#Entrevista com o general Paulo Chagas
#Entrevista com o general Paulo Chagas Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press #Entrevista com o general Paulo Chagas

General Paulo Chagas: “Bolsonaro é teimoso, vaidoso, narcisista e trapalhão”

Publicado em CB.Poder

ANA MARIA CAMPOS

Até então desconhecido no meio político, o general da reserva Paulo Chagas foi uma surpresa na última eleição ao Palácio do Buriti. Ficou em quarto lugar, com mais de 110 mil votos, à frente de candidatos já bem mais conhecidos na vida pública.

 

Parte desse desempenho se deveu à vinculação de sua imagem, de direita, militar, com discurso conservador, à onda bolsonarista que varreu o país na última eleição.

 

Paulo Chagas, no entanto, se tornou um crítico de Bolsonaro. Perdeu alguns seguidores e ganhou outros. Está decepcionado com os rumos do governo, com a suposta proteção ao filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), os acordos com o centrão e a condução da crise sanitária.

 

Pelo Twitter, Chagas tem feito uma série de críticas contundentes. Diz que Bolsonaro não quer resolver a crise do novo coronavírus, só quer ter razão. É teimoso, falta humildade, vaidoso, narcisista, trapalhão e não tem qualidades de liderança.

 

Veja o que militar postou:

 

“Bolsonaro não faz questão de resolver a crise do Coronavírus ou qualquer outro problema, ele quer apenas ter razão. Vaidade, teimosia ou falta de HUMILDADE, a qualidade que define o líder?”

 

“O PREÇO DA COERÊNCIA! Igual aos 57 milhões que votaram em JB (Jair Bolsonaro), pensei que ele tinha qualidades de liderança para mudar o rumo do Brasil. Enganei-me, mas mantive a fidelidade ao que acredito e às propostas em que votei. Perdi 5 mil seguidores, mas não a coerência. Esta não tem preço!”

 

”Há quem diga que não devo criticar o Presidente Bolsonaro porque não temos outro capaz de liderar a direita. Ora, se entre 200 milhões de brasileiros só encontramos um narcisista deslumbrado, trapalhão e que não cumpre o que promete para nos liderar, é porque a direita não está preparada para mudar o Brasil!”

 

“A direta, acreditando que era liderada por um enviado de Deus, sem qualquer contestação, aceitou a distorção do conservadorismo e do liberalismo econômico e a Lava-Jato virou crime, a rachadinha uma necessidade e a manipulação de preços uma inteligente estratégia de mercado! Caramba!”