Quando o Brasil era outro

Publicado em Íntegra

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Na avaliação do nobre professor de direito Ives Gandra Martins, a prisão preventiva traz a insegurança jurídica e tem, infelizmente ou não, sido eficaz nesses casos envolvendo gente poderosa, defendida pelos mais caros e influentes escritórios de advocacia do país. Não fosse esse instrumento, um tanto excepcional em tempos igualmente excepcionais, operações como a própria Lava-Jato, não teriam prendido nem os mais inocentes dos doleiros e outros lavadores de dinheiro público.
Somos humildemente forçados a discordar da balizada opinião do articulista quando diz que a prisão preventiva equivale ao linchamento público. Por certo, houve casos extraordinários em que a prisão preventiva pode não ter sido necessária, mas em se tratando de uma sequência fabulosa de crimes de corrupção ocorridos em série, num encadeamento hierárquico de comando sem igual, tal medida foi até pequena diante do que ficou comumente alcunhado por crime de lesa-pátria.
A propósito desse ponto, lembramos de uma intervenção histórica feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, quando na ocasião do indulto assinado pelo então presidente Michel Temer, disse o seguinte: “Há uma crença, que eu considero equivocada, a propósito da corrupção. E acho que nós precisamos é qualificar isso nesse momento brasileiro, é um equívoco supor que não seja assim, porque corrupção mata. Mata na fila do SUS. Mata na falta de leitos. Mata na falta de medicamentos. Mata nas estradas que não têm manutenção adequada. A corrupção destrói vidas que não são educadas adequadamente em razão da ausência de escolas, eficiências de estrutura e equipamentos. O fato de o corrupto não ver nos olhos a vítima que ele produz, não o torna menos perigoso. A crença de que a corrupção não é um crime grave e violento, de que os corruptos não são perigosos, nos trouxe até aqui, a esse quadro sombrio, em que recessão, corrupção e criminalidade elevadíssima nos atrasam na história e nos retém como um país de renda média que não consegue furar o cerco.”
O fato que demonstra que nem mesmo a prisão preventiva tem o condão de, em nosso país, ter o efeito esperado até pelos cidadãos de bem, é que a grande parte dos criminosos envolvidos nessa sequência endêmica de delitos de corrupção, estão hoje em liberdade ou em prisão domiciliar, o que vem a ser o mesmo.
Também balizado para falar de prisão preventiva, já que foi um dos defensores desse instrumento no caso extraordinário da Lava-Jato, o ex-procurador chefe da Operação Deltan Dallagnol disse: “É difícil descobrir a corrupção. Quando descoberta, é difícil prová-la. Provada, difícil que o processo não seja anulado. Não anulado, demora mais de uma década e prescreve. Não prescrito, a pena é baixa e é indultada no Natal. Se sobra alguma pena e é aplicada a um poderoso, ele adoece e vai para casa”. É o que temos assistido nestes últimos anos e parece ser o que veremos com mais frequência daqui para frente, com o desmanche anunciado da Lava Jato. Obviamente que o professor Ives Gandra tem toda a razão quando diz que o Judiciário deve ser um poder técnico e não um poder político e ideológico como se vê hoje em nosso país.
Essa metamorfose, principalmente da mais alta corte põe em risco nossa democracia e nos coloca na iminência de uma ditadura da magistratura, mesmo sabendo que esse é um poder que pode errar por último, não dando chance alguma de uma revisão ou de um mea-culpa.
Felizmente, o professor reconhece que nos tempos de seu saudoso mestre Canuto havia realmente harmonia e independência entre os Poderes. Eram outros tempos. Um outro Brasil, talvez até mais ético e simples que o atual.

 

A frase que foi pronunciada:
“O homem não é apenas um ser que sabe, mas é também um ser que sabe que sabe.”

Teilhard de Chardin, foi um padre jesuíta francês. Teólogo, filósofo e paleontólogo.

 

Reconhecimento
Depois de enfrentar os buracos na pista dos trechos 7 e 8, os moradores do Lago Norte registram os agradecimentos ao administrador Marcelo Ferreira da Silva pelo recapeamento do asfalto da década de 60. Sempre com a assessoria atenta, resolve os problemas da comunidade um a um.

 

Conexão Mulheres
Essa é uma boa pauta. Em novembro, no dia 9, às 17h, Laura Ferraz, especialista em empreendedorismo, vendas e inovação e Flávia Chaves, especialista em desenvolvimento humano lançarão o grupo de networking exclusivo para mulheres que querem alçar voo gerenciando o próprio talento. Veja mais detalhes. As inscrições são gratuitas.

–> Empreender com sucesso e de forma colaborativa em plena pandemia do novo coronavírus é possível. Essa é a proposta do grupo CONEXÃO MULHERES – Brasília, iniciativa que será lançada em encontro on-line na próxima quarta-feira, dia 9 de setembro, às 17h, com inscrições abertas a empresárias ou profissionais liberais interessadas no tema e residentes em Brasília. O link para inscrições está disponível em https://forms.gle/X1tVrxeRQ47H5pG37.

Coordenado por duas mulheres inquietas, Flavia Chaves – especialista em desenvolvimento humano, palestrante e mentora – e Laura Ferraz – especialista em empreendedorismo, vendas e inovação – o grupo quer impulsionar o empoderamento feminino no Distrito Federal e, para isso, irá oferecer um ambiente propício para o networking, o desenvolvimento profissional e pessoal, por meio de uma metodologia exclusiva de ativação e inovação.

“A iniciativa tem o objetivo de fortalecer o espírito de sororidade nos negócios locais entre as mulheres, ampliar a rede de relacionamento das empresárias e possibilitar a troca de experiências entre elas”, explica Laura Ferraz, que agrega ao projeto sua experiência de mais de 10 anos nas áreas de desenvolvimento de novos negócios, gestão comercial e gestão da inovação em empresas.

“Queremos reforçar a autoestima das mulheres e ajudá-las a descobrir o próprio potencial para gerar renda de forma sustentada, conciliando a vida profissional com outras tarefas de cuidados com a casa e filhos”, completa Flávia Chaves, Diretora da FCF Consultoria e Treinamento, onde trabalho com metodologia exclusiva para o desenvolvimento de líderes e empreendedores.

Além de promover a interação constante, o grupo também prevê encontros mensais, de forma on-line, em horários compatíveis com a rotina das participantes.

Serviço
Lançamento do grupo CONEXÃO MULHERES – Brasília
Data: 9/11/2020, 17h
Inscrições gratuitas pelo link https://forms.gle/X1tVrxeRQ47H5pG37

 

Proatividade
Grande problema do piscinão do Lago Norte são os bares na beira da estrada. O consumo de álcool é intenso, o que deixa a EPPN uma pista de alto risco. O local, que permanece cheio todos os dias de pandemia, carece de policiamento e testes de bafômetro.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Pois bem: vou dizer agora ao coronel, que por causa disto, a agência foi punida. Retiraram de lá o único teletipo que fazia com que os telegramas da gente chegassem ao destino, e no mesmo dia. O funcionário que retirou o teletipo disse que “era provisório”, e acrescentou que era por que do DTUI não dava a linha telefônica. Não é verdade. O DTUI tem o máximo interesse em manter o teletipo no aeroporto. (Publicado em 16/01/1962)
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