O mesmo com cara contemporânea 8

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Ufa! “São regras que não acabam mais”, diz a moçada interessada em dominar os macetes da crase. Têm razão? A resposta é três vezes não. No duro, no duro, a norma é uma só. O acento grave indica o casamento de dois aa. Mas nem tudo são flores.

No reino da união, um dos noivos gosta de pregar peças. É o artigo. Ele nem sempre está claro. Ao se esconder, dá nó em fumaça e, de quebra, em miolos de quem quer acertar sempre. As dicas têm um só propósito — abrir o jogo do farsante. Uma vez descoberto, fica uma certeza. O diabo não é tão feio quanto o pintam.

A crase 3

País, estado, cidade, bairro

Crase antes de nome de país, estado, cidade, bairro? Como sempre, depende do artigo. Há um verso que dá dica infalível. Ele manda substituir o verbo ir pelo voltar. Com o troca-troca, não há erro:

Se, ao voltar, volto da, crase no a. Se, ao voltar, volto de, crase pra quê? * Vou a França? À França? No troca-troca, volto da França. Nota 10 para vou à França.

Foi a Floripa? À Floripa? Voltou de Floripa. Ao voltar, volta de, crase pra quê? Vou a Floripa.

Vou à Barra da Tijuca? A Barra da Tijuca? Volto da Barra. Ao voltar, volto da, crase no a: Vou à Barra da Tijuca.

Vai a Brasília? À Brasília? Ao voltar, volto de, crase pra quê? Volta de Brasília. Vai a Brasília.

Mais exemplos: Vou à Suécia. (Volto da Suécia.) Vou a Miami. (Volto de Miami). Vou à Bahia. (Volto da Bahia.) Vou à Alemanha. (Volto da Alemanha.) Vou a Libos. (Volto de Lisboa.) Vou a Portugal e a Cuba. (Volto de Portugal e de Cuba.) Cheguei a Natal. (Voltei de Natal).