O adjetivo é cheio de caprichos. Mimado, vive trocando de lugar. Às vezes aparece antes do substantivo (bela flor). Outras, depois (flor bela). De vez em quando, exige uma ponte (verbo) para ser alcançado (a flor é bela). Há ocasiões em que o adjetivo é generoso. Caracteriza mais de um substantivo. Aí, tem manhas. Elas têm a ver com a colocação do arteiro. Quer ver? Atrás do […]
“A partir de hoje, o STF começa o julgamento de três figuras emblemáticas do partido”, escrevemos na pág. 3. Reparou na redundância? A partir indica começo. Começar também. Melhor diminuir a dose. Basta uma: A partir de hoje, o STF julga três figuras emblemáticas do partido. O STF começa o julgamento de três figuras emblemáticas do partido.
Senão ou se não? O som é o mesmo. Mas a grafia varia. Ora aparece em uma só palavra. Ora, em duas. Escolher entre uma e outra é baita dor de cabeça. Basta um cochilo pra que as bolas sejam trocadas. Estudantes, advogados, jornalistas, todos vacilam. Que tal jogar luz sobre o assunto? Dominado, fica uma certeza: o tema não é tão difícil quanto parece. […]
“…milhões de brasileiros acreditaram que nas posições firmes alardeadaspelas autoridades”, escrevemos na pág. 16. Reparou? Tropeçamos na estrutura da frase. A conjunção sobra. Melhor: …milhões de brasileiros acreditaram nas posições firmes alardeadaspelas autoridades.
Eta responsabilidade! Mascote é criatura pra lá de especial. A ela se atribui o dom de dar sorte, de trazer felicidade. Times de futebol não abrem mão do sortilégio. Alguns o adotam como apelido. O Corinthians ficou com o mosqueteiro. O Palmeiras, o periquito e o porco. O Flamengo, o urubu. O Fluminense, o cartola. O Grêmio, o mosqueteiro. O inter, o saci-pererê. O Sport […]
Ops! Saiu o mascote da Copa do Mundo de 2014. É o tatu-bola. Ao ser anunciado, sobraram polêmicas. Alguns aplaudiram, outros criticaram. Só houve uma unanimidade. Trata-se da grafia da criaturinha que trará sorte à seleção verde-amarela. Eis a questão: a reforma ortográfica lhe cassou o hífen? Não. A reforma não mexeu na composição de duas palavras. Se o vocábulo tinha hífen, mantém o tracinho. […]
“Agente alerta para que ele não se submetesse à prova do etilômetro”, escrevemos na pág. 28. Viu? Tropeçamos na correlação verbal. Presente pede presente. Passado, passado. Assim: Agente alerta para que ele não se submeta à prova do etilômetro. Agente alertou para que ele não se submetesse à prova do etilômetro.
Tamanho Independente ou independentemente? Acredite. A confusão só ocorre com o advérbio independentemente. Talvez por ser muito comprido. As pessoas, então, preferem o adjetivo independente. Bobeiam: Independe quer dizer livre: O Brasil ficou independente em 1822. A criança é independente. Vira-se sozinha. Independentemente significa sem levar em conta: Ganha o mesmo salário independentemente das horas trabalhadas. Entendido? Independentemente do tamanho, use o advérbio sempre que […]
Olho no nome Pedi emprestado a blusa? Pedi emprestada a blusa? Muitos confundem a concordância. É o seu caso? Fique esperto. Emprestado concorda com o nome que expressa a coisa emprestada: Pedi emprestada a blusa. Pedi emprestadas as blusas. Pediu emprestado o livro ao amigo. Pediu emprestados os livros ao amigo. Vou pedir mil reais emprestados ao banco. Vamos combinar? Mantenha o crédito. Devolva as […]
Quase iguais O dia a dia põe pulgas e pulgas atrás das orelhas. É o caso da diferença entre embaixo e debaixo. Qual é? Guarde isto: a duplinha tem um ponto comum — indica posição inferior (O sapato está embaixo da cadeira. Guardou o dinheiro debaixo do tapete.) E a diferença? Debaixo dá ideia de proteção: Ficou debaixo da árvore para fugir do sol. A […]