Marcha para a ditadura

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Arquivo O Globo

 

Em continuidade ao que foi apresentado ontem, aqui neste espaço, sob o título “O uso do santo Nome em Vão”, a pretexto de se mostrarem como legítimos representantes de Deus na Terra, vangloriando-se de uma iluminação divina que, absolutamente, não possuem, muitos indivíduos chegam ao paroxismo de ameaçar seus semelhantes, mesmo que essa atitude contrarie tudo o que está expresso nas escrituras sagradas.

Não se furtam ou se avexam em se proclamarem ungidos, sobretudo quando encontram abrigo e proteção junto aos poderosos. Durante a década de hegemonia do chamado lulopetismo, que viria a findar com a deposição da tresloucada presidenta Dilma, o capelão, que fazia o ligamento entre o mundo espiritual e temporal, despachando diretamente de dentro do Palácio do Planalto, era o Frei dominicano Carlos Libânio Christo ou, simplesmente, Frei Betto. Era ele quem orientava o então presidente Lula, sabidamente um fariseu materialista nas coisas do céu. Lula fingia que ouvia e seguia a pregação, até para mostrar algum traço de caráter piedoso para a população. Obviamente que era tudo uma grande e vazia encenação. Pelo menos da parte de Lula, que depois da mosca azul, frei Betto desistiu.

Com a chegada inusitada da direita política ao Poder, o mesmo apelo oportunista e marqueteiro ao mundo espiritual foi novamente encenado diretamente do Planalto. Nessa oportunidade, em vez de um capelão, o chefe do Executivo se acercou do mais variado grupo de pastores neopentecostais. Hábeis e gananciosos, esses falsos profetas são, na verdade, proprietários de rendosos conglomerados de templos, rádios, redes de televisão, jornais e outros negócios, usando dessas igrejas para esquentar uma grande movimentação de dinheiro e para esfriar os ânimos da Receita Federal.

Por possuírem um grande rebanho de fiéis e doadores de dízimos, esses pastores, em pele de cordeiro, são hoje os legítimos guias espirituais de um presidente afoito e que é capaz de tudo para se reeleger. Num mundo ideal e banhado pela luz da ética, seriam como náufragos que se abraçam desesperadamente para não afundarem.

A cada visita desses magos à corte, algum milagre acontece. Da última vez que lá estiveram, conseguiram o perdão para R$ 1,4 bilhão em dívidas dessas igrejas junto ao fisco. Trata-se de uma façanha e tanto, impossível de ser obtida pelo crente comum. O uso de pseudo religiosos por políticos populistas sempre rendeu péssimos frutos para a sociedade.

Essa sexta-feira última marcou os 57 anos da realização da famosa manifestação, acontecida em 1964 em São Paulo, às vésperas do golpe militar. Intitulada “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, esse movimento que chegou a agrupar entre 500 mil e 800 mil pessoas naquela distante tarde na Praça da República, deu como frutos 21 anos de ditadura. Talvez tenha sido um castigo pelo uso inapropriado do Santo Nome em vão.

 

A frase que foi pronunciada:

No princípio será o verbo ou a verba.”

Ministro Carlos Fernando Mathias de Souza. Magistrado federal aposentado e vice-presidente do Instituto dos Magistrados do Brasil.

Charge: latuffcartoons.wordpress.com

 

Segredo

Por falar em Carlos Mathias, aí vai um segredo: no dia 25 deste mês, ele troca de idade.

Carlos Fernando Mathias de Souza.                      Foto: institutoiib.org

 

E a contrapartida?

Pela Medida Provisória n° 994, de agosto de 2020, a Presidência da República abriu crédito extraordinário de um bilhão, novecentos e noventa e quatro milhões, novecentos e sessenta mil e cinco reais, em favor do Ministério da Saúde, com objetivo de garantir ações necessárias à produção e disponibilização de possível vacina segura e eficaz na imunização da população brasileira contra o Coronavírus (Covid-19). Verba não faltou.

Foto: Sérgio Lima/Poder360

 

Construcell

Falta muito para o governo brasileiro se atinar ao valor do filão da criatividade de cientistas brasileiros. Leia, a seguir, a saga de Reginaldo Marinho com a sua criação. Portas fechadas, janelas fechadas no Brasil, enquanto outros países avançam e ganham divisas. Outra cientista que pena com o descaso é Suzana Herculano-Houzel. Até vaquinha já fez para manter as atividades em laboratório.

Charge do Duke

A centelha que faltava

Reginaldo Marinho

A coluna Essas Coisas do jornalista Carlos Aranha, de sábado 27/02/21, no jornal A União, de João Pessoa, único periódico impresso remanescente na Paraíba e único jornal estatal no Brasil, foi a centelha que explodiu a energia que estava concentrada em minha alma havia mais de duas décadas.

A coluna foi dedicada à resenha sobre o romance “A máquina de madeira” – referindo-se ao protótipo de madeira da primeira máquina de escrever – do escritor paranaense Miguel Sanches Neto sobre o paraibano Padre Azevedo, patrono de uma das cadeiras da Academia Paraibana de Letras e inventor da máquina de escrever.

Como uma coluna publicada em um jornal estatal que ninguém nunca havia prestado atenção, onde eu não era o foco, pode mobilizar-me tanto? Quando importantes matérias sobre a minha invenção já ocuparam generosos espaços de grandes jornais brasileiros – posso citar Jornal do Brasil (com chamada na capa), a coluna de Eliane Cantanhede dam Folha de São Paulo, Correio Braziliense, Diário de Pernambuco, Revista Nordeste, Folha do Meio Ambiente, Jornal do Confea e portais institucionais como do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, Confea e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, CAU/BR – e algumas importantes reportagens para a TV Globo Nordeste, TV Bahia, TV Correio da Paraíba e TV Cabo Branco, cujos vídeos estão no link do Vimeo.

Nenhuma dessas matérias estimularam tanto a minha alma quanto a coluna de Carlos Aranha, simplesmente porque a história de Padre Azevedo me levou a uma viagem de duas décadas de fracassos, diante da poderosa inoperância da administração pública brasileira face às perspectivas tecnológicas.

O Correio Braziliense publicou uma página inteira com a matéria intitulada O PLÁSTICO “DO BEM”, a coluna do Ari Cunha, sob a coordenação da jornalista Circe Cunha, também do Correio Braziliense, escreveu parte de minha saga em “É preciso descobrir o Brasil”.

Quando eu conquistei a minha primeira medalha de ouro, a jornalista Eliane Cantanhede, que era colunista da Folha de São Paulo, escreveu o artigo intitulado “Invenção é coisa séria” dedicado à minha premiação, onde ela conclui assim: “Governo, iniciativa privada e jornalistas, como eu, pecamos pela omissão. Parabéns, Reginaldo Marinho! E mil desculpas para você e os pirados como você.” Quando o Padre Landell de Moura solicitou ao presidente Rodrigues Alves dois navios para demonstrar a transmissão do rádio em alto mar, um assessor palaciano disse: “Excelência, o tal padre é maluco.” A história se repete.

O então senador Lucio Alcântara não deixou por menos. O mesmo tom depreciativo foi usado por ele, na sessão da Comissão de Educação do Senado Federal, quando aprovou a instituição do Dia Nacional do Inventor e o meu nome foi o do único inventor citado naquela sessão: “Já o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) entende que a iniciativa deve ser apoiada, por se tratar de um estímulo aos inúmeros “professores pardais que existem por esse Brasil a fora. “Ele citou o exemplo de um rapaz, Reginaldo Marinho, um paraibano, que andava ‘pelos corredores do Senado’, pedindo apoio para uma invenção que acabou não sendo sequer examinada por nenhum órgão especializado no Brasil.

O jovem paraibano, conta o senador, acabou recebendo um grande prêmio internacional, depois de concorrer com inventores de mais de 30 países, em um concurso realizado mês passado na Europa.

O senador Lúcio Alcântara esqueceu de dizer que eu visitava os gabinetes parlamentares, como presidente da Associação Brasileira dos Inventores e da Propriedade Industrial, para tentar convencê-los de que o Brasil deveria adotar políticas eficientes de fomento ao desenvolvimento de tecnologias nacionais. As minhas sugestões foram nulas. Foram duas décadas perdidas. A linguagem do senador denuncia o desprezo que os políticos dedicam a quem atua na área de Ciência e Tecnologia. É uma tristeza imensa.

Nessas duas décadas de silêncio, as pautas das matérias publicadas sobre a minha invenção apenas tangenciaram o verdadeiro problema, que é o boicote sistemático ao desenvolvimento nacional, pela via tecnológica.

Eu falo de uma tecnologia brasileira premiada com medalhas de ouro em salões internacionais de invenções e novas tecnologias realizadas em Genebra e Londres. O sistema construtivo Construcell, além das medalhas de ouro, foi classificado em primeiro lugar (nota média 9,05), num edital do Ministério da Ciência e Tecnologia para apoiar startups, obtendo nota DEZ em Grau de Inovação, que introduz dois paradigmas à engenharia: primeira estrutura do mundo em resina plástica e primeira construção que pode ser totalmente transparente e receber uma placa fotovoltaica em cada módulo e transformar a construção em uma usina solar.

Eu fiz a inscrição no Edital Prime – o primeiro do governo federal para apoiar inovação – porque eu queria uma avaliação oficial do Ministério da Ciência e Tecnologia, pois conversa com ministros não me levaram a nada. Mesmo assim, a decisão não foi imediata, por causa do objeto contraditório do edital. Como o primeiro edital para apoiar inovação poderia ser para a contratação de consultorias? É como se você começasse a casa pelo telhado. A Finep prometeu financiar cada tecnologia aprovada no ano seguinte à execução do programa. Não cumpriu. Eu tentei inscrever a invenção no PRÊMIO FINEP DE INOVAÇÃO, mas a Finep só aceita inscrições de empesas com mais de três anos de sucesso financeiro. Aí, eu pergunto. COMO SE PODE COMEÇAR A INOVAR NO BRASIL?

O engenheiro Argemiro Brito da Franca, um dos mais desafiadores calculistas do Brasil, autor do cálculo estrutural da maior estátua católica do mundo, a Santa Rita de Cássia, com 50 metros de altura, quem introduziu o EPS nas estruturas e criou as vigas bidirecionais; ele declarou em entrevista ao programa Correio Espetacular (veja Vimeo) que a tecnologia Construcell tem grau de inventividade do nível criativo de Leonardo Da Vinci e de Pier Luigi Nervi.

Foi o próprio engenheiro Argemiro Brito da Franca quem elaborou o cálculo estrutural para o protótipo de uma cobertura com 10 metros de raio e 30 metros de comprimento.

Construcell é uma tecnologia desenvolvida no passado para resolver problemas do presente e do futuro, absolutamente comprometida com a SUSTENTABILIDADE.

Concretamente, Construcell oferece uma oportunidade única de transformar o lixo de todas as garrafas PET do mundo em belíssimas construções sustentáveis, que poderão ser usadas em ginásios poliesportivos, viveiros para agricultura, armazéns, galpões industriais, escolas, espaços culturais e outras aplicações comerciais, civis e militares.

Um dos tantos crimes praticados contra a nossa tecnologia ocorreu no Ministério da Agricultura, após uma reunião com o ministro, em audiência com o secretário de Agricultura do Distrito Federal, com a solicitação de recursos para a construção de um protótipo da nossa tecnologia, haja vista a elevada demanda histórica para cobrir o déficit de armazenagem, que alcançou o déficit incompreensível de 81 milhões de toneladas com previsão de ultrapassar 100 milhões/ton na próxima safra. O processo recebeu um parecer favorável da equipe técnica do ministério e, no ano seguinte, o referido processo foi subtraído do banco de dados do Ministério da Agricultura.

O meu nome foi incluído numa lista de 60 Grandes Brasileiros, elaborada pelo professor Moacyr Costa Ferreira da Universidade de Guaxupé/MG e publicada na Central de Mídia Independente. A tecnologia Construcell foi publicada em The Eco-Design Handbook de Alastair Fuad-Luke.

A tecnologia Construcell foi o objeto da tese de mestrado da Professora Isabel Joselita Barbosa da Rocha Alves, foi avaliado como Produto Verde e gerou dois artigos no Laboratório de Estudos Contemporâneos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. A publicação destes dois artigos, sobre a mesma matriz do conhecimento, evidencia a prática acadêmica que ficou conhecida por “ciência salaminho”, onde o resultado de uma pesquisa é fatiado em vários artigos. Isto não é uma boa prática, gera apenas uma quantidade maior de artigos publicados, que não aferem o desenvolvimento científico de uma nação. É uma técnica semelhante ao rebaixamento do nível de avaliação na escola para aprovar mais alunos.

No final do século passado, a revista Veja publicou a matéria intitulada “Ganhou e não levou”, de Sérgio Ruiz Luz, na qual ele relata as dificuldades de outros grandes inventores brasileiros para serem reconhecidos no Brasil por suas invenções que ajudaram a mudar o mundo, como: Alberto Santos Dumont, o próprio Padre Azevedo, o Padre Landell de Moura e o franco-brasileiro Hercules Florence. São relatos deprimentes.

É sobre esse Brasil que eu sei falar. Aprendi duramente a conviver com o pensamento anacrônico que engessa o nosso desenvolvimento. Não dá mais. Chega. Foram anos perdidos de propostas, de conversas com ministros, governadores, prefeitos, senadores e deputados federais.

Em 1999, eu fui ao gabinete do então ministro Rafael Grecca, do Turismo, para apresentar a minha invenção, que poderia fazer o sucesso na Exposição Universal de Hannover, Expo2000. Uma Exposição Universal é o palco apropriado para as nações exibirem para o mundo os avanços da Ciência e Tecnologia de cada país, a cada quatro anos.

Eu já havia realizado duas conferências na Universidade de Brasília: uma no Mestrado em Estruturas e outra na Pós-graduação de Arquitetura, apresentei-me ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, que me encaminhou para expor a minha invenção para os membros de uma câmara dedicada a novos materiais e inovação. Os engenheiros e arquitetos foram surpreendidos com a qualidade da tecnologia apresentada e, após a apresentação, fui direcionado para a assessoria de imprensa do órgão, para fazermos a primeira matéria sobre o meu invento, no Jornal do Confea.

A Expo 2000 seria uma chance única para o Brasil atrair as atenções do mundo para a condição pioneira e desafiadora da engenharia nacional, num período tão emblemático da transição milenar, particularmente, sendo esse desafio uma edificação de luz.

O ministro não se encontrava e fui atendido por um arquiteto, no próprio gabinete ministerial, ele informou não ter visitado ainda o local da exposição e após a visita entraria em contato comigo; imediatamente, pediu que eu fizesse um ofício dirigido ao ministro Rafael Grecca. No ofício, eu descrevi a tecnologia e informei que, com ela, poderíamos construir uma lâmpada gigante para funcionar como pavilhão brasileiro, pois os módulos podem ser tamponados e lacrados para receber a injeção de gases que se iluminam como as lâmpadas fluorescentes. Ninguém se interessou e sequer respondeu. Fiz um e-mail para o presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que também não respondeu.

Quando faltava um mês para a inauguração, eu já estava na Europa, recebi um e-mail de uma assessora do secretário-executivo do Ministério da Agricultura e comissário-adjunto da delegação brasileira para a Expo2000, oferecendo o estande brasileiro para que eu exibisse uma maquete da invenção. Ela disse que estava fazendo aquele contato por determinação do comissário-chefe brasileiro da Expo2000 Paulo Henrique Cardoso. Eu estava na Europa e em 30 dias nada mais podia fazer.

Meses antes, eu fizera um contato com o diretor industrial Wolfgang Knobloc da matriz da Osram – uma das maiores fábricas de lâmpadas do mundo, sediada em Munique –, que ficou entusiasmado com a ideia que apresentei, a de construir uma lâmpada gigante – uma cobertura cilíndrica com dez metros de raio – e ele me convidou para uma reunião com outros três diretores na sede da corporação, às margens do rio Izar. Os executivos da Osram ficaram encantados com aquela possibilidade, mas informaram que um desafio daquela dimensão ficaria inviável por causa do elevado custo. Quanto seria esse valor? Foi dito que ficaria próximo de um milhão de dólares.

Eles não imaginariam que o Brasil estava gastando10 milhões de dólares no estande brasileiro da Expo2000 e que esteve ameaçado de ser interditado até o último momento, pelo Ministério Público Federal. “O relatório enviado pelos organizadores ao MPF descreve alguns objetos, como 500 bonecas produzidas pela Associação dos Produtores de Arte Zabelê, 50 almofadas de algodão cru com enchimento com flores de macela, da Gondwana Produtos Artesanais Ltda, 1.500 bonecas de pano do Conselho da Comunidade Solidária da Paraíba e obras de arte de artistas como Elisa Bracher, Sérgio Camargo e Amílcar de Castro. FSP 10/06/2000.”

Por esses 20 anos perdidos, eu desafio todos os engenheiros, arquitetos e gestores das instituições, que tiveram a oportunidade de conhecer a minha invenção, a justificarem porque a recusaram, como: Presidência da República, Ministério do Turismo, Ministério da Defesa, Ministério da Justiça, Ministério da Agricultura, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério da Indústria e Comércio (que mudou tanto de nome), Ministério das Relações Exteriores, Comitê de Organização da Rio+20 Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Governo do Estado da Paraíba, Prefeitura Municipal de João Pessoa, Governo do Estado de Pernambuco, Prefeitura Municipal do Recife, Prefeitura Municipal de Olinda, Governo do Estado de São Paulo, Prefeitura Municipal de São Paulo, Governo do Estado de Mato Grosso e Sebrae.

Precisamos restaurar o orgulho nacional.

Reginaldo Marinho

Publicado

Na capital de Honduras, Tegucigalpa, há algo estranho acontecendo no território da embaixada brasileira. Recebemos uma missiva dando conta de que a segunda secretária, Railssa Peluti, foi punida injustamente. Como temos apenas um lado da história, vamos aguardar a réplica.

Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Foto: divulgação

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Hoje, com muito maior movimento, seus títulos enchem de descrédito o comércio do Distrito Federal, sem que a Interpol tome nenhuma providência, em defesa dos comerciantes de boa fé e honestos. (Publicado em 26/01/1962)

Brasil dividido

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Foto: Amanda Perobelli/Reuters

 

De todas as inúmeras tarefas que cabem a um governo administrar, nenhuma outra é tão importante para a integridade de uma nação como a capacidade de se antecipar aos acontecimentos e aos fatos. Somente através de estudos e análises sérias, feitas previamente, contendo todas as variáveis possíveis, é que se prepara o país para a iminência de adventos extraordinários.

Essa é, pelo menos, dentro da concepção militar, uma das maiores estratégias a garantir e dar vantagens em caso de uma guerra. No livro básico de todos os estrategistas, num livro de bambu, por Sun Tzu, no século IV A.C., está escrito: “aquele que se empenha a resolver as dificuldades, resolve-as antes que elas surjam, vencendo antes que suas ameaças se concretizem.” Com isso, ensina, Sun Tzu, é preciso ver o que não está visível.

Nas escolas superiores de guerra, os oficiais se dedicam, quase que integralmente, a estudar e a planejar estratégias e cenários futuros dentro do seu país e com relação as demais nações, para melhor antecipar medidas. Também no antigo ministério do planejamento, quando essa pasta era também ocupada por economistas de renome e de expertise comprovada, essa era a tarefa primordial a ser desempenhada no dia a dia. Planejamento, estratégias e táticas de prevenção funcionam tanto em ambientes de conflito armado, quanto na paz, e são fundamentais para todos aqueles que se propõem governar sem maiores tropeços.

Tomando a pandemia do Covid-19, como inimigo que tomou de assalto o mundo inteiro, o que se pode comprovar, depois de um ano de batalhas intensas contra essa doença, é que os países que vão se saindo melhor dessa guerra são justamente aqueles que adotaram estratégias corretas, tanto de defesa, como de ataque à propagação da virose.

O caso simbólico dessa pandemia pode ser conferido na obtenção, em tempo recorde, de uma vacina ou mais vacinas, que apontam na direção certa de contenção dessa doença. Esse empenho diuturno dos cientistas e pesquisadores, dos diversos laboratórios espalhados pelo mundo, tornou possível antecipar o surgimento desse medicamento em pelo menos quatro anos, que é o tempo mínimo para o lançamento de uma vacina eficaz. Esse é também um exemplo de estratégia e planejamento prévios que vão possibilitar salvar milhões de vidas.

Estamos, segundo a imprensa, nesse momento, ostentando recordes mundiais em mortes diárias. A falta de liderança no trato com essa doença tem deixado a população perdida. Para o Brasil, que já foi exemplo para o mundo em eficácia de vacinações em larga escala e em tempo recorde, essa crise mostra o tanto que recuamos no tempo. De fato, voltamos a ser o país que, por sua sequência catastrófica e infinita de governantes, ineptos e sem planos de voo, permanece na rabeira do mundo, como um exemplo a não ser seguido.

 

A frase que não foi pronunciada:

Democracia é imposição para todos os lados. Imposto de Renda e Lockdown imposto.”

Dona Dita pensando enquanto espera a banda que nunca mais vai passar pela janela

Manifestação em frente à casa do governador. Foto: Carlos Vieira/CB/DAPress

Descomplicar

No sai não sai da CPI da Covid-19, o senador Eduardo Girão deixou claro que os estados e municípios também serão investigados sobre os recursos que receberam e onde foram aplicados. Em plena era digital, seria o mínimo de transparência divulgar todas essas informações para acesso dos contribuintes, que são os que enchem o cofre. Recebeu quanto da União e gastou como. Duas colunas numa tabela.

Charge do Cazo

Espaço

Leitor do Lago Norte sugere o aproveitamento das dependências do Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek, naquela região, para o atendimento emergencial aos pacientes que contraíram o vírus Covid-19.

Foto: nelsonkon.com

Ideal vs Real

Pela Amazon, gratuitamente, é possível baixar o livro do indígena de Ailton Krenak. As palavras são de alguém conectado com a natureza. Trata do cuidado com o ecossistema, da vida, da coragem, dos valores humanos. Chega a ser uma utopia, até ingênuo, em um mundo dominado atualmente por um país tão distante e tão poderoso. O amanhã já está comprado.

Foto: amazon.com

Cuidado

Telefones clonados geram aborrecimentos enormes. Jornalistas da cidade amargam a experiência.

Charge do Fernandes

 

Obesidade

Ontem a noite, as mulheres da EBC organizaram uma live no YouTube sobre gordofobia. O assunto que parece interessante é sério e preocupante. Veja a seguir.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Arreou o asfalto no caminho do Iate Clube. Há mais de um ano vimos chamando a atenção pelo fato de desembocar no Lago, diretamente, sem tratamento, o esgoto da Asa Norte. (Publicado em 27/01/1962)

A ilha do Tesouro

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Um dos entraves à roubalheira daqueles que obtêm recursos públicos por meios ilícitos, seja por peculato, seja por corrupção passiva e ativa ou outras modalidades criminosas, é que não existe ainda no mercado um saponáceo totalmente eficiente para lavar e branquear eficazmente o dinheiro sujo. Para tanto, os finórios recorrem à compra de bois, cavalos, imóveis, joias, obras de artes e outros bens em nomes de terceiros e laranjas para, posteriormente, tentar conferir certa cor de legalidade ao que foi tungado inapropriadamente.
Ocorre, como sabem muito bem aqueles que investigam de perto esses casos tão comuns no país, que, ao primeiro sinal de que o pó do esquecimento começa a cobrir esses casos, os larápios buscam uma maneira de fazer com que esses recursos camuflados se transformem em bens de luxo, que lhes tragam satisfação material e status. E é aí que podem ser pegos, dependendo da pronta ação da Justiça e, obviamente, de quem está por trás desse feito delituoso. Tem sido assim por décadas. Por décadas, também, esses fatos têm tido como sujeito principal agentes políticos, eleitos justamente para que os recursos públicos tenham como destino certo as necessidades básicas da população.
São, como repetia o filósofo de Mondubim, raposas cuidando da integridade do galinheiro. Para cometer crimes, os larápios se valem, muitas vezes, da morosidade da Justiça e, ainda, da blindagem proporcionada pelo mandato contra incômodos legais. Situações desse tipo, em que agentes públicos dotados da mais alta missão dada pelo voto direto se envolvem em desvios de recursos que, ao fim e ao cabo, pertencem aos próprios eleitores, tornaram-se não apenas corriqueiras e sem solução justa, mas, nestes tempos de inversão de valores, há casos em que quem termina condenado são aqueles que ousam denunciar ou condenar essas más práticas.
Esse avesso do avesso da ética permite a esses ladravazes desfilarem livremente sua empáfia em público, ocasião em que passam a culpar a imprensa, a injustiça e a perseguição política, num enredo por demais conhecido de todos. Do alto de suas mansões milionárias, contemplam, ao longe, a Praça dos Três Poderes, como piratas a espreitar, do mar, a ilha do tesouro. Nesse caso, do tesouro público.
A frase que foi pronunciada:
“O bom político veio para servir. O mau veio para ser servido.”
Dona Dita, pensando enquanto faz crochê
Sempre alerta
Tayd e Taym Alnassan são aplicados escoteiros de Brasília. A Abertura Regional Escoteira 2021 está totalmente repaginada, completamente adaptada à pandemia. Com atividades desafiantes on-line, fomos provocados pelos irmãos sírios para uma delas: fotos intrigantes do início de Brasília. Postamos, a seguir, todas as fotos que enviamos como colaboração à gincana.
Fila do leite?
Que palavras teriam sido ditas?
A torre de TV ainda sem a torre de TV
Turbina da barragem
Procura-se catalisador
O que não dá para repensar é a vida dos empresários. O número de gente desesperada aumenta. E é justamente essa gente que engendra a roda da economia. Política pública emergencial, gestão de crise, falta um programa catalisador, que converta essa temporada nociva para a economia em projetos criativos que enriqueçam a atmosfera nacional.
Manifestação em frente à casa do governador. Foto: Carlos Vieira/CB/DAPress
Haja meditação
NET e Claro, no Setor de Mansões do Lago Norte, acumularam nova função. No lugar de informar a velocidade da rede, passaram a testar o nível de paciência dos clientes. Em tempos de home office, o investimento deveria ser mais efetivo.
Foto: divulgação
Fica a dica
Para um nada consta na CEB, bastava o número do cliente. Hoje, é uma burocracia fenomenal. Fica a dica para os novos gestores que começaram a trabalhar na CEB, privatizada ontem: melhorar o relacionamento com os usuários, descomplicando o acesso a informações pelo site.
Foto: portalvarada.com
Atualizado
Está quente o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Decretos atentam contra a democracia, gasto recorde dos recursos do FNSP, violência contra a mulher, reconhecimento fotográfico e erros judiciais, fake news e racismo, debate sobre armas no mundo. Veja a seguir.
História de Brasília
Para os que sabem que eu sirvo à prefeitura, tenho a informar que não sou funcionário. Sirvo através de um contrato, não serei atingido pela “dobradinha”, mas a defendo, porque vejo um motorista na prefeitura ganhar 15 mil cruzeiros, enquanto um do Supremo Tribunal Federal ganha mais de cem mil cruzeiros. E ambos têm a mesma profissão. (Publicado em 27/01/1962)

Mudar o modelo para mudar

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Charge do Amarildo

 

No infinito rol das chamadas heranças malditas, legadas do lulopetismo, depois de mais de uma década de desmandos, sem dúvida alguma, hoje podem ser acrescidos mais algumas de igual ou maior efeito danoso para todos. De saída, já se sabe que a eleição que catapultou Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto foi toda ela construída e aplainada pelo pavor popular de um possível retorno das esquerdas ao Poder.

Foi justamente essa brecha, composta de medo e repulsa, que permitiu que um ex-deputado inexpressivo e radical conseguisse o que parecia impossível até a undécima hora: se eleger presidente da República. Portanto, é ele próprio, por tudo que já vimos, a personificação de um legado deixado pelo último baile ou festim petista. Incluem-se ainda nesse rol de infortúnios deixados para trás, mas com repercussões no futuro, boa parte do atual parlamento que, mesmo teoricamente renovado nas últimas eleições, fez brotar das cinzas, com mais vigor e apetite, o bloco do centrão, uma reunião de dispostos a tudo em troca de vantagens. De quebra, foram deixados, de forma vitalícia, um conjunto de ministros indicados pelo Partido dos Trabalhadores e com assento nas altas cortes, para comandar o festival de impunidades em benefício de seus padrinhos, grupo ao qual foram acrescidos, ainda, os indicados pelo ex-presidente Temer, bem como o escolhido pelo atual presidente.

Trata-se aqui de uma herança e tanto e que parece esticar, para um futuro longínquo, as agruras vividas pela população, desde a inauguração deste século. Estamos em maus lençóis, envoltos numa crise institucional sem precedentes e que vai sendo agravada por uma pandemia de longa duração e de efeitos letais para a população e para a economia.

Nada tão parecido e próximas, umas das outras, do que as pontas extremas de um arco aberto. Dessa forma, falar em harmonia e independência dos Poderes, como palidamente manda a Constituição, diante de um cenário como esse, é sem sentido. Estão todos umbilicalmente ligados pela origem e pela finalidade de propósitos: manter o status quo, as vantagens e os privilégios.

Para a consecução desses propósitos perenes, é preciso que todos se protejam mutuamente, formando, em torno daqueles que buscam fugir da verdadeira justiça, um cordão de isolamento, com cada um recorrendo as prerrogativas que têm em mãos. Em meio a esse banzé institucional, que nos congela no tempo e espaço e vai nos empurrando de volta à rabeira do mundo civilizado, confirma-se a tese de que temos o que escolhemos ter, tal qual um supliciado escolhe a forma como quer ser sacrificado.

Com uma realidade pintada com esses tons de cinza, falar em politização da justiça, ou no seu inverso, que seria a judicialização da política, dá no mesmo, remete-nos às suas causas primeiras, quais sejam os modelos de escolhas tanto de representação política, como para ministros para a composição do Supremo. Ou mudamos o modelo ou o modelo continua a garantir que nada mudará.

A frase que foi pronunciada:

A educação é transformadora. É por meio dela que crescemos enquanto indivíduos e sociedade, e é disseminando-a que proporcionamos às próximas gerações um futuro melhor. Dentre os principais papéis do Estado moderno, talvez o mais importante seja o de prover a educação aos cidadãos. Sem ela não haveria desenvolvimento, ordem ou progresso: não haveria democracia. Ao garantir o pleno acesso à educação, o Estado realiza um investimento no futuro da nação, pois proporciona a cada vez mais indivíduos a oportunidade de contribuir com o desenvolvimento do país. Por isso, os Correios têm orgulho de participar, há 26 anos, do Programa Nacional do Livro Didático.”

General Floriano, presidente dos Correios

Penúria

Autônomos que trabalham com eventos, em todo o país, passam por apuro completamente desamparado pelo governo. Músicos, técnicos de som, imagem, estão sobrevivendo a duras penas para obedecer às regras. O caso não pode ser ignorado. Inclusive os grandes eventos já realizados deveriam ser pagos no mesmo prazo em que as grandes instituições financeiras cobram. A verdade é que levam mais de três meses para pagar, o que dificulta mais ainda a vida dos trabalhadores.

Foto: Alasdair Elmes / Unsplash

 

Ação

Pais de alunos de escolas particulares chegaram ao veredicto. Como o governo não consegue organizar a volta às aulas nas escolas públicas, quer interferir nas escolas particulares para não parecer incompetência. A revolta está crescendo. Enquanto isso, no Sacre Coeur de Connecticut, as aulas, esportes, artes, tudo funciona 100%. E com apoio do governo.

Foto: TV Globo/Reprodução

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Efetivamente, as diárias foram pagas, no começo da transferência, para os funcionários que deveriam se adaptar em Brasília. E era merecido demais, porque as despesas com mudança sempre atingem o orçamento do funcionário pelo menos durante um ano. (Publicado em 27/01/1962)

Com os pés no chão

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Ilustração do cartunista iraniano Alireza Pakdel

 

Depois de mais de um ano em isolamento social, aquela parcela da população que acompanha de perto o desenrolar da cena nacional e internacional já pode perceber que não há data possível, a ser estabelecida, para o fim da pandemia e a volta a uma normalidade como havia no passado. Muitos, inclusive, já adiantam que não haverá uma volta ao mundo que conhecíamos até há pouco tempo. O prolongamento sucessivo das datas que marcariam esse possível retorno já dá uma ideia de que ninguém sabe ao certo quando será esse dia.

Mas nem tudo está perdido para aqueles que perderam as chances da vida, os empregos, os amigos e familiares e a vida ao ar livre. O isolamento tem forçado parte da população a se ensimesmar, ou seja, ficar absorvida pelos próprios pensamentos, refletindo sobre tudo que se passa ao seu redor, incluindo, nessa crítica mental, o desempenho do governo e, por extensão, o desempenho de todos os Poderes da República, neste momento especial. Principalmente no que cada um deles tem feito, efetivamente, para garantir, ao menos, a sobrevivência da população. E é aí que o pessimismo e as ideias de desespero tomam conta dos pensamentos.

A julgar pelas providências tomadas pelo conjunto do Estado para contornar os efeitos negativos da pandemia, estamos mal na fita e, não por acaso, ocupamos a segunda posição mundial no número de mortos. Ao contrário dos países desenvolvidos, que adotaram, desde cedo, uma série de providências prévias para conter a propagação do vírus, ficamos envoltos em discussões políticas sem importância direta para a população.

Nesse meio tempo, erguemos e desmontamos dezenas de hospitais de campanha caríssimos, enquanto denúncias de desvios dos preciosos recursos para a saúde eram feitas quase diariamente. Mesmo com o aumento no número de óbitos, o governo achou por bem não ir, de imediato, ao mercado internacional em busca da compra de vacinas suficientes para a imunização da população. Como resultado desse desleixo proposital, faltaram e ainda faltam muitas vacinas em toda a parte e não se sabe ainda quando chegarão. Tampouco houve preocupação na ampliação e instalação de unidades nacionais para a produção local dessas vacinas, numa total contraposição do passado, quando o Brasil foi referência para o mundo na questão de programas de vacinação em larga escala e em tempo recorde.

O que se viu foram perseguições a cientistas, diminuição dos orçamentos para pesquisa e o desmonte de dezenas de projetos científicos. Não surpreende que os principais jornais do país deem, como manchete principal, que o Brasil atravessa agora a pior fase da pandemia desde que ela foi detectada entre nós, há um ano. Hoje, registramos uma média diária de mais de mil mortes por Covid-19. Por todo o Brasil, assiste-se o congestionamento das Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais públicos e privados. Por conta desse desleixo e do número de infectados, os brasileiros tornaram-se persona non grata em todo o mundo, proibidos de entrar em inúmeros países.

Acompanhar toda essa cena trágica de perto, como fazem os cidadãos antenados e responsáveis, por certo, não melhora o humor e o otimismo, mas, pelo menos, faz, da realidade atual, motivo e propósito para terem os pés bem assentados no chão, deixando de lado as fantasias e as enganações que, nesse tempo de agruras, pululam por toda a parte.

 

A frase que foi pronunciada:

A verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria esse nome se morresse quando censurada.”

Ulysses Guimarães

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

Eleições

Uma ponderação não passou em branco. Francisco Valdeci Cavalcante, da CNC, não apoia nenhum candidato, apenas fiscaliza as eleições de uma das mais importantes instituições do país: a Fecomércio.

Foto: Reprodução/ Youtube Fecomércio-CE

Golpe comum

Refinanciamento de dívidas é o golpe mais aplicado em funcionários públicos. Brasília é a cidade preferida dos falsários. Propostas por telefone nunca são confiáveis. Há empresas trabalhando efetivamente, que recebem os clientes no escritório, o que também não impede o golpe.

 

Charge do Thyagão

Dificuldades

De um lado, a recomendação do CNJ de que juízes evitem despejos de imóveis na pandemia, de outro, as imobiliárias que não têm facilitado muito para os inquilinos.

 

Leitura

Leia, a seguir, a íntegra do artigo: Cuba não é mais aquela… do professor Aylê-Salassié F. Quintão.

Foto: camara.leg

> Cuba não é mais aquela…

Aylê-Salassié F. Quintão*

 

O fim da austeridade orçamentária na execução da “economia planificada” e uma “mudança de mentalidade”, a partir mesmo das gerações formadas no castrismo, é o que alguns cientistas políticos estão projetando para Cuba nesses próximos anos. O país entra 2021 com a moeda unificada – o peso cubano – com paridade no dólar (24 cups para 1 dólar) e até no real (4,36 cups para 1 Real), redução do subsídios, autonomia para as empresas estatais e permissão para a abertura de negócios privados, envolvendo 2.000 diferentes atividades. Abre perspectivas novas 600 mil trabalhadores autônomos, ou 13% da força de trabalho disponível. Os cupons de alimentação só beneficiarão aos extremamente pobres e idosos, em compensação prevê-se um aumento superior a 400 por cento nos salários. A inflação esperada é tabu.

As novas medidas estão contidas em um plano de reformas do engenheiro Presidente Miguel Díaz-Canel, um professor universitário nascido depois da queda do antigo regime, e que substituiu Raul Castro. Foram, aparentemente antecipadas, diante da deterioração econômica e dos ideais ideológicos radicalizados no castrismo. É também um sinal de boa vontade com Joe Biden, o novo presidente dos Estados Unidos, que pretende retomar as relações de Obama com o governo cubano, que Trump desqualificou.

Parece uma tentativa de sobreviver à queda sistemática do PIB (em torno de US$ 100 bilhões) que, em 2020, registrou menos 11 por cento. Sem garantias para as exportações de açúcar, o fornecimento regular e barato do petróleo da Venezuela , também em crise, nem poder contar, como certas, as remessas de dólares (US$ 3,5 bilhões), pelos emigrados para suas famílias em Cuba, e ainda com dificuldade de obter financiamentos internacionais, entre os quais o BNDES, do Brasil, a economia encontra-se em declínio.

Nostalgia…

Quantos intelectuais, ditos revolucionários no Brasil, agregaram ao seu currículo, como virtude, a atividade de cortar cana em Cuba! Ninguém era dispensado do trabalho. Iam para lá fugidos da ditadura no Brasil ou para receber instruções e treinamento de guerrilha, voltadas para a implantação do socialismo na América Latina.

Lá estavam professores eméritos como os irmãos Fidel e Raul Castro, Guevara, Cienfuegos e outros remanescentes da revolução de 1959. Ao chegar ao Poder, os revolucionários extinguiram a propriedade privada, assumiram o controle da produção ( e da política), criaram uma moeda própria (CUB), transformaram 85 % dos os trabalhadores em servidores do Estado e acabaram com os grandes cassinos, todos expropriados.

A Ilha, paraíso da jogatina internacional, foi interditada ao turismo. Tornou-se difícil entrar e sair de Cuba, em que pese 1,7 milhões de cubanos viverem hoje em 72 países. A maioria fugidos ou filhos de foragidos. Sob a égide do “politicamente correto”, a educação e a saúde democratizaram-se, os direitos e deveres tornaram-se mais equânimes, o IDH subiu, mas a economia se desarranjou.

O sucesso do levante de Sierra Maestra, já aos sessenta anos, deixou, contudo, profundas sequelas internamente, com os julgamentos sumários, até de companheiros de luta, e expropriações, do capital nacional e internacional (sobretudo norte-americanos). Externamente, assustou a opção pelo socialismo – contrário ao capitalismo norte-americano que reinava a 100 milhas, na Flórida. Os revolucionários fundaram uma república socialista e centralizaram o Poder. Dizendo-se democrático, Fidel Castro governou a Ilha por quase 50 anos, em estilo stalinista – incorporando a política de Estado e cultuando a própria imagem. 

Sob ameaças constantes dos EUA que, além das tentativas fracassadas de invadir Cuba, conseguiu entre países capitalistas aliados o embargo econômico contra Cuba. Em plena “guerra fria”, Cuba foi socorrida pela União Soviética que absorvia toda a produção de açúcar – principal produto de exportação – além do tabaco e do rum – pagando preços acima do mercado. Cuba recebia, em troca, produtos básicos para subsistência da população. A crise de energia foi resolvida com o golpe de Hugo Chavez, na Venezuela (2002), que teve todo apoio de Fidel. Chavez fixou quotas compulsórias de óleo e gasolina para Cuba, a preços abaixo do mercado. Com a economia desarranjando-se, Cuba conseguiu, com dificuldade, empréstimos de organismos internacionais e em países amigos, mesmo não cumprindo rigorosamente os prazos de amortização.

Não apenas por convicção, mas também por necessidade, Cuba associou-se as tendências revolucionárias na América Latina e exportou revoluções e revolucionários dentro do continente e para a África. Criou uma rede de 30 escolas de medicina voltadas para a “saúde primária e coletiva” e passou a exportar esse tipo de serviço para países pobres: os “médicos cubanos”.

Junto com Lula, do Brasil, Fidel conseguiu criar o foro de São Paulo, instituição que se propunha apoiar frentes políticas populares na América Latina e, por meio dele, amparar candidatos especificos no continente, por meio de eleições democráticas ou a tomada do Poder pela força. Conseguiram a eleição de alguns: Correia, no Equador; os Kichner; na Argentina; Lugo, no Paraguai; Lula e Dilma, no Brasil; Mujica, no Uruguai; Evo Morales, na Bolívia; Toledo e Humalla, no Peru; Bachelet, no Chile, e Daniel Ortega, na Nicarágua.

O desmoronamento da União Soviética (1989) e dos países socialistas do Leste Europeu tiveram um impacto altamente negativo em Cuba. Viria depois a morte de Fidel, de Chavez e de Kirchner. Toledo, Humalla e Lula foram presos. Em eleições diretas, os remanescentes do Foro caíram um a um. Cuba já não era a mesma. Jovens viraram as costas na passagem do enterro de Fidel. Os poucos governos socialistas que restaram não sustentaram os compromissos com Cuba. A crise econômica vinha gerando promessas de reformas, prometida, mas empacadas. Iam da desvalorização do peso e reorganização do sistema monetário a alguma desregulamentação de negócios estatais e dos investimentos estrangeiros. Prometeu- -se um aumento geral de salários ( o mínimo é de 400 pesos) para a retomada de um mercado consumidor.

As iniciativas de Díaz-Canel podem significar procedimentos novos na configuração da “economia planificada – não em direção especificamente ao capitalismo. A maioria dos cubanos parecem não acreditar, pois a implementação vai exigir “mudanças de mentalidade”, segundo o próprio Díaz-Canel. Será esta, provavelmente, o maior desafio que os cubanos terão pela frente.

*Jornalista e professor

 

Petrobras

Como as mídias sociais são um meio de colocações infinitas, uma delas chama a atenção sobre a Petrobras. Leia a seguir. Uma pena que não esteja assinada!

Foto: André Motta de Souza/Agência Petrobras

> A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PETROBRAS!!!
AJUDEM A ESPALHAR ESSE TEXTO PARA CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO!!!

A PETROBRAS tem como maior acionista a União, com 64,21% de suas ações. Os minoritários detêm 35,79% da ações, destes 2/3 são estrangeiros, que detêm portanto menos de 24% do capital, MAS SÃO ELES QUE MANDAM NA PETROBRAS.

O atual presidente e todo Conselho de Administração são representantes do “mercado” de Nova York e não do interesse nacional representado pela União, maior acionista.

É uma anomalia única! Das 20 maiores petroleiras do mundo, 13 são estatais e com exceção da Petrobras, NENHUMA é controlada por acionistas minoritários, muito menos estrangeiros.

Nenhuma está voltada para o que pensa o “mercado de ações”, a PETROBRAS NUNCA PRECISOU DO CAPITAL DO MERCADO, sempre se auto financiou. O “mercado” em nada ajudou a construção da Petrobras, nunca deram um dólar para a expansão da companhia.

Eles compraram ações velhas, nunca foram parceiros do futuro da empresa, entraram sem necessidade, apenas para fazer bonito em Nova York – dois idiotas do Brasil batendo o martelo e posando para fotos, isso causou MEGA PREJUÍZOS à empresa colocada sob jurisdição americana.

As estatais de petróleo que hoje são as maiores do mundo, passando longe as Exxon, Chevron, Shell, Ocidental, BP, TODAS têm como estratégia o INTERESSE NACIONAL, e não de acionistas estrangeiros.

Quem cometeu a insensatez de abrir o capital da Petrobras na Bolsa de Nova York foi o Governo FHC, foi seu maior erro, uma traição aos interesses do povo brasileiro.

Colocou na presidência da Petrobras um banqueiro de investimentos, presidente do Brasil do Banco americano Morgan Stanley, Francisco Gros, que não entendia nada de petróleo, como também não entende o atual presidente, Roberto Castello Branco, igualmente banqueiro de investimentos.

Tanto Gros como Castello Branco têm um só objetivo: vender a Petrobrás e o comprador óbvio, natural, será o capital estrangeiro, para alegria deles, entreguistas natos, brasileiros por acidente.

Por que existe a PETROBRAS? Foi criada em 1953 para garantir autossuficiência em combustíveis ao Brasil, não foi criada COMO NEGÓCIO DE BOLSA.

O objetivo da Petrobras não é e nunca foi dar alegria a acionistas estrangeiros, é atender ao suprimento de combustíveis ao País a preços razoáveis e não condicionados à especulação do mercado “spot” de petróleo, cotado em Londres e Rotterdam. Isso é para o País que NÃO tem petróleo em casa.

Se o Brasil produz 2,8 milhões de barris por dia, suficientes para 85% de seu consumo, POR QUE O PREÇO AQUI TEM QUE SE BASEAR NO MERCADO INTERNACIONAL?

Há uma razão. Porque essa é uma exigência dos acionistas minoritários estrangeiros. Mas por que o Governo do Brasil tem que ser escravo desses acionistas?

Porque esse é a visão dos administradores “de mercado” que estão no comando da Petrobrás desde Pedro Parente, um executivo-desastre, péssimo, herói fake, desses que o mercado inventa, como inventaram o CEO da Vale que encheu um cemitério.

Pedro Parente, com sua política de preços PARA ATENDER OS ACIONISTAS DE NOVA YORK, foi causa de uma greve de caminhoneiros que causou uma perda de 1,1% do PIB de 2018.

Só um completo idiota poderia aumentar o preço do diesel QUINZE VEZES em um mês, achando que isso não causaria reação dos caminhoneiros, uma cegueira inadmissível em um executivo que precisa estar antenado com seus clientes antes de mais nada.

Que se danem os acionistas minoritários, quando eles compraram ações SABIAM QUE A PETROBRAS ERA UMA ESTATAL e com o objetivo de atender à população brasileira. NINGUÉM OS ENGANOU, compraram as ações no risco de a PETROBRAS ser uma estatal com objetivos nacionais.

A Petrobras NÃO É UMA EMPRESA DE MERCADO, é uma empresa ESTRATÉGICA DE INTERESSE NACIONAL.

Operadores de mercado ligados à Bolsa de Nova York estão loucos para vender a Petrobras a qualquer preço. Aliás, já venderam os melhores pedaços, sem nenhum controle, nem leilão, ninguém sabe com que critérios venderam, é uma festa de fim de feira, tudo sem NENHUMA TRANSPARÊNCIA.

A Petrobras desde o governo FHC, outro criminoso, não se submete à Lei das Licitações, pode vender por 10 dólares o que vale 10 milhões.


AS ESTATAIS DE PETRÓLEO

Elas são hoje dominantes no mercado mundial de petróleo, são 13 entre as 20 maiores, e estão se expandindo. A Pemex vai dobrar de tamanho em 4 anos, as quatro chinesas, lideradas pela SINOPEC estão em grande crescimento, por que a Petrobrás tem que ser privatizada, na contramão da tendência mundial?

As estatais de petróleo hoje controlam 91% das reservas, são as rainhas do mercado, todas as privadas juntas têm apenas 9% das reservas.

A Petrobras foi demonizada como estatal, apedrejada e desmoralizada para ser vendida na bacia das almas e o atual presidente esta lá com esse objetivo declarado. É um privatista fanático, para ele a Bolsa de Nova York é muito mais importante que o Brasil.

Mas NENHUMA OUTRA ESTATAL DE PETRÓLEO DO MUNDO ESTÁ A VENDA, só a Petrobras, a segunda mais antiga estatal de petróleo, depois da PEMEX, hoje em plena expansão.

Petrobras não foi fundada para ser empresa de especuladores, ela foi criada com grande esforço e se expandiu especialmente no Regime Militar de 63 como EMPRESA ESTRATÉGICA DE INTERESSE NACIONAL.

É uma traição INOMINÁVEL aos seus grandes presidentes entregar a direção da Petrobras à “turma do mercado” para fazer o que quiser com a empresa, vendê-la em pedaços, triplicar o preço do diesel, doar o Pré-Sal, é um banquete de piratas.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Se formos ver a situação dos Funcionários da Polícia, da Novacap e da Prefeitura, notaremos que há razão demais para a “Dobradinha”. (Publicado em 27/01/1962)

O comércio de morte em alta

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Charge do Duke

 

No descompasso de uma pandemia que recrudesce a cada dia, fatos paralelos e outras bizarrices, de um país que insiste em mostrar o quanto permanece anacrônico, vão acontecendo, mostrando ao mundo que, apesar da montanha de mortos que vamos erguendo, permanecemos fiéis ao nosso descompromisso com tudo e qualquer coisa que beire a seriedade.

Uma leitura dos principais jornais em circulação reafirma nossa incapacidade de nos concentrarmos, ao menos, no que interessa a todos nesse momento: o combate à pandemia. O Supremo, a quem a população já reconheceu como parte atuante do conjunto de problemas sem soluções à vista, continua na sua cruzada de combate à Lava Jato, comendo pelas beiradas todo o time de procuradores que atuou nessa causa cidadã, principalmente seu mais notório representante: Sérgio Moro.

É preciso, acreditam esses ministros, desconstruir a figura desse herói e antípoda de tudo o que naquela corte é decidido. Enquanto mais de 233 milhões de brasileiros têm seus dados violados de forma criminosa, o STF, a quem caberia comandar uma investigação sobre o caso, prefere se debruçar sobre assuntos prosaicos como a prisão de um deputado do PSL do Rio de Janeiro e a liberação de outro para que volte ao parlamento, mesmo tendo desviado preciosos recursos para o combate ao Covid-19.

São ambas decisões anacrônicas e que nada de proveitoso trazem para o país. Um deputado em causa é caso para a psiquiatria e para a direção de seu partido e ponto. O outro, apanhado de calças na mão, é caso para a delegacia mais próxima e ponto. Seus pares, cujo as capivaras estão em posse da justiça, correm para referendar a prisão, para não melindrar os juízes.

A intolerância e a indiferença têm sido a estranha marca do chefe do Executivo que, em pleno aumento de casos em todo o país, visitas ao front de guerra, representado pelos hospitais públicos superlotados e sem equipamentos, nem pensar!

Nesse momento, informam assessores da Câmara dos Deputados, parlamentares apresentaram mais de 30 projetos para anular decretos de Bolsonaro sobre armas. Parece que as funerárias estão de olho nas ações do Congresso, pois a venda de caixões não para de subir.

A frase que foi pronunciada:

Esses cidadãos negacionistas, além de insuportáveis, são perigosos. Negaram 57,8 milhões de votos para presidente e tentaram matá-lo com uma facada.”

Dona Dita, enquanto tricota para a netinha mais nova.

Charge do Erasmo

Durma com essa

Um pão francês e um tijolo custam por volta de R$ 1,00.

 

Atleta sofre

Durou pouco a alegria dos ciclistas com a pista do autódromo aberta para treino. O asfalto está tão ruim que, para treino, não serve. Veja o vídeo, no link Ciclistas encontram autódromo em estado deplorável.

Reprodução: perfil oficial @bikerreporter no Instagram

 

É de lascar

Um contrato de Plano de Saúde foi cancelado no dia 10 de dezembro de 2020. A ANS suspendeu o reajuste em abril de 2020. Mesmo quem cancelou o contrato está recebendo cobrança referente ao reajuste que deveria ter sido aplicado pelo período em que o plano ainda estava ativo. Pergunta que não quer calar: por que a ANS não proibiu o reajuste durante a pandemia e sim suspendeu? Quem deveria receber apoio durante uma pandemia: os Planos de Saúde ou os que precisam ter planos de saúde, já que a Constituição não é cumprida?

Foto: jornaldebrasilia.com

Registro de ouro

Geraldo Vasconcelos é inigualável pioneiro da cidade no carinho em datas natalícias. Não esquece o cumprimento a nenhum amigo. E a agenda é na caneta e papel.

 

Perigo

Chegaram, pelas mãos do jornalista Roberto De Martin, imagens chocantes de uma árvore enorme que despencou na 316 Norte. Próximo ao Banco do Brasil e ao Marietta. Sorte não ter atingido ninguém. Veja o tamanho da árvore, a seguir.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Justiça de Brasília está constrangida com os últimos acontecimentos. O que houve no Tribunal foi isto: situação vexatória para o desembargador Sousa Neves em prejuízo o gabarito da justiça. (Publicado em 27/01/1962)

Indiferença dos dois lados da mesa

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Foto: reprodução

 

Uma visada geral do atual momento político pode fornecer novas pistas do que, em breve, virá sobre a forma de menos serviços e menos qualidade na prestação dos mesmos. Tudo isso feito a custos maiores, tanto para os contribuintes que arcam com as despesas dessas agências, como para o consumidor direto, na forma de maiores tarifas.

É sabido que o governo, por questões ligadas ao modelo perverso de presidencialismo de coalizão e outros pormenores menos transparentes, entrou na órbita de gravitação política do chamado Centrão, um verdadeiro buraco negro que tudo sorve em sua volta, não importando de onde vem e de que modo. Com isso, aumenta, na mesma proporção ou até mais, o preço a ser pago para esse tipo de proteção junto ao Congresso.

Não será surpresa se, num cenário futuro, de curto prazo, esses aumentos de custos em todas as tarifas, inclusive no fornecimento de energia elétrica, venham a recair sobre os cidadãos. Essa abdução do governo, contrariando todas as promessas do passado, irão se materializar na rendição de algumas dessas agências reguladoras aos novos projetos políticos ditados pelos adesistas e outros oportunistas de plantão.

Essa é uma realidade que vai sendo novamente desenhada no horizonte e que já foi posta em prática, também, durante o governo Dilma, com o congelamento artificial das tarifas de energia elétrica para o atendimento de exigências político-eleitorais. É uma sina e um preço que atingirão, parcial ou totalmente, todas as agências (ANEEL incluída).

Do mesmo modo como vem ocorrendo com as agências de saúde suplementar, que parecem seguir a cartilha imposta pelos planos de saúde, com a ANEEL, o modus operandi é o mesmo. Muitos acusam essa agência de trabalhar pela defesa dos interesses das concessionárias. O volume de reclamações fala por si. Um exemplo dessa parcialidade inexplicável e até surrealista vem da possibilidade aventada da cobrança de taxas extras pela chamada Geração Distribuída (GD), produzida por meio de painéis solares e consumidas em muitas residências e condomínios pelo Brasil afora.

É o que a população já identificou como uma taxação da luz do Sol, na forma de cobrança pela energia solar gerada por células voltaicas, instaladas sobre os telhados em muitas residências e na qual a ANEEL, ou qualquer outra empresa pública, concorreu para os custos dessa produção. Seria como cobrar pelo ar que respiramos, exemplifica alguns. Com a pandemia, o assunto ficou momentaneamente suspenso, mas não terminado, segundo a ANEEL, que deve rever essa regulamentação, atendendo a reclames das concessionárias que poderão, no futuro, perder esse filão milionário.

O que se sabe, por enquanto, é que a possibilidade de taxação da energia solar terá impactos negativos sobre o desenvolvimento e ampliação dessa modalidade, já que a possibilidade de impostos inibe os investidores e consumidores e tem reflexos também no desenvolvimento dessa tecnologia. O assunto é complexo e deveria ser submetido a um amplo painel de discussão pública.

O mesmo poderia acontecer com relação a geração de energia eólica, gerada pelo vento, cujos os custos para os consumidores estão embutidos nos incentivos dados as empresas consumidoras. Essa matemática é simples: quanto mais incentivos dados pelo governo a certas empresas, mais aumentam as tarifas de fornecimento de energia elétrica.

Outro assunto controverso a necessitar de maiores aperfeiçoamentos é quanto ao modelo de bandeiras tarifárias, que agora completa cinco anos de existência e que, de modo algum, vem agradando os consumidores. Vídeos na internet têm mostrado operadoras abrindo seus reservatórios e comportas de água, em pleno período de estiagem, para justificarem a adoção de bandeira vermelha nas contas dos consumidores e com isso lucrar um extra.

Possivelmente, este capítulo a mais da Derrama contra a população parece próximo do fim. Algumas fábricas de telhas já estão lançando, no mercado, coberturas especiais que já trazem os painéis solares em cada unidade. Quando a tecnologia for mais desenvolvida e os preços desses produtos caírem, praticamente toda a casa terá seu próprio gerador de eletricidade. Certo é que, mais dia menos dia, as grandes empresas de geração e distribuição de energia elétrica terão que se render ao futuro, quando cada unidade familiar produzirá a energia que consome de forma limpa e segura.

Essa é uma revolução que virá, mesmo contra fortes interesses econômicos e políticos. Da mesma forma virão os automóveis elétricos, acabando com a produção de motores à base de derivados de petróleo. O caso é saber se esses avanços irão se consolidar num país como o nosso, onde o povo trabalha para sustentar um Estado perdulário, comandado por uma elite indiferente e um país sem educação por um povo que não reivindica seus direitos.

 

A frase que foi pronunciada:

O homem caminha constantemente de uma dor para outra.”

Chateaubriand

 

François-René de Chateaubriand. Imagem: wikipedia.org

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quando exercia a presidência do IAPC o atual conselheiro Antônio Monteiro da Cruz, no processo AC 34126-61, à folha 80, fixava o valor locativo dos apartamentos da Asa Norte em Cr$ 21.500,00 (Publicado em 26/01/1962)

Dívidas devidas pelo cidadão são tratadas de forma diferente das dívidas devidas pelo governo

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Charge de Soza para espacovital.com

 

O caráter imperial e monárquico que permeia, em pleno século 21, muitos aspectos observados pela população em diferentes presidentes da República é um ranço antigo, herdado ainda da metrópole portuguesa e reforçado com a vinda D. João VI para estas bandas. A carruagem que conduzia a família real, confeccionada em prata – o povo a chamava de “monte de prata”, foi substituída por um moderno e luxuoso avião, também fabricado na Europa, no qual se viaja com numeroso séquito mundo afora, hospedando-se em hotéis que são verdadeiros palácios, como acontecia em gestões mais afoitas.

Essa feição de realeza e imponência do chefe do executivo, nem o advento da República, nem as limitações impostas pela Constituição ou mesmo o próprio tempo conseguiram atenuar. Vivemos ainda sob uma espécie de presidencialismo monárquico, com mandatários voluntariosos e autocratas.

À hereditariedade, impuseram o conceito do patrimonialismo sem parcimônia ou culpa. Diante de tanto fausto, até mesmo o Congresso se verga aceitando títulos nobiliárquicos – agora denominados ministérios, pelos bons serviços prestados. Sua alteza, nobilíssima, não se esquece de ninguém. Atenta aos dissabores do reino, reforça a corte de justiça com impolutas figuras fidedignas.

Num país assim não é de estranhar que uma vendedora de acarajé, no centro de Salvador, vendo a comitiva presidencial se deslocando pelo Pelourinho, perguntou ao vizinho: “Que chafurdo é esse, meu rei?”.

No século XVI, o poeta Camões já reclamava, em seus versos, das injustiças tributárias do Estado português: “Leis em favor dos reis se estabelecem / As em favor do povo só perecem.” Mal sabia ele que a “sede cobiçosa de querer dominar e mandar tudo” só aumentaria com o passar dos tempos e chegaria ao seu clímax na própria colônia que viu surgir no novo mundo. Nestas mesmas terras de Santa Cruz, muitos séculos à frente, que o Estado, agora denominado sorvedor mundial de impostos, se poria de “boca aberta por se encher de tesouros de hora em hora… que quanto mais alcança mais queria”.

Com uma carga tributária campeã, beliscando parte considerável do PIB, o estado arrecadador brasileiro é uma entidade inadimplente, mas com as burras cheias. Não cumpre o papel que lhe é reservado pela Constituição de promover o bem-estar da população. Saúde, educação, transporte e segurança, que seriam suas atribuições básicas, estão aí a olhos vistos e não carecem de adjetivações maiores.

Tão grave como descumprir a Carta Maior em seus preceitos básicos é também conduzir o Estado a uma situação de insolvência, onde as maiores empresas estatais são justamente aquelas com maior grau de endividamento junto ao fisco. De acordo com as Agências (ANP, Aneel e Anac), as cinco principais estatais do governo receberam quase meio bilhão em multas nos últimos 2 anos, por má qualidade nos serviços prestados, má conservação de equipamentos e problemas de segurança.

Noutra ponta, estudos mostram que a dívida dos estados com os precatórios já ultrapassa os R$ 94 bilhões, sendo que, em algumas dessas unidades federativas, a relação dívida com precatório e receitas ultrapassa os 20%. Somente o DF tem uma relação dívida/receita da ordem de 28%. Ou seja, o Distrito Federal não paga seus credores nem num futuro próximo. Já no caso de inadimplência do cidadão comum, tal recusa em honrar os compromissos é caminho certo para o catre ou confisco de bens imediatos.

A frase que foi pronunciada:

O governante que se rodeia de assessores competentes é mais competente do que eles.”

Millôr Fernandes

Millôr Fernandes. Foto: Daniela Dacorso/Bravo (exame.abril.com)

 

Sem briga

Membros da Executiva Nacional do Partido Verde querem mudanças, depois do fraco desempenho nas eleições. O presidente do Diretório Nacional do PV, José Luiz Penna, escudado pela Covid-19, sugere, em documento, que, em nome da vida e da saúde, na balança de interesses partidários, a atual gestão seja prorrogada. Não é o que quer a maioria. Agora são dois caminhos: ou continua afugentando inteligências e perdendo espaço na política em direção à extinção do PV, ou o partido enfrenta a descentralização, com democracia e transparência. No que depender de Eduardo Jorge, com o seu jeito de autenticidade e verdade, a mudança prevista no estatuto não será mais postergada e muitos estão com ele.

Eduardo Jorge. Foto: Reprodução/ Partido Verde/ Facebook

Choque de realidade

Não que tenha acontecido o fato de se ter procurado uma clínica dessas. A pesquisa social só observa a reação das pessoas com a pergunta. Parece tão absurdo que qualquer um fica horrorizado. E é aí em que está a delicadeza do pontoo: o cuidado com a sobrevivência de animais irracionais ou de seres humanos. A pergunta é: Você conhece alguma clínica em que eu possa levar minha cadelinha para abortar? Só conheço para humanos… Prepare-se para a celeuma!

Reprodução
Reprodução

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ainda pela lista telefônica poderemos citar ao mesmo GTB o que ocorre com o apartamento 204 do bloco 11 da superquadra 106. Pertence ao quinto suplente do deputado Domicio Gondim Barreto, que ali instalou escritório da MONAG. (Publicado em 26/01/1962)

O veneno da reeleição

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do André

 

Dos males produzidos pela ação política irrefletida, talvez o maior e mais danoso para o país, até hoje, tenha sido o instituto da reeleição, aprovado em 1997 por meio da Emenda Constitucional 16, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Segundo denúncias publicadas na imprensa naquela ocasião, o projeto só passou porque teria havido venda generalizada de votos no Congresso, no valor de R$ 200 mil para cada parlamentar referendar o projeto do governo.

A peripécia quase custou o mandato de FHC que, mesmo fortemente acuado pelas oposições, conseguiu abafar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Assunto. É possível encontrar, nessa compra de votos e de consciências, um ensaio do que viria a ser o mensalão anos depois, já no governo petista. De uma forma ou de outra, o tal do presidencialismo de coalizão demonstrava na prática, que lado político ideológico não interfere quando o assunto é saber quanto custa um voto e quem vai pagar.

Todo o longo processo de reconquista da democracia não teve o condão de despertar, na classe política, o senso de responsabilidade e ética com a coisa pública. Em nosso caso, para a consolidação de um verdadeiro Estado Democrático de Direito, conforme a teoria ensina, era preciso muito mais do que afastar os militares do Poder, anistiar os cassados e outras providências burocráticas. Era preciso, e ainda é, a conscientização, um termo atualmente em desuso, da classe política nacional, afastando, dos centros de decisão do país, todos aqueles que insistem em cometer ilegalidades e outros atos contra a cidadania, o Estado e a democracia.

Com isso, é possível constatar que, depois de um quarto de século que esse experimento veio ao mundo, de maneira enviesada e fraudulenta, o processo de reeleição tem feito muito mal ao país, sobretudo quando se verifica a repetição do que parece ser uma crise institucional cíclica e sem solução. Pior é que a possibilidade de recondução de presidentes e governadores, mesmo aqueles que a população quer ver longe, abre espaço para a continuidade da compra de votos, transformada agora num inocente ato de liberação de emendas.

Para aqueles que se beneficiam com o instituto da reeleição, o dia seguinte à posse do primeiro mandato, marca também o primeiro dia de comício para o próximo quadriênio de governo, o que significa o uso, descarado, de toda a máquina pública para fazer campanhas continuadas. Os efeitos deletérios da reeleição, como um veneno que vai matando aos poucos e de forma cruel o cidadão, têm um custo muito maior ainda para os contribuintes que se vêm obrigados a custear uma extensa folha de obrigações que incluem, além dessas emendas a fundo perdido, os fundos partidários e eleitorais para um grande número de partidos, transformados em verdadeiras empresas privadas movidas e azeitadas por um processo eleitoral contínuo e sem fim.

        

A frase que foi pronunciada:

Eu sou candango. Quem nasceu na capital nos anos 60 também ajudou a construir essa capital.”

João Daniel Ramos, defendendo a candanguice.

Praça dos Três Poderes, Brasília – DF

 

Valorizar quem é bom

Uma injustiça sem precedentes. Por absoluta preguiça de questionar. José Vicente Santini é um funcionário exemplar, capacitado, e sua competência parece estar incomodando alguém. Enquanto a notícia é Santini ter usado o avião da FAB para viajar da Índia para a Suíça, deveria estar estampado para os brasileiros que ele trouxe bilhões de reais em investimentos e acordos para o Brasil. E para finalizar, o TCU, que é o órgão competente para julgar a viagem, foi unânime. A viagem foi de interesse do país.

José Vicente e presidente Bolsonaro. Foto: reprodução

Capacitação

Pessoal que gosta de HipHop tem oportunidade interessante em Brasília. Grupo Cultural Azulim vai capacitar empreendedores culturais a partir dessa sexta-feira. Veja todos os detalhes, a seguir.

–> Serão oficinas com profissionais dos quatro elementos do HIP HOP (DJ, MC, Graffiti e Breakdance). As inscrições vão até 15 de fevereiro.  Link para inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc8Dt1qnA17E75dAvu6iue6hgbdUged2I8z_PQ-qMLpMdIDcg/viewform

“A motivação para a realização da proposta é a forte penetração do hip hop nas regiões periféricas da capital do Brasil. O programa de capacitação vai focar na profissionalização dos grupos atuantes que carecem de um direcionamento de carreira artística. Atualmente não há na periferia o reconhecida do ponto de vista econômico, isso dificulta o seu desenvolvimento e coloca milhares de jovens artistas, produtores em situação de vulnerabilidade social por falta de planejamento profissional”, explica o presidente do Azulim, Iranildo Moreira.

Para o coordenador do projeto, Ricardo Oliveira,  essa iniciativa vai contribuir em profissionalizar artistas do hip hop com a ajuda e experiência do grupo Azulim com 20 (vinte anos) de atuação nesse segmento e o orgulho de ter realizado e/ou participado dos maiores eventos do Hip Hop no Distrito Federal, dentre eles 6 ( seis) edições do Rap Chistmas ( evento com foco na arrecadação e distribuição de alimentos e agasalhos nas comunidades de Sobradinho II e Santa Maria, realizado sempre em dezembro), ruas de lazer comunitárias nas satélites do Distrito Federal.

Esse projeto é fruto de termo de fomento da Secretaria Nacional da Economia Criativa e Diversidade Cultural (SECDC), da Secretaria Especial de Cultura, do Ministério do Turismo.

Inscrição
Envio de link do vídeo com apresentação (duração de 03 a 05 minutos) e ficha de inscrição online, Os vídeos inscritos serão analisados pela comissão julgadora e o resultado será divulgado nos perfis do Grupo Azulim nas redes sociais:

Capacitação e Mentoria
Cada grupo selecionado vai receber 40 horas de capacitação artística e mentorias para elaborarem um plano de negócios visando a melhoria de seus trabalhos. Após a entrega do plano de trabalho, os grupos vão colocar o plano em execução e realizar uma apresentação com recursos técnicos profissionais.

Professores das Oficinas
O Azulim não mediu esforços e formou um time de professores de grande qualidade para ministrar as oficinas. Na área de música estarão o DJ Marola (DJ)  e Lio MC (Liberdade Condicional RAP). Luiz Fernando (B.Boy Testa) se encarregará das oficinas de Breakdance, e Opa Crew será o responsável pela área das artes plásticas (Graffiti).

DF HIP HOP
O programa de capacitação e empreendedorismo intitulado DF Hip Hop, do grupo Cultural Azulim,  visa implementar e coordenar ações para o desenvolvimento e fortalecimento da dimensão econômica da cultura na periferia de Brasília em todos os segmentos da cadeia produtiva do hip hop. O projeto vai contribuir para a formulação e a implementação de ferramentas e modelos de negócio sustentáveis para empreendimentos que envolvem música (Rap e DJ), da dança (Break) , das artes plásticas (Grafite).  
 
Iranildo Moreira, do Azulim, observa que a proposta está alinhada com a meta do plano nacional de cultura de aumento no total de pessoas qualificadas anualmente em cursos, oficinas, fóruns e seminários com conteúdo de gestão cultural, as ações propostas vão capacitar e difundir no Distrito Federal, principalmente nas cidades- satélites a cultura dos praticantes e simpatizantes do hip hop.

 
Serviço:
DF HIP HOP- CHAMAMENTO PÚBLICO – OFICINAS DF HIP HOP
VALOR DA BOLSA: R$350,00 (trezentos e cinquenta reais).
ATENÇÃO AOS PRAZOS:
Período de inscrições: de 05 a 15 de fevereiro
Divulgação do resultado da seleção: 18 de fevereiro
Início das oficinas: a partir de 20 de fevereiro.
Apresentação do resultado (Evento/Mostra): Abril
Resultado nos perfis do Grupo Azulim nas redes sociais:
OUTRAS INFORMAÇÕES:
AR9 CONJ 05 lote 24 – Sobradinho ll – DF (Espaço Sede do Grupo Azulim)
Ou por Contato telefônico: (61) 99279-8515
E-mail: iranhiphop.123@gmail.com
Assessoria de Imprensa: Marcos Linhares – (61) 99905-5905

Boa

Atenção ciclistas! O autódromo está com as pistas liberadas todos os dias, das 5h às 7h30, pelo portão 3.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Já que o assunto é IAPC, aqui está outra: o ex-presidente, e atual conselheiro Antônio Monteiro da Cruz mantém, em Brasília, um apartamento fechado, o de número 101 do bloco 11 da superquadra 106. A lista telefônica completará outras informações que deseje o Grupo de Trabalho. (Publicado em 26/01/1962)

Campanha da Fraternidade. Homem, mundo, Deus.

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Cartaz oficial da Campanha da Fraternidade 2021 (Fonte: Divulgação CNBB)

 

        Desde a inauguração do século XXI, com a simbólica e trágica derrubada das Torres Gêmeas em Nova Iorque, vivemos tempos extraordinários, que mostram, desde a primeira hora, que estamos adentrando em um mundo, até então, desconhecido por nós e que, portanto, requererá, de todos, um esforço conjunto mais intenso para, ao menos, chegarmos ilesos ao final dessa nova história.

        Em tempos assim, as incertezas e o medo quanto ao futuro têm produzido uma onda de desconfiança sem par, o que tem contribuído para aumentar, em toda a parte, um ambiente de polarizações e posições extremadas, conduzindo-nos a uma espécie de Torre de Babel, onde ninguém parece se entender. Vivendo cada vez mais apertados no planeta e com recursos cada vez mais escassos, as massas humanas parecem se agitarem, num movimento em que a vida plena vai cedendo lugar para a sobrevivência diária.

        Com um cenário pintado com essas cores densas e em que a razão vai desaparecendo de vista, não surpreende que as seguidas tensões acabem por gerar um ambiente igualmente hostil para todos. Para os adeptos da escatologia e outros significados proféticos e apocalípticos, se não vivemos tempos finais para humanidade, ao menos estamos em meio a uma encruzilhada que poderá nos levar ao fim da história, pelo menos para o animal homem.

        Para os ecologistas, ao optarmos por destruir o mundo sob nossos pés, escrevemos nosso próprio epitáfio, comprovamos nosso destino trágico como as criaturas mais capazes de se elevar ao céu, ao mesmo tempo em que cava o próprio inferno. Em tempos assim, tudo tende a virar polêmica acirrada e daí, para o confronto aberto e selvagem, é um passo pequeno. Tem sido assim nos debates públicos com qualquer assunto, mesmos os mais banais.

        Em lugar algum, parece haver segurança e respeito pelo contraditório, nem mesmo no seio das famílias. É nesse ambiente de antagonismos, onde todos creem ter razão, que os oportunistas políticos, religiosos e outros de má-fé fazem a festa e angariam, cada vez mais, adeptos prontos para declarar guerra ao primeiro sinal de discordância. São aqueles que vieram com a missão de matar, roubar e destruir.

        Não causa espanto que, num tempo tumultuado assim, até mesmo a tão tradicional e pacífica Campanha da Fraternidade (CF-2021), que há quarenta anos a Igreja Católica lança regularmente, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nas quartas-feiras de cinzas, tenha se transformado num dos assuntos mais polêmicos dos últimos anos. Foi-se o tempo, no dizer da própria Bíblia, em Mateus 12:30, que se acreditava que “aquele que comigo não ajunta, espalha”.

        Hoje é cada grupo em pé de guerra contra outros. A bem da verdade, desde o Concílio Vaticano II, entre 1962 a 1965, a Igreja Católica parece experimentar uma cisão, a partir da divulgação da chamada Teologia da Libertação e suas pretensas ligações com alas mais progressistas e mais próximas das ideias políticas defendidas pelas esquerdas. Por conta dessas novas ideias, muitos religiosos foram perseguidos e excomungados, o que ensejou uma maior radicalização de alas dentro da Igreja.

        De fato, a Igreja vive, em seu íntimo, uma contradição de difícil condução, que faz com que ela tenha sua razão de ser, assentada num aceno atemporal, para um mundo espiritual e sediado no além, embora tenha que viver plenamente inserida no mundo humano e temporal, onde as razões para as dúvidas se multiplicam a cada dia.

        Com o lema escolhido para esse ano, “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, e o lema “Cristo é nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído de Ef. 2.14, a CF busca sintonia da Igreja com a vida da população, especialmente os excluídos por razões diversas, o que insere também, nessa nova Campanha, os movimentos LGBTQ+ e outras minorias, vítimas, segundo apontam os Bispos, dos discursos de ódio, do fundamentalismo religioso e de vozes contra o reconhecimento dos direitos dessas populações e outros grupos vulneráveis e excluídos.

        São, de fato, questões de gênero, presentes nos debates atuais e que têm sido alvo agora dos protestos daquelas alas mais conservadoras da Igreja. Trata-se de uma polêmica, que pode ou não esconder semânticas políticas, mas que estão presentes em nossa sociedade hodierna.

 

A frase que não foi pronunciada:

Parece que a Gripe Suína foi uma espécie de comissão de frente da Covid-19 na base do se colar colou.”

Dona Dita na fila da vacina, pensando furiosa com a demora

Charge do Daniel Zuko para o Jornal de Brasília

Banco Central

Quem está atenta é a criadora da Auditoria Cidadã, Maria Lucia Fattoreli. A pergunta que ela faz é simples: O que justifica urgência para entregar o Banco Central para banqueiros? A primeira tentativa dos bancos em se apoderarem do BC foi em 1989 (PLP 200/89). Por que priorizar essa votação em plena pandemia, quando a sociedade civil não tem acesso ao Congresso? A prioridade deveria ser impedir o BC de remunerar diariamente a sobra de caixa dos bancos! NÃO ao PLP 19/2019, propõe.

Entenda os riscos da autonomia do Banco Central, clicando aqui; projeto pode ser votado nesta terça

Foto: brasildefato.com

Valorizar quem é bom

Uma injustiça sem precedentes, por absoluta preguiça de questionar. José Vicente Santini é um funcionário exemplar, capacitado, e sua competência parece estar incomodando alguém. Enquanto a notícia é Santini ter usado o avião da FAB para viajar da Índia para a Suíça, deveria estar estampado para os brasileiros que ele trouxe bilhões de reais em investimentos e acordos para o Brasil. E para finalizar, o TCU, que é o órgão competente para julgar a viagem, foi unânime. A viagem foi de interesse do país.

José Vicente e presidente Bolsonaro. Foto: reprodução.

 

Acabou assim

Aconteceu numa cidadezinha da Bahia. Um professor da classe média resolveu deixar Salvador para ensinar no interior. Os alunos que gostavam de estudar viam naquele mestre a chance de galgar degraus mais altos. Enquanto isso, a molecada acostumada com a regra da escola, de passar o aluno para apresentar na estatística números formidáveis, continuava gazeteando e aprontando nas aulas. O resultado nas provas surpreendeu. Grande parte da turma teve um desenvolvimento mais que satisfatório. Menos o filho do prefeito. O resultado foi a demissão do professor.

Charge: humorpolitico.com.br

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O dia da Previdência, transcorrido a 24 último, encontrou o IAPC em situação catastrófica. Pela primeira vez o Instituto apresentou deficit, de acordo com relatório apresentado pelo Diretor de Estatística e Atuária, dr. Severino Montenegro. Total do deficit: dois bilhões a 400 milhões. (Publicado em 26/01/1962)