Sem privilégios

Publicado em Deixe um comentárioGeral

    “Os Barretos são família numerosa? Os Barreto são família numerosa? Gostaria de saber como devo escrever nomes de família — singular ou plural?”, pergunta a Fátima.   Sabia? Nomes próprios não gozam de privilégios. Flexionam-se no plural como os comuns. Lembra-se do clássico de Eça de Queiroz? Chama-se Os Maias. Logo, os Barretos, os Silvas, os Castros.

A língua como direito humano

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Mensagem DAD SQUARISI // dadsquarisi@@correioweb.com.br Deu na tevê. Uma haitiana gesticula desesperada. Não chora. Talvez tenha gastado as lágrimas. Ou o corpo, desidratado, não pudesse desperdiçar uma gota de líquido sequer. O soldado tenta entendê-la. Não consegue. Ela não fala francês, língua oficial do país. Fala dialeto próprio, incomunicável. Compadecido, o homem se esforça pra interpretar o código estranho. Infere que ela quer lhe dizer […]

Propriedade vocabular

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Na língua existem os verbos-ônibus. Como os coletivos que transportam 42 pessoas sentadas e outras tantas de pé, eles se adaptam a diferentes contextos. Genéricos, denunciam a pobreza vocabular do falante. Veja o exemplo de fazer. Fazer uma fossa? Melhor cavar a fossa. Fazer uma estátua? Que tal esculpir a estátua? Fazer economia na USP? É preferível cursar economia. O mesmo vale para usar. A […]

Vestir e dormir

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  Vestir e dormir têm um ponto comum. Ambos exibem a mesma irregularidade na conjugação. Em certas pessoas e tempos, o e vira i (vestir, visto). O o se transforma em u (dormir, durmo). A semelhança presta senhora ajuda à ortografia. Na dúvida, a gente pode recorrer à comparação. Por exemplo: eu durmi ou dormi? A pronúncia varia de acordo com a região. Não ajuda […]

Erramos

Publicado em Deixe um comentárioErramos, Geral

Mensagem “O autor informa que os dados apontados no artigo referem-se a estatísticas das fontes citadas”, escrevemos na pág. 14. Que coisa! Esnobamos a força do quê. O pequenino é chamado de ímã — atrai o pronome mesmo a distância: O autor informa que os dados apontados no artigo se referem a estatísticas das fontes citadas.

A moda na passarela

Publicado em Deixe um comentárioGeral

A moda está na moda. No Rio Fashion e na São Paulo Fashion Week, modelos desfilam na passarela. Exibem os últimos lançamentos. Há de tudo. Saias curtas ou longas, calças largas ou justinhas, bolsas grandes ou pequenas, sapatos altos ou baixos, cores vibrantes ou sóbrias. Enfim, a criatividade é o limite. Há, porém, um denominador comum. É a cara das senhoritas que exibem as criações […]

Glamour

Publicado em Deixe um comentárioGeral

Nos desfiles, uma palavra se ouve nos camarins, nas passarelas, nas arquibancadas. Estilistas, manequins, fotógrafos e comentaristas a enunciam a torto e a direito. Qual é? Isso mesmo. É glamour. Na origem, a dissílaba não tinha nada a ver com moda. Ela se referia à gramática. A coisa nasceu na Escócia. Lá pelo século 17, grammar (gramática) virou glamer — qualidade de quem falava sem […]