Música na hora do sexo
Música na hora do sexo Crédito: StockSnap/Pixabay — Será que a música certa ajuda a esquentar o clima? Música na hora do sexo

Música na hora do sexo ajuda a “esquentar” o clima? Pesquisa mostra que sim

Publicado em Sexo e saúde

Que os casais escolhem música para seus relacionamentos não é novidade, mas será que é possível ter uma música “certa” para ouvir durante a hora H? O Blog Daquilo tem até sugestão de playlist!

Por Helena Dornelas* — Na hora de criar um clima para ajudar a tornar um momento mais sensual, toda criatividade é válida. A música está presente em vários momentos da vida e na hora do sexo não é diferente, ela nos distrai, nos faz relaxar e ajuda a despertar sensações, memórias e estímulos.

Por isso, muitas pessoas fazem questão de criar uma playlist especial para a hora H, seja qual for o gênero, canções podem embalar o momento e aumentar a temperatura. Mas cuidado, a música errada também pode cortar o clima! Tudo depende de descobrir o que ajuda o casal, trisal — ou grupo — a se divertir.

Atualmente, os aplicativos de música disponibilizam várias listas de músicas sugestivas para o momento. Elas cabem para quem gosta de algo mais calmo, mais ousado, mais ritmado ou que preferem o ritmo nacional.

Está comprovado! Pesquisa indica o peso da música na hora do sexo

Um estudo publicado em 2018 realizado pelo streaming Deezer com a Tracey Cox, empresa britânica especialista em relacionamentos, mostrou que 92% dos brasileiros acreditam que a música pode melhorar a performance na hora do sexo.

A pesquisa conversou com mais de 2 mil pessoas e de acordo com os resultados, durante as preliminares, 52% das pessoas preferem ouvir música do que beber vinho — ou mesmo ter uma lingerie especial para a ocasião.

De acordo com os participantes, ouvir música em momentos íntimos pode esquentar o clima: 48,6% afirmam que “sim, sempre”; 37,65% falaram “sim, as vezes” e 6,04% responderam “sim, mas ainda não pensei sobre isso”. O estudo constatou que o ritmo da música é o fator principal para 60% dos entrevistados. A melodia é o mais importante para 45%, e a batida para 33%.

Os gêneros mais escutados pelo grupo foram: pop com 35% das preferências e o rock com 23%. Mas gêneros como o sertanejo, muito populares, dividiu opiniões: 21% acham que o gênero cabe na hora H e 25% acreditam que acaba totalmente com o clima.

Para 63% dos participantes a música é obrigatória na hora da relação sexual. Desses, 40% acham que a música faz o momento durar mais, 30% afirmaram ficar mais excitados e 27% acreditam que as canções “apenas” tornam o sexo melhor. A pesquisa foi feita em vários países e o Brasil ficou em primeiro lugar com 86% das pessoas afirmando que gostam de ouvir música, em segundo e terceiro lugar ficaram os Estados Unidos com 73% e a Alemanha com 64%.

De olho nos números: A ciência explica as preferências

A musicoterapeuta, Carol Steinkopf explica essa relação com a música. “A música é um estímulo muito intenso e por mais que nós não estejamos prestando atenção na música de maneira consciente o nosso cérebro está ouvindo e absorvendo tudo. A música vai além do consciente, ela fica gravada no nosso cérebro em estruturas muito profundas, principalmente quando elas são associadas com memórias afetivas”.

“As pessoas acham que a música é apenas um estímulo auditivo, mas ela vai além do estímulo auditivo, é um estímulo multissensorial. Sentimos a música na pele pela vibração, as batidas do nosso coração sincronizam com as batidas da música, a música usada de forma intencional pode instigar vários comportamentos. A letra, a melodia e o ritmo da música são elementos que instigam e muito!”, completa Carol. A profissional explica que a música estimula o nosso lado mais criativo, então com a estimulação da música é possível imaginar, criar e fantasiar.

Girls put your records on

Falar de sexo é também falar de estimulação, principalmente dos cinco sentido e isso inclui a audição com a música. A profissional de educação física, Maria**, acredita que a música cabe na hora do sexo mas que ela e o namorado não se mobilizaram para criar uma playlist juntos voltadas para o momento. Já Júlia** é estudante de psicologia e explica que também não apostou na criação de uma playlist para a hora H. “Eu não tenho uma (playlist de sexo), nunca cheguei a fazer, mas na minha cabeça ela existia. Eu sei quais músicas eu acho maneiro para transar”, detalha.

As duas concordam que a música tem um papel significativo no momento da cama: “Vai guiando tudo”, aposta Maria. “Vai nas preliminares assim, depois outro ritmo, acho que tudo vai fluindo junto”.

Júlia complementa: “A música vai guiando, já aconteceu de estar só tocando música boa e no meio da relação começar a tocar uma música ruim e corta o clima total”.

Apesar de concordarem em quase tudo, as duas divergiram sobre a música nacional para compor o clima. Júlia explica que gosta do ritmo e das letras tupiniquins, já Maria prefere música internacional, sendo que o mais importante é o ritmo.

Sobre a música caber mais no sexo casual ou em um relacionamento, as duas também divergiram. “No sexo casual ela (a música) já não cabia para mim, por (ser associado) a algo mais íntimo. A música pode até ser uma de sexo mesmo, mas eu preciso (ouvi-lá) com alguém (com) quem eu tenho envolvimento. Com uma pessoa ‘casual’ (a música) não faz falta.” explica Júlia.

Já Maria acredita que como a música ajuda a criar um clima, ouvir ela com alguém que não te conhece pode melhorar essa “criação de clima”, já que ambos ainda estão aprendendo o que fazer um com o outro na cama.

Aceita uma sugestão de playlist para testar na cama? Tá na mão:

*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

**Os sobrenomes das duas garotas ouvidas pela matéria foram subtraídos para preservar a privacidade de ambas