Pisadas, sabotagens e acidentes

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Que coisa! Avião etíope pousou no Aeroporto Internacional de Beirute. Embarcaram 90 pessoas. Por volta da meia-noite, decolou. Cinco minutos depois de abandonar o solo da bela capital libanesa, pegou fogo. Não deu outra. Bummmmm! Explodiu no ar. Jornais noticiaram a tragédia. “Até agora, descartamos qualquer ato de sabotagem”, disse o presidente do país que já se chamou Fenícia. Sem querer, ele buscou uma palavra árabe que deu muitas voltas até chegar ao português.

Sabotagem vem de sabbat. Na língua de Kalil Gibran, a dissílaba dá nome à madeira perfumada chamada sândalo. Com ela se faziam tamancos. Em francês, sabot. É aí que a história começa. Os camponeses, sem dinheiro pra comprar sapato de couro, usavam o de madeira. Com ele, pisavam as plantas tenras dos grandes proprietários. Daí nasceu sabotar — pisar com o tamanco.

A palavra cresceu e apareceu. Ganhou novas acepções. Designa, sobretudo, ato de destruição intencional de um trabalho ou de uma máquina. Sabotam-se projetos. Sabotam-se casamentos. Sabotam-se candidaturas. Sabotam-se acordos. Sabotam-se instalações industriais. Valha-nos, Deus!  

Por falar em avião…

Lembre-se. O avião pousa. O manequim posa.