Apreensão de fuzis com suspeito de matar Marielle coloca tráfico internacional na mira de Moro

Tráfico Internacional
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Não está descartada a perspectiva de o ministro da Justiça, Sérgio Moro, incluir na sua agenda em Washington conversas sobre o combate ao tráfico internacional de armas.

Atirou no que viu…

…Acertou no que não viu. A apreensão de fuzis desmontados e encaixotados na casa de Alexandre Mota de Souza, amigo de Ronnie Lessa, foi o estopim para a possibilidade de inclusão desse tema na agenda. A polícia está apreensiva com a perspectiva de ter esbarrado numa organização que tem no seu cardápio tráfico internacional de armas. A Interpol, dizem alguns em Brasília, será chamada a tratar do assunto.

 

Apesar da pressão, Davi Alcolumbre barra CPI da Toga no Senado

CPI
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O senador Alessandro Vieira pode esquecer a CPI da Toga. Apesar da pressão nas redes sociais, o presidente Davi Alcolumbre mantém a tendência de considerar o texto antirregimental, por se tratar de proposta que tenta influir na decisão de outro poder. E sabe como é, depois de um almoço programado especialmente para distensionar a relação, não será a hora de provocar novo foco de tensão.

Mapeamento prévio

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro estiver em Washington, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, listará aqueles parlamentares que não votam a favor da reforma da Previdência por convicção e aqueles que podem votar por um “empurrão” da velha política.

Mandetta na lida

Tem diretor de hospital público que entra em pânico ao ouvir o nome do ministro Luiz Mandetta, da Saúde. É que ele tem feito visitas surpresas e silenciosas a várias instituições. E, quando não encontra os encarregados no serviço, já viu. A cobrança é imediata. E ai do diretor que não aparecer.

High level/ O documentário Jardim das aflições, sobre o filósofo Olavo de Carvalho, foi destaque na agenda de parte da comitiva brasileira que desembarcou mais cedo em Washington. Eduardo Bolsonaro, por exemplo está na capital estadunidense desde ontem, em intensa agenda. “Sem Olavo não haveria Bolsonaro”, disse Eduardo, que assistiu ao filme no hotel Trump Internacional.

Diálogo restrito/ Na conferência de imprensa dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump no Rose Garden, da Casa Branca, nesta terça-feira, os jornalistas brasileiros terão direito a duas perguntas. E só.

Renova em alta/ Os deputados eleitos com o selo Renova largaram bem. Já no primeiro mês de mandato, ganharam manchetes com fatos positivos, como, por exemplo, abrir mão da aposentadoria dos parlamentares para ficar apenas com a do INSS.

Outro serviço/ Na semana que vem, em função da cobertura da viagem do presidente Jair Bolsonaro a Washington, a coluna ficará a cargo do editor Leonardo Cavalcanti. Até a volta.

No jantar, o esforço para reaproximar Bolsonaro e Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho
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O jantar na residência da Embaixada do Brasil em Washington foi o local perfeito para que o presidente Jair Bolsonaro diluísse a irritação, depois de ter lido que o escritor e professor Olavo de Carvalho no último Sábado, tratara seu governo como algo que, a continuar como está, seriam mais seis meses e acabou. Foi toda uma operação para que os dois conversassem e se acertassem depois das declarações polêmicas, que o presidente não gostou e manifestou seu descontentamento ao ponto de muita gente apostar que haveria um distanciamento entre Bolsonaro e Olavo de Carvalho. Porém, quem fez essas apostas dentro do governo, perdeu horas depois.

Como os mais próximos do presidente costumam dizer, Olavo de Carvalho só quer o bem de Bolsonaro, a quem considera um homem bom e interessado em servir o país. Nesse sentido, o professor foi colocado estrategicamente ao lado direito do presidente, para que os dois pudessem trocar ideias. Steve Bannon, o ex-conselheiro da Casa Branca, ficou do lado esquerdo de Bolsonaro. O presidente fez inclusive um brinde ao professor Olavo, a quem Paulo Guedes chamou de “líder da revolução liberal no Brasil”.

Antes da fala do presidente, agradecendo a recepção do Embaixador Sérgio Amaral, que será substituído em breve, o ministro da Economia, Paulo Guedes, explicou o projeto do governo para a sua área e demonstrou otimismo com o crescimento. Guedes disse, por exemplo, que o país pode mudar de patamar depois de aprovada a Nova Previdência. Eles saíram da embaixada depois das 22h. (23h, hora de Brasília)

Há toda uma preocupação dos mais próximos de Bolsonaro para que ele nãos e distancie daqueles que, apesar de tecerem críticas, estão preocupados e defendem o sucesso do governo. Não por acaso, o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro, colocou em seu Twitter que havia sido sensacional o encontro entre Olavo e o presidente Jair Bolsonaro e se referiu ao jantar como “grande noite na embaixada do Brasil nos Estados Unidos”. Sabe como é, não dá para afastar quem torce a favor. É de gente “do contra”  que o presidente precisa manter distância.

 

 

 

Olavo de Carvalho acusa Mourão de “mentalidade golpista”

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Washington, DC (EUA) — Apontado como o mentor intelectual do Bolsonarismo, o professor Olavo de Carvalho diz com todas as letras e palavrões que não está otimista com os rumos do governo e do pais. Ele acusa diretamente militares e mídia brasileira de cerco ao presidente Jair Bolsonaro, num ambiente golpista, citando inclusive, o vice-presidente Hamilton Mourão. Num determinado momento, chega a usar a expressão “um bando de milico cagão”. E projeta um futuro sombrio, se nada for feito: “Se tudo continuar como está, está mal. E se continuar como está por mais seis meses e acabou. Primeira coisa, um cidadão que não tem os direitos humanos elementares está na maior impotência. E essa é a situação do nosso presidente. Ele não tem o direito de se defender na Justiça quando atribuem crimes a ele. É horrível o que estão fazendo com ele. É ditadura. É opressão. É um homem sozinho. Não pode confiar naqueles que o cercam e nem na midia”, diz, para, mais à frente, arrematar: “Essa concepção, que é a do Mourão, é uma concepção golpista. Onde isso vai dar, não sei, não estou em Brasília. Mas é grave, é claro que é grave. Estou com c na mão pelo Brasil, não por mim”, diz.

   Ele especula __ e diz que é uma especulação apenas _ que os militares queriam restaurar o regime de 64, sob aspecto democrático. “Então, eles estão governando e usando o Bolsonaro como camisinha. Isso é o que eles querem. O Mourão disse, ‘voltamos ao poder por via democrática. Como, se quem está no poder é o Bolsonaro e não vocês?’ Agora, ele (Mourão) acha que estão no poder, então isso o que é? É golpe. Se não é golpe, é uma mentalidade golpista”, completa.

   O professor cita o presidente como “um grande homem uma personalidade notável, cercado de traidores”. E emenda: “Você acha que o Exército inteiro foi ele que escolheu, é? Tá brincando comigo? Oficialmente, sim. Esse é o outro problema de jornalista, tornar o aspecto oficial como real e não é. Não é possível que Bolsonaro tenha pessoalmente escolhido quase 200 generais. Não é possível! Foram 200 generais que o escolheram”.

    

  As declarações do filósofo e professor foram feitas logo depois da exibição do documentário “O Jardim das Aflições”, no hotel Trump International. Numa fala, dentro da sala de projeção, ele já havia feito considerações a respeito da sua decepção como o rumo das coisas, repetidas, depois do lado de fora: “Metade do que a mídia escreveu contra ele já daria 100 anos de cadeia (para os jornalistas), porque são crimes: ‘Bolsonaro é culpado do massacre de Suzano, da morte de Marielle’. Como pode escrever um treco desses e ele não reage? Não reage porque aquele bando de milico que o cerca, é tudo um bando de cagão que tem medo da mídia. Por que eles têm medo? Quando terminou a ditadura militar, eles estavam todos queimados com a mídia, começaram a ter aulas de como tratar a mídia. E ficaram bonzinhos com a mídia. O que o Bolsonaro tem a ver com isso? Nada, mas paga por eles”,comenta Olavo, num desabafo logo após a exibição do filme.

 

   Perguntado, ele falou ainda sobre a situação do ministro da Educação, Ricardo Velez. “Bolsonaro queria que eu fosse ministro, eu não aceitei. Indiquei o Velez. Falei com ele (Velez)  duas vezes, uma para cumprimentá-lo outra pra mandar enfiar o ministério no c..”. Olavo é bastante incisivo ao dizer que não precisa e nem quer ter influência no governo e reafirmou que pediu a seus alunos que saíssem do Ministério: “Estou tentando formar uma geração de intelectuais sérios. Esse é o meu sonho”, diz, emendando mais à frente na conversa com o blog e um grupo de jornalistas no lobby do hotel: “Isso é muito pequeno, muito vil, muito miserável para um homem como eu. Eu vou lá ligar para o governo? O governo que se f… Sou Olavo de Carvalho, não preciso do governo. Eu não sou cargo, sou Olavo de Carvalho. Sou a minha voz, a voz do meu coração. Eles são um cargo falando. Gente medíocre, baixa. O problema do Brasil não é esquerda, direita. É essa baixeza”, completa, referindo-se a duas pessoas, o diplomata Paulo Roberto Almeida, demitido pelo chanceler Ernesto Araújo, e o coronel Ricardo Roquetti, afastado do Ministério da Educação por ordem de Jair Bolsonaro.

 

   O professor mencionou ainda que jamais fez um desabafo assim tão contundente para os Bolsonaros. Para o presidente, ele alertou: “Eu já disse, quando (os jornais) mentirem contra você processe-os. É um direito que você tem. Só que ele, como presidente não pode processar ninguém, sem consultar seus assessores, e eles vão dizer, não presidente não brigue com a mídia, Dispensaram os jornalistas de cumprirem a lei”.  Nem mesmo para o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ele foi tão incisivo. Eduardo estava na exibição do documentário há algumas horas. Depois, seguiram um jantar num dos restaurantes do Trump International. Antes de subir para o jantar, Eduardo mencionou: “Olavo é um crítico do governo, não é a pretensão de … Não vejo golpismo. Pode até haver discussões internas (sobre temas variados) no governo, o que é normal, mas não vejo golpe”, disse ele, que ontem ganhou de presente um boné verde, com as letras em amarelo “Make Brazil great again”.

 

Inquérito aberto por Toffoli amplia climão entre os Poderes da República

Poderes
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A portaria do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que instaura inquérito para apurar calúnia, difamação e injúria contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) promete servir de munição para ampliar o mal-estar entre os Poderes da República. No Legislativo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que tendia a arquivar mais uma CPI da Toga por não caber ao Senado constranger juízes, fez chegar a seus pares que não ficará contra os senadores. Ou seja, se o STF partir para cima dos parlamentares dentro dessa investigação a ser conduzida pelo ministro Alexandre Moraes, o estremecimento entre os dois Poderes será inevitável.

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Porém, a ordem no STF é outra. É saber de onde parte a campanha que procura difamar a Suprema Corte nas redes sociais, algo que vem num crescente. Em relação aos parlamentares, há quem diga que nestes seis meses de gestão de Toffoli, ele conseguiu melhorar o ambiente entre os Poderes e praticamente encerrou a fase de bate-boca entre os ministros durante as sessões plenárias. De quebra, ele é sempre procurado pelas autoridades, interessadas em saber suas opiniões a respeito dos mais variados temas. Essa relação amistosa ele não quer perder. O alvo é outro.

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A portaria editada pelo presidente do STF, entretanto, é vaga. Não menciona diretamente as redes sociais. Para alguns, está implícito que, se chegar a quem vazou informações da Receita Federal, por exemplo, como ocorreu no caso do ministro Gilmar Mendes e sua esposa, é parte do jogo.

Não foi bem assim

Entre os 21 mil cargos que o presidente Jair Bolsonaro anunciou que extinguiu, há casos em que foi cortada apenas a função gratificada de servidores civis. Ou seja, o cargo continua lá, porém, com a remuneração final menor.

Mudança de eixo

A viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos servirá para marcar o novo rumo da política externa brasileira e estreitar relações entre os dois países, que ficaram meio largadas nos governos petistas. Porém, as autoridades brasileiras já foram avisadas que será o “início de uma nova era”, para destravar as conversas entre os dois países em várias áreas e não a resolução de toda a agenda em três dias.

Nada é para já

A intenção do Brasil, de participar da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, não está acertada desde já e dependerá da conversa entre Bolsonaro e o presidente Donald Trump na terça-feira.

Muita calma nessa hora

Na área agrícola, em especial, a exportação da carne brasileira “in natura”, já foi dito que o tema diz respeito às autoridades sanitárias, o que não será resolvido até terça-feira. Em relação à política de vistos, também não será desta vez que aqueles que vivem na ponte aérea entre os dois países vão conquistar o acesso ao sistema Global Entry, um processo de ingresso nos Estados Unidos que evita as longas filas. Porém, o futuro é considerado promissor.

Curtidas

Vai que é tua, presidente/ Designado vice-líder do governo no Senado, o primeiro-secretário da Casa, Eduardo Gomes, aproveitou a reunião com o presidente Bolsonaro para dizer com todas as letras quem deve liderar o processo de reformas: “Não temos outra matéria-prima disponível: Ou é Jair, ou é Messias ou é Bolsonaro”.

Vai que é tua, presidente II/ Os encontros de Bolsonaro com líderes e vice-líderes esta semana de instalação das comissões da Câmara foram vistas como o aquecimento para que ele tente mudar a relação com o Parlamento. Embora Onyx Lorenzoni seja o coordenador, essa tarefa de mudança é intransferível.

Um bom ouvinte/ Mal foi confirmado presidente da Comissão de Relações Exteriores, Eduardo Bolsonaro discursou rapidamente e se reuniu com o diplomata estadunidense Clifford Sobel. Sobel foi embaixador no Brasil, nomeado por George W. Bush, em 2006, no governo Lula. A dois dias da viagem aos Estados Unidos, Eduardo ouviu mais do que falou. Não poderia ter melhor conselheiro.

Enquanto isso, na CCJ…/ O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Felipe Francischini, prevê, no máximo, dois dias de votação da reforma previdenciária, depois de apresentado o parecer sobre a admissibilidade. Foi o tempo que levou para votação em 2016 o projeto apresentado pelo presidente Michel Temer. Sabe como é, dizem os amigos de Felipe, não dá para perder para o governo anterior.

Tragédia em Suzano reacenderá debate sobre venda de armas

armas
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Nos Estados Unidos, todos os tiroteios, em escolas, shows, cinemas, reacendem o debate sobre a venda de armas. Aqui, não será diferente. Já tem deputado pensando em sustar parte da proposta do governo sobre a venda de armas e colocar esse tema na “geladeira”, diante da tragédia do colégio em Suzano. É o recado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, por exemplo, mais claro impossível, ao dizer que o dever da segurança pública cabe ao Estado.

Pelo andar da carruagem, caso o governo insista nesse assunto, só contará mesmo com a “bancada da bala”, se esse tema for colocado em pauta diante da comoção que tomou conta do país desde ontem pela manhã, com as notícias do massacre na escola paulista.

Chamou?

Não? Então, espera sentado. O DEM reuniu sua Executiva ontem e fechou que só anunciará um apoio formal ao governo quando o presidente Jair Bolsonaro pedir. Até aqui, todos os ministérios do partido foram obra de Onyx Lorenzoni e das bancadas temáticas, sem a menor consulta às instâncias do partido. Se continuar nessa batida, não haverá o “sim” institucional por parte do Democratas.

Idade mínima, único consenso

O alerta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que se a reforma for desidratada estará condenando futuras gerações ao não recebimento de aposentadorias, ainda não surtiu o menor efeito entre os congressistas. Líderes partidários são praticamente unânimes em afirmar que o único ponto pacífico do texto é a idade mínima para aposentadorias. E apenas urbanas.

É melhor já ir se acostumando

Quanto à aposentadoria dos trabalhadores rurais, a regra de transição e a ideia de desconstitucionalizar o tema para futuras mudanças não contam com o apoio fechado de nenhuma bancada. Isso, somado à falta de uma base de governo ampla, indica que o texto será desidratado.

Por falar em rurais…

A ideia das oposições é cerrar fileiras em defesa de não promover alterações no BPC (Benefício de Prestação Continuada) pago a idosos carentes nem nas aposentadorias rurais. A ordem é aproveitar esses temas para se colocarem na defesa dos mais pobres.

Se abrir uma vaga…

Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit). É por aí que moram os objetos dos desejos dos parlamentares em relação a cargos no governo.

Melhor de três / Conforme o blog registrou, o embaixador Pedro Henrique Borio, cônsul em San Francisco, entrou na lista dos indicados para a Embaixada do Brasil em Washington. Começa a ganhar apoio nas bancadas. Estão no páreo Murillo de Aragão, que tem a simpatia de investidores, e o diplomata Nestor Forster, o preferido do chanceler Ernesto Araújo.

Acordo não sai / Ao chamar Gleisi Hoffmann de chefe de organização criminosa na entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) afastou de vez seu partido do PT.

Por falar em divisão das esquerdas… / A relação entre os partidos está um pandemônio, a começar pela ausência de consenso entre a líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e o líder da oposição, Alessandro Molon (foto, PSB-RJ).

Juíza de futebol / A deputada Carla Zambeli (PSL-SP) inovou, ontem, ao presidir a sessão solene da Câmara: incomodada com o burburinho enquanto um orador estava na tribuna, ela levou os dedos à boca e soltou um assovio bem alto. A turma do futebol brincou: “Pode ser a juíza da nossa pelada!”

Suzano, 13 de março, e outras datas / O que está acontecendo com nossa sociedade? Candidato a presidente esfaqueado em plena campanha, vereadora assassinada, estudantes massacrados. Vale refletir. Aos familiares das vítimas, nossa solidariedade.

Pegou mal fala de Joice de que cada partido terá a sua quota

Joice
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Joice Hasselmann perdeu mais uma chance de fechar a política da boa vizinhança com os colegas que comandam os partidos. Ao dizer que cada partido terá a sua quota no Orçamento, passou a ideia de que estava “comprando” os deputados. E não é assim que eles veem a liberação das emendas.

“É nosso papel”

Diz o futuro líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), quando perguntado sobre a liberação das emendas parlamentares: “Isso não é toma lá-dá cá, é a defesa da descentralização da aplicação dos recursos, que hoje é centralizada.”

Libera dinheiro aí

A desvinculação do Orçamento delineada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, vem sendo chamada de “DRU geral”, numa referência à Desvinculação de Receitas da União. E quem mais gostou dessa proposta foram os prefeitos. A ideia do governo é fazer com que a data da apresentação do texto por um senador da base aliada coincida com a Marcha deles em Brasília, de forma a permitir um embalo a favor da proposta.

Congresso formata independência e descola do governo Bolsonaro

Congresso
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A decisão de seguir com o governo como algo estanque do Parlamento pode custar caro ao presidente Jair Bolsonaro. É que os parlamentares começam a formatar uma maioria independente e estão gostando disso. Esse grupo, formado por partidos que, teoricamente, comporiam a base política do governo, nomeará Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) seu líder e, a partir daí, tratará os projetos e as emendas, de forma conjunta. O que for do agrado desses partidos — e de seus eleitores — será negociado com o governo. O que for apenas vontade do governo terá dificuldades. Ou seja, sai de cena a velha fidelidade e apoio governamental para o “que der e vier”.

Na avaliação de expoentes desse partido, o presidente perdeu o timing de composição de uma ampla base governista. Agora, terá que conviver com um Congresso independente, algo que exige paciência e muito, mas muito diálogo. Resta saber se o presidente está disposto a esse exercício. Até aqui, dizem alguns, a principal visibilidade das ações presidenciais foi o Twitter. E não é ali que o presidente conquistará os votos de que necessita para fazer valer as reformas que deseja empreender.

Ela atropelou mesmo

A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), tem chamado os líderes partidários para conversas em separado no Planalto, mais precisamente, no Gabinete Civil. A alguns diz que a liderança do governo no Congresso ganhou outro peso, porque “abarcou” a liderança do governo na Câmara.

O “Netflix” de Francischini/ O deputado Felipe Francischini (PSL-PR) passou o carnaval dedicado a assistir a todas as sessões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que trataram da reforma da Previdência no período do presidente Michel Temer. Se ateve, principalmente, às questões de ordem levantadas pela oposição.

Não o subestime/ “Estou preparado para o que vem por aí”, diz ele, que já elencou todos os tipos de questão de ordem apresentados nas intermináveis sessões que discutiram o tema madrugada adentro. Ali, foram nove horas de sessões, ainda em dezembro de 2016, e só foi aprovada depois de um acordo de procedimentos com a oposição, de deixar a criação da comissão especial para 2017.

Pense num problema/ A reforma de Temer foi votada na CCJ uma semana depois de desembarcar no Congresso, e a rapidez pegou muitos oposicionistas desprevenidos. A de Bolsonaro está lá há 20 dias, com um carnaval no meio e início de Legislatura, ou seja, não é tão grave não ter sido votada ainda na CCJ.

CB.Poder/ A senadora Kátia Abreu, do PDT-TO, é a entrevistada de hoje do CB.Poder, na TV Brasília, logo depois do Jornal Local. A entrevista será transmitida ao vivo pelo Facebook do jornal.

Terceira via para a Embaixada do Brasil nos EUA

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Ganha musculatura o nome do cônsul-geral do Brasil em São Francisco, embaixador Pedro Henrique Bório, para chefiar a Embaixada brasileira em Washington. Enquanto muitos se dividem entre o diplomata Nestor Forster e o cientista político Murilo de Aragão, o Planalto avalia esse terceiro nome. Assim, dizem alguns aliados do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro teria mais equilíbrio entre Forster, o nome defendido pelo chanceler, Ernesto Araújo, e Aragão, que tem a simpatia dos militares no governo, inclusive do vice-presidente, Hamilton Mourão. Bório já chefiou a seção politica da Missão brasileira na ONU.

Forster daria á embaixada um viés mais ideológico. Afinal, foi ele quem apresentou o chanceler brasileiro ao ideólogo do governo, Olavo de Carvalho. Aragão, por sua vez, tem a simpatia de investidores e do mercado, enquanto Bório, o mais experiente em política externa desse trio, tem trânsito em todos os setores. O presidente ainda não bateu o martelo, mas é por aí que se inclina hoje. Resta saber se continuará nesse sentido até o momento do anúncio, previsto para ocorrer durante a viagem do presidente a Washington, na semana que vem.

Enquanto Bolsonaro tuíta… Guedes e militares tocam o barco

Guedes e militares
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Enquanto Bolsonaro tuíta… e mantém acesa a polêmica nas redes sociais, Paulo Guedes, o czar da Economia, e os militares tocam o barco. No Planalto, o vice, Hamilton Mourão, e os ministros Santos Cruz, Augusto Heleno, e o ex-comandante do Exército, general Villas Boas, tocam de ouvido e com agendas políticas intensas. No Congresso, começa a cristalizar a ideia de que a área política do governo vem sendo, aos poucos, engolida pelos ministros militares. Se essa visão prevalecer, a coordenação das negociações das reformas, que deveria ficar com o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, trocará de mãos. É Onyx que vem pagando a conta das falhas do governo no diálogo com o Congresso.

Onde mora o perigo

A ideia do ministro Paulo Guedes, de colocar o pacto federativo em debate no Congresso, paralelamente à reforma previdenciária, corre o risco de terminar servindo de desculpa para aqueles que não querem saber da nova Previdência. Essa preocupação já foi levada aos líderes governistas, que ficaram de conversar com o ministro.

Bem longe da Casa Civil

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), aquele que Lula criou em 2007 para projetar sua então candidata a presidente e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, como a grande gestora, está nos estertores. Agora, o tal projeto, que não chegou a realizar metade dos investimentos previstos, ficará a cargo da área econômica, conforme decreto do presidente Jair Bolsonaro.

Por falar em Casa Civil…

É bom o ministro Onyx Lorenzoni abrir o olho. Chamou a atenção dos militares o fato de o ministro ter defendido a nomeação de gaúchos para o governo. Tudo bem que é o estado dele. Mas é que tem gente dizendo que ele só fez isso por causa da candidatura ao governo do Rio de Grande do Sul.

Mudança de hábito

Há muita gente da área de segurança se perguntando por que o PCC não reagiu à transferência de Marcola de uma prisão de São Paulo para Brasília. Até aqui, todas as vezes em que se cogitava mexer com esse bandido, seus comparsas do lado de fora criavam um caos.

Incrível

Só depois de um mês da instalação desta Legislatura é que o presidente da República, Jair Bolsonaro, teve uma conversa mais alentada com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. E foi preciso uma iniciativa da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Aula de Moro/ O reitor da Uniceub, Getúlio Américo Lopes, recebe nesta quarta-feira o ministro da Justiça, Sérgio Moro. O ex-juiz vai ministrar uma aula magna sobre o projeto de lei anticrime.

Os eixos de cada um/ Moro e outros sete ministros devem compor a comitiva do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. É quase do tamanho daquela que Lula levou à China, em 2004.

E o Ciro, hein?/ Do alto de quem já foi ministro, governador, deputado e prefeito, o ex-candidato a presidente da República Ciro Gomes (foto) volta aos holofotes disposto a partir para cima do governo: “Se Bolsonaro emprestou dinheiro para Fabrício Queiroz, como disse lá atrás, cadê a Ted ou o Doc? De onde saiu o dinheiro? Isso é uma questão de ordem pública”.

Enquanto isso, nas rodas parlamentares…/ Deputados não perdem uma oportunidade de cutucar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ontem, numa conversa animada, um deles saiu-se com esta: “Antes de ser fritado, foi tomar uma gelada na Antártica” Tem gente no Congresso voltando a balançar Lorenzoni.