Historinha séria

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Técnicos do Ministério da Educação têm muitas atribuições. Entre elas, preencher formulários de formandos das universidades federais. Na semana passada, bateu uma dúvida. Tratava-se dos dados identificadores da pessoa. Entre elas, nacionalidade. Como fazer a concordância?

Consulta vai, consulta vem, eureca! O Dicionário de questões vernáculas, de Napoleão Mendes de Almeida, deu a resposta. Nacionalidade joga no time de estado civil e profissão. Concorda com o sexo da pessoa. Quer exemplos?

Nome: Paulo da Silva Nacionalidade: brasileiro Estado civil: casado Profissão: médico

Nome: Maria Augusta Ferro Nacionalidade: brasileira Estado civil: casada Profissão: médica

A explicação? Faz-se, aí, concordância ideológica. O nome não concorda com o que está expresso, mas com o mentalmente subentendido. A língua está cheia de casos. Vale lembrar os pronomes de tratamento. Se nos dirigimos à ministra, dizemos:

— Vossa Excelência é simpática.

Se o interlocutor é ministro, o masculino pede passagem:

— Vossa Excelência é simpático