“Foi o único jogador liberado pela diretoria do Flamengo, no sábado de carnaval, para curtir o sambódromo na véspera, em plena preparação Flamengo para a final da Taça Guanabara contra o Botafogo, na quarta-feira de cinzas”, escrevemos na pág. 2 do Super Esportes. Que confusão! Você entendeu? O leitor tampouco.
” `Pode-se imaginar os sentimentos de que um pai brasileiro é tomado quando pela primeira vez se dá conta de que, com a bola nos pés, seu rebento é um prodígio´, escreveu Roberto Pompeu de Toledo na última página da Veja. O verbo poder não deveria estar no plural?” A pergunta é dePaula Aparecida. Trata-se da voz passiva sintética. A danada confunde gregos e troianos. […]
Os povos têm marcas registradas. O francês poupa dinheiro. O árabe acredita no fatalismo. O inglês confia no Times. O espanhol se fascina com a morte. O americano adora gravata colorida. O japonês fotografa. O brasileiro? Nós adiamos. Deixamos pra amanhã o que podemos fazer hoje. Se possível, empurramos pra depois de amanhã, pra segunda, pro próximo ano, pro Dia de São Nunca. Nem todos conhecem […]
“O administrador Fabrício Carone, 33 anos, estava em uma academia de ginástica em um prédio ao lado do cinema quando foi avisado do problema no cinema”, escrevemos na pág. 23. Reparou? A repetição torna o texto pobre e monótono. Que tal mandar os excessos plantar batata na esquina? Xô, artigos indefinidos! Xô, excessos! Eis a frase lipoaspirada: O administrador Fabrício Carone, 33 anos, estava na […]
Você viu? A cena foi triste. Depois de um ano, as mães descobriram que os filhos foram trocados no hospital. A Justiça mandou destrocar os bebês. O assunto ganhou destaque na mídia. Jornais, rádios e tevês falaram no assunto. Aí, não deu outra. Muitos tropeçaram na expressão dar à luz. Disseram “dar à luz a um menino”. Nada feito. O a sobra. A forma é […]
Bem-vindo se escreve assim — um lá e outro cá.
Atentados em Nova York há muito excitam os autores de obras de ficção. A cidade, coração do capitalismo e símbolo do American way of life, oferece os elementos necessários para alimentar a trama. Ruas charmosas convivem com guetos cheios de perigos. Moradores de diferentes etnias e variadas religiões circulam com seus segredos e mistérios ao lado de milhares de turistas. Vidas fervilham 24 horas por […]
Blitz tem plural? Os dicionários não se entendem a respeito do assunto. O Aurélio fala em blitze. O Houaiss, em blitzen. Diante da confusão, jornais tomaram uma decisão. Naturalizaram a alemã. Escrevem blitzes.
Valha-nos, Deus! Três salas da Academia de Tênis pegaram fogo. O espaço brasiliense tem 10 salas de cinema. Por sorte, na hora do fogaréu não havia sessão. Ninguém se feriu. O susto manda dar uma espiadinha no verbo incendiar. Ele se conjuga como odiar: odeio (incendeio), odeia (incendeia), odiamos (incendiamos), odeiam (incendeiam). E por aí vai.