17_768x543-35078480 Pedro França/Agência Senado

STF trabalha para que o golpismo do 8 de janeiro jamais seja esquecido

Publicado em Eixo Capital

Por Ana Dubeux —   Pouco mais de um ano após o 8 de janeiro, o Brasil tem 71 condenados pelo Supremo Tribunal Federal pelos atos do 8 de janeiro de 2023, e mais 45 serão julgados até o fim de março. Até hoje, nesse período de pouco mais de um ano, foram quase 500 endereços alvos de busca e apreensão, principalmente atrás dos incitadores e financiadores do golpismo tupiniquim. Entre os dias 8 e 9/1/23, mais de 2 mil pessoas foram presas. De imediato, 700 acabaram liberadas em razão da idade ou por terem filhos pequenos.

O STF abriu mais de 1,3 mil ações penais com decisões colegiadas dos 11 ministros. Dessas ações, cerca de mil estão suspensas para que a PGR avalie acordos nos casos de crimes menos graves (o pessoal que permaneceu em frente ao quartel — golpistas que não quebraram o patrimônio público). Deles, 38 já admitiram seus crimes e acordos firmados com a Procuradoria Geral da República foram validados.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O caso do dia 8 movimentou muito a máquina judiciária brasileira: 1.400 audiências de custódia foram feitas por diversos juízes para que todos os presos pudessem ser ouvidos e de início mais de 900 ficaram presos. Atualmente, cerca de 75 pessoas — entre aquelas de janeiro de 2023 e quem foi preso em operações policiais depois — seguem detidas.

A máquina que pune o golpismo brasileiro se parece com a que pune o golpismo trumpista nos EUA — as situações vividas foram muito semelhantes: o resultado da eleição foi alvo de questionamento, que resultou em violência e destruição do patrimônio público. Nos EUA, três anos depois, no que se considera um dos maiores casos judiciais da justiça norte-americana — como o 8/1 é para o Brasil —, cerca de 200 pessoas foram condenadas em julgamentos segundo dados do New York Times e das agências internacionais.

Alex Edelman/AFP

O número de 200 julgados nos EUA em três anos, contra 116 no Brasil em um ano, mostra que a máquina judiciária brasileira tem trabalhado com empenho. Lá, 700 pessoas se declararam culpadas e 210 admitiram delitos graves. Aqui, no Brasil, 1.000 pessoas que cometeram delitos leves podem fazer acordos, mas a maioria ainda está em negociação na PGR.

Nos EUA, três anos depois, é que se começou a chegar nos mandantes. O Brasil, um ano depois, também está perto de vê-los denunciados — a PF coletou provas importantes que e a PGR em breve analisará. Muitos temem que aconteça no Brasil o que ocorre hoje nos Estados Unidos: o povo parece ter esquecido os crimes graves cometidos contra a democracia.

O sinal claro disso é anúncio de Bolsonaro de que vai às ruas em 25 de fevereiro — depois dos elementos da PF de que ele e seus aliados incentivaram e atuaram para promover o golpe no Brasil. Os atos são vistos por setores progressistas como uma afronta à democracia brasileira e uma tentativa de apagar a história.

Macetando o PPCUB

A discussão sobre o PPCUB é tão antiga quanto a estátua da loba do Buriti. Em mais uma retomada dos trabalhos da Câmara Legislativa, a cena se repete: o presidente da Casa, Wellington Luiz, diz que dará prioridade à aprovação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília. Ele assumiu o compromisso durante reunião com a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário. “Eu já fui relator do PPCUB. A Câmara não está enrolando, temos respeitado a tramitação dos projetos e os prazos”, disse. É esperar pra ver.

O exemplo que vem de Planaltina

Faz duas semanas que o resultado do vestibular da UnB foi divulgado, mas Kethellen Luanda Pena, 18 anos, ainda se emociona ao falar sobre o que sua aprovação no curso de direito significa para ela e para os seus pais. “A gente está chorando até hoje. Minha mãe é cobradora de ônibus e meu pai é açougueiro. Fazer graduação é algo diferente, a gente sempre teve uma renda baixa, é uma família humilde, então vai mudar nossa vida, é uma realidade que a gente nunca imaginou”, conta. A menina é aluna do Centro Educacional Stella dos Cherubins Guimarães Trois, o CED Stella, em Planaltina.

Priscila Crispi/CB/D.A Press

A escola aprovou 32 alunos em universidades públicas ou com bolsas integrais em particulares, ofertadas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Muitos deles passaram em mais de uma seleção e serão os primeiros a cursarem o ensino superior na família, como Kethellen. Ela diz que no percurso da aprovação pensou, por várias vezes, que não era capaz: “Quando a gente olha a diferença entre uma escola pública e uma particular, você vê que é uma preparação totalmente diferente. Eu pensava que não ia conseguir, por mais que me esforçasse.”

O motivo do sucesso do CED Stella, na opinião do diretor Gilberto de Oliveira, é o sentimento de pertencimento nutrido por toda comunidade escolar.

Muitos professores que, hoje, lecionam no centro de ensino passaram pelas carteiras da escola, como alunos, e se sentem comprometidos a devolver todo investimento que receberam.

Leia a matéria completa, de Priscila Crispi, no site Eu, Estudante 

Festa de 200 anos do Senado

A aguardada abertura das atividades dos 200 anos do Parlamento brasileiro será em 25 de março, no Centro de Convenções, com o espetáculo artístico e musical “Senado 200 anos: uma jornada histórica rumo ao futuro”, que contará com a participação do maestro João Carlos Martins, da Orquestra Bachiana Jovem Sesi-SP, e de outros artistas convidados, sob o comando do diretor teatral Jorge Takla. A transmissão também será disponibilizada pelo canal do Sesc no YouTube e pelo canal do SescTV. A entrada é gratuita.

Cerrado e povos tradicionais entram no mapa

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

O bioma Cerrado foi tema do episódio “Um app para defender a savana” no programa Eco Latinoamérica, da rede alemã de radiodifusão Deutsche Welle, de 15 de fevereiro. O foco foi na manutenção de ecossistemas latino-americanos importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas. O programa mostrou o aplicativo de celular chamado Tô no Mapa para automapeamento de territórios tradicionais, a partir da experiência dos quilombolas Kalunga em Cavalcante, Goiás. O território Kalunga se estende por 263 mil hectares e mantém 83% de cobertura do Cerrado nativo. O número contrasta com o resto do Goiás, onde apenas cerca de 30% do bioma nativo permanece, e com o restante do país, onde a cobertura remanescente é de aproximadamente 49%. O app Tô no Mapa é uma ferramenta que permite que povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares cadastrem seus territórios de forma georreferenciada e já conta com 287 comunidades cadastradas e mais de 32 mil famílias. O app é integrado à Plataforma de Territórios Tradicionais do Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais junto ao Ministério Público Federal, e busca colaborar com a conservação do bioma e a construção de políticas públicas mais adequadas.

Queda de braço

O STF retoma, esta semana, o processo em que partidos políticos, entre eles PSB, Rede e Podemos, questionam a distribuição das vagas das chamadas sobras da eleição geral de 2022. Os partidos alegam erro na forma de cálculo. No DF, o ex-governador Rodrigo Rollemberg, atual secretário de Economia Verde do Ministério da Indústria e Comércio, pode voltar a Câmara Federal no lugar de Gilvan Máximo.

13/12/2018. Crédito: Minervino Junior/CB/D.A. Press. Brasil. Brasília – DF. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, durante entrevista para o Correio Braziliense, no Palácio do Buriti.
Ed Alves/CB

Empreendedorismo feminino

A primeira atividade deste ano da Lide Mulher Brasília em parceria com o Grupo Empresárias em Ação será nesta terça-feira, no Versá Restaurante. O evento contará com a participação de Janine Brito, CEO da Pinheiro Ferragens e Presidente do Lide Mulher Brasília, além de líderes sindicais e empresários de diversos segmentos. Com o tema “A Nova Tributação de Sua Empresa”, o encontro proporcionará aos empresárias uma aula-debate com o deputado Mauro Benevides (PDT-CE).

Com as bênçãos de Paul McCartney

Depois do show memorável de Sir Paul em novembro, os ventos sopram livremente na direção do Clube do Choro de Brasília. Com mais de 30 anos de atuação inovadora no ensino da música, o Clube e a Escola Raphael Rabello se juntam agora para a criação do Choro Popular Orquestra. A iniciativa será mais uma plataforma para que os alunos da Escola e os instrumentistas profissionais da cidade exercitem o primeiro gênero musical brasileiro. Os shows da orquestra pretendem proporcionar um reencontro com Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, entre outros mestres. A data para a estreia do Choro Popular Orquestra é abril, quando se comemora o Dia do Choro.

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Não direi nada, haverá sinais…

Ibaneis Rocha reúne-se, amanhã, para definir obras que serão tocadas este ano e estavam fora da previsão no levantamento anterior. O investimento maior será em escolas e postos de saúde. Ele garante que a construção de vias exclusivas para ônibus não vai parar. O Buriti recebeu sinais de que setores do governo federal dificultam no que podem a liberação do empréstimo para a expansão do metrô em Ceilândia e Samambaia. “Depois de tudo aprovado estão fazendo corpo-mole”, alfineta um secretário. Já foi identificado o ministro que está criando dificuldades; os deputados federais do DF devem entrar em campo para pressionar pela liberação do dinheiro.

Cães e gatos no Buriti

Uma manifestação diferente será atração da quarta-feira, das 9 às 12h, em frente do Buriti. A Associação Brasileira de Cultura, Eventos e Proteção Animal se junta em prol da causa animal. Castração pelo estado, para um mínimo de 1,5 mil de animais abandonados na capital federal e Entorno, figura entre as queixas dos manifestantes do ato.