Não aprenderam nada

Publicado em ÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Imagem: setorsaude.com

 

Para aqueles que possuem a capacidade de extrair, das experiências amargas, lições para toda a vida, de certo, reterão para sempre, na memória, esse tempo de pandemia, como fizeram nossos antepassados a exatos cento e dois anos atrás com a mal acunhada gripe espanhola, que, entre 1918 e 1919, deixou um rastro de mais de 50 milhões de mortos por todo o planeta.

São aprendizados que dizem muito sobre o nosso comportamento futuro e, de certa forma, moldam nossa capacidade de adaptação e evolução, o que os antropólogos denominam de resiliência. De alguma forma necessitamos dessa desordem para evoluirmos, encontrando meios mais racionais de nos adaptar ao mundo em que vivemos Exemplos dessa redireção de comportamento, provocada por situações inusitadas e perigosas, existem em grande abundância ao longo de toda a nossa história. Trata-se de um ciclo contínuo que a própria natureza parece preparar, de tempos em tempos, para que possamos, ao menos, refletir sobre a fragilidade da vida.

É assim como que funciona no mundo macro e deveria funcionar também na vida social e íntima de cada um, lapidando-nos à capacidade de entender o momento e de nos relacionar com nossos semelhantes. Transportada essa dura experiência atual para nossa realidade política e institucional, o que temos visto é que nenhum desses personagens, que hora ocupam os altos cargos de comando da nação, parecem, como dizem, “não terem aprendido nada, não terem esquecido de nada”, tal a perpetuação da crise que nos assola desde o aparecimento da pandemia do Covid-19, no início do ano de 2020.

Para nós, ficou a nítida impressão e uma certeza de que a pandemia, mais do que demonstrar o pandemônio que perfazia toda a administração federal da área de saúde pública, deixou patente que o atual governo, assim como governos do passado, que preferiam edificar estádios monumentais em vez de hospitais de ponta, não serve aos propósitos e aos anseios da população. Mais do que isso, a pandemia deixou claro, para muitos, que estamos no rumo errado, se desejamos alcançar um patamar mínimo de país desenvolvido na questão segurança e bem-estar da sociedade e, principalmente, no que diz respeito à boa governança e todas as suas características.

Parece que o sofrimento trazido pela pandemia, a todos os brasileiros e ao mundo, não possuiu o dom de sensibilizar o Poderes do Brasil para o momento de fragilidade experimentado por todos, o que deixa certo, para aqueles que possuem a capacidade de observar a cena, que eles não aprenderam nada e, por certo, jamais aprenderão.

A frase que foi pronunciada:

Eu sonho com um mundo onde a verdade é o que molda a política das pessoas, ao invés de a política moldar o que as pessoas pensam ser verdade.”

Neil deGrasse Tyson, astrofísico

Foto: Flickr/Tiffany Vaughn

De graça

De hortas caseiras a importantes biografias. A biblioteca digital da Embrapa disponibiliza milhares de títulos a serem baixados gratuitamente. Acesse no link Publicações – Embrapa.

Bilíngues

Um trabalho minucioso, desenvolvido por dezenas de pesquisadores de várias universidades públicas do país, culminou no projeto para ensino de português a surdos. Adotado pelo Ministério da Educação, o programa, além de ser usado por todo o país, atinge desde a educação básica ao ensino superior. Sandra Nascimento, professora da UnB e coordenadora do trabalho, não esconde a satisfação com o resultado do comprometimento acadêmico nesse importante passo social.

Foto: João Neto-ACS/MEC

Em estudo

Mudanças no Bolsa Família vão atingir a formação profissional como prioridade. A pescaria vai começar. Mesmo prevendo um aumento de 50% no valor da bolsa, questões trabalhistas serão estimuladas com menos custos, para os empregadores, e menos burocracia. Os números que vão mudar são os 12 milhões de desempregados deixados pela presidente Dilma e mais os que sofrem atualmente com as restrições da pandemia.

Foto: agenciabrasil.ebc.com

Ao futuro

Blockchain é a tecnologia que vai facilitar a vida do cidadão do planeta Terra. Informações cruzadas, pagamentos, compras, imóveis, taxas, impostos, tudo controlado em apenas um lugar. Bom para os honestos. A segunda versão dessa validação dos dados chama-se Ethereum.

Arte: Renan Lima/Braiscompany

Manifestação

Em 23 de agosto de 2020, na capital da Lituânia, Vilnius, pessoas de mãos dadas formaram 32 km de corrente humana para protestar contra o resultado duvidoso das eleições.

História de Brasília

Já assumiu o cargo de Diretor do Departamento Hospitalar da Fundação Hospitalar do Distrito Federal, o dr. Sávio Pereira Lima. Suas novas funções asseguram um nível melhor para os hospitais de Brasília. (Publicado em 06.02.1962)

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