Rodrigo Maia e os primeiros reflexos

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A vitória de Rodrigo Maia (DEM-RJ) é tratada nessas primeiras horas como uma construção para tirar de cena Eduardo Cunha, o maior derrotado da noite. Rogério Rosso, considerado o candidato do centrão, e os 170 votos que obteve num pleito secreto indicam que, quando a cassação de Eduardo Cunha chegar ao plenário, o ex-presidente será despachado sem dó. O próprio Centrão esfarelou. Haja visto o semblante de seus maiores líderes quando anunciado 115 votos de diferença em favor de Maia, algo que nem o DEM esperava.
O líder do governo, André Moura (PSC-SE), que apostou no Centrão e é um dos maiores aliados de Cunha, também entra na corda bamba e não terá mais tanto prestígio. Se vai permanecer, o tempo dirá. Porém, está enfraquecido. Resta saber se a derrota de Rosso respingará no ministro Geddel Vieira Lima, apontado nos bastidores como alguém que teria trabalhado por Rosso.

Quanto à oposição, depois de tanta cabeçada no primeiro turno, parece ter corrigido o rumo e terá algum ganhou na vitória de Maia. A CPI da UNE, por exemplo, é considerada natimorta. Maia também terá que ceder algum outro ponto aos oposicionistas. Um deles é o ritmo da votação da reforma da previdência. Que ninguém espere que venha uma tratorada, tipo a que Cunha protagonizou no impeachment. A Casa andará no ritmo do que for acertado pelo líderes, sem canetada. Paralelamente à reforma previdenciária, vem ainda o teto de gastos e a tentativa por parte da presidência da Casa de auxiliar os oposicionistas a empreender algum ganho aí para as áreas de saúde e educação.

No geral, ninguém tem mais dúvidas: O Planalto ganhou, mas a oposição também não se considerou derrotada. Se isso resultar num Parlamento voltado ao diálogo já estará de bom tamanho.

Senado em chamas

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Ontem, o presidente da Casa, Renan Calheiros, e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que se estranharam. Ontem, o caso foi mais grave. Numa discussão sobre aumento salarial, o deputado Lindbergh Farias, do PT, e Ronaldo Caiado, do DEM, quase foram as vias de fato, quando, criticado por Lindbergh, Caiado atacou: “Vou responder como médico”, disse Caiado, completando que o colega chegava com as “pupilas dilatadas” e deveria fazer exame “antidoping”. Lindbergh, furioso, respondeu: “Quem sabe de você é o Demóstenes e o Cachoeira”, disse, referindo-se ao senador do DEM que perdeu o mandato por envolvimento com Carlinhos Cachoeira, o empresário preso há alguns dias sob acusação de participar de esquema de desvio de dinheiro público. Segunda-feira começa o recesso branco e a esperança dos senadores que assistiram a cena é a de que o descanso sirva para acalmar os ânimos em plenário.

Marcelo “Cavalo de Troia”

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Sem condições de carimbar o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) no papel de anti-impeachment na briga pela Presidência da Câmara, o Centrão foi buscar no PMDB o nome para, num segundo turno, fazer valer a sua tese, de colocar como pano de fundo da disputa uma batalha entre contrários ao impeachment e favoráveis. E o nome é o do deputado Marcelo Castro que, numa votação secreta, foi indicado no final da manhã candidato do PMDB à sucessão de Eduardo Cunha. Castro votou contra o impeachment de Dilma. Portanto, chega sob encomenda para ganhar esse carimbo e tirar do candidato do DEM, Rodrigo Maia, os votos que lhe garantiriam o bilhete premiado para o segundo turno contra o Centrão, que tem vários candidatos, mas um grupo maior pende a Rogério Rosso (PSD-DF), que presidiu a comissão do impeachment com distinção.
A candidatura de Castro anima o PT e o PCdoB, leva uma parte do PDT e segura os votos do PMDB para levá-lo ao segundo turno. Mas, por ser um nome que votou contra o impeachment, afasta, na batalha final de amanhã, o centrão e grande parte daqueles que foram favoráveis ao afastamento de Dilma. Assim faz valer a tese impeachment/não-impeachment, em vez de grupo de Eduardo Cunha versus partidos que hoje desejam resolver logo o caso de Eduardo Cunha __ tese que Rodrigo Maia tentava emplacar. Por ser um nome que votou contra o impeachment, Maia era visto como o ideal para reunir as oposições de ontem e de hoje contra o grupo de Eduardo Cunha. Agora, está dependendo de obter o apoio do PSDB para tentar fazer frente aos centristas.
Enquanto essa briga cresce no seio da base governista __ com alguns vendo dedos palacianos nessa disputa que fez de Marcelo Castro candidato apenas para chegar ao segundo turno, mas não levar __ outros candidatos vão silenciosamente se organizando. Lá vem, por exemplo, o segundo vice-presidente da Casa, Fernando Giacobo, que fechou o PR em torno do seu nome. Em 2015, quando candidato a segundo vice-presidente da Câmara, Giacobo obteve 322 votos, derrotando o deputado Lúcio Vale, candidato oficial da bancada. Agora, Giacoco sai do PR com 44 votos e está buscando apoios da mesma forma que conquistou da última vez: no varejão que se tornou o Parlamento. Vale lembrar que Giacobo ganhou 12 vezes na loteria. Talvez a Presidência da Câmara seja a 13ª.

Guerra de carimbos

Publicado em coluna Brasília-DF

Numa campanha curta e diante de uma profusão de candidatos, as alas da Câmara ligadas ao governo se viram como podem para detonar o adversário. Da mesma forma que alguns tentam carimbar Rogério Rosso como o candidato de Eduardo Cunha para ver se enfraquecem a candidatura dele, o centrão agora se refere a Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o candidato de Lula “a fim de atrapalhar o impeachment”. Como a eleição é em dois turnos, o objetivo dos centristas é, na segunda rodada, transformar a eleição em um plebiscito contra ou a favor do impeachment e repetir o placar de 367 a 137. Falta combinar com o adversário. Maia foi um dos propulsores do impeachment e, se for por esse caminho, base contra base, e num jogo de carimbos à margem da política, quem vai perder é o governo.

O “x”da profusão

O surgimento de tantos candidatos a presidente da Câmara tem um motivo translúcido: a falta de instrumentos para o toma lá dá cá em que a política nacional se viciou ao longo dos anos. Não há uma presidência de comissão ou demais cargos da Mesa Diretora para contemplar quem retirar candidaturas. Para completar, quem sentar naquela cadeira assumirá a presidência da República em setembro, quando Michel Temer irá à China.

De ovos & galinhas

O deputado Paulinho da Força (SD-SP) ainda tentava ontem um acordo para que o centrão ficasse com o mandato-tampão e o PSDB com 2017. O problema é que, dizem alguns, não dá para confiar em todos os representantes do grupo. “Daqui a seis meses, o cenário é outro e quem acreditou no acordo terminará prejudicado”, dizia um tucano.

Contabilidade I

Sem o toma lá dá cá tradicional, os partidos fazem suas contas. O centrão aposta que Rogério Rosso (PSD-DF) tem 120 votos; Rodrigo Maia (DEM-RJ), 90; e Giacobo (PR-PR), 70. Os demais, avalia o grupo, estão com menos de 30.

Contabilidade II

Fora da contagem do centrão, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) aposta no relacionamento pessoal para emplacar seu nome: “Aqui, o que conta na hora de eleger é a simpatia e o respeito aos colegas”, diz ele.

De olho em 2018 I

As razões para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, elogiar tanto a candidatura de Rogério Rosso ao comando da Câmara vão além das qualidades de agregador do líder do PSD. A ideia é tentar fazer com que Rosso saia de um potencial adversário a aliado, candidato ao Senado. Falta combinar com o próprio Rosso e os eleitores.
De olho em 2018 II

Rodrigo Rollemberg se aproveita para tentar ganhar pontos na frente de outro adversário, Tadeu Filippelli, do PMDB. No papel de assessor especial do presidente Michel Temer e instalado no 3º andar do Planalto, Filippelli não tem muita liberdade para se mover nesta seara das candidaturas ao comando da Câmara, sob pena de terminar irritando outros partidos aliados ao governo.

Haja energético I/ Um grupo de integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara promete fazer de tudo para liquidar ainda hoje a votação do parecer sobre o recurso que Eduardo Cunha (foto) apresentou. Há quem diga que será uma prévia da eleição jogada até a madrugada.

Haja energético II/ A eleição, marcada para esta quarta-feira, também não será tranquila. A expectativa é a de que vare a madrugada, como ocorreu quando da eleição do azarão Severino Cavalcanti (PP-PE), em 2005, quando o PT, com dois candidatos, perdeu.

A hora delas!/ Alguns candidatos espalharam moças bonitas pela Câmara distribuindo panfletos. Rosso e Carlos Gaguim (PTN-TO) saíram na frente nesse quesito. “Eu estou com a campanha na rua. São tantos candidatos que quem obtiver 50 votos estará no segundo turno. Essa história de Centrão não existe. Agora, é cada um por si”, diz Gaguim.

Clube do Mickey/ Alguns candidatos tiveram o trabalho de pesquisar: pelo menos 16 deputados são considerados votos perdidos para a Presidência da Casa. Estão no exterior e não devem voltar a tempo de eleger o futuro comandante.

Rosso, o candidato

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O líder do PSD, Rogério Rosso, acaba de anunciar que será candidato a presidente da Câmara. Embora tenha dito que só sairia candidato se houvesse consenso, o deputado foi convencido por parlamentares e apresentar logo o seu nome, de forma a segurar os votos daqueles que estão fechados com ele. Rosso cresceu na Casa ao comandar a Comissão Especial do Impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ali, tornou-se respeitado por todas as forças da Casa, inclusive a oposição. No centrão, ele concorre ainda com o deputado Beto Mansur, primeiro-secretário, que passou a ter mais visibilidade recentemente,por presidir sessões polêmicas e se sair bem. Mansur leva a vantagem de estar no quinto mandato, o que não lhe deixa o carimbo de candidato de Eduardo Cunha. Esse carimbo hoje está com Rosso e é o maior problema do candidato do DF à Presidência da Casa.

Fios desencapados

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A contar pela guerra aberta na Câmara e as desconfianças políticas que minam as perspectivas da base construída no Senado, o presidente em exercício, Michel Temer, terá que renovar o fôlego para chegar a agosto com o mesmo poder que emana hoje. Isso porque cresce, entre alguns aliados, a tese de que o projeto para estes dois anos tem como pilares apenas Temer, Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima e Wellington Moreira Franco. Do PMDB, gravitam nesse espaço restrito os senadores Romero Jucá, Eunício Oliveira e Renan Calheiros, nessa ordem. De fora do grupo, apenas têm mais acesso os nomes vistos por esses com perspectiva de poder, o dos ministros José Serra e Henrique Meirelles. Os demais estão à margem.

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Tudo bem, dizem alguns, que 2018 está longe e ainda tem muita água de Lava-Jato para rolar sob a ponte. Porém, se o governo não monitorar de perto os grupos a fim de dissipar desconfianças de que o poder é um clube fechado para poucos, a tendência será o curto-circuito da base na Câmara se expandir no Senado. Afinal, se já tem gente falando dessas insatisfações em conversas reservadas com a coluna, é sinal de que nos jantares fechados dos parlamentares isso está se tornando voz corrente.

E o Brasil se inclina…

Pesquisa do Instituto DataSenado incluiu pela primeira vez a pergunta %u201CNa política se fala em esquerda e direita. Em uma escala de 0 a 10, onde 0 representa a posição%u201D mais à esquerda e 10, a posição mais à direita, em que número você estaria?%u201D

%u2026À direita

O resultado: 20% dos entrevistados se definiram de esquerda, com respostas de 0 a 3. Já 41% se apresentaram como %u201Cde centro%u201D (4 a 6), 32% de direita (7 a 10) e 8% não souberam responder. Somados, centro e direita representam 73%, enquanto centro e esquerda ficam com 61%. Os dados da amostragem estarão disponíveis na página do Senado na próxima semana.

O diabo mora nos detalhes

Tarimbados em discursos, alguns senadores consideraram um erro o presidente em exercício, Michel Temer, mencionar medidas %u201Cimpopulares%u201D na reunião com os representantes da Frente Parlamentar do Agronegócio. O conselho que ele recebeu de muitos foi trocar a expressão %u201Cimpopulares%u201D por %u201Cnecessárias%u201D.

Mensalão & petrolão

Os investigados na Lava-Jato fizeram as contas e começam a ficar preocupados com a perspectiva de ter que encerrar a carreira política mais cedo. É que o mensalão levou sete anos para ser julgado. O petrolão está no terceiro ano. Ninguém quer ir para a eleição de 2018 com a pecha de investigado. Nesse sentido, vêm por aí apelos para que Rodrigo Janot e o Supremo Tribunal Federal ampliem a força-tarefa para avaliar logo o caso dos políticos.

E agora, Temer?/ Como se não bastassem os problemas, vem mais este: o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) indicou o médico e ex-deputado Heraldo Rocha para a Funasa. E o deputado Claudio Cajado recomendou a mulher, Andreia Xavier, ex-prefeita de Dias D%u2019Ávila, para o mesmo cargo. Nos bastidores, há quem diga que esse será um teste de fogo para o governo: se aceita a mulher de Cajado, vai preterir um técnico conceituado. Se aceita o médico, dirão que rejeitou uma mulher. Não tem saída fácil aí.

Enquanto isso, no Senado…/ Os petistas estão cada vez mais abatidos. A maioria tem dito que o %u201Cimpeachment está resolvido%u201D, enterrando assim qualquer perspectiva de recuperar o poder no Planalto e olha cada vez para 2018. Nem mesmo a visita de Lula a Brasília reanimou o grupo.

Plano A/ Lula, entretanto, não está tão preocupado com o abatimento dos senadores. O que lhe tira o sono é a ausência de povo na rua defendendo o PT, lembrando as realizações sociais dos governos. Por isso, ele começa agora um périplo pelo país. A primeira parada será Pernambuco. A prioridade é dar uma injeção de ânimo para as eleições deste ano.

Distante/ No rol da galeria de líderes do PP, as fotos seguem a seguinte ordem: Pedro Henry, José Janene, Mário Negromonte, João Pizzolatti e Nelson Meurer, todos enroscados em alguma investigação. %u201CEsta parede é complicada, né?%u201D, comenta o atual líder, Aguinaldo Ribeiro, diante da constatação da pergunta: “E o seu nome, onde está” E ele responde: “Lá embaixo, longe”. E o interlocutor completa: “Melhor assim, né?”.

E o PT assiste de camarote

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Os petistas não terão candidato a presidente da Câmara. Ali, tem um grupo simpático a Marcelo Castro, do Piauí, adversário de Eduardo Cunha dentro do PMDB, e, quem diria, a Rodrigo Maia (DEM-RJ). Há ainda uma ala esperando para ver o que fará o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), que tem trânsito em todos os partidos da Casa, era um dos mais próximos de Ulysses Guimarães e mantém laços no DEM e também no PSDB.

Oficialmente, porém, Heráclito não saiu candidato ainda porque aguarda uma definição do PSB, que tem Júlio Delgado e Hugo Leal dispostos a concorrer. Júlio, entretanto, está encontrando dificuldades: uma ala do PT o rejeita por causa do parecer contra José Dirceu, nos tempos do mensalão. No Centrão, o nome dele é vetado, porque foi um adversário feroz de Eduardo Cunha.

O telespectador…
O ex-presidente da Câmara está sendo aconselhado a entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal a fim de tentar conseguir o direito de votar na eleição para o sucessor. Ele continua afastado do mandato; portanto, terá que se contentar em acompanhar a sessão pela tevê e internet.

…O articulador
Diante da forma ostensiva com que o líder do PTB, Jovair Arantes, está enfrentando Waldir Maranhão (PP-MA) na disputa pela data da eleição do futuro presidente da Casa, ninguém tem dúvidas de que toda essa movimentação tem um nome: Eduardo Cunha.

“Temos que pensar no dia seguinte à eleição e, nesse clima de guerra, ninguém está pensando”
Antônio Imbassahy (BA), líder do PSDB, ao anunciar de antemão que o partido não terá candidato a presidente para o mandato-tampão.

Ciumeira
Senadores e deputados do PMDB ficaram pra lá de irritados com o fato de a líder do governo, Rose de Freitas, ter entregue ao senador Humberto Costa (PT-PE) a relatoria da MP 723, que prorroga por três anos o prazo de revalidação do diploma e do visto temporário do médico intercambista do Projeto Mais Médicos.

Enquanto isso, na CNI…
A ideia do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, ao falar em jornada de 80 horas semanais tem um objetivo político: equilibrar o jogo com o deputado Paulinho da Força (SD-SP), aliado de primeira hora de Michel Temer e árduo defensor das 40 horas.

Bem longe/ O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, foi para a Bahia. Quer manter distância regulamentar das conversas secretas para a Presidência da Câmara. O da Casa Civil, Eliseu Padilha, também sai de cena neste fim de semana com a mesma finalidade. Sabem que, com qualquer passo em falso nesse tema, quem perde é o Poder Executivo.

Sai daí rapidinho!/ O líder do governo, André Moura (foto), refugiou-se em Sergipe. Depois da reunião de quinta-feira, em que ficou à mesa como que apoiando a decisão do Centrão de eleger o presidente da Câmara na terça-feira, achou melhor não influir na movimentação de ontem.

Errou nas contas/ No evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente em exercício, Michel Temer, mencionou que estava em seu 48º dia de governo. Epa! Ele completa dois meses na próxima terça-feira.

Suassuna, o retorno/ O ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB) começa a trabalhar o retorno ao cenário político. Hoje, participará de uma homenagem à família Suassuna, em Catolé do Rocha, interior da Paraíba. Suassuna planeja concorrer ao Senado em 2018, em parceria com o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima.

E o número só cresce

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Entrou mais um, agora, são cinco:

Beto Mansur (PRB-SP)
Carlos Gaguim (PTN-TO)
Fábio Ramalho (PMDB-MG)
Fausto Pinato (PP-SP)
Marcelo Castro (PMDB-PI)

Até aqui, são quatro os candidatos registrados para concorrer à Presidência da Câmara (ordem alfabética):

Carlos Gaguim (PTN-TO)
Fábio Ramalho (PMDB-MG)
Fausto Pinato (PP-SP)
Marcelo Castro (PMDB-PI)

Cunha “queimou” Rosso…

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Cunha “queimou” Rosso…

O líder do PSD, Rogério Rosso, acaba de anunciar que não se inscreverá para concorrer à Presidência da Câmara. Tido como um dos nomes a ser apresentado pelo “centrão”, Rosso era apontado como alternativa por um grupo ligado ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que ontem deixou a Casa dizendo que Rosso seria o seu candidato. Os dois se aproximaram quando da eleição de Cunha, em fevereiro de 2015. Posteriomente, Cunha fez de Rosso presidente da comissão especial que analisou o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ali, o líder do PSD cresceu perante os colegas, por seu comportamento de magistrado. Interlocutores ligados ao ministro da Secretaria Geral do Planalto, Geddel Vieira Lima, chegaram a cravar bem mais cedo que Rosso era o nome com o aval do ministro. Geddel, porém, tem dito publicamente que não interferirá na disputa do Legislativo, conforme orientação do presidente em exercício, Michel Temer.
Rosso, conforme disse à coluna Eixo Capital ontem, só teria chance de fosse um nome de consenso, algo distante na atual conjuntura do Parlamento. O que se vê hoje desde as primeiras da horas da manhã é uma guerra aberta entre o “centrão”, o grupo de partido afinados com o ex-presidente Eduardo Cunha, e a oposição tradicional __ DEM, PSDB, PPS e PSB __ que vê na renúncia de Cunha e em todos os gestos do centrão um jogo para salvar o mandato do ex-presidente da Casa. Diante do impasse, todos os lideres estão se deslocando para Brasília, onde passarão o fim de semana em reuniões para definição de candidatos.

… E Maranhão “queimou” Cunha

Ao demitir o secretário-geral da Mesa, Sílvio Avelino, que havia sido nomeado para o cargo por Eduardo Cunha, o atual presidente, Waldir Maranhão, buscou retomar a condução dos trabalhos e a prerrogativa do presidente da Casa de definir a data da eleição do sucessor para o mandato tampão. O grupo ligado a Eduardo Cunha pretendia escolher o novo presidente da Casa na próxima terça-feira. Nesse caso, a Comissão de Constituição e Justiça estaria praticamente obrigada a cancelar a reunião que definirá o destino do parecer pela cassação de Cunha.
Sílvio foi um dos que convocou a reunião de líderes que, na quinta-feira, terminou em impasse. Ali, o “centrão” procurou forçar a eleição para terça-feira. A oposição tradicional, e a Rede de Marina Silva, percebendo ali uma manobra para tentar salvar Cunha, deixaram a sala e passaram a madrugada em conversas com Maranhão. O desfecho desse primeiro round foi a eleição marcada para quinta-feira e, paralelamente, o anúncio de Rosso de que não será candidato. Os próximos dias serão dedicados à busca de candidatos que possam agregar mais apoios. Há quem diga que o líder do PSD pode estar fazendo uma retirada estratégica agora para emplacar daqui a seis dias. Difícil. Em politica, se o espaço é desocupado, logo aparece alguém para tomar o lugar. Mas nada impede que, saindo agora, Rosso ganhe aí alguns pontos para emplacar em fevereiro de 2017. Mas essa é outra história.

Cunha abre sucessão na Câmara

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O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, passou a madrugada contando votos na CCJ. Percebeu que não tem como reverter o processo de cassação. A renúncia foi a cartada que restou para tentar jogar a própria sucessão na roda e, com ela, buscar os votos para escapar da cassação. É por aí que Eduardo Cunha jogará agora. À pressa para escolher o novo presidente nos dará uma disputa de múltiplos candidatos. A base do governo não marchará unida. Mais um ingrediente para dificultar a vida de Michel Temer.