“De lixo a revolução genética” foi nossa manchete de hoje. Leitores ligaram intrigados. Queriam notícias da crase. O sinalzinho vai bem, obrigada. Mas não tem vez nessa construção. De…a é um dos casaizinhos da língua. O par tem a mesma estrutura. De é preposição pura. A também: Trabalho de segunda a sexta. De lixo a (uma) revolução genética. Da (do)…à é outro. Da (do) é […]
Sucesso neste Brasil tropical? Há dois. Um: a novela Avenida Brasil. O destino de Carminha e Nina toma conta das conversas de bar, dos bate-papos em academias, de longos telefonemas entre amigos. As duas não deixaram por menos. Ganharam capa da revista Veja. O outro: o mensalão. O julgamento, transmitido pela tevê, bate recordes de audiência. Ministros do STF tornaram-se tão populares quanto jogadores de […]
“Considerado fundamental, abrange a distribuição de terras improdutivas, a adequação dessas áreas ao plantio e o fomento de infra-estrutura nas regiões mais distantes”, escrevemos na pág. 19. Viu? O hífen nos pegou de novo. O prefixo infra- pede o tracinho quando seguido de h ou i. No mais, é tudo junto. Assim: infra-herói, infra-ação, infraestrutura.
Leitores estão confusos. Depois que o COI inventou o tal paralímpicos, ninguém sabe se pode usar paraolímpicos. Pode? Claro que sim. O nome oficial da competição é Paralímpicos. Fora isso, o paraolímpico é pra lá de bem-vindo: Os atletas paraolímpicos brasileiros brilham nos Jogos Paralímpicos de Londres. Pode-se falar em “atletas paralímpicos”? Sim. Paralímpico é o adjetivo derivado de paralímpicos. Eu prefiro paraolímpico.
“Uma estagiária da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) registrou uma queixa contra uma de suas superiores”, escrevemos na pág. 21. Virgem Maria! Pra que tantos indefinidos? Eles sobram. E, porque sobram, sobrecarregam a frase. Xô! Melhor: Estagiária da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) registrou queixa contra uma de suas superiores.
Bruno Freitas A palavra brasuca é velha conhecida da crônica esportiva. Sinônimo de brasileiro, vem sendo amplamente usada desde a década de 1980, embora ainda não apareça em alguns dicionários. Com a escolha do nome que dará vida à bola da Copa de 2014, veio a dúvida: é certo escrever Brazuca com Z, como sugerem a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL), ou com […]
José Horta Manzano, empresário e músico, escreve na editoria Opinião, do Correio (1/9), importante artigo sob o título “Paralimpismo”. Três dias antes o Correio já havia publicado, no Sr. Redator, modesta carta deste bancário aposentado, sob o título “Paralímpicos”, na qual, igualmente, eu deplorava a infeliz amputação da bela palavra portuguesa nascida das Olimpíadas. O sr. Manzano logo perceberá, como eu, a inutilidade da nossa […]
Ops! Nova polêmica pintou este fim de semana. A Adidas e a Fifa anunciaram o nome da sucessora da Jabulani. É Brazuca. Os dicionários não registram a novidade. O Vocabulário ortográfico da língua portuguesa traz o verbete brasuca — com s. O Houaiss e o Aurélio ignoram o trissílabo. O português Caldas Aulete e o Dicionário da língua portuguesa contemporânea da Academia das Ciências de […]
“Maior São João do Cerrado reúne 650 mil”, escrevemos na pág. 22. A capa não ficou atrás. Repetiu a grafia. Em suma: confundimos o santo (São João ) com a festa — são-joão. Assim, com hífen e iniciais pequeninas.
Marquês Márcio Cotrim No alemão, mark é assinalar, limitar. Assim, e desde muito tempo, se usavam marcas para estabelecer as fronteiras ou os limites de uma região. Em função disso, antigamente o terreno assinalado passou a chamar-se marca. Na época, aquele que o soberano designava para governar determinada área passou a ser conhecido como marquês, acrescentando-se a ele o nome da marca, povoação, rio, etc., […]