Setor aponta perda acumulada de R$ 40 bilhões desde a pandemia, e redução de 90 mil empregos
Por Samanta Sallum
Será realizado em Brasília, hoje e amanhã, seminário sobre o Marco Legal do Transporte Público, reunindo empresários do setor e representantes do poder público. De acordo com dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), houve redução de 24,4% na demanda de passageiros de ônibus coletivo em 2022, comparado ao período pré-pandemia, em 2019.
A perda é de quase 8 milhões de viagens realizadas por passageiros pagantes, por dia, nas capitais Brasília (DF), Belo Horizonte (MG),Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), entre outras. O impacto disso no serviço e outras pautas, como tarifa zero, serão debatidas no encontro no Hotel Royal Tulip.
Pesquisa CNT
No mesmo evento, a Confederação Nacional do Transporte – CNT lançará a Pesquisa CNT Perfil Empresarial 2023 – Transporte Rodoviário Urbano de Passageiros. O estudo inédito, realizado em parceria com a NTU, detalha características das empresas operadoras do transporte público por ônibus urbano do País.
Protestos de 2013
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, é uma das autoridades esperadas no seminário. O Parlamento deve apreciar este ano a proposta de novo Marco Legal do Transporte Público. No balanço a ser apresentado pelas empresas, estão medidas implementadas, desde os protestos de junho de 2013, por melhorias e redução das tarifas do transporte público.
Consequências da pandemia
“Temos observado os sinais de recuperação, mas é preciso lembrar que a pandemia provocou uma perda acumulada de quase R$ 40 bilhões para o setor, e ainda enfrentamos as consequências negativas. Houve redução de mais de 90 mil empregos diretos até a impossibilidade de renovação da frota, devido à queda na arrecadação das empresas, que ainda dependem muito da tarifa cobrada do passageiro”, aponta Francisco Christovam, presidente executivo NTU.