Um mundo de faz de contas

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil

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Foto: Carolina Antunes/PR

 

Seria possível estender o mundo do faz-de-contas para a vida real? Em alguma medida é certamente o que fazemos no dia-a-dia, quando temos que nos adaptar às exigências do mundo externo, principalmente nas relações profissionais e no contado racional com a sociedade. Mas em se tratando de atores e atrizes, que ganham a vida interpretando situações e personagens fictícios, transportar a máscara do teatro para o cotidiano seria quase como viver constantemente acorrentado à vida do imaginário.

Um ator, cujo o nome prefiro declinar, certa vez afirmou que nos encontros que mantinha regularmente com profissionais de sua área, fosse em festas ou mesmo na rua, não conseguia distinguir nessas pessoas a fronteira entre o real e a ficção. Em sua avaliação, todos pareciam fingir situações. Essa característica nos indivíduos ligados à arte da representação era tamanha e tão descarada que pareciam estar todos em cena. Com a máscara pregada ao rosto, todos pareciam estender seus personagens para dentro da vida real. Mas o que seria, de fato, a vida real? Chegava a se interrogar. Já no fim da vida, chegou à conclusão que ele era também um ator e, por conseguinte, um fingidor.

Esses fatos são mencionados a propósito da recente indicação da atriz Regina Duarte para a Secretaria Especial da Cultura. Como poucos em qualquer esfera social, sempre foi coerente com o que acredita. Enfrentou o nado contra a corrente para firmar e se expor no que acreditava. Até então, as profundas divisões políticas no meio artístico só passaram a ser percebidas por todos com a saída, pela porta dos fundos, do Partido dos Trabalhadores do poder.

Depois de 2016, com a destituição de Dilma da presidência, parte da classe artística nacional, que adotou a narrativa ficcional do golpe, veio, descaradamente, se opondo e se afastando cada vez mais da outra parcela de colegas que despertaram para o engodo do Lulismo.

A partir daí um enredo dramático foi sendo criado e fez com que esses heróis nacionais da ficção passassem a se hostilizar mutuamente e de preferência diante do público. Não houve show ou peça de teatro que não fosse declarado, fora do script, posições políticas, quer partindo de incitações vindas do palco, quer da plateia. Firmou-se assim uma cisma e uma fenda geológica e profunda no seio artístico e que, possivelmente, jamais será reparada.

De certa forma essa cisão é boa e ruim. Por um lado, esse acontecimento mostra ao grande público que uma parte dos artistas conseguem sair de cena e se inserir na vida real, de modo natural. Enquanto outra parcela desses profissionais insiste em se manter em cena e dentro do enredo e dos personagens que criaram para si mesmos ainda em 2002. Essa contribuição maléfica, legada por um misto de partido político e organização criminosa foi, por certo, a maior herança deixada desses tempos de ficção.

Ao seguir a tática, de dividir para governar, o Lulismo, talvez o maior mambembe político que já existiu, conseguiu o que pretendia: confundir realidade com ficção, atraindo para si até aqueles que todos acreditavam ser experts no mundo do faz de contas.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Uma das mais cativantes ironias do pensamento moderno é o fato de que o método científico, do qual ingenuamente se esperou no passado que pudesse banir o mistério do mundo, deixa-o cada dia mais inexplicável.”

Carl Becker, historiador e filósofo norte americano

Foto: britannica.com

 

 

Denúncia

Leitor reclama dos falsos motoristas de Uber que abordam passageiros na plataforma superior do aeroporto. Um deles atendeu uma senhora que chegava de voo internacional que, desavisada, entrou no carro do falsário. Ao chegar em Águas Claras e pagar ao motorista, desceu do carro e ele arrancou em velocidade levando todos os pertences da viajante.

Foto: tecnoblog.net

 

 

Alea Jacta est

Desde o tempo do ex-governador Rollemberg, Richard Jean Marie Dubois alimenta a ideia de que os empresários da cidade são brilhantes e que precisam de mais oportunidades de negócios. Daí o ânimo no encontro com o governador Ibaneis Rocha para finalizar o acordo de concessões para a administração do estádio Mané Garrincha.

 

 

E-commerce

Élie é uma sapataria masculina de França que enfrentou a entrada de sapatos chineses baratos, resistiu à concorrência e hoje tem um portal espetacular, de fácil acesso, super amigável para fazer compras no Brasil e pelo mundo. Veja a seguir a história curiosa de como nasceram as marcas famosas de relógios. O texto é da Élie.

Omega

Além de serem reconhecidos como os modelos dos Jogos Olímpicos, os relógios Omega são versáteis e oferecem o máximo da elegância.

                Apontada como a mais cobiçada entre os amantes de um bom e exclusivo modelo, a marca de relógio Omega, que hoje pertente ao Grupo Swatch, surgiu na Suíça e, segundo os registros, foi criada pelo relojeiro Louis Brandt, no ano de 1848.

                O nome Omega foi propagado após seus modelos serem definidos como cronômetros oficiais dos Jogos Olímpicos desde 1932 e esse cenário foi fomentado com o passar dos anos, como por exemplo, quando o modelo Seepmaster acompanhou os astronautas da Nasa durante a primeira visita à Lua e também quando as telinhas exibiram um exemplar Omega no pulso de James Bond, nas cenas do filme OO7.

                E caso esteja curioso sobre o valor de um produto com esse patamar, saiba que a média está tabelada entre US$ 3 mil e US$ 8 mil, mas alguns modelos também ultrapassam muito essa faixa de preço.

TAG Heuer

Seja exibido nas telinhas durante cenas de filmes ou nos pulsos dos motoristas da Fórmula 1, os relógios TAG Heuer são o máximo!

                Para o usuário que deseja peças luxuosas e com o máximo de precisão, os modelos de relógio da marca TAG Heuer, que foi fundada no ano de 1860 por Edouard Heuer, são os melhores!

                Esses produtos, além de toda a excelência de seus materiais, estão relacionados ao esporte Fórmula 1 desde quando foi utilizado por motoristas inesquecíveis, como o brasileiro Senna, que com frequência aparecia com um relógio TAG Heuer em seu pulso.

                Outro motivo de ser uma das marcas mais queridinhas é que o ator Steve McQueen também está na lista dos usuários fiéis, tanto que optou por usar um modelo TAG Heuer no filme Le Mans, que fez sucesso em 1971.

                E caso você queira um exemplar em sua coleção, como os mais vendidos Aquaracer, Link, Carrera, Monaco, Fórmula 1, Kirium, Monza ou Autavia, terá que desembolsar entre US$ 1,5 mil e US$ 6 mil – mas, se preferir, a linha oferece também os modelos especiais, que custam cerca de US$ 50 mil.

Rolex

Quando o nome Rolex aparece, o difícil é encontrar alguém que não conheça e/ou deseje um de seus relógios.

                Ah! Basta ler ou pronunciar esse nome para todos já descobrirem que o assunto da roda de conversa em questão é sobre os mais incríveis modelos de relógios, não é? Afinal, conhecida mundialmente, a marca Rolex é protagonista de vendas há décadas.

                Considerada como uma das marcas mais valiosas do mundo e símbolo de bom gosto e sofisticação, essa empresa foi fundada pelo alemão Hans Wilsdorf ainda no ano de 1905 e desde o lançamento do modelo chamado Oyster, que foi o primeiro comercializado com garantia de impermeabilidade e resistência ao choque, mostrou que veio para ficar.

                Hoje, a lista de relógios Rolex é infinita e o que não falta é opção para agradar os mais variados gostos e estilos. No entanto, quem deseja ser dono de um produto tão conceituado, também precisa estar disposto a gastar, pois no valor mínimo está calculado em US$ 4 mil e a média exige a multiplicação desse número por cinco, ou seja, US$ 20 mil.

Panerai

                Engana-se quem pensa que a Suíça tem exclusividade na criação das melhores marcas de relógio já criadas, até mesmo porque a Panerai foi fundada em terrinas italianas, no ano de 1860 por Giovanni Panerai.

                Seus modelos, que atendem perfeitamente a demanda dos mais criteriosos apaixonados por relógios, foram essenciais para o sucesso das missões realizadas por mergulhadores italianos durante a Segunda Guerra Mundial e caíram no gosto dos colecionadores quando um contrato com a Ferrari foi assinado no ano de 2005.

                O valor de cada modelo também pode variar entre US$ 4 mil e US$ 20 mil e, os conhecidos exemplares especiais, como Luminor 1950 Tourbillon GMT (foto), podem chegar a US$ 110 mil.

Hublot

A qualidade dessa marca é tamanha, que os seus relógios podem custar mais de US$ 80 mil.

                Dizem que tudo o que é novo e diferente, causa certo estranhamento, já ouviu algo semelhante? Bom, independentemente de sua resposta, a história da marca de relógios de luxo Hublot, que foi projetada pelo italiano Carlo Crocco em 1980, ilustra perfeitamente esse cenário, afinal, o que não faltou foi espanto e “olhares tortos” quando a empresa divulgou a criação de um modelo fabricado com ouro e borracha.

Ao anunciar essa ousada produção, que demorou três anos para ser concluída, o comentário que circulava o mercado relojoeiro foi unânime, pois todos consideravam impossível mesclar os dois materiais e apresentar um resultado final aceitável.

Porém, foi o modelo criticado antes mesmo de ser concretizado, foi um sucesso, assim como todos os outros e por isso, a marca consolidou-se rapidamente entre as principais relojoarias mundiais.

Em 2010, por exemplo, os relógios da linha Hublot foram definidos como os primeiros oficiais da Fifa e quanto aos valores, para possuir um desses exemplares tradicionais, o cliente deverá pagar cerca de US$ 4 a US$ 10 mil – mas, assim como as outras marcas de luxo, há opções para quem deseja investir mais nesse poderoso acessório, como o Big Bang Tourbillon Power Reserve, que custa aproximadamente US$ 80 mil.

Jaeger-Lecoultre

Esse modelo chamado Master Grande Tradition Grande Complication é vendido por US$ 372 mil.

                Só de possuir um modelo da conhecida marca de relógios Jaeger-Lecoultre, o homem já se torna elegante, isso é fato. Essa marca, que foi criada por Antoine LeCoultres, hoje é reconhecida mundialmente e desejada por todos que entendem de moda, qualidade e estilo, existe há quase dois séculos e traz um pequeno ateliê como cenário do início de seus trabalhos.

                Todo o sucesso dessa empresa deve-se ao neto de seu idealizador, Jacques-David LeCoultre, que sem medo de desafios, logo aceitou a proposta do relojoeiro parisiense, Edmond Jaeger, e criou uma série de relógios de bolso ultrafinos.

                Atualmente, os modelos mais básicos das coleções criados pela marca Jaeger-Lecoultre custam em torno de US$ 4 mil, mas também é possível adquirir itens avaliados com seis dígitos, como Master Grande Tradition Grande Complication, que só é vendido por US$ 372 mil.

Cartier

Prova da sofisticação dessa marca é o seu reconhecimento como a joalheria dos reis.

                Como prova do sucesso que uma empresa familiar pode atingir, a empresa Cartier, que foi fundada em 1847 por Louis-François Cartier e alcançou o ápice aos comandos de seu filho, Louis Cartier, também está presente na lista das melhores marcas de relógios e joias do mundo.

                Ao satisfazer os desejos do Rei Eduardo VII do Reino Unido e outros integrantes da realeza britânica e mundial, a marca passou a ser chamada de “a joalheria dos reis” e em 1904, inseriu o Brasil em sua história quando, em homenagem ao aviador Santos Dumont, criou um modelo de relógio de pulso com o seu nome.

                O valor dos seus itens, conforme o catálogo, está entre US$ 5 mil e US$20, entretanto, há modelos como o Rotonde de Cartier Mysterious Double Tourbillon, que está avaliado em US$ 157 mil.

 

 

Impressionante

Acabou-se o manuseio de livros para muitos jovens. O nome do objeto que substitui uma biblioteca é Kindle. Até 1100 livros digitais podem ser baixados para leitura. Pelo zoom, as letras ficam do tamanho que o leitor quiser. O dicionário pode ser consultado durante a leitura, inclusive em outras línguas. Além disso, é possível fazer anotações nas páginas. Há também a possibilidade de calcular o tempo de leitura. O tamanho é menor que a metade de uma folha A4. Vejam as imagens a seguir.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Agora, as pessoas que participaram da mesma concorrência, informam que a firma vencedora não está cumprindo com as determinações do contrato, e apontam como infração o fato de o terreno não ter sido arado, não ter sido gradeado nem nivelado. (Publicado em 15/12/1961)

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