Cadê o tradutor?

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Portugal não fala língua estrangeira?, provoca Diniz Esteves. Então vejam se entendem este texto:

 
‘‘Estava a conduzir meu automóvel numa azinhaga com um borracho muito gira ao
lado, quando dei com uma bossa na estrada de circunvalação que um bera teve a lata de deixar. Escapei de me espalhar à justa. Em havendo um bufete à frente convidei a chavala a um copo. Botei o chiante na berma e ordenamos ao criado de mesa uma sande de fiambre em carcaça eu; e ela um miau. O panasqueiro, com jeito de marialva paneleiro, um chalado da pinha, embora nos tratando nas palminhas, trouxe-nos a sande com a carcaça esturrada (e sem caganitas!) e, faltando-lhe o miau, deu-nos um prego duro.’’

 
Tradução para o português tupiniquim:

 
‘‘Eu dirigia meu carro por um caminho de pedras tendo ao lado uma gata espetacular, quando vi uma lombada na estrada de contorno que um escroto teve o descaramento de fazer. Por pouco não bati nela. Como havia em frente uma lanchonete, convidei a gata para tomar um drinque. Coloquei o carro no acostamento e pedimos ao garçom sanduíche de presunto com pão de forma, eu; e ela sanduíche de lombinho.O gozador, com jeito de don Juan homossexual muito louco embora nos tratando muito bem, trouxe o sanduíche com o pão queimado (e sem azeitonas!) e, não tendo sanduíche de lombinho, trouxe um de churrasquinho duro.’’