociação limitadíssimo na arena comandada por Arthur Lira. Se o fim do verão está assim, nada indica que o inverno será brando.
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Democracia em transe
Na semana passada, comentamos sobre o momento crítico das democracias pelo mundo, como vem alertando o instituto V-Dem, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Divulgado na última quinta-feira, o relatório anual de 2024, referente ao ano passado, mostra um mundo dividido em termos de liberdade política: o estudo verificou 91 democracias e 88 autocracias. Mas boa parte da população mundial — 5,7 bilhões de pessoas — vive sob o jugo de regimes que desrespeitam princípios democráticos como liberdade de expressão, imprensa livre e eleições justas.
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Virada brasileira
A boa notícia é que o Brasil, segundo o V-Dem, deu uma virada democrática em 2023. A reação ao 8 de janeiro e a punição a Jair Bolsonaro, condenado a oito anos de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral, são apontadas como pontos relevantes do vigor democrático no país. No contexto latino-americano, o avanço no Brasil contrasta com o retrocesso de países menores, como Venezuela, Cuba e Bolívia.
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Mal, muito mal
Não é pouca gente, entretanto, que se incomoda com a generosidade de Lula com o que ocorre na Venezuela. Na semana em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, o presidente provocou reações ao dizer que a oposição a Nicolás Maduro deveria parar de chorar e escolher outro candidato que não María Corina Machado.
Bateu, levou
Impedida de disputar cargo público pelos próximos 15 anos, María Corina Machado rebateu Lula em alto e bom som: “Eu, chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece”.
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Desconfiança no ar
Pressionado, Maduro convidou observadores internacionais para as eleições marcadas para 28 de julho — aniversário de Hugo Chávez, patrono do tal socialismo do século 21 que move seus seguidores. Os prazos exíguos para registro de candidatura e a exclusão de adversários da corrida eleitoral aumentam a desconfiança em relação a Maduro, que, com a simpatia de Lula, tenta um mandato de seis anos.
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Será?
Na eleição da maior cidade do país, os três principais pré-candidatos prometeram ampliar a participação feminina na administração. Guilherme Boulos pretende designar mulheres para o comando de ao menos 50% das secretarias. Tabata Amaral quer estender a paridade de gênero para os conselhos das empresas paulistanas. E Ricardo Nunes, que busca a reeleição, anunciou uma nova integrante em sua equipe de secretários.
Já vimos isso
Quando candidato, Lula também prometia dar mais espaço às mulheres. Em 14 meses de governo, porém, diminuiu o número de ministras na Esplanada. Na semana passada, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, cobrou publicamente do chefe uma maior participação feminina. No âmbito do Judiciário, o presidente da República nomeou dois homens para o Supremo Tribunal Federal.
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Porte social
Na polêmica sobre a maconha, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, explica que a Corte está empenhada em definir uma quantidade específica de maconha que diferencie o usuário do traficante. Barroso ressalta a clivagem social na realidade das drogas: enquanto na periferia um jovem, possivelmente negro, é preso por uma quantidade x de maconha, em bairros mais ricos, outro jovem, possivelmente branco, não tem maiores problemas com a polícia.
Só a ponta
Ressalte-se que esse debate diz respeito apenas a uma parte do problema. O comércio e a oferta de maconha no Brasil ainda permanecerão uma questão em aberto por muito tempo. Países mais avançados na descriminalização das drogas enfrentam novos desafios. No Canadá, onde o governo federal assumiu o controle da produção da droga, a indústria de cannabis se queixa da viabilidade econômica do negócio. Em Portugal, há um crescente revisionismo sobre a política de descriminalização, após o aumento do consumo e de overdoses.
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Força aos institutos
O presidente Lula anuncia esta semana a inauguração de mais 100 novos institutos federais, considerados fundamentais para a educação profissional e tecnológica. O ministro da Educação, Camilo Santana, aposta muito nesse modelo. Além de abrir novos institutos, particularmente na Região Norte, o titular do MEC pretende reformar as unidades já construídas.
De sucesso em votações a perda de comissões: as lições da semana para o governo
Por Denise Rothenburg — Até aqui, o governo obteve sucesso em votações importantes, especialmente, quando o presidente Lula entrou pessoalmente na articulação política. Não foi assim nas comissões técnicas da Câmara, onde o chefe do Executivo ficou recolhido, e o governo viu adversários ferrenhos assumindo postos-chave. Ainda que Lula entre de cabeça no dia a dia das negociações com o Congresso, sair dessa largada desfavorável não será fácil. O presidente não consegue estar o tempo todo de olho no Parlamento. E, para completar, a partir de agora, não contará com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para o que der e vier. Lira jogará para o Congresso, e não para o governo, ainda mais num ano de campanha para sua própria sucessão no comando da Casa.
Paralelamente às dificuldades dos articuladores do governo, a eleição para presidente da Câmara arrisca contaminar o debate deste ano. Se o governo partir para vetar qualquer um dos pré-candidatos, verá o que ocorreu nas comissões técnicas contaminar as votações importantes. É esse o maior perigo do momento no Congresso.
Cálculos petistas
Aliados do presidente da República consideram que, se ele passar por este ano eleitoral com algumas vitórias importantes, será meio caminho andado para a reeleição, ainda que as pesquisas desta semana demonstrem uma queda na avaliação do governo.
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Fim da lua de mel
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, não gostou da forma como foi divulgada a queda no valor das ações da Petrobras, no primeiro ano do governo Lula. “Esconderam que o resultado foi até melhor que o das petroleiras gringas. Lucros da Chevron, da Shell e da ExxonMobil caíram entre 35% e 40%. O que houve no mundo do petróleo em 2023 foi um retorno aos preços praticados antes da guerra da Ucrânia, mas querem é falar mal do Lula. Não é ignorância, é má-fé!”, disse ela.
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Mulheres pelo mundo
Em Riad, capital da Arábia Saudita, a vida das mulheres ainda não é tão fácil quanto parece. Algumas lojas têm entrada específica para elas e instituições destinam às mulheres banheiros bem mais modestos do que aos masculinos. Falta muito para se chegar à igualdade de gênero e de liberdade que se vê nos Emirados Árabes.
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Carreira solo
Os empresários consideraram que a ausência de ministros do governo federal na missão do LIDE no Oriente Médio terminou por deixar a conversa muito mais fluida e proveitosa. Muitos saíram convencidos de que rodadas de negócios devem prescindir das formalidades que as autoridades públicas provocam.
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Curtidas
Outras praias…/ Não foi apenas o agro que saiu contente da rodada de negócios promovida pelo LIDE, em Dubai. A turma dos bancos também gostou. “A tecnologia brasileira dos sistemas de pagamento é bastante atrativa para o Oriente Médio. Especialmente em Dubai, onde as autoridades têm implantado políticas para fomentar o empreendedorismo. A expertise que adquirimos no Brasil para resolver as dores dos pequenos e médios negócios pode ser ferramenta importante para impulsionar a economia local”, afirma Patrick Burnett, CEO do InoveBanco.
… muito antenadas/ Burnett participou de palestra ao lado do ministro da Inteligência Artificial dos Emirados Árabes, Hasher Dalmook (foto). Lá, esse tema é central em todas as discussões. No Brasil, porém, o governo mal consegue deixar de pé o Ministério da Ciência e Tecnologia, considerado periférico pelos partidos.
Escaparam/ A missão empresarial que foi a Dubai saiu da cidade horas antes de uma tempestade. A maioria dos visitantes recebeu alerta em seus celulares sobre a necessidade de buscar abrigo, não ficar as ruas e não velejar.
Por falar nos Emirados…/ O salário mínimo por lá está na faixa de US$ 2,5 mil. No Brasil, é US$ 250.
Por Denise Rothenburg — Entusiasta do semipresidencialismo, o ex-presidente Michel Temer considera que há um ambiente positivo para a discussão da proposta no Parlamento, com o fim da reeleição. “Todo presidente que chega ao poder já está de olho na reeleição e não quer mexer em temas polêmicos. Eu, que não pensava nisso, fiz a reforma trabalhista e levei adiante a reforma da previdência”, afirmou à coluna e a um grupo de jornalistas durante conversa em Dubai.
As declarações de Temer combinam em gênero e grau com o que passa pela cabeça de parte do Centrão: levar adiante uma proposta que institucionalize o semipresidencialismo que o país vive hoje na prática e que sempre foi defendido pelo emedebista. Temer vai além: diz que seria “útil acabar com a reeleição” e implantar um mandato presidencial de cinco ou seis anos. Ocorre que, para levar isso adiante, será preciso ter um Centrão em paz com o bolsonarismo, uma vez que o semipresidencialismo não faz parte dos planos do PT.
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A vida é dura…
… E feita de escolhas. Com a queda de avaliação do presidente Lula em duas pesquisas, Genial Quaest e Atlas Intel, o governo não tem mais dúvidas de que, daqui para frente, o PT terá que definir suas batalhas por segmento. Não dá para brigar com muita gente ao mesmo tempo.
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Quanto mais, melhor
Perguntado sobre a situação da corrida para a prefeitura de São Paulo, o ex-presidente Michel Temer defendeu que Ricardo Nunes abrace todos os votos que puder, inclusive o bolsonarismo. “Ricardo Nunes não pode recusar votos. Quanto mais puder somar as várias correntes para se opor às outras duas, mais útil será para ele”, disse o ex-presidente.
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Pule esta fase/ Integrante da comitiva do Lide ao Oriente Médio, o presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein em São Paulo, Claudio Lottenberg, deixou para se juntar ao grupo apenas em Dubai, nos Emirados Árabes. Não é hora de judeus visitarem países muçulmanos.
Todo cuidado é pouco/ Em São Paulo, muitos integrantes da comunidade judaica contrataram seguranças para acompanharem seus familiares. Os brasileiros desse segmento nunca se sentiram tão inseguros.
Eleição versus realidade/ Assim como Javier Milei na Argentina, o candidato da direita em Portugal tem dito ao longo da campanha que Lula não entrará no país. No governo, porém, segue a máxima: uma coisa é discurso de campanha. Outra é o dia a dia de quem governa.
Imortal/ Na véspera do Dia Internacional da Mulher, uma boa notícia: a historiadora Lilia Schwarcz (foto) foi eleita imortal pela Academia Brasileira de Letras. Vai ocupar a cadeira de nº 9, antes reservada para o o historiador e diplomata Alberto da Costa e Silva.
Mulher com orgulho / Autora renomada sobre o Brasil Colônia e outros temas, a nova imortal tem como missão montar a iconografia de Machado de Assis, patrono da ABL, e se debruçar sobre o arquivo da instituição centenária. “Quero entrar para agregar”, disse a nova integrante. Viva a mulher brasileira!
Empresários brasileiros desembarcam em Dubai atrás de investimentos para os negócios
Por Denise Rothenburg — Empresários brasileiros estão com um olho no gato, outro no peixe. Ao mesmo tempo em que acompanham a reforma tributária em debate no Congresso, correndo para apresentar propostas, rodam o mundo atrás de investimentos. Pelo menos 72 deles desembarcaram em Dubai, nos Emirados Árabes, numa missão capitaneada pelo Lide — Líderes Empresariais — presidido por João Doria Neto, filho do ex-governador de São Paulo João Doria. A maioria atravessou o globo terrestre para ver se consegue recursos capazes de ampliar seus negócios e novas parcerias. Hoje, o dia será debates, mas amanhã a agenda será dedicada aos grandes fundos.
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Dinheiro não falta — O Mubadala, por exemplo, já investiu US$5 bilhões no Brasil desde 2012, e a tendência é continuar investindo. Ao contrário da Arábia Saudita, que está em franca transformação e quer aplicar o grosso de seus fundos de investimentos em projetos para alavancar o país, os Emirados já se modernizaram e continuam em busca de novas fronteiras. É aí que os empresários brasileiros entram em campo.
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Sem refresco
A contar pelos nomes escolhidos pelo PL para comandar as comissões técnicas sob a batuta do partido, o governo Lula pode se preparar para dores de cabeça no Parlamento. O PL não aceitou veto à deputada Caroline de Toni (SC), considerada da ala radical do partido. E, para completar, colocou o deputado Alberto Fraga (PL-DF) na Comissão de Segurança Pública e Nikolas Ferreira na Comissão de Educação.
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Tudo entre eles
Os petistas não tiveram poder de fogo para barrar as indicações. E, para completar, ainda viram o “aliado” União Brasil jogar com o PL de Jair Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto.
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Onde mora o perigo
O risco para o governo é os partidos do Centrão e o bolsonarismo repetirem nas votações da Casa os acertos obtidos nas comissões. Aí, será difícil Lula aprovar qualquer pauta mais estratégica de seu governo.
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Superou Xandão/ Antes mesmo de completar 30 dias como ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino já tem um pedido de impeachment contra ele prestes a chegar ao Senado. O deputado estadual do Maranhão Yglesio Moyses (PSB) considerou que o ministro deveria se julgar impedido de analisar um caso relativo à escolha de um conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. Porém, Dino deu uma liminar suspendendo a eleição.
Ela vai para cima/ A deputada Rosângela Moro (União Brasil-SP) quer ouvir os motoristas de aplicativos. “O projeto, da forma que está, só vai beneficiar o governo e os sindicatos, uma vez que a categoria não foi ouvida”, diz, pronta para propor mudanças no projeto de regulamentação desse serviço apresentado pelo governo.
Enquanto isso, em Dubai…/ Empresários aproveitaram a quarta-feira de trânsito entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes para visitar o Museu do Futuro, uma experiência imperdível na cidade mais cosmopolita do Oriente Médio. Hoje, a comitiva participa da Brazil Emirates Conference, promovido pelo LIDE, com um dia inteiro dedicado a palestras sobre oportunidades de negócios entre os dois países.
Festa especial/ O relançamento do caderno Direito&Justiça, do Correio Braziliense, na noite de terça-feira, foi muito bem recebida pela comunidade jurídica de Brasília. Mas teve um significado especial para o ministro do Superior Tribunal de Justiça Marcos Buzzi, presente na festa.
Alma de repórter/ Muito antes de ingressar na magistratura, o catarinense de Timbó atuou como jornalista em um dos veículos dos Diários Associados em Itajaí. Ao visitar a sede do Correio, Buzzi relembrou com carinho os tempos de repórter. Seja pelo conhecimento no direito, seja pelo interesse no jornalismo, o ministro tem muito a contribuir com a casa que o acolheu por um período.