Temer e FHC avaliam cenário nacional e reformas

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A entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao Correio Braziliense terminou por servir de pretexto para que o presidente Michel Temer chamasse o tucano para uma alentada conversa hoje, no Palácio do Jaburu, onde eles trocaram impressões sobre o cenário nacional e internacional, tanto nos aspectos políticos quanto econômicos. Ao parabenizar o presidente pela vitória desta semana, Fernando Henrique aproveitou para alertar o presidente sobre a necessidade de falar muito sobre o que deseja para o país, explicar todos os passos da recuperação econômica. “A população entende quando agimos em prol do bem maior”, disse Fernando Henrique.
Eles fizeram ainda uma análise sobre a situação da América Latina, a qual Fernando Henrique considera alvissareira, e sobre a necessidade de o Brasil se recuperar economicamente para exercer o seu o papel de liderança do continente. FHC fez ainda uma comparação dos tempos do Plano Real e a situação atual. “Vivi algo semelhante no Real, porém hoje a situação é mais grave, porque mexe com emprego”, disse Fernando Henrique.
A conversa girou ainda sobre o atual sistema político. Coincidentemente, no mesmo dia em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse em Lisboa que o atual sistema político está “falido”, Temer e Fernando Henrique concluíam que a reforma política é matéria urgente. Nesse quesito, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, __ que participou do almoço, mas chegou depois de Fernando Henrique ao Jaburu __, fez um balanço das últimas eleições e repetiu a preocupação que já havia manifestado em público, sobre a presença do crime organizado no atual sistema eleitoral.
Antes de definir o financiamento das eleições entretanto, o quarteto (a conversa incluiu ainda o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Geddel Vieira Lima) considerou que é preciso definir qual será o sistema eleitoral que sairá da reforma política, com ou sem coligações, voto em lista ou nos candidatos, e por aí vai.
A conversa durou mais de quatro horas, o que, no meio político, significa dizer que foi bastante alentada e completa. A duração das conversas políticas, aliás, era um termômetro que o tetra-presidente, Ulysses Guimarães, usava para definir se uma conversa política tinha sido proveitosa. “Ele sempre dizia que política não se conversa em uma hora”, disse Fernando Henrique ao Correio no último domingo.

Treino & jogo

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Mal terminou a votação da Proposta de Emenda Constitucional sobre o teto de gastos em primeiro turno, petistas e antigos aliados da presidente Dilma Rousseff decidiram que o melhor a fazer no momento é cumprir tabela nesse tema e centrar fogo na reforma da Previdência, um assunto que cala fundo no coração de todas as famílias. Para completar, vai ferver em 2017, mais perto das eleições de 2018. No PT, há quem se refira a esse debate como a “porta da esperança para o partido”.

É aí que o governo terá que ter todo o cuidado na estratégia de comunicação da proposta, para não soar como o fim dos direitos. É dessa reforma, avaliam muitos, que sairá o discurso para as eleições.

Próxima temporada
Passado o teto de gastos, o governo começará a dizer que todo esse esforço inicial será em vão se não houver uma mudança em relação às regras para aposentadorias e pensões, em especial, a idade mínima. Essa será a narrativa para embalar a reforma da Previdência.

Alvo I
Inicialmente, os governistas jogaram no PT a responsabilidade por não votar a proposta que dá um pedaço das multas da repatriação para os estados. Porém, nos bastidores, todos apontavam para o governo, que não mobilizou seus mais 350 votos. Estão todos aguardando para ver quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, partirá com toda a sua força para cima do líder André Moura (PSC-SE), a quem muitos líderes tratam até hoje como o homem de Eduardo Cunha.

Alvo II
Quem viveu os tempos de Cunha presidente da Casa não se esquece que, no início de 2015, o então líder do governo, Henrique Fontana, perdeu o cargo porque não conseguia conviver com o todo-poderoso comandante da Casa. Agora, é o aliado de Eduardo Cunha que vive o mesmo problema.

Manguinhos versus BR
A Refinaria de Manguinhos recorreu à Justiça para obter informações sobre todos os repasses financeiros da BR Distribuidora ao Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis) entre 2006 e 2016. A informação havia sido pedida extrajudicialmente, ou seja, de forma amigável. Porém, a resposta da subsidiária da Petrobras foi parcial. A BR Distribuidora admitiu ter pagado 758 mil reais em contribuições sindicais na última década e alegou que os demais repasses são sigilosos.

CURTIDAS

Virou padrão/ Os governistas agora sempre fazem a seguinte conta quando se trata da aprovação de projetos na Casa: Não pode ser abaixo do placar do impeachment, 367 votos. Ontem, foram 366, com todo o esforço e a ajuda de alguns favoráveis ao antigo governo, caso de Sílvio Costa (PTdoB-PE).

Feitiços & feiticeiros eleitorais I/ Ainda que o PT esteja enroscado na Lava-Jato, os aliados do candidato petista à prefeitura de Recife, João Paulo Lima, recorrem à operação para tentar ampliar votos no segundo turno. Numa mensagem apócrifa encaminhada por WhatsApp, simpatizantes do petista distribuem acusações contra o prefeito-candidato em 12 tópicos, que vão desde a citação de Geraldo Júlio na lista da Odebrecht até menções sobre o avião da campanha de Eduardo Campos.

Feitiços & feiticeiros eleitorais II/ A mensagem termina assim: “Você pode até não votar em João Paulo, agora, cuidado para não ter a decepção de ver a Polícia Federal a qualquer momento amanhecer na porta da casa de Geraldo Júlio”.

Seguro & estômago/ Como se não bastasse o jantar no Alvorada na noite de domingo, os deputados tiveram outra comilança na noite seguinte. Enquanto a votação dos destaques da PEC dos gastos públicos rolava no plenário, a sala de café anexa de transformou num self-service. As excelências consumiram 10 Kg de feijão tropeiro, 15 kg de arroz, 30 Kg de mandioca, 20 Kg de frango, 30 Kg de carne de solo, três leitoas e 20Kg de costela de porco. Fora o torresmo e os doces caseiros. Toda essa comida foi levada pelo deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), que decidiu brindar os colegas com um jantar para que ninguém saísse dali na hora da votação. Deu certo.

No mais…/ Que Nossa Senhora Aparecida nos ilumine! Hoje e sempre! Feliz Dia das Crianças!

Setor elétrico vai mudar

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Nas poucas horas em que estava ontem fora do Ministério de Minas e Energia para aprovar o teto de gastos em primeiro turno, o deputado Fernando Filho (PSB-PE) tinha que fugir dos interessados em saber como será o novo projeto para o setor elétrico. Fernando Filho só deixou antever o seguinte: “O governo anterior não deixava o setor ter mais de 6% de lucro. E ninguém quer investir para ganhar menos de 11%”, comentou. A nova proposta de regulamentação será anunciada ainda este mês.

Lula e o PT

Os deputados e senadores petistas estão muito mais dedicados a voltar à velha forma oposicionista do que propriamente defender o ex-presidente. Nos bastidores, há quem diga que caberá a Lula, alvo de nova denúncia ontem, cuidar da própria defesa.

Lula e Ciro

A ideia de Lula, de fazer de Ciro Gomes seu candidato a presidente, conforme divulgado nessa coluna na semana passada, é rechaçada por aliados de Ciro. “Lula não consegue eleger nem prefeito, vai conseguir fazer presidente da República?!” dizem os pedetistas ligados ao ex-ministro. Sem defesa, nem do PT, nem do PDT, Lula está cada vez mais sozinho.

Ciro e o PT

Os petistas são unânimes em afirmar que Ciro Gomes não é o melhor nome para representar o partido na sucessão presidencial. O momento, para o bem ou para o mal, é de reafirmação e reconstrução da legenda com nome próprio.

Meus comerciais, por favor

A Proposta de Emenda Constituicional do teto de gastos caiu no gosto das excelências. Prova disso foi o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP), candidato a prefeito de Ribeirão Preto nesse segundo turno, discursar em favor da proposta em pleno horário nobre.

PTN vira Podemos

Com 13 deputados, o PTN da deputada Renata Abreu (SP) se prepara para mudar seu nome para “Podemos”, que ficou famoso na Espanha. Ela avisa, entretanto, que o seu “Podemos” não terá nada a ver com o espanhol. “Não seremos de esquerda e nem de direita.Vamos construir algo novo”, diz ela.

Até eles/ Deputados que votaram contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e eram classificados como “governistas roxos” nos tempos do PT estavam bastante à vontade no Alvorada na noite de domingo. Incluindo, aí, João Carlos Bacelar e José Rocha, ambos do PR da Bahia. “O PR quase todo ficou com Dilma, mas agora está com o governo”, explicou Rocha.

Pensando bem…/ Os deputados do PMDB que acompanham há tempos o jeitão de Michel Temer (foto) atribuíam ontem, ao resultado da votação da PEC 241, o “poder da gentileza” do atual presidente. Sabe como é, depois de um período em que a presidente não gostava dos salamaleques da política, os parlamentares estão em fase de namoro com o peemedebista dado ao cumprimento dos protocolos e signos políticos

… Oração nunca é demais…/ Ontem pela manhã, depois do jantar com os parlamentares, o presidente Michel Temer recebeu nos mesmos salões o conselho da Rede Vida de Televisão, presidido pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, que tem ainda a presença do arcebispo de São Paulo, Dom Odílo Scherer, e de Dom Fernando Figueiredo.

…Nem de Menos/ Aproveitaram para fazer uma oração na Capela de Nossa Sra do Alvorada, que agora retomou suas atividades. No final do governo Dilma, a capela tinha sido transformada em escritório para abrigar parte dos assessores.

O conforto dos Sarney

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No final de 1996, um acordo entre os partidos permitiu que a base aliada ao governo de Fernando Henrique Cardoso aprovasse a reeleição em 1997 para valer no ano seguinte. Agora, 20 anos depois, está em gestação um princípio de acordo para acabar com esse direito em 2017 para valer já em 2018. Assim, o presidente Michel Temer tiraria de cena qualquer receio do PSDB e do DEM de que, se o governo der certo, ele seja chamado a pleitear um novo mandato.

As conversas sobre o fim da reeleição têm chamado a atenção do grupo do ex-presidente José Sarney, no Maranhão. Tudo porque, se a ideia emplacar, tira o governador Flávio Dino (PCdoB) da briga pelo cargo. Falta combinar, entretanto, com o presidente do Senado, Renan Calheiros, que tem o filho governador de Alagoas, com possibilidade de concorrer a mais um mandato.

As suspeitas da PF
Entre os policiais federais restam hoje poucas dúvidas de que o superintendente da regional de São Paulo, Disney Rosseti, vai substituir em breve Leandro Daiello Coimbra no comando geral da Polícia Federal. Para quem não se lembra, o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, se reuniu com Rosseti por quase duas horas, antes de propalar aos quatro ventos em Ribeirão Preto que haveria novidades na Lava Jato. A fala do ministro ocorreu justamente na véspera da prisão de Antonio Palocci. Depois daquela reunião, Disney Rosseti já veio duas vezes a Brasília.

Nova ciumeira
Deputados __ e até ministros __ têm olhado com ar de inveja para o ministro de Desenvolvimento Social, Osmar Terra. Há quem diga que ele é um dos poucos com recursos para dar prosseguimento aos projetos da pasta. Para completar, ainda tem a bela e suave primeira-dama, Marcela Temer, para ajudá-lo a promover as ações voltadas às crianças. Se brincar, está em construção aí um candidato forte ao governo do Rio Grande do Sul.

Novo governo & velhos vícios
Eram 15 os deputados que ameaçavam fazer greve contra a PEC do teto do gasto público, caso o governo não nomeasse logo o ministro do Turismo, Marx Beltrão. É a turma do toma-lá-dá-cá jogando sobre o governo de Michel Temer o mesmo veneno que aplicava à administração Dilma Rousseff.

PCdoB no divã
Tem gente desconfortável com o fato de Jandira Feghali ter transformado a campanha dela para a prefeitura do Rio de Janeiro numa espécie de plebiscito sobre o #ForaTemer. Deu no que deu. Há quem defenda os comunistas passem a tratar dos assuntos da população (saúde, previdência, segurança, educação) e deixe que o PT fique remoendo o passado.

CURTIDAS

Pais & filhos/ Diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador Robert Azevêdo começa sua visita a Brasília, nesta segunda-feira (10), num evento pelo qual sente particular orgulho: a inauguração da loja de sua filha Luisa Farani no shopping Iguatemi, a partir das 17h. A estilista brasiliense despertou as atenções do mundo da moda e da primeira-dama Marcela Temer, que escolheu um vestido criado por Luisa para acompanhar o marido no desfile de 7 de Setembro.

Guerra de Titãs I/ Enquanto o governo se preocupa com a PEC do teto de gastos e remoe a sessão de sexta-feira, quando nem André Moura registrou presença, o mundo jurídico se divide entre a PEC e a disputa das duas vagas ao Conselho Nacional de Justiça, uma na Câmara, outra no Senado. A decisão está prevista para os próximos dias.

Guerra de Titãs II/ No Senado concorrerm Henrique Ávila e Octávio Orzani. Ávila, mestre em Direito Processual na PUC-SP, é sócio do escritório carioca Sérgio Bermudes e tem o apoio do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Renan Calheiros. Orzani, servidor de carreira do Senado, mestre e graduado na USP, e em Salamanca (Espanha). Foi delegado da PF e ainda trabalhou no Ministério da Justiça.

Guerra de Titãs III/ Na Câmara, a briga envolve Ana Luísa Marcondes e Felipe Cascais Sabino Bresciani. Ünica mulher na disputa, Ana Luísa é servidora federal, doutoranda na Universidade de Buenos Aires e assessora-chefe do Conselho Naiconal do Ministério Público. O adversário dela é sub-chefe adjunto de Assuntos Jurídicos da Casa Civil e servidor de carreira do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O chefe imediato de Bresciani, Gustavo Rocha, tem feito campanha entre os deputados para emplacar o subordinado.

Colisão frontal

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A base do governo reagiu hoje à nota da Procuradoria Geral da República, que ontem, no final da tarde, classificou a PEC 241, do teto de gastos, como um documento repleto de inconstitucionalidades. A reação está expressa numa carta assinada por 22 lideres partidários (leia inegra abaixo). Os deputados expõem as razões para a aprovação da PEC, dizem claramente que “a PGR mostra-se em rota de colisão com o Legislativo”. Nas entrelinhas, o texto ainda dá um “chega para lá” nas corporações de um modo geral ao dizer que “chegou o momento de mostrar que o Brasil é maior do que os privilégios que sempre nos desviaram da boa governança, do desenvolvimento e da gestão eficiente”.

RESPOSTA DA LIDERANÇA DO GOVERNO E DOS LÍDERES DA BASE À NOTA DA PGR

O Brasil vem enfrentando uma das mais graves crises de sua história no que tange às contas públicas. O desequilíbrio fiscal pune de forma indiscriminada todos os brasileiros, sem qualquer exceção. Este governo, que recebeu a responsabilidade de resgatar a confiança em nossa economia, exerce de forma responsável e republicana sua tarefa. Obedecendo os preceitos constitucionais, executamos todas as medidas necessárias para devolver ao Brasil sua estabilidade, arrancada das mãos de nosso povo na última década.

Infelizmente, o peso do ajuste fiscal, está caindo sobre os ombros de todos os brasileiros. Anos de irresponsabilidade com as contas públicas levaram nosso País a encarar retração econômica, perda de empregos, diminuição da renda e a falta de confiança internacional. Sabemos, que para resgatar o rumo correto, necessitamos de disciplina fiscal. Toda a administração pública precisa unir-se em um esforço conjunto no intuito de recuperar nossa economia. Nenhum órgão deve fazer pressão no intuito de manter suas benesses.

O objetivo da PEC 241 é limitar gastos. É preciso lembrar que os recursos recebidos pelo Estado são o resultado do suor de cada brasileiro, portanto, racionalizar os custos de nossa administração pública é respeitar nosso cidadão, aquele único responsável por custear a existência da máquina pública. O Estado não pode ser maior do que nosso povo. A PGR não deve ser maior do que todos os esforços de uma nação.

Neste esforço nacional de recuperação não podem haver privilégios ou salvaguardas. Não é justo cobrar esforço de uns em detrimento de outros. Nunca haverá a união nacional necessária em momentos de crise enquanto alguns enxergarem-se mais importantes do que outros.

Nossa Constituição é clara: Todos são iguais perante a lei. Portanto, nosso trabalho concentra-se no esforço em equilibrar as contas públicas respeitando nossa Carta Magna. Em nossa República não pode haver espaço para um comportamento corporativista e egoísta que coloca o Brasil à beira de uma catástrofe fiscal. É importante que a PGR, assim como este governo, tenha compromisso com o País.

O controle constitucional, já realizado pelo órgão legislador competente, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, deve ser respeitado como elemento essencial de legalidade de nosso processo legislativo. Questionar o parecer soberano de um órgão de nosso parlamento é enfraquecer nossa democracia. A PGR mostra-se em rota de colisão com o legislativo.

Chegou o momento de todos os poderes assumirem a responsabilidade de um passo que somente fortalecerá nossa República, exigindo em nossa Carta a disciplina fiscal necessária para a existência de um Estado moderno, eficiente e justo com o cidadão. Chegou o momento do Brasil, como nação, mostrar-se maior do que os privilégios que sempre nos desviaram da boa governança, do desenvolvimento e da gestão eficiente.

Dep. André Moura – Líder do Governo
Dep. Baleia Rossi – Líder do PMDB
Dep. Antônio Imbassay – Líder do PSDB
Dep. Agnaldo Ribeiro – Líder do PP
Dep. Aelton Freitas – Líder do PR
Dep. Rogério Rosso – Líder do PSD
Dep. Paulo Foletto – Líder do PSB
Dep. Pauderney Avelino – Líder do DEM
Dep. Márcio Marinho – Líder do PRB
Dep. Jovair Arantes – Líder PTB
Dep. Genecias Noronha – Líder SDD
Dep. Antonio Jácome – Líder do PTN
Dep. Rubens Bueno – Líder do PPS
Dep. Pastor Marco Feliciano – Líder do PSC
Dep. Evandro Gussi – Líder do PV
Dep. Givaldo Carimbão – Líder do PHS
Dep. Ronaldo Fonseca – Líder do Pros
Dep. Junior Marreca – Líder do PEN
Dep. Luiz Tibé – Líder do PT do B
Dep. Alfredo Kaefer – Líder do PR
Dep. Nivaldo Albuquerque – Líder do PRP
Dep. Val Amélio – Líder do PRTB

Água mole em pedra dura…

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Setores da Polícia Federal estão muito preocupados com os rumores de novas mudanças no grupo de delegados que integra a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba. Policiais federais foram alertados por amigos dentro do governo que os alvos agora são aqueles que estão desde o início da operação, Márcio Anselmo e Érika Marena.

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Érika, para quem não se lembra, é aquela delegada considerada a madrinha da operação. Foi ela quem a batizou de Lava-Jato. E Márcio Anselmo é hoje uma espécie de “pai” da investigação. Se o governo mexer aí, em especial com a perspectiva de delação de Marcelo Odebrecht, vai dar problema.

Assim não dá
Deputados estão incomodados em ter de votar a reforma da previdência estadual, conforme acordo que começa a ser cogitado entre governadores e o governo Michel Temer. Parlamentares avaliam que, em 2018, os deputados estaduais estarão com fama de bonzinhos e prontos para serem candidatos a federal, enquanto os congressistas de hoje estarão no desgaste com o eleitor.

Rixa tucana
Mal o governo respirou com a aprovação do teto de gastos na comissão especial, surgem outros problemas no horizonte. As declarações do governador do PSDB, Beto Richa, jogando um balde de água fria na aplicação da nova matriz curricular definida pela MP da reforma no ensino médio foram vistas como mais um capítulo nas rusgas entre PMDB e PSDB. Por sorte, o Instituto Teotônio Vilela divulgou um artigo elogiando as mudanças.

Duelo em Minas…
O candidato a prefeito de Montes Claros, Rui Muniz (PSB), fez transbordar a disputa velada entre o deputado Júlio Delgado e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. Júlio quer a troca do candidato e a expulsão do prefeito do partido, porque Muniz disputou o primeiro turno foragido e só apareceu depois que passou a vigorar o prazo que proibia prisão em flagrante por causa da eleição.Lacerda defende que se espere a decisão da Justiça Eleitoral.

…Vai rachar o PSB
Lacerda, quando perguntado se será candidato a governador de Minas Gerais, responde que “o ex-prefeito de Belo Horizonte é sempre um candidato natural”. Júlio, por sua vez, tem mais tempo de PSB e, a amigos, tem dito que Lacerda não terá apoio do partido.

CURTIDAS

Alckmin na roda…/ A presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (foto), no show em homenagem ao centenário do nascimento de Ulysses Guimarães, fez com que o dono da Universidade Paulista, João Carlos Di Gênio, amigo do governador, cometesse um deslize protocolar: ele esqueceu do representante do governo federal, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e cumprimentou todas as autoridades citando apenas o governador. Também pudera. Os ministros foram embora antes do show. Alckmin ficou até o final.

…Cheio de graça…/ Num grupo de jornalistas que o bombardeavam com perguntas durante o coquetel logo após o show, Alckmin remodelou para a política um mandamento de etiqueta para esses tipos de evento, seguido à risca desde a década de 1950 por senhoras de dieta. Os quatro esses: surgir, saudar, sorrir e sumir!

…E perto do povo/ De Brasília, Alckmin seguiu para Cuiabá. Ele está em fase de périplo por 12 estados assinando convênios com hospitais universitários para continuidade dos testes de vacinas contra a dengue produzidas pelo Instituto Butantã de São Paulo. Foi o jeito que os aliados dele encontraram de colocar o governador nos holofotes fora de seu estado natal.

Até aqui, tudo bem/ O presidente do PSDB, Aécio Neves, não está nem um pouco incomodado com as andanças do governador paulista. Em conversas com amigos, ele tem dito que, se for para deixar o PSDB em evidência, ninguém vai reclamar.

PSB espreme Romário

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Se o senador Romário esperava um motivo para deixar o PSB __ ou o partido pretendia criar algum pretexto para expulsá-lo __, a “tempestade perfeita” está criada. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, divulgou há pouco uma nota em que declara o apoio dos socialistas a Marcelo Freixo (Psol) neste segundo turno da briga pela prefeitura do Rio de Janeiro. Eis a íntegra:

“EXECUTIVA NACIONAL DO PSB DECIDE APOIAR MARCELO FREIXO NO RIO
A Executiva Nacional do Partido Socialista Brasileiro decidiu prestar apoio irrestrito ao candidato à prefeitura do Rio, Marcelo Freixo (PSOL), no segundo turno das eleições, considerando a deliberação, na tarde desta sexta-feira (7), dos Diretórios Municipal e Estadual do Rio de remeterem à instância nacional a definição sobre o posicionamento do partido na Capital.

CARLOS SIQUEIRA

Presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro – PSB”

Romário desde o primeiro turno apoia o senador Marcelo Crivella. O PSB tinha a vaga de vice na chapa de Índio da Costa. Há quem se refira à nota acima como a “serventia da casa” para Romário. Vejamos os próximos rounds.

O último dos moicanos

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O último dos moicanos

O esforço do ex-presidente Lula para que o PT apoie Roberto Cláudio para prefeito de Fortaleza está diretamente relacionado ao projeto do petista de deixar as portas abertas para fazer de Ciro Gomes seu candidato a presidente em 2018. Ciro, hoje no PDT, é considerado um dos poucos nomes da política capaz de ir para o “tudo ou nada” contra o PMDB ou a trinca de pré-candidatos de PSDB – Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra.

O próprio Lula tem dito em conversas reservadas que os processos contra ele têm potencial para tirá-lo do jogo daqui a dois anos. E, se nada mudar, qualquer candidato do PT estará fadado a repetir o resultado que o partido obteve nessa eleição municipal. E Ciro, avalia Lula, com o apoio dos partidos de esquerda, teria pelo menos 15% dos votos. Esse percentual, combinado com uma pulverização dos partidos que apoiam Michel Temer, colocaria o ex-ministro no segundo turno. Diante desses cálculos, Ciro é hoje um jogador a ser acompanhado de perto.

Par de Valetes
O fato de ser Aécio Neves __ e não o diretório pernambucano do PSDB __ a anunciar o apoio neste segundo turno a Geraldo Julio, em Recife, e Antônio Campos, em Olinda, é uma forma de o presidente do PSDB tentar empatar o jogo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, dentro do PSB. Hoje, Alckmin tem o aval do vice-governador, Márcio França, enquanto Aécio busca o grupo de Pernambuco.

Par de Reis
Em São Paulo, entretanto, quem acompanha o jogo de Alckmin de perto, garante que ele será candidato à presidente da República, ainda que não seja pelo PSDB. Se o governador for para o PSB, o jogo de Aécio hoje em Pernambuco tende a somar zero.

Par de Ases
Dentro do grupo aecista, a ideia é jogar com a data das prévias no partido de modo a evitar que Geraldo Alckmin tenha prazo para pleitear a candidatura por outra legenda. Ou seja, lá para o início de 2018.

O jogo deles
Com a decisão do Superior Tribunal de Justiça, de colocar os processos contra governadores dependentes de autorização das assembleias legislativas, o toma-lá-dá-cá vai imperar entre deputados e executivos estaduais.

CURTIDAS

Dona Lu e as sandálias da humildade/ A primeira-dama de São Paulo, Lu Alckmin, disse adeus às grifes que fazem a cabeça da maioria das socialites e mulheres de políticos. A pedido do marido, fez voto de pobreza. Só usa roupas da assistência social. No geral, aliados de Alckmin reforçam: “Quem é bela não precisa de “perequetê”.

Marcela na área/ A estreia da primeira-dama, Marcela Temer, outra que não é dada a exibir o alto luxo, pelo menos, nas aparições públicas, foi vista como um sucesso no Planalto. Que ninguém se surpreenda se, num futuro não tão distante, ela enveredar numa candidatura a deputada.

Temer no foco/ Nem Marcela, nem a guerra de 2018. As atenções do presidente hoje estão voltadas à votação do teto de gastos. Enquanto não for aprovado, ele não cuidará de outros temas.

E o Haddad, hein?/ O que mais se ouve nas rodas políticas de São Paulo é que Fernando Haddad teria lugar num segundo turno em qualquer outro partido, que não o PT. “Haddad é um tucano filiado ao PT”.

A lei das compensações

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Coincidência ou não, no mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin liberou o processo contra Renan Calheiros para julgamento, o Planalto bateu o martelo sobre a nomeação do deputado Marx Beltrão, apadrinhado pelo senador Renan Calheiros, para ministro do Turismo. É uma forma de tentar manter o presidente do Senado de bom humor.

Para lembrar: O processo, de 2007, se refere à suspeita de que as despesas de uma filha do senador fora casamento eram custeadas pela empreiteira Mendes Júnior. Renan nega e diz desejar que o caso vá logo a julgamento.